Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 1/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 2/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
dissipador para o ambiente por convecção natural. Observa-se na Figura 2(b) que o
circuito térmico equivalente pode ser representado por meio das resistências térmicas e
das temperaturas envolvidas no sistema. Tais resistências surgem devido às diferenças de
materiais e às conexões mecânicas não ideais, di cultando a transferência de calor entre a
junção e o ambiente. Vale destacar ainda que esse modelo só é válido para regime
permanente, quando as temperaturas já atingiram o equilíbrio.
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 3/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
(1)
Quando não utilizamos o dissipador, o calor circula da junção para o ambiente através do
encapsulamento. Nesse caso, o circuito térmico se resume apenas à resistência Rjc em
série com Rca, sendo estes parâmetros encontrados no datasheet do componente. Com
base nisso, podemos descrever o circuito térmico equivalente sem o dissipador, da
seguinte forma:
(2)
Uma maneira de veri car se o componente irá precisar do dissipador de calor é estimando
a temperatura de junção para a aplicação em especí co. Uma vez que os fabricantes já
disponibilizam o valor da resistência entre junção e ambiente (Rja) desconsiderando o
dissipador, basta isolarmos a temperatura Tj da equação (2), obtendo
(3)
onde a temperatura ambiente, Ta, pode ser escolhida entre 35°C e 45°C para aplicações
em ambientes ventilados, ou entre 50°C e 60°C para aplicações onde o componente irá
operar dentro de um gabinete ou próximo de outros equipamentos que geram calor.
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 4/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
O uso do dissipador de calor insere uma baixa resistência térmica em paralelo com a
resistência Rca do componente, como ilustrado na Figura 2(b). Tal associação permite
reduzir a resistência equivalente entre encapsulamento e ambiente e, assim, reduzir as
temperaturas da cápsula e da junção. Eventualmente se omite o valor da resistência
térmica entre encapsulamento e ambiente caso seu valor seja elevado comparado à
resistência térmica do dissipador [1], o que normalmente é. Porém, mesmo que não seja,
podemos omiti-la para simpli car os cálculos e ainda garantir um projeto mais conservador
e seguro, já que o dissipador cará levemente sobredimensionado.
(4)
Ao isolar Rda da equação acima, de nimos a expressão que permite calcular a resistência
térmica máxima do dissipador de calor:
(5)
Se o valor encontrado acima não for comercial, devemos escolher um valor menor e mais
próximo do calculado (um bom catalogo para isso é o da empresa HS Dissipadores). Cabe
salientar que o valor da resistência Rjc é fornecido no datasheet do componente. Já o valor
da resistência Rcd, também conhecida como resistência de interface, vai depender do
material utilizado para separar o encapsulamento do dissipador de calor. A Tabela 1 mostra
uma relação de materiais típicos, com suas respectivas resistências térmicas, para
diferentes formatos de encapsulamento.
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 5/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
E para car mais claro tudo isso, o vídeo a seguir mostra um exemplo numérico utilizando
simulações no software LTspice.
Quanto ao projeto, podemos considerar a princípio que cada componente possui o seu
próprio circuito térmico, conforme ilustrado na Figura 3.
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 7/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
(6)
Na prática, todavia, cada componente pode contribuir de forma diferente para o aumento
da temperatura do dissipador; e como eles estarão compartilhando o mesmo dissipador,
também irão compartilhar a máxima temperatura gerada entre eles. Logo, é importante
conhecer a temperatura que cada componente provocaria no dissipador, utilizando a
seguinte expressão
(7)
onde Rjc,i e Rcd,i são as resistências térmicas, Pi é a potência dissipada e Tj,i é a máxima
temperatura de junção para determinado componente.
A m de evitar que um dado componente opere com uma temperatura acima de seu limite,
iremos adotar o valor mínimo (Td,min) encontrado a partir da equação anterior. Assim,
temos que
(8)
E, nalmente:
(9)
É claro que procedendo dessa maneira, alguns componentes poderão operar com bastante
folga, enquanto outros irão operar próximos da temperatura máxima estabelecida. Mas
não há nenhum inconveniente sério quanto a isso. Ademais, é interessante observar pela
equação (9) que quanto menor Td,min, menor será Rda,eq e, consequentemente, maior
será a área necessária para o dissipador.
