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TRANSMISSÃO

TÉRMICA
6627 - CONFORTO AMBIENTAL PARA
ENGENHARIA CIVIL
CÁLCULO DE CONVECÇÃO

• para superfície horizontal,


onde: fluxo descendente
qc — intensidade do fluxo térmico por convecção (W/m2); hc = 1,2 (W/m2°C);
hc — coeficiente de trocas térmicas por convecção (W/m2°C); • para superfície vertical
t — temperatura do ar (°C); hc = 4,7 (W/m2°C);
θ — temperatura da superfície do sólido (parede) (°C), • para superfície horizontal,
sendo que t > θ ou θ > t. fluxo ascendente
hc = 7 (W/m2°C).
CÁLCULO DE RADIAÇÃO

onde:
qr — intensidade do fluxo térmico por radiação (W/m2); Para os materiais de construção
hr — coeficiente de trocas térmicas por radiação (W/m2°C); correntes, sem brilho metálico,
θ — temperatura da superfície da parede considerada (°C); pode-se adotar hr = 5
θr — temperatura radiante relativa às demais superfícies (°C). (W/m2°C).
CÁLCULO DE CONDUÇÃO θe ≠ θi

onde:

e — espessura da parede (m);


θe — temperatura da superfície externa da envolvente (°C);
θi — temperatura da superfície interna da envolvente (°C);
λ — coeficiente e condutibilidade térmica do material (W/m°C).
r – resistência térmica específica da parede (m2°C/W)
• densidade do material — a matéria é sempre muito mais
condutora que o ar contido em seus poros;
• natureza química do material — os materiais amorfos são
geralmente menos condutores que os cristalinos;
• a umidade do material — a água é mais condutora que o ar.
CONDUTÂNCIA TÉRMICA SUPERFICIAL
engloba as trocas térmicas que se dão à superfície da parede.

O coeficiente de condutância térmica superficial expressa as trocas de calor por convecção


e por radiação.
Materiais Condutores x não condutores

Condutibilidade térmica λ = W / m °C
COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSÃO
TÉRMICA (U)
DEFINIÇÃO –

“O fluxo de calor que atravessa, na unidade de tempo, a unidade de área do elemento


constituído do material, quando se estabelece uma diferença unitária de temperatura entre o ar
confinante com suas faces opostas”

W/m².°C
COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSÃO
TÉRMICA (U)
engloba as trocas térmicas superficiais (por convecção e radiação) e as trocas térmicas através
do material (por condução).

engloba as trocas de calor referentes a um determinado material segundo:


◦ a espessura da lâmina,
◦ o coeficiente de condutibilidade térmica,
◦ a posição horizontal ou vertical da lâmina,
◦ o sentido do fluxo.
DETERMINAÇÃO DE “U” PARA
PAREDES HOMOGÊNEAS
Para uma parede de material homogêneo e com espessura constante, o coeficiente global de
transmissão U é obtido em função de:
a) Trocas térmicas na superfície interna (CV)
b) Trocas térmicas através do material (CD)
c) Trocas térmicas na superfície externa (CV)

q = U (Δt) = Δt
1 _
U
1 = 1 + 1 + 1 (m2 °C / W)

U hi he ʎ

resistência térmica global


1 = R
U
DETERMINAÇÃO DE “U” PARA PAREDES
HETEROGÊNEAS
DETERMINAÇÃO DE “U” PARA PAREDES
HETEROGÊNEAS

1 = 1 + e1 + e2 + e3 + . . . + 1 .
U he ʎ1 ʎ2 ʎ3 hi
e_ = R = 1_
ʎ U
COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSÃO TÉRMICA
CONDUTIVIDADE DO MATERIAL

RESITÊNCIA TÉRMICA

COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSÃO TÉRMICA


e_ = R = 1_
ʎ U
COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSÃO TÉRMICA
CONDUTIVIDADE DO MATERIAL

RESITÊNCIA TÉRMICA

COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSÃO TÉRMICA


COMPORTAMENTO
TÉRMICO DA
CONSTRUÇÃO
6627 - CONFORTO AMBIENTAL PARA
ENGENHARIA CIVIL
TROCAS DE CALOR ATRAVÉS DE
PAREDES OPACAS
q =U.A (t e + α.Ig - ti )
he
Onde:
q – intensidade do fluxo térmico que atravessa a parede por efeito da radiação solar
incidente e da diferença de temperatura do ar (W/m2);
A – área da parede (m2);
U — coeficiente global de transmissão térmica (W/m2°C);
te — temperatura do ar externo (°C);
α — coeficiente de absorção da radiação solar;
Ig — intensidade de radiação solar incidente global (W/m2);
he — coeficiente de condutância térmica superficial externa (W/m2°C);
ti — temperatura do ar interno (°C).
EXERCÍCIO Nº1
Dada uma parede com coeficiente global de transmissão térmica (U) igual a
2,00 W/m2. °C, orientada a oeste (latitude 30° Sul) com pintura externa na cor
branca, determinar o fluxo de calor para a pior situação de verão.
A temperatura externa é de 30ºC e a interna de 25 °C. A parede tem
dimensões de 5,00x 3,00 m.
q =U.A (t e + α.Ig - ti )
he

