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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

PRÁTICA: RESISTÊNCIA ELÉTRICA

Autores: Bianca Assis de Andrade – 86921


Vinícius Gabriel Soares - 78099
Jaqueline Pinheiro Quintão - 77468
Paulete Aparecida Freitas - 66560
Rafaela Freitas Guilherme - 74290

Relatório referente à Prática de FIS 120,


apresentado à Universidade Federal de Viçosa,
como parte das exigências da disciplina.

VIÇOSA
MINAS GERAIS – BRASIL
Junho/2017

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OBJETIVOS

Verificar e quantificar a resistência elétrica, observando as implicações das dimensões do fio


sobre ela.

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INTRODUÇÃO

Aplicando-se a mesma Diferença De Potencial(D.D.P) aos extremos de duas barras


condutoras iguais e de diferentes materiais, observa-se que as correntes resultantes são muito
diferentes. Nesse caso, uma característica do muito relevante do condutor é a sua resistência
elétrica. Segundo Halliday(2013) determina-se a resistência de um condutor entre dois pontos
quaisquer, aplicando uma diferença de potencial V entre esses pontos e medindo a corrente i
resultante(HALLIDAY, 2013). Assim temos a seguinte relação para determinar a resistência
elétrica:
V
R= (1)
I
Sendo a unidade de medida da resistência elétrica, no Sistema Internacional (S.I) o Ohm
(Ω).
1V
(1 Ω )= (2)
1A
Uma característica intrínseca de cada material, ou seja, que define o quanto um material
opõe-se a passagem de corrente elétrica é a resistividade, frequentemente representada por (
ρ ), quanto mais baixa for a resistividade mais facilmente o material permite passagem do
fluxo ordenado de elétrons em seu interior.

Cada substância apresenta um valor específico para a resistividade, que por sua vez, varia
com a temperatura, sendo o valor:

ρ = ρ0(1+αΔT) (3)

Tomando um fio condutor de comprimento (L) e seção reta uniforme de área (A), como
indica a figura 1. A diferença de potencial entre suas extremidades é V e i acorrente elétrica no
fio. A medida que corrente elétrica flui no fio, ocorre perda de energia potencial elétrica.

Figura 1: Condutor com seção de reta uniforme de área A e comprimento L.

Relaciona-se o valor da corrente i a diferença de potencial V da seguinte forma: i = JA e V


= EL, utilizando a equação 1 e a equação, tem-se:

V EL L V i
= = ρ ou =ρ (4)
i JA A L A

Assim, pode-se escrever R como:

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L
R=ρ (5)
A

Muitas vezes torna-se necessária a utilização de resistores cujas resistências elétricas são
diferentes daquelas encontradas em laboratórios. Para resolver esse problema, faz-se uma
associação dos resistores disponíveis, obtendo-se, a partir desse procedimento, um outro
resistor, chamado de resistor equivalente, cuja resistência elétrica é a desejada.

Podemos classificar essas associações em série ou em paralelo.

 Associação em série: ligá-los em um único trajeto, ou seja:

Figura 2: associação dos resistores em série.


Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda
a extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor variará conforme a
resistência deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:

Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:

Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é
possível concluir que a resistência total é:

(6)

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 Associação em paralelo: Ligar um resistor em paralelo significa basicamente
dividir a mesma fonte de corrente, de modo que a DDP em cada ponto seja
conservada.

Usualmente as ligações em paralelo são representadas por:

Figura 3: associação dos resistores em paralelo.

Como mostra a figura, a intensidade total de corrente do circuito é igual à soma das
intensidades medidas sobre cada resistor, ou seja:

Pela 1ª lei de ohm:

E por esta expressão, já que a intensidade da corrente e a tensão são mantidas, podemos
concluir que a resistência total em um circuito em paralelo é dada por:

,, (7)

onde R1, R2 e R3 são as resistências elétricas dos resistores associados.

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METODOLOGIA

PRIMEIRA PARTE

Material utilizado

Multímetro, resistores variados em códigos de cores, fios de ligação.

Procedimento

Primeiramente, deve-se medir a resistência elétrica através de uma tabela que indica valores
de acordo com as cores encontradas no resistor. Sendo a mesma:

Figura 4: Resistor com código de cores.

Após a análise feita pelo código de cores, é feito usando o multímetro e os valores
encontrados são bem próximos.

SEGUNDA PARTE

Material utilizado

Resistores variando em códigos de cores, multímetro e fios de ligação.

Procedimento

Logo depois, foram analisados três resistores iguais em série.

Como feito na primeira parte, é analisado a resistência equivalente da associação, através do


método das cores, usando a figura 4.

Após esse experimento, foi feito associação em paralelo e associação mista, obtendo-se outra
relação.

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Figura 5: Montagem do experimento.

TERCEIRA PARTE

Material utilizado

Multímetro, painel de madeira com fio nicrômio, fios de ligação.

Procedimento

Primeiramente foi feito a montagem do experimento, ligando os fios do multímetro em um


lugar fixo e foi movido o outro fio que será a corrente contínua em cada extremidade dos
pontos A, B, C, D, E, F, G localizados no painel de madeira. Utilizou-se uma trena
milimetrada para medir a distância entre os dois primeiros contatos sucessivos do fio de
nicrômio e a respectiva resistência elétrica. E o valor encontrado foi L = 0.60m.

Figura 6: Montagem do experimento prático.

