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ATIVIDADE LABORATORIAL 3.

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Capacidade térmica mássica

QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

TRABALHO LABORATORIAL

QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

1. Que significa dizer que a capacidade térmica mássica do alumínio é


900 J kg−1 °C–1?

Significa que, para aumentar a temperatura de 1 °C (ou 1 K) a um


quilograma de alumínio, é necessário fornecer-lhe a energia de 900 J.

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

2. Dois recipientes de igual massa, A e B, um de alumínio e outro de latão,


estão inicialmente em equilíbrio térmico. Foram aquecidos numa estufa
durante o mesmo tempo, tendo B ficado a maior temperatura. Sabendo
que a capacidade térmica mássica do alumínio é superior à do latão, de
que material é feito o recipiente B?

B é feito do material de menor capacidade térmica, o latão.

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

3. Numa chaleira elétrica de 1500 W aqueceram-se 500 cm3 de água.


A temperatura da água elevou-se de 12 °C para 72 °C em 1,5 min.
(ρágua = 1,0 g cm−3, cágua = 4,18 × 103 J kg–1 °C–1)
a) De quanto aumentou a energia interna da água?
A massa da água é 500 g. A variação de energia interna pode
calcular-se por
E = m c T.
E = 0,500 kg × 4,18 × 103 J kg–1 °C–1 × (72 − 12) °C = 1,3 × 105 J
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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

b) Que energia disponibilizou a chaleira?


A chaleira disponibilizou a energia
E = P Δt = 1500 W × 1,5 × 60 s = 1,4× 105 J.

c) Por que razão o aumento de energia interna da água e a energia


disponibilizada pela chaleira são diferentes?
A chaleira forneceu energia para aquecer a água, mas também
para aquecer o material da chaleira e algum ar à sua volta. Daí os
valores serem diferentes.
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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

4. Observe o gráfico referente ao


aquecimento de um bloco de
500 g.
Determine a capacidade térmica
mássica do bloco.

Para uma variação de temperatura de 30 °C foi utilizada a energia de 6


kJ: E 6 × 103 J
c= = = 4,0 × 102 J kg−1 ℃−1
m ∆T 0,5 kg × (30 − 0) ℃ 6 de 26

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5. Suponha que se aquece um metal, utilizando um circuito elétrico com


uma resistência de aquecimento.
a) A partir das medições da corrente, I, e da diferença de potencial
elétrico nos terminais da resistência de aquecimento, U, obtenha a
expressão que permite determinar a energia disponibilizada ao fim
de um intervalo de tempo Δt.
E = U I t

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b) Que medições são necessárias para determinar a capacidade


térmica mássica do metal a partir da energia que ele recebe?

Conhecida a energia recebida, é necessário medir a massa do


metal e a sua variação de temperatura. Calcula-se a capacidade
E
térmica mássica por c = .
m ∆T

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Material
• conjunto de blocos calorimétricos
de metais diferentes;
• balança;
• termómetro (−10 °C a 110 °C);
• cronómetro;
• amperímetro, voltímetro, interruptor, reóstato, fios de ligação, fonte de
tensão, resistência de aquecimento (12 V, 50 W);
• base isoladora térmica (cortiça, esferovite, etc.);
• glicerina. 9 de 26

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Procedimento
1. Faça a medição da massa do bloco calorimétrico e da sua
temperatura inicial. Apresente as medidas atendendo às
incertezas de leitura.

mCu = (1,107  0,001) kg e TCu = (22,1  0,1) °C


mAℓ = (1,109  0,001) kg e TAℓ = (19,9  0,1) °C

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Procedimento
2. A figura mostra o esquema da
montagem que se utiliza para
determinar a capacidade térmica
mássica do metal que constitui o
bloco calorimétrico.
Para obter um melhor contacto térmico entre a resistência de
aquecimento e o bloco calorimétrico coloca-se glicerina à volta da
resistência (no orifício), pois a glicerina é melhor condutor térmico do
que o ar. 11 de 26

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Procedimento
O bloco calorimétrico deve colocar-se sobre uma base isoladora. Qual será
a razão deste procedimento?

O bloco calorimétrico transfere energia para a vizinhança. Através da base,


por condução, pode ser considerável a energia transferida para a superfície
de apoio (tampo da mesa). Para a minimizar, deve usar-se uma placa de
apoio que seja boa isoladora térmica.

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Procedimento
3. Os valores nominais da resistência de aquecimento são: 12 V, 50 W.
Quais são os valores máximos para a diferença de potencial elétrico e
para a corrente que ela pode suportar? Atendendo a esses valores e à
diferença de potencial que poderá ser fornecida pela fonte de tensão,
qual é a utilidade do reóstato no circuito?
Os valores das grandezas para as quais o condutor resistivo foi
dimensionado no seu funcionamento regular e normal são os valores
nominais: 12 V para a diferença de potencial elétrico e 50 W para a
potência. 13 de 26

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P 50 W
O valor nominal para a corrente elétrica é I = = = 4,2 A.
U 12 V
O condutor resistivo poderá suportar valores ligeiramente maiores do que
os nominais, mas não é conveniente isso acontecer, para garantir a
durabilidade do mesmo.
O reóstato tem a finalidade de controlar a corrente elétrica e a diferença de
potencial elétrico a que o condutor resistivo está submetido, de modo a que
não se ultrapassem os valores nominais.

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Procedimento
4. Escolha escalas adequadas no voltímetro e no amperímetro,
atendendo ao valor máximo da diferença de potencial e da corrente
que podem ser suportados pela resistência de aquecimento.

