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CONFORTO TÉRMICO

6 6 2 7 - C O N F O R TO A M B I E N TA L PA R A E N G E N H A R I A C I V I L
P R O F. M E F R A N K K I YO S H I H A S S E
CONFORTO TÉRMICO –
NORMAS TÉCNICAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15575-1 2013 Edificações Habitacionais — Desempenho.
2013.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15220-2: Desempenho Térmico de Edificações. Métodos
de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e
componentes de edificações.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15220-3: Desempenho térmico de Edificações – parte 03
— Zoneamento Bioclimático Brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15220-4: Desempenho Térmico de Edificações – parte 04
–Medição da resistência térmica e da condutividade térmica pelo princípio da placa quente protegida.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6488 Componentes de Construção – determinação da
condutância e da transmitância térmica – método da caixa quente protegida.
CONCEITO
“Conforto térmico é como um estado de espírito que reflete
a satisfação com o meio térmico que envolve a pessoa”.
(ASHRAE – Sociedade Americana de Engenheiros de
Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado).
Multidisciplinaridade no conforto ambiental
O estudo do Conforto Ambiental envolve áreas e
disciplinas que vão da Física, das Engenharias
(materiais, processos construtivos), da Arquitetura
e Urbanismo, Psicologia, Fisiologia (aparelho
termorregulador humano, os sentidos), Medicina
(saúde e condições ambientais), Segurança no
Trabalho, História, Climatologia.
OBJETIVOS
Busca da qualidade ambiental dentro dos edifícios e nos
espaços abertos.
Eficiência Energética: (máximo de qualidade ambiental
com o mínimo consumo de energia).
Redução do impacto ambiental da arquitetura e das
cidades.
Estratégias de conforto e eficiência energética
Como reduzir o consumo de energia nas edificações?
Como melhorar o conforto ambiental e minimizar o
desconforto?
A eficiência energética pode ser afetada pelo Projeto de
Arquitetura?
Como o usuário final pode contribuir com a eficiência
energética?
O conforto térmico e lumínico e a eficiência energética.
Participação de fontes renováveis na
matriz elétrica

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2017


Oferta interna de Energia Elétrica por fonte

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2018


Produção de Energia Primária

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2018


Consumo final por fonte

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2018


Participação setorial no consumo de eletricidade

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2018


Oferta de energia por fonte – dados mundiais

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2018


Consumo de energia por fonte – dados mundiais

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2018


Consumo setorial de derivados de petróleo

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2018


Consumo setorial de eletricidade

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2018


Produção de energia elétrica por fonte

Fonte: Balanço Energético Nacional, 2018


% do consumo médio domiciliar dos aparelhos eletrodomésticos

Fonte: Eletrobrás - Procel


% do consumo médio: setor comercial

Fonte: Eletrobrás - Procel


Ambientes confortáveis, propiciam o sentimento de bem-estar
das pessoas e as ações que permitem o controle desses
ambientes, de acordo com as suas necessidades, promovem a
conservação de energia. O Conforto Ambiental envolve diferentes
áreas do conhecimento e está relacionado às condições do
habitat onde vive o ser humano, seja em ambientes internos ou
externos. Os aspectos térmico, acústico, visual e de
funcionalidade devem ser tratados conjuntamente. Cada um
desses aspectos pode ser melhorado com a finalidade de
proporcionar conforto ao ser humano.
IMPORTÂNCIA
O conforto térmico é uma condição importante para o ser
humano alcançar bem-estar, saúde e longevidade.
A nossa produtividade também é condicionada pelo
conforto térmico. O desconforto é um indicador
importante para a saúde, porque é o primeiro sintoma
que nos alerta para o fato das condições que nos
encontramos não serem adequadas ao que precisamos
para ficarmos mais confortáveis (abrir uma janela, fechar
uma porta, ficar mais próximo do sol, procurar uma
sombra...).
O HOMEM E SUAS
NECESSIDADES
HIGROTÉRMICAS
O homem é o que chamamos de um ser homeotérmico, ou seja, a
temperatura interna do organismo tende a permanecer constante (da ordem
de 37º C) independentemente das condições do clima. Para manter a
temperatura interna constante, o corpo humano é dotado de mecanismos
TERMOREGULADORES que são ativados pelo sistema nervoso simpático
sempre que as condições térmicas do meio ultrapassam determinados
limites.
Com o uso do oxigênio, o organismo promove a queima das calorias
existentes nos alimentos (processo chamado de metabolismo),
transformando-as em energia. Assim é gerado o calor interno do corpo.
Entretanto, sempre existem trocas térmicas entre o corpo humano e o meio.
Comportamento do corpo humano sob a ação do frio: ocorre a
vasoconstrição periférica (vasos capilares mais próximos da pele se
contraem) para se aumentar a resistência térmica da pele e dessa forma
evitar as perdas de calor e aumentar as combustões internas (sistema
glandular endócrino). A pele se resfria evitando perdas de calor por
RADIAÇÃO e por CONVECÇÃO. Ocorre também um segundo mecanismo
de proteção que é o ARREPIO que provoca um aquecimento da pele.

