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Eletricidade Aplicada - Engenharia Química

Aluna: Gabriela Pozzebon Data: 18/11/2021


Professor: Eloir De Carli

Relatório – Associação de Resistores em Série e Paralelo

Introdução

De acordo Helerbrock [20--] um circuito elétrico é uma ligação de dispositivos


realizada a partir de um fio condutor, o qual permite a passagem de cargas elétricas pelos
elementos do circuito graças à aplicação de uma diferença de potencial elétrico, produzida
por uma fonte de tensão. Os circuitos elétricos podem ser em série, paralelo ou misto (em
série e em paralelo).

No circuito em série, há apenas um único caminho para a passagem de elétrons, em


decorrência disso a corrente elétrica no circuito será a mesma sobre todas as cargas. Já a
diferença de potencial, no caso das resistências das cargas serem diferentes, não será igual
sobre as cargas já que quanto maior a resistência, maior será a tensão, isso porque a
corrente sempre é a mesma para todas as cargas (MATTEDE, [202-]).

No entanto, segundo o circuito paralelo, Mattede [202-] afirma:

O circuito em paralelo também é composto por duas ou mais cargas, porém


diferente do circuito em série, todas essas cargas possuem o mesmo ponto em
comum, ou seja, há um ponto de derivação para todas elas, fazendo com que o
fluxo da corrente elétrica separe proporcionalmente para cada carga, de acordo
com o valor de sua resistência.
Com o objetivo de pôr em prática o conhecimento adquirido sobre circuitos elétricos,
no dia 11 de novembro de 2021, no Campus Feliz, houve a realização da atividade
experimental a fim de determinar a resistência equivalente de circuitos em série e paralelo
e constatar, experimentalmente, as propriedades relativas à tensão e corrente de cada
associação, utilizando os equipamentos necessários e roteiro auxiliar.

Procedimento Experimental

Seguindo o roteiro sobre a associação de resistores em série e paralelo disponibilizado


no ambiente virtual do Moodle, é necessário para a realização do procedimento
experimental alguns equipamentos:
 Fonte;
 Resistores;
 Multímetro;
 Jumper;
 Cabos;

O experimento em si foi subdividido essencialmente em três partes que serão


elucidadas abaixo e que constam no roteiro:

1. Associação em série: Nessa primeira etapa, foi necessário calcular previamente o


valor teórico, utilizando o código de cores, de quatro resistores. Após isso, foi feita a
medição do valor de cada resistor com o multímetro.

Feito isso, o circuito foi montado conforme a Figura 1, utilizando 4 resistores em uma
protoboard.

Figura 1: Diagrama elétrico da associação em série.

Fonte: Autor próprio baseado no roteiro.

Após montar o circuito, foi feito o cálculo do valor teórico da resistência equivalente
e feita a medição com o multímetro para verificar esse valor experimentalmente.

Posteriormente, o circuito foi ligado a uma fonte, conforme a Figura 2:

Figura 2: Diagrama elétrico da associação em série com uma fonte.

Fonte: Autor próprio baseado no roteiro.

Aqui, foi feita a medição da diferença de potencial da fonte utilizando o


multímetro e, com o valor obtido, foram realizados os cálculos teóricos da corrente
elétrica do circuito, da diferença de potencial em cada resistor e da potência de cada
resistor. Em seguida, foi feita a verificação dos resultados obtidos da corrente elétrica
do circuito e da diferença de potencial em cada resistor que foram calculados na teoria,
utilizando o multímetro.

2. Associação em paralelo: Nesta parte do experimento, foi efetuado o cálculo,


utilizando o código de cores, de três resistores. Após, foi realizada a medição do valor
de cada resistência utilizando o multímetro.

Prontamente, o circuito conforme a Figura 3 foi montado, utilizando-se dos três


resistores na placa protoboard.

Figura 3: Diagrama elétrico da associação em paralelo.

Fonte: Autor próprio baseado no roteiro.

Após isso, foi feito o cálculo do valor teórico da resistência equivalente e também,
com a ajuda do multímetro, foi realizada a medição do valor experimental da resistência
equivalente do mesmo circuito.

Feito isso, o circuito foi ligado a uma fonte, conforme a Figura 4:


Figura 4: Diagrama elétrico da associação em paralelo com uma fonte.

Fonte: Autor próprio baseado no roteiro.

Com o circuito montado, foi feita a medição do valor da diferença de potencial da fonte
e com esse valor, foram realizados os cálculos teóricos da corrente elétrica total do
circuito, da corrente elétrica em cada resistor, da diferença de potencial em cada resistor
e da potência de cada resistor.

Em seguida, utilizando-se do multímetro, foram realizadas as medidas experimentais


da corrente elétrica total do circuito, da corrente elétrica em cada resistor e da diferença
de potencial em cada resistor a fim de comparar com os valores obtidos teoricamente.

3. Análise dos resultados e conclusões: Nessa última etapa de procedimentos,


analisando os valores experimentais e teóricos obtidos durante as etapas anteriores, foi
feita uma verificação para avaliar se os valores estão dentro de uma margem de erro
aceitável.

Resultados e Discussão

Seguindo o primeiro procedimento do roteiro, a Figura 5 mostra o circuito elétrico da


associação série.

Figura 5: Circuito elétrico da associação em série.

Fonte: Imagem do autor.


Todos os valores obtidos teoricamente e experimentalmente podem ser observados na
Tabela 1 onde há a comparação dos resultados.

Tabela 1: Comparativo entre as resistências em série.

R1 (Ω) R2 (Ω) R3 (Ω) R4 (Ω) R (Ω)


(Equivalente)

Teórico 100 300 180 200 780

Experimental 99,6 296 175,4 196 767

Fonte: Autor próprio.

