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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CCCT0025 - FÍSICA EXPERIMENTAL II

PROF. FREDERICO ELIAS

RESISTÊNCIA ELÉTRICA ASSOCIADA À LEI DE OHM

SÃO LUIS - MA

2023

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CHRISTOFFER BARROS MONTEIRO

HIGO VYCTOR SÁ MENEZES CARDOSO PEREIRA

RESISTÊNCIA ELÉTRICA ASSOCIADA À LEI DE OHM

Relatório técnico apresentado como requisito parcial de


avaliação da disciplina: Física Experimental (II), no
curso Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e
Tecnologia na Universidade Federal do Maranhão.
Orientador: Prof. Dr. Frederico Elias Passos dos
Santos.

SÃO LUIS - MA

2023

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
2. OBJETIVOS...........................................................................................................4
3. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................4
4. MATERIAIS UTILIZADOS.....................................................................................7
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.....................................................................7
5.1 RESISTORES FIXOS..........................................................................................7
5.2 RESISTOR VARIÁVEL........................................................................................7
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................7
6.1 RESISTOR FIXO.................................................................................................7
6.2 RESISTOR VARIÁVEL........................................................................................8
7. RESOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS...........................................................................9
7.1 EXERCÍCIOS RESISTORES FIXOS...................................................................9
7.2 EXERCÍCIOS RESISTOR VARIÁVEL.................................................................9
8. CONCLUSÃO.......................................................................................................10
9. REFERÊNCIAS....................................................................................................11

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1. INTRODUÇÃO

Em 1827, Georg Simon Ohm, físico e matemático alemão, publicou os


resultados do que é hoje conhecido como as leis de Ohm. Nessa época, Ohm
trabalhava como professor de física e matemática numa escola colegial em
Colônia, e usava o laboratório da escola para experiências com circuitos
elétricos, que eram uma novidade então (Volta havia desenvolvido a bateria
eletrolítica poucos anos antes). Os resultados dessas experiências foram
publicados no trabalho “O circuito galvânico investigado matematicamente”. Ohm
descobriu que a corrente que atravessa um fio condutor é proporcional à
diferença de potencial aplicada, à área da seção transversal do fio e
inversamente proporcional ao comprimento.
A resistência elétrica é definida como a capacidade que um corpo tem de
opor-se à passagem da corrente elétrica. A resistência elétrica do condutor
depende de fatores como a natureza do material. Quando esta proporcionalidade
é mantida de forma linear, chamamos o condutor de ôhmico.

Neste relatório, abordaremos o conteúdo de eletricidade básica através dos


resultados obtidos nos dois experimentos realizados em sala de aula, sobre
medição de resistores e lei de Ohm.

2. OBJETIVOS

Conhecer os diversos tipos de resistores, aprender a realizar a leitura do valor


nominal de resistores através do código de cores e realizar exercícios propostos.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Resistores são dispositivos que compõem circuitos elétricos diversos, a sua


finalidade básica é a conversão de energia elétrica em energia térmica (Efeito
Joule). Os símbolos abaixo são usados para representar os resistores em um
circuito elétrico.

Figura 1 – Representação simbólica resistores


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Os resistores que compõem circuitos elétricos geralmente possuem
quatro faixas coloridas, a função das cores é determinar o valor da resistência
do resistor sem a necessidade de aparelhos de medida. As duas primeiras
faixas de cores representam os dois primeiros algarismos do valor da
resistência. A terceira faixa indica o número de zeros que compõem o valor da
resistência. A quarta faixa representa a tolerância ou incerteza da medida do
valor do resistor. Sendo dourada, a incerteza será de 5%, a prateada mostra
que o resistor possui incerteza de 10 %. Caso não exista a quarta faixa, a
incerteza no valor da resistência do resistor será de 20 %.

Figura 2 – Código de cores com valores de resistência.

A grandeza física que mede a quantidade de calor que um resistor


transfere para os seus arredores a cada segundo é chamada de potência
dissipada. A potência dissipada é uma grandeza escalar medida em Watts
(W).

Na Física, a grandeza potência tem um significado bastante amplo,


mas sua definição é sempre relativa à razão entre uma quantidade de energia
(E) e um determinado intervalo de tempo (Δt), conforme a equação abaixo.

Onde P é a potência
P=E /(Δt ) (W) (1)
E é a energia (J)

Portanto, a potência que é dissipada por um resistor é uma medida de


quanta energia esse resistor é capaz de transformar em calor, a cada
segundo.

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A energia que cotidianamente é chamada de energia elétrica, por sua
vez, recebe o nome de energia potencial elétrica. Seu módulo pode ser
calculado pelo produto entre o potencial elétrico (U), dado em Volts (V), e o
módulo de uma carga de prova (q), inserida nesse potencial elétrico:

Onde EP é a energia potencial elétrica (J)


Ep=qU q é a carga de prova (C) (2)
U é o potencial elétrico (V)

Se substituirmos a expressão acima na definição de potência, teremos


a seguinte relação:

Onde PD é a potência dissipada


(W), q é a carga elétrica de prova
(C) e i é a corrente elétrica (A).
(3)

A proporcionalidade entre a corrente e a diferença de potencial


observada em alguns tipos de materiais é hoje conhecida como a primeira lei
de Ohm, e os componentes que apresentam essa propriedade são chamados
de ôhmicos. A razão V / I denota o quanto de tensão tem de ser aplicada para
passar certa corrente em um dispositivo de circuito. Assim, quanto maior for a
dificuldade que o dispositivo impõe a passagem da corrente, maior deve ser a
tensão aplicada para estabelece um certo valor de corrente. Logo a razão
entre tensão e corrente é uma medida da dificuldade imposta pelo dispositivo
à passagem da corrente elétrica e por isso é denominada de resistência
elétrica (R). A unidade de resistência no SI foi denominada Ohm (Ω) em
homenagem a Georg Simon Ohm. A formulação matemática dessa lei é:
V =R∗I (4)
Outra observação feita por Ohm em seus experimentos foi que a
resistência elétrica é proporcional ao comprimento do condutor e

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inversamente proporcional a área da seção transversal, o que ficou conhecido
como a segunda lei de Ohm, o que pode ser escrita como:
L
R=ρ (5)
A

4. MATERIAIS UTILIZADOS

 Multímetro digital;
 Placa com circuito pré-montado;
 Resistores de diversos tamanhos e valores;
 Bateria (fonte de alimentação).

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Como dito anteriormente, este experimento está dividido em duas


etapas, sendo a primeira parte medição de resistores com resistências fixas,
enquanto a segunda etapa aborda a medição de uma resistência variável de
um circuito.

5.1 RESISTORES FIXOS

Nesta primeira etapa foram dados cinquenta resistores divididos em


cinco grupos de dez. Todos os resistores desta etapa possuem valores fixos.
Em seguida, o multímetro foi colocado em escala de resistência para
medição dos componentes. Foram feitas cinquenta medidas e registradas em
uma tabela.

5.2 RESISTOR VARIÁVEL

Na segunda etapa, foi medido apenas um resistor variável (Rx), ligado a


um potenciômetro, em um determinado circuito.
Em seguida, os alunos foram variando o potenciômetro manualmente, e
utilizando dois multímetros, foram medidas e registradas a corrente e a tensão
do circuito seis vezes.

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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste tópico serão apresentados os resultados para ambos


experimentos descritos acima