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ATIVIDADE LABORATORIAL 2.

1
Características de uma pilha

QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

TRABALHO LABORATORIAL

QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

1. Uma pilha é um gerador de tensão contínua. Este gerador diz-se


eletroquímico pois o movimento orientado de iões que nele ocorre tem
origem em reações químicas.
Alessandro Volta Construiu uma célula eletroquímica formada por dois
metais diferentes (zinco e cobre), chamados elétrodos, em contacto
com uma solução boa condutora, chamada eletrólito (por exemplo, uma
solução ligeiramente ácida). O conjunto destas células «empilhadas»
passou a ser designado por pilha. Dê exemplos de elétrodos e de
soluções que possam ser eletrólitos. 2 de 24

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

1.
Exemplo de elétrodos: metais zinco e cobre, níquel e cádmio, lítio ou
carbono (grafite, carvão); exemplo de eletrólitos: soluções contendo
iões, como soluções alcalinas (hidróxido de potássio) ou ácidas
(ácido sulfúrico).

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

2. Que grandezas físicas caracterizam uma pilha? Indique o seu


significado físico.
Caracterizam a pilha a sua resistência interna, r, e a sua força
eletromotriz, ε.
A resistência interna indica a energia dissipada na pilha, por efeito
Joule, por corrente elétrica e por carga que a atravessa. A força
eletromotriz é a energia elétrica produzida no gerador por carga
elétrica que o atravessa (ou a potência elétrica produzida no
gerador por corrente elétrica). 4 de 24

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

3. Considere um circuito com um gerador e um condutor puramente


resistivo de resistência R variável.
a) Como poderia, a partir de uma medição direta, medir a força
eletromotriz da pilha? Justifique esse procedimento.
A força eletromotriz de uma pilha pode medir-se diretamente ligando aos
seus polos as pontas de um voltímetro. Este procedimento funciona porque
o voltímetro possui uma resistência elétrica muito elevada (da ordem dos
10 MΩ ou maior) e, por isso, quando é ligado à pilha, a corrente elétrica é
muito reduzida, sendo desprezável a diminuição da tensão nos terminais da
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pilha devido à resistência interna.
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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

3. Considere um circuito com um gerador e um condutor puramente


resistivo de resistência R variável.
b) Qual é a expressão da diferença de potencial fornecida pelo
gerador em função de grandezas elétricas do circuito?

Tendo em conta as grandezas elétricas do gerador e a corrente


elétrica, a expressão é U=ε-rI.

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

3. Considere um circuito com um gerador e um condutor puramente


resistivo de resistência R variável.
c) Esboce a curva característica da pilha, isto é, o gráfico da
função U (I).

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QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

3. Considere um circuito com um gerador e um condutor puramente


resistivo de resistência R variável.
d) Para obter a curva característica da pilha é necessário fazer
variar a corrente. Varia-se assim, também, a diferença de potencial
nos terminais da pilha. Para tal deve haver uma resistência
variável no circuito. Dê exemplos de dispositivos que permitam
variar a resistência num circuito.
Um reóstato ou um potenciómetro são dispositivos de resistência
variável e podem ser usados com a finalidade pretendida. 8 de 24

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TRABALHO LABORATORIAL

Material

• Pilhas de 9 V
• Amperímetro
• Voltímetro
• Fios de ligação
• Interruptor
• Crocodilos
• Reóstato
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TRABALHO LABORATORIAL

Procedimento
1. Monte o circuito de acordo com o esquema:

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Procedimento
2. Selecione as escalas adequadas no voltímetro e no amperímetro.
3. Com o circuito desligado, coloque o reóstato no seu valor máximo de
resistência.
4. Registe numa tabela os valores de U e I, em unidades SI, indicando
as respetivas incertezas de leitura dos aparelhos de medida.
5. Diminua a resistência do reóstato e adquira, pelo menos, sete
conjuntos de dados experimentais. 11 de 24

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

1. A partir da tabela de dados experimentais, desenhe o gráfico U (I).


O gráfico obtido está de acordo com a previsão teórica?

I / mA
14,5 15,7 17,7 20,0 23,0 26,9 32,7 39,7
( 0,1 mA)

I/A 0,0145 0,0157 0,0177 0,0200 0,0230 0,0269 0,0327 0,0397


( 0,0001 A)

U/V 9,47 9,46 9,44 9,42 9,40 9,37 9,33 9,28


( 0,01 V)

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

Note-se que, nos eixos do gráfico,


a origem das tensões é 9,00 V e a
das correntes é 0,010 A. O gráfico
evidencia uma relação linear entre
a tensão e a corrente, tal como
esperado pelo modelo teórico. O
valor encontrado para R2 (0,998),
quando os dados se ajustam a
uma função linear, mostra ainda
que a correlação é forte. 13 de 24

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

2. Determine a reta de ajuste aos dados experimentais e obtenha, a


partir da sua equação, a resistência interna e a força eletromotriz
da pilha.