Comportamento do corpo humano sob a ação do calor: para se aumentar


as perdas de calor para o ambiente ocorre a vasodilatação. As combustões
internas são reduzidas (termólise) através do sistema glandular endócrino.
No corpo humano ocorrem:
- Metabolismo – produção de calor
- Trabalho mecânico – contrações musculares –
produção de calor
Trocas térmicas entre corpo e ambiente: quando realizamos trabalho mecânico, os
músculos se contraem e isso produz calor.
As trocas térmicas entre o corpo e o ambiente podem ser:
1) secas
- condução
- convecção
- radiação
II) úmidas
- evaporação
O calor cedido pelo corpo através das trocas secas tem a denominação de CALOR
SENSÍVEL.
O calor cedido pelo corpo através das trocas úmidas tem a denominação de CALOR
LATENTE. O suor no estado líquido passa para o estado gasoso.
Calor cedido ao ambiente (W) fonte: Mesquita
TROCAS TÉRMICAS calor

frio
CONVECÇÃO

CONDUÇÃO

RADIAÇÃO

EVAPORAÇÃO
O calor pode ser transmitido por um fluido em
movimento, como o ar, por exemplo, (através
de portas, janelas ou qualquer outro tipo de
CONVECÇÃO abertura).
Num espaço onde as paredes não são
adequadas do ponto de vista térmico, o ar em
contato com a parede exterior, ganha calor na
estação quente e o perde na estação fria. No
inverno, pode-se perder calor quando o ar
quente de um interior sobe e encontra frestas
no exterior.
CONDUÇÃO
O calor pode ser transmitido diretamente de
uma parte de um objeto para a outra (pelo
piso, pelas paredes ou pelo teto). Esse tipo de
troca térmica é responsável então pelo
trânsito de calor no interior dos elementos
construtivos do ambiente.
Qualquer objeto pode radiar calor da mesma
forma que o sol (telha, laje, forro).
RADIAÇÃO Uma pessoa ao ar livre está submetida a 2
tipos de radiação:
• Radiação visível: é aquela que se origina do
sol.
• Radiação térmica: é a diferença de
temperatura entre a pessoa e os objetos que a
rodeiam, tais como a terra e os edifícios.
Ex: Lareiras e tetos
radiantes
EVAPORAÇÃO
É a eliminação do calor pela troca pulmonar, na expiração,
através da pele, pelos poros.
RESUMINDO...
∑Tq = 0
Os materiais de construção têm uma forte
MATERIAIS DE influência sobre as condições de conforto
CONSTRUÇÃO do ambiente interior.
O uso de isolamento térmico ou proteção
solar em paredes, janelas e telhados, o tipo
de telha e o tipo de vidro empregado nas
janelas devem ser estudados afim de evitar
ganhos térmicos excessivos e obter
melhores condições de conforto para os
usuários do ambiente em questão.
Um melhor aproveitamento do clima pode ser
obtido pelo planejamento apropriado de
DETALHAMENTO detalhes da edificação:
Paisagismo (tetos-jardins, ecotelhado,
ecoparedes, tanques de água, plantas)
Escolha dos materiais empregados (conforme o
clima, devemos empregar diferentes materiais).
Ex.: Climas frios – madeira Climas quentes –
cerâmica
Localização das aberturas
Dispositivos de sombreamentos
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Uma panela com água está sendo aquecida num fogão.
O calor das chamas se transmite através da parede do
fundo da panela para a água que está em contato com
essa parede e daí para o restante da água. Na ordem
desta descrição, o calor se transmitiu
predominantemente por:
a) radiação e convecção
b) radiação e condução
c) convecção e radiação
d) condução e convecção
e) condução e radiação
A transmissão de calor por convecção só é possível:

a) no vácuo
b) nos sólidos
c) nos líquidos
d) nos gases
e) nos fluidos em geral.
Sobre os processos de propagação de calor, analise as
alternativas a seguir e marque a incorreta:
a) a convecção é observada em líquidos e gases.
b) a condução de calor pode ocorrer em meios materiais
e no vácuo.
c) o calor é uma forma de energia que pode se transferir
de um corpo para outro em virtude da diferença de
temperatura entre eles.
d) O processo de convecção térmica consiste na
movimentação de partes do fluido dentro do próprio
fluido em razão da diferença de densidade entre as
partes do fluido.
CÁLCULO DE CONVECÇÃO

onde: • para superfície horizontal, fluxo


qc — intensidade do fluxo térmico por convecção (W/m2); descendente
hc — coeficiente de trocas térmicas por convecção (W/m2°C); hc = 1,2 (W/m2°C);
t — temperatura do ar (°C); • para superfície vertical
θ — temperatura da superfície do sólido (parede) (°C),
hc = 4,7 (W/m2°C);
sendo que t > θ ou θ > t.
• para superfície horizontal, fluxo
ascendente
hc = 7 (W/m2°C).
CÁLCULO DE RADIAÇÃO

onde:
qr — intensidade do fluxo térmico por radiação (W/m2);
Para os materiais de construção
hr — coeficiente de trocas térmicas por radiação (W/m2°C);
correntes, sem brilho metálico,
θ — temperatura da superfície da parede considerada (°C);
pode-se adotar hr = 5 (W/m2°C).
θr — temperatura radiante relativa às demais superfícies (°C).
CÁLCULO DE CONDUÇÃO θe ≠ θi

onde:

e — espessura da parede (m);


θe — temperatura da superfície externa da envolvente (°C);
θi — temperatura da superfície interna da envolvente (°C);
λ — coeficiente e condutibilidade térmica do material (W/m°C).
r – resistência térmica específica da parede (m2°C/W)
• densidade do material — a matéria é sempre muito mais
condutora que o ar contido em seus poros;
• natureza química do material — os materiais amorfos são
geralmente menos condutores que os cristalinos;
• a umidade do material — a água é mais condutora que o ar.
CONDUTÂNCIA TÉRMICA SUPERFICIAL
engloba as trocas térmicas que se dão à superfície da parede.

O coeficiente de condutância térmica superficial expressa as trocas de calor por convecção


e por radiação.

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