Percebe-se que experimentalmente a resistência equivalente (767 Ω) foi um pouco


menor do que a calculada previamente através da soma das resistências (780 Ω). Isso
ocorre, pois cada resistor possui uma tolerância para mais ou para menos do seu valor
indicado.

Agora, a Figura 6 abaixo mostra o circuito ligado em série a uma fonte.

Figura 6: Circuito elétrico da associação em série com uma fonte.

Fonte: Imagem do autor.


Os valores teóricos e experimentais obtidos da corrente elétrica (i) do circuito, da
diferença de potencial (U) em cada resistor e da potência (P) de cada resistor podem ser
verificados na Tabela 2 abaixo:

Tabela 2: Comparativo dos valores teóricos e experimentais

R1 R2 R3 R4 Total

Teórico i (mA) 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30

U (V) 0,63 1,89 1,13 1,26 4,91

P (W) 0,0004 0,012 0,0007 0,0008 0,03

Experimental i (mA) 6,30 6,30 6,30 6,30 6,30

U (V) 0,64 1,91 1,12 1,27 4,94

Fonte: Autor próprio.

Apesar da tensão da fonte indicada no protoboard ser de 5V, normalmente há uma


dissipação dessa energia e, por isso, na medição da diferença de potencial da fonte foi
encontrado 4,91V.

Por ser um circuito em série, a corrente elétrica que passa em todos os resistores é a
mesma igual a 6,30mA. Já a diferença de potencial aumenta em cada resistor conforme
maior a resistência no mesmo já que a corrente elétrica é a mesma para todos. A potência,
por ser o produto da corrente elétrica pela tensão, também aumenta quanto maior for a
diferença de potencial.

Na segunda etapa, a associação passou a ser em paralelo conforme a Figura 7.


Figura 7: Circuito elétrico da associação em paralelo.

Fonte: Imagem do autor.

Após feitas as medidas teóricas e experimentais das resistências, a Tabela 3 nos elucida
melhor os resultados obtidos em cada medição.

Tabela 3: Comparativo entre as resistências em paralelo.

R1 (Ω) R2 (Ω) R3 (Ω) R (Ω)


(Equivalente)

Teórico 100 200 300 54,5

Experimental 99,5 198 298 54,2

Fonte: Autor próprio.

Percebe-se que experimentalmente a resistência equivalente (54,5 Ω) foi um pouco


menor do que a calculada previamente (54,2 Ω). Isso ocorre, pois como já foi explicado
anteriormente, cada resistor possui uma tolerância para mais ou para menos do seu valor
indicado.

Posteriormente, o circuito foi montado conforme a Figura 8 onde foi acoplada uma
fonte ao circuito.
Figura 8: Circuito elétrico da associação em paralelo com uma fonte.

Fonte: Imagem do autor.

As medidas teóricas obtidas a partir dele de corrente elétrica (i) total, da corrente
elétrica em cada resistor, da diferença de potencial (U) em cada resistor e da potência (P)
de cada resistor são comparadas com as medidas experimentais na Tabela 4 abaixo.

Tabela 4: Comparativo dos valores teóricos e experimentais

R1 R2 R3 Total

Teórico i (A) 0,046 0,024 0,015 0,085

U (V) 4,66 4,66 4,66 4,66

P (W) 0,21 0,10 0,07 0,40

Experimental i (A) 0,04 0,024 0,015 0,08

U (V) 4,66 4,66 4,66 4,66

Fonte: Autor próprio.


Novamente, apesar da fonte da protoboard indicar 5V de tensão, experimentalmente
foi verificado que na verdade a diferença de potencial da fonte é de 4,66V. Essa tensão,
que por ser um circuito em paralelo, é igual para todos os resistores.

No entanto, a corrente elétrica varia. Quanto maior o valor do resistor menor é a


passagem de corrente elétrica nele. Ademais, quanto maior a corrente elétrica no resistor
maior é a potência nele.

Avaliando os dados obtidos na teoria e na prática, verificou-se que todos estão dentro
de uma margem de erro aceitável, variando de modo muito sutil.

Fontes de erro

É claro que o experimento busca ser o mais real e assertivo possível, no entanto, no
decorrer do experimento diversas discrepâncias podem ter ocorrido devido a possíveis
falhas nos equipamentos, no modo de manuseio, má interpretação de resultados, entre
outras.

Conclusão

Os dados obtidos através dos procedimentos experimentais nos revelam que em todos
os resistores utilizados há uma tolerância que varia para mais ou para menos do valor
indicado. Ademais, percebe-se que em associações em série quanto maior o valor do
resistor, maior será a sua tensão e potência. Já em associações em paralelo, quanto maior
o valor do resistor menor é a sua intensidade de corrente elétrica e potência. Essas
informações foram comprovadas teoricamente e também experimentalmente com uma
pequena margem de erro.

Em suma, o estudo dos circuitos elétricos, seja em série ou paralelo, é uma base
extremamente relevante na física e representa grande importância para o avanço da
tecnologia que visualizamos hodiernamente em todo o mundo.

Referências

- HELERBROCK, Rafael. Circuito Elétrico. [20--]. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/circuito-eletrico.htm. Acesso em: 11 de
novembro de 2021.
- MATTEDE, Henrique. Diferenças entre circuito série e paralelo. [202-].
Disponível em:https://www.mundodaeletrica.com.br/diferencas-entre-circuito-serie-e-
paralelo/. Acesso em: 11 de novembro de 2021.

- ROTEIRO. Roteiro de associação de resistores em série e paralelo. 2021.


Disponível em:
https://moodle.feliz.ifrs.edu.br/pluginfile.php/120804/mod_resource/content/2/Associa
%C3%A7%C3%A3o%20de%20Resistores%20Roteiro.pdf. Acesso em: 11 de novembro
de 2021.

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