A equação da reta de ajuste é:


𝑦 = −7,476𝑥 + 9,574 ou U = –7,476 I + 9,574 V
Comparando com o modelo teórico U = –𝑟 I + , e atendendo aos
algarismos significativos, conclui-se que a pilha tem de resistência
interna 7,48  e de força eletromotriz 9,57 V.
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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

3. Compare o valor da força eletromotriz obtido com o valor da medição


direta. São muito diferentes? Como explica essa diferença?

Em circuito aberto, apenas com o voltímetro ligado à pilha, mediu-se


9,58 V para a força eletromotriz.
Comparando com o valor obtido a partir do ajuste dos dados, há uma
diferença de 0,01 V, que é igual à incerteza de leitura na tensão.
Neste caso, a diferença encontrada é desprezável.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

4. Com o uso, geralmente a força eletromotriz de uma pilha diminui e a


resistência interna aumenta. Verifique se isso ocorreu comparando
os resultados obtidos com pilhas novas e velhas.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

4.
O gráfico característico da pilha usada evidencia que esta
apresenta menor força eletromotriz do que a nova e um aumento
significativo na resistência interna. Para uma dada corrente (ou
para uma dada tensão), uma pilha usada disponibiliza menos
potência e a percentagem da potência dissipada na própria pilha é
maior do que numa pilha nova.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

5. Em que condições a pilha transfere mais rapidamente energia para


o circuito, quando a resistência no circuito é grande ou pequena?
Justifique.
A energia transferida (num dado intervalo de tempo) para um
circuito com resistência constante é diretamente proporcional ao
quadrado da corrente elétrica, sendo a corrente maior quando a
resistência do circuito é menor.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

5.
Com resistência menores (desde que maiores do que a resistência
interna da pilha), a energia é transferida mais rapidamente para o
circuito, o que explica que, quando usadas nesta situação, as pilhas
tenham de ser substituídas com maior frequência.
Para circuitos com resistências inferiores à resistência interna da
pilha, a maior parte da energia é dissipada no interior da pilha, assim
esta tende não só a gastar-se mais rapidamente como também a
sobreaquecer, ficando totalmente inutilizável.
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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

5.
A potência elétrica total produzida pela pilha aumenta sempre que a
resistência do circuito diminui. Para um circuito com resistência
inferior à resistência interna da pilha, a maior parte da energia é
dissipada no interior da pilha.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

6. Um grupo de alunos construiu o gráfico U (I) para uma pilha e


obteve para a reta de ajuste a equação y = −0,52 x + 3,9. Traçaram
também o gráfico da potência útil da pilha, P, em função da
resistência introduzida no circuito, R, obtendo o gráfico ao lado.
Comente a seguinte afirmação: “A potência útil da pilha é máxima
quando a resistência introduzida no circuito é semelhante à
resistência interna da pilha”.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

6.
De acordo com a equação de ajuste encontrada, a resistência
interna da pilha será 0,52 Ω. No gráfico P (R) , da potência fornecida
pela pilha ao circuito em função da resistência deste, verifica-se um
máximo de potência para uma resistência próxima da resistência
interna da pilha. Desta forma a afirmação apresenta uma boa
correlação com o constatado.

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

7. Observe a figura seguinte: é


possível acender um LED com
os quatro limões, mas o
mesmo poderá não acontecer
com uma lâmpada de fio de
tungsténio. Qual será a razão?

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QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

7.
O LED é um dispositivo muito eficaz para emitir luz. Contrariamente a
uma lâmpada de fio de tungsténio (volfrâmio), o LED emite luz quando a
potência que lhe é fornecida é baixa. A associação em série de limões e
elétrodos (pilhas) disponibiliza a mesma força eletromotriz, quer ligada a
um LED quer a uma lâmpada de filamento de tungsténio. No LED, a
corrente é suficiente para ele acender – da ordem de uma ou duas
dezenas de miliamperes. Na lâmpada de fio de tungsténio, a corrente é
insuficiente para ela acender – necessitaria de correntes elétricas da
ordem das centenas de miliamperes. 24 de 24

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