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Universidade Estadual de Feira de Santana

Departamento: Departamento de Física (DFIS)

Disciplina: Física III

AMANDA MOURA
DAIANE
JOÃO PEDRO
JOÃO VICTOR
LARISSA GONÇALVES
LAÉRCIO BARBOSA DA CRUZ

Lei de Ohm

Feira de Santana – BA

2023
AMANDA MOURA
DAIANE
JOÃO PEDRO
JOÃO VICTOR
LARISSA GONÇALVES
LAÉRCIO BARBOSA DA CRUZ

Trabalho solicitado pelo Professor


Carlos Eduardo Magalhães Batista,
para obtenção de aprendizado e
complemento da nota da 1ª
unidade na disciplina de Física III
do curso de Engenharia de
Alimentos pela Universidade
Estadual de Feira de Santana -
UEFS.

Feira de Santana- BA
2023
1. RESUMO

As leis de Ohm são consideradas fundamentais para a eletricidade. Elas


determinam que a corrente elétrica em um condutor é diretamente proporcional
à diferença de potencial aplicada. Elas foram postuladas pelo físico
alemão Georg Simon Ohm e são princípios fundamentais para a eletrônica
analógica.
O presente relatório tem como finalidade verificar se o material
analisado se encontra de acordo com a lei de Ohm ou não. Portanto, o
experimento da prática foi realizado através da montagem de um circuito com
uma resistência (R) e força eletromotriz (E), determinando então 7 valores da
corrente e da diferença potencial (V) entre as resistências. Para verificar tais
valores, foram feitos uma tabela e o gráfico da corrente em função da diferença
de potencial.
2. INTRODUÇÃO

A Lei de Ohm é um princípio fundamental da eletricidade que descreve a


relação entre a tensão (Volts), a corrente elétrica (Amperes) e a resistência elétrica
(Ohms) em um circuito elétrico. Foi formulada por Georg Simon Ohm, um físico
alemão, no século XIX. O resumo da Lei de Ohm pode ser expresso da seguinte
maneira.

A Lei de Ohm afirma que a corrente elétrica (I) que passa por um condutor é
diretamente proporcional à tensão (V) aplicada ao condutor e inversamente
proporcional à resistência (R) do condutor. Matematicamente, a relação é descrita
pela fórmula.

A realização de uma prática experimental envolvendo a Lei de Ohm tem


várias utilidades educacionais e práticas em campos como a eletrônica, a
engenharia elétrica e a física. Algumas das principais utilidades de uma prática
sobre a Lei de Ohm:

• Compreensão Conceitual: A prática ajuda a entender o conceito


fundamental por trás da Lei de Ohm, ou seja, a relação entre tensão,
corrente e resistência em um circuito elétrico;

• Verificação Empírica: O Experimento permite que seja verificado


empiricamente a validade da Lei de Ohm. Eles podem medir tensões,
correntes e resistências reais em um circuito e comparar os resultados
com as previsões teóricas da lei;

• Habilidades de Laboratório: Desenvolver habilidades práticas, como a


montagem de circuitos, o uso de instrumentos de medição
(multímetros, amperímetros, voltímetros) e a interpretação de dados
experimentais;

• Resolução de Problemas: A prática envolve a resolução de problemas


relacionados à Lei de Ohm, o que ajuda a aplicar o conceito a
situações do mundo real e a desenvolver habilidades de solução de
problemas.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. Resistência
Conforme Halliday, é a característica do material que será utilizado que
será o responsável pela diferença de potencial entre dois pontos, e é essa
característica que se denomina de resistência elétrica. Em outras palavras, a
medição da resistência elétrica entre dois pontos de um certo condutor será dada
ao aplicar uma diferença de potencial (V) entre dois pontos e dessa maneira será
calculada a corrente (i). Logo, a expressão da resistência (R) será:
𝑉
𝑅= ( 𝐸𝑞. 1)
𝑖
A unidade do sistema internacional (SI) da resistência é volt por ampere,
sendo representada pela letra grega ohm (Ω):
𝑉
1 𝑜ℎ𝑚 = 1 𝛺 = 1 𝑣𝑜𝑙𝑡 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑚𝑝𝑒𝑟𝑒 = 1
𝐴

3.2. Resistor
Denomina-se resistor um condutor cuja função seja inserir uma resistência
em um certo circuito elétrico. Nesses circuitos elétricos, o resistor será
representado pelo símbolo

Reescrevendo a equação 1 de modo que a corrente elétrica esteja em


função da diferença de potencial, teremos:
𝑉
𝑖=
𝑅
Observando a equação acima, pode-se chegar na conclusão de dada uma
diferença de potencial, quando maior for a resistência, menor será a corrente
passada. Portanto, a resistência de um certo condutor dependerá do modo de
como a diferença de potencial é aplicada no circuito.
Com base nas informações acima, o resistor é nada menos que um condutor que
terá um valor fixo de resistência.