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Quando o fio foi movido, obteve-se a seguinte relação:

L (m) 0.60 1.20 1.80 2.40 3.00 3.60

R (Ω) 9.3 19.3 29.1 38.5 48.1 57.8

Tabela 1: Dados experimentais referentes ao terceiro experimento.

QUARTA PARTE

Material utilizado

Multímetro, fios de nicrômio, fios de ligação.

Procedimento

Parecido com o experimento anterior, mas desta vez mantem-se o comprimento do fio fixo e
varia a área da seção reta, medindo-se em cada caso a respectiva resistência elétrica. Da
mesma forma, obteve-se a seguinte relação:

A (m2) A 2A 3A 4A 5A 6A

1/A x 106 14.15 7.08 4.72 3.54 2.83 2.36


(m-2)

R (Ω) 9.3 4.3 3.1 2.4 2.1 1.8

Tabela 2: Dados experimentais referentes ao quarto experimento.

Sendo A = п x (0.3/2)2 m2

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RESULTADOS, ANÁLISES E DISCUSSÃO.

Primeira Parte

Cores Código de cores Multímetro

R1: R1: 10x10 Ω R1: 99.7 Ω


Castanho/Preto/Castanho/Dourado

R2: R2: 47 x 102 Ω R2: 4650 Ω


Amarelo/Violeta/Verde/Dourado

R3: Verde/Verde/Castanho/Dourado R3: 22x10 Ω R3: 222 Ω

Tabela 3: Dados experimentais referentes ao primeiro experimento.

Através da tabela 3 pode-se observar que o experimento usando o código de cores é próximo
ao experimento usando o multímetro.

Segunda Parte

Associação em série: Código de cores: Requivalente = 300 Ω e no multímetro foi encontrado


Requivalente = 299 Ω.

Associação em pararelo: Código de cores: Requivalente = 33.3 Ω e no multímetro foi encontrado


Requivalente = 33.4 Ω.

Associação mista: Código de cores: Requivalente = 150 Ω e no multímetro foi encontrado Requivalente
= 149.5 Ω.

E como na primeira parte, pode-se observar que os valores obtidos no código de cores é
aproximado dos valores obtidos no multímetro.

Terceira parte

A partir dos dados coletados na tabela 1, construiu-se o gráfico da função RΩ) versus L
(m), presente no anexo A, que por sua vez já é o gráfico linearizado, já que a função é linear.
Foi traçada a melhor reta visual, cujos parâmetros de sua equação foram calculados [anexo A]
e obtemos a partir dessa reta, seu coeficiente angular, a = 15.84 Ω/m , cujo significado físico
é ρ/A. Também obtemos o coeficiente linear b = 1.242 e este valor representa fisicamente
erros sistemáticos correspondentes aos aparelhos utilizados. E os valores de a e b também
podem ser calculados através da regressão linear na calculadora.

Relacionamento analítico entre R e L: y = (15.84 Ω/m)x + 1.242

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Com os cálculos feitos no anexo A, obteve o valor para a resistividade elétrica ρ do nicrômio
à temperatura ambiente, sendo ρ = 1.12 x 10-6 Ωm. Observou-se que os valores obtidos para ρ
apresentou um erro considerável, a saber, de 4%. E provável que estes erros sejam
provenientes de problemas com o equipamento e de erros experimentais. Além disso, também
foi observado na equação (5) que se o valor de L for dobrado, a resistência resultando será em
dobro. Isso também acontece com resistores em série.

Quarta Parte

A partir dos dados coletados na tabela 2, construiu-se o gráfico da função R Ω) versus 1/A
(m-2), presente no anexo B, que por sua vez já é o gráfico linearizado, já que a função é linear.
Foi traçada a melhor reta visual, cujos parâmetros de sua equação foram calculados [anexo B]
e obtemos a partir dessa reta, seu coeficiente angular, a = 6.22x10 -7 Ω/m2, cujo significado
físico é ρL. Também obtemos o coeficiente linear b = 0.41 e este valor representa fisicamente
erros sistemáticos correspondentes aos aparelhos utilizados. E os valores de a e b também
podem ser calculados através da regressão linear na calculadora.

Relacionamento analítico entre R e 1/A: y = ( 6.22x10-7 Ω/m2)x + 0.41

Com os cálculos feitos no anexo B, obteve o valor para a resistividade elétrica ρ do nicrômio
à temperatura ambiente, sendo ρ = 1.036x10-6Ωm. Observou-se que os valores obtidos para ρ
apresentou um erro considerável, a saber, de 11%. E provável que estes erros sejam
provenientes de problemas com o equipamento e de erros experimentais. Além disso, também
foi observado na equação (5) que o valor de A é inversamente proporcional a R. Isso acontece
quando os resistores são paralelos.

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CONCLUSÕES

O experimento executado atestou a eficácia do sistema de cores, pois através da tabela obteve-
se um valor próximo de quando usado o multímetro. E que quando os resistores estão em série
o erro é menor comparado ao experimento com resistores em paralelo.

Pode-se também verificar que quanto mais longo o fio, maior a sua resistência e quanto maior
sua espessura, menor será sua resistência.

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REFERÊNCIAS

1. Toginho Filho, D. O., Pantoja, J. C. S.; Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado


de Física Geral. Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina, Março de 2010

2. Halliday, D. Resnick, R. Walker, J. – Fundamentos de Física 3 – São Paulo: Livros


Técnicos e Cientificos Editora, 4ª Edição, 1996.

3. Só fisica – Associação de Resistores -. Disponível:


<http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrodinamica/associacaoderesist
ores.php> acesso em 18 de Junho de 2017.

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