Com multímetros digitais, uma boa escala para o voltímetro é a


de 20 V e para o amperímetro a de 10 A.

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Procedimento
5. Com o circuito da figura pretende fazer-se medições que permitam obter
um gráfico da variação de temperatura do bloco em função da energia
que ele recebe, ao longo do tempo de aquecimento.
a) Como poderá determinar a potência disponibilizada pela resistência
de aquecimento a partir das medições nos aparelhos de medida do
circuito?
A potência elétrica, P, fornecida encontra-se pela multiplicação
dos valores medidos, a diferença de potencial elétrico, U, no
voltímetro, e a corrente elétrica, I, no amperímetro, P = U I. 16 de 26

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Procedimento
b) Construa uma tabela que permita registar: as medidas dos aparelhos do
circuito, o tempo de aquecimento, a variação de temperatura do bloco e
a energia recebida por ele, supondo que toda a energia disponibilizada
pela resistência de aquecimento é aproveitada para o aquecimento do
bloco. Indique as incertezas de leitura nas medições diretas.

U/V I/A t/s E/J T / °C

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Procedimento
6. Construa a montagem do circuito.
Feche o circuito e ajuste o reóstato
de modo a que o voltímetro não
marque mais de 10 V. Obtenha as
medidas nos aparelhos de medida
de 30 em 30 segundos, durante
cerca de 5 minutos.
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Procedimento
7. Desligue o interruptor (não retire a resistência antes de ela arrefecer) e
verifique que a temperatura do bloco ainda continua a subir. Qual será a
razão desta subida?
Tanto o bloco como o material do condutor resistivo ficam a temperaturas altas.
Por condução é transferida energia do material do condutor resistivo para o bloco
calorimétrico, a qual não cessa assim que se desliga a fonte, pois o material do
condutor resistivo ainda está a uma temperatura bastante superior à do bloco.
Deixando o condutor resistivo no interior do bloco, mesmo após ter desligado o
interruptor, pode verificar-se que a temperatura aumenta ligeiramente. 19 de 26

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1. Complete as tabelas de dados experimentais com os valores das energias.


U/V I/A t/s E/J T / °C
9,98 3,14 30 940 0,5
9,95 3,14 60 1875 1,4
9,95 3,14 90 2812 2,4
9,95 3,14 120 3749 3,4
9,95 3,14 150 4687 4,4
9,95 3,14 180 5624 5,2
9,94 3,13 210 6534 6,1
9,94 3,13 240 7467 7,0
9,93 3,12 270 8365 7,9
9,92 3,12 300 9285 8,8 20 de 26

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2. Construa o gráfico (de pontos) da variação de temperatura em função


da energia recebida no aquecimento. O gráfico obtido está de acordo
com a previsão teórica?
Mostra-se ao lado o
gráfico obtido com um
bloco de alumínio, de
1,109 kg, e com outro
de cobre, de 1,107 kg.

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3. Determine a reta de ajuste aos dados experimentais e, a partir da sua


equação, obtenha a capacidade térmica mássica do material que
constitui o bloco.

As retas de ajuste são traduzidas nas expressões


𝑦 = 9,94 × 10−4 𝑥 − 0,39, para o alumínio, e 𝑦 = 2,01 × 10−3 𝑥 − 1,46,
para o cobre.
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A expressão do modelo teórico é ∆T = m c E e o declive da reta com
1
pontos (E; T) é m c.
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Note-se que, nas expressões obtidas por regressão linear, as


ordenadas na origem (𝑦 para 𝑥 = 0) não são nulas. Isso resulta de
incertezas experimentais.
As capacidades térmicas mássicas são

1
cAl = 1,109 ×9 ,94×10−4 = 9,1×102 J kg −1 ℃−1 , para o alumínio,

1
e cCu = 1,107 × 2,01×10−3 = 4,5×102 J kg −1 ℃−1 , para o cobre.
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4. Avalie a exatidão do valor obtido a partir do erro percentual.

Valores tabelados: cAl = 900 J kg −1 ℃−1 e cCu = 386 J kg −1 ℃−1 ;


910 − 900
os erros percentuais nos valores encontrados são 900 =
450 − 386
1,1%, para o alumínio, e 386 = 17%, para o cobre. O valor
encontrado para a capacidade térmica mássica do alumínio é muito
próximo do tabelado, o que não aconteceu para o cobre.

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5. Identifique erros experimentais na atividade que possam justificar


discrepâncias entre o resultado obtido e o valor tabelado tendo em
conta fatores como, por exemplo, as transferências de energia
ocorridas, o facto de o material poder conter impurezas ou
composição variável (como o latão), etc.
Relativamente aos resultados indicados, a discrepância observada
para o alumínio é insignificante, mas não o é para o cobre.
Provavelmente, para isso terá contribuído a variação de temperatura
registada para o cobre ser o dobro da do alumínio. 25 de 26

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

Assim, estando o cobre a temperaturas mais elevadas, terá sido


transferida mais energia para o ambiente do que com o alumínio.
Isso conduz a que a variação de temperatura do bloco de cobre
seja menor do que a que teria ocorrido se toda a energia cedida
pelo condutor resistivo fosse absorvida pelo bloco e não tivesse
sido transferida parte dela para o ambiente.
Consequentemente, obteve-se um valor para a capacidade térmica
mássica maior do que o esperado. Aquela transferência terá sido a
principal fonte de erro. 26 de 26

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