3.3. Lei de Ohm


Uma das definições de Halliday é que um componente obedecerá a Lei de
Ohm se a corrente elétrica que o atravessar deve variar linearmente com a diferença
de potencial aplicada a esse componente qualquer que seja a diferença de potencial
aplicada. Graficamente falando, um componente obedecerá a lei de Ohm se o
gráfico da corrente (i) esteja em função da diferença de potencial (V), conforme
demostrado na figura 1, e este gráfico seja linear, ou seja, a resistência (R) não deve
variar com a diferença de potencial.

Figura 1-Exemplo do gráfico desejado para lei de Ohm

Fonte: Halliday
4. OBJETIVO

A partir dos dados coletados no experimento realizado no laboratório, este


relatório tem como objetivo analisar se a resistência teórica calculada via gráfico (da
corrente em função da diferença de potencial) segue ou não a lei de Ohm.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1.MATERIAIS:
• Amperímetro Digital;
• Cabos de Teste Plug;
• Fonte de Energia;
• Fonte de Alimentação Digital;
• Fonte de Alimentação Digital;
• Voltímetro Trapezoidal.
5.2.MÉTODOS:
Montou-se um circuito conectando um resistor de 10kΩ no pront-
board, e utilizando o multímetro mediu-se a voltagem e a corrente nos
terminais do resistor, variando a voltagem na fonte de alimentação. Foram
medidas de voltagens de 1,25 a 3 volts.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforme descrito na metodologia e no referencial teórico, foi montado um


circuito com uma resistência R e tendo uma força eletromotriz (figura 2).

Mediu-se 7 valores de corrente elétrica (i), via amperímetro (figura 3), e da


diferença de potencial V entre a Resistencia através do voltímetro (figura 4). Montou-
se a tabela 1 envolvendo os valores da corrente e da diferença de potencial, para
então montar o gráfico da corrente em função da diferença de potencial. Utilizará o
gráfico confeccionado para analisar se o material utilizado na prática obedece ou
não a lei de Ohm.

Figura 3: Amperímetro Figura 4: Voltímetro

Fonte: Autores
Fonte: Autores

Figura 2: Circuito montado

Fonte: Autores
Tabela 1- Corrente em função da diferença de potencial

Corrente (mA) Diferença de potencial (V)


18,8 1,25
24,6 1,5
29,2 2
32,6 2,25
37,2 2,5
42,1 2,75
48,7 3
Fonte: Autores

O gráfico foi confeccionado a partir dos dados presentes na tabela 1,


utilizando o programa computacional SciDavis. Neste programa, inseriu no eixo y os
valores da corrente elétrica em mA e no eixo x, os valores da diferença de potencial
obtidos pela leitura do voltímetro. Plotou-se o gráfico, solicitando um gráfico linear a
partir dos dados da tabela 1 e, depois no SciDavis, pediu-se a linearização para
conseguir a análise dos coeficientes lineares e angulares da função, deste modo
podendo finalmente verificar qual foi o valor da resistência teórica.

Gráfico 1: Corrente em função da diferença de potencial

Fonte: Autores
Os resultados da regressão linear (𝑦 = 𝐴𝑥 + 𝐵)feito pelo SciDavis utilizando a
base de dados da tabela 1 pode ser verificado na figura 5.

Figura 5: Ajuste linear do gráfico

Fonte: Autores

A lei de Ohm nos permiti calcular a resistência do material utilizado através da


expressão matemática:
𝑉=𝑅𝑥𝑖
Comparando a expressão acima com a fórmula da função de primeiro grau
utilizado para confecção do ajuste linear, podemos dizer que a resistência que
queremos calcular, será dado pelo coeficiente angular da reta (A), portanto valor de
nossa resistência teórica será de:

𝑅𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 = 15𝛺

Uma consideração importante a ser feita, foi a restrição do aumento da


diferença de potencial. A voltagem máxima que o circuito montado suportou foi de
3,25V, acima deste valor, verificou-se a queima de algumas resistências na placa do
circuito. Logo, por segurança, o experimento foi feito até a diferença de potencial de
3V conforme visto nos dados presentes na tabela 1.
7. CONCLUSÃO

A experiência ofereceu uma abordagem prática e informativa para


compreender a Lei de Ohm, que elucida a correlação entre a corrente eléctrica, a
resistência e a tensão num circuito elétrico. Através da montagem de uma placa com
cabos condutores ligados a um voltímetro e a um amperímetro, foi possível observar
como a corrente e a tensão flutuam proporcionalmente às alterações da resistência.

Os resultados indicam que o material condutor apresentou comportamento


ôhmico, seguindo uma tendência linear. No entanto, vale ressaltar que efeitos não
lineares podem ocorrer em condições extremas de tensão ou corrente, que não
foram analisadas neste estudo.

A Lei de Ohm serve como um valioso instrumento para a compreensão e


construção de circuitos elétricos, servindo como uma forte base para a eletrônica
contemporânea. Além disso, a utilização de instrumentos, como o voltímetro e o
amperímetro, permitiu a medição precisa e fiável das qualidades eléctricas,
aumentando significativamente a precisão dos dados obtidos.
8. REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Roberto; KRANE, Kenneth S. Física 3. 10ª


Edição. LTC, 2016;

YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física III: eletromagnetismo. São Paulo:
Person Education do Brasil, 2009.

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