U = 2,00 W/m².°C
A= 3,00*5,00=15,00 m²
te = 30 °C
ti = 25 °C
α=0,3
Ig=715 W/m²
q=471,75 W
1/he=0,05
EXERCÍCIO Nº2
O mesmo problema anterior com parede na cor azul-escura.
q =U.A (t e + α.Ig - ti )
he

U = 2,00 W/m².°C
A= 3,00*5,00=15,00 m²
te = 30 °C
ti = 25 °C
α=0,9
Ig=715 W/m²
q=1.115,25 W
1/he=0,05
EXERCÍCIO Nº3
Tem-se uma parede de cor branca com coeficiente global de transmissão térmica (U) igual a 3,00
W/m².°C.
Determinar o coeficiente global de transmissão térmica que deve ter uma parede equivalente
quando pintada de preto para que a densidade de fluxo de calor (W/m²) seja a mesma.
Orientação leste. Latitude 30o Sul. Pior situação de verão.
Parede branca Parede preta
U = 3,00 W / m2 °C U = ? W / m2 °C
α = 0,3 α = 1,0
Ig = 715 W / m2 Ig = 715 W / m2
1 / he = 0,04 m2 °C / W 1 / he = 0,04 m2 °C / W
te = 30 °C te = 30 °C
ti = 20 °C ti = 20 °C
Para a parede branca, temos:

qb = 3,00.(30 + 0,3.715.0,05 – 20)

Para a parede preta, temos:

qp = K.(30 + 1,0.715.0,05 – 20)


3,00.(30 + 0,3.715.0,05 – 20) = U.(30 + 1,00.715.0,05 – 20)

U=1,36 W/m².°C
TROCAS DE CALOR ATRAVÉS DE
PAREDES TRANSPARENTES OU
TRANSLÚCIDAS
q = α.U ( - )
ti Ig + U(Δt)
he

Str = ( α.U + Ƭ )
he
FATOR SOLAR

q = U(Δt) + Ig . S tr
Str
Str
EXERCÍCIO Nº4
Determinar a densidade de fluxo de calor em uma janela oeste com vidro comum de 3 mm.
(U = 5,8 W/m².°C) . Latitude 30° Sul.
Temperatura externa de 30° C e temperatura interna de 25° C.
Solução:

Str = 0,87 (Tabela 12);


Ig = 715 W/m² (Tabela 10);
te = 30 °C;
ti = 25 °C.

q = U. ∆t +Ig . Str
q = 5,8 . (30 – 25) + 715 . 0,87
q = 651,05 W/m²
Substituindo o vidro anterior por vidro
cinza fumê de 3 mm (Str = 0,72)
Solução:

Str = 0,72 (Tabela 12);


Ig = 715 W/m² (Tabela 10);
te = 30 °C;
ti = 25 °C.

q = U . ∆t +Ig . Str
q = 5,8 . (30 – 25) + 715 . 0,72
q = 543,80 W/m²
Utilizando persiana fechada
(Str = 0,54) no vidro comum de 3mm:
Solução:

Str = 0,54 (Tabela 12);


Ig = 715 W/m² (Tabela 10);
te = 30 °C;
ti = 25 °C.

q = U . ∆t +Ig . Str
q = 5,8 . (30 – 25) + 715 . 0,54
q = 415,10 W/m²
Utilizando venezianas (Str = 0,09) no
vidro comum de 3mm:
Solução:

Str = 0,09 (Tabela 12);


Ig = 715 W/m² (Tabela 10);
te = 30 °C;
ti = 25 °C.

q = U . ∆t +Ig . Str
q = 5,8 . (30 – 25) + 715 . 0,09
q = 93,35 W/m²
TROCAS DE CALOR ATRAVÉS DE
COBERTURAS
q= U.A. ( te + α . Ig – 4 °C – t ) i

he
As camadas altas da atmosfera têm sempre uma baixa temperatura fazendo
com que estes planos percam permanentemente energia por radiação.

Portanto, para coberturas, devemos subtrair


4°C.
EXERCÍCIO Nº5
Uma cobertura com telhas de fibro-cimento e forro de pinus apresenta um coeficiente global de
transmissão térmica de 2,00 W/m².°C para a situação de verão.
Latitude 30 °Sul.
Área = 28,00 m2.
Determinar o fluxo de calor para o horário de máxima radiação solar. Admitir temperatura
externa e interna iguais.
Solução:
O fluxo de calor é dado pela equação:

q = U . A . ( te + α . Ig – 4 °C – ti )
he
α= 0,8 (fibro-cimento escurecido pelo tempo);
1/he = 0,05 m². °C/W
Ig = 1.134 W/m2 (às 12 horas – tabela 10).

Portanto, o fluxo de calor será:

q= 2,00.28,00.(0,8.1134.0,05 – 4) = 2316,16W
TERMOGRAFÍA
Em edificações localizadas em países de clima quente (como o Brasil), a
aplicação de materiais que tenham aquecimento reduzido, em função da
menor absorção da radiação solar, pode proporcionar menores ganhos de
calor melhorando o bem-estar dos ocupantes e reduzindo o consumo de
energia com condicionamento de ar.
Diferentes orientações de fachada
Diferentes tintas na fachada exterior
Diferentes tintas na fachada exterior

verde escuro
por fora

branco
por fora
Diferentes cores no telhado

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