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 8/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
Ainda cou com dúvidas? Então experimente assistir o vídeo abaixo. Nele eu mostro como
dimensionar um dissipador de calor para dois transistores MOSFETs, utilizando um
conversor Buck síncrono como exemplo.
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 9/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
Figura 5. Uso de ventoinha de resfriamento para melhorar a transferência de calor: (a) exemplo de
aplicação e (b) curva característica que relaciona o fator multiplicativo da resistência térmica do
dissipador com a velocidade de deslocamento do ar em m/s [1].
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 10/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
De modo geral, utiliza-se placas metálicas de cobre ou alumínio, por onde circula o líquido
refrigerante em dutos ocos soldados às placas, conforme ilustra a Figura 6.
O líquido mais utilizado nesses casos é a própria água, tendo em vista seu bom
desempenho em termos de densidade, viscosidade, condutividade térmica e calor
especí co [2]. Para aplicações de longa duração, é preferível utilizar água destilada ou
deionizada, a m de prevenir a corrosão e sedimentação dos dutos. Além disso, se a
temperatura esperada puder superar o ponto de ebulição ou cair abaixo do ponto de
solidi cação, deve-se adicionar outro líquido à água como o “ethylene glycol”, o que
também previne a corrosão dos dutos [1].
Resumão
Para sintetizar todo o conteúdo apresentado até aqui, podemos dividir os procedimentos
de cálculo para o projeto de um dissipador individual, resfriado por convecção natural, em
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 11/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
PASSO 1: Calcular a potência que será dissipada no componente. Isso vai depender da
aplicação e do tipo de componente a ser usado. Nos artigos sobre Diodo de Potência e
Transistor MOSFET, você vai encontrar os cálculos necessários para esses dois tipos de
semicondutores.
Além desses passos, é importante para o projetista adotar alguns critérios de projeto, que
são estabelecidos em função da experiência do pro ssional. Na referência [2], o autor
recomenta as seguintes sugestões para quem está iniciando nesta área da Eletrônica de
Potência:
2. Nas situações em que a temperatura ambiente não é conhecida, adotar um valor entre
35°C e 45°C. Caso o componente se encontre dentro de um gabinete ou próximo de
outros equipamentos que geram calor, adotar uma temperatura na faixa de 50°C a
60°C.
4. O emprego da pasta térmica é sempre recomendado e sua resistência térmica deve ser
considerada.
5. Sempre que possível, os dissipadores devem ser montados na vertical para permitir a
passagem do ar com maior e cácia.
Referências
[1] J. A. Pomilio. “Dimensionamento de Sistemas de Dissipação de Calor para Dispositivos
Semicondutores de Potência”. Eletrônica de Potência – Capítulo 11, DSCE-FEEC-
UNICAMP, 2009.
[3] E. N. Lurch. “Fundamentos de Eletrônica – Parte II”. Livros Técnicos e Cientí cos Editora
S.A., 1984.
[4] S. D. Steinberg. “Cooling techniques for electronic equipment.” 2. ed. Nova York: John
Wiley & Sons, Inc., 1991.
[5] Semikron. “Estimation of Liquid Cooled Heat Sink Performance at Different Operation
Conditions”. Application Note AN1501.
Compartilhe isso:
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 13/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
Mais
Relacionado
← ANTERIOR
Circuitos Integrados Para Acionamento de
Transistores MOSFET e IGBT
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 14/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
Buscar
POSTS RECENTES
CATEGORIAS
Controle Digital
Conversores Estáticos
Princípios de Controle
Semicondutores de Potência
Sistemas Fotovoltaicos
Tecnologias
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 15/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
ARQUIVOS
fevereiro 2021
novembro 2020
agosto 2020
julho 2020
maio 2020
abril 2020
fevereiro 2019
janeiro 2019
outubro 2018
setembro 2018
agosto 2018
Caio Moraes
Leandro B. K. Fisch
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 16/17
10/02/2021 Dissipador De Calor - O Guia Completo - Blog Eletrônica de Potência
Diodo de Potência
© 2021 BLOG ELETRÔNICA DE POTÊNCIA
https://eletronicadepotencia.com/dissipador-de-calor-o-guia-completo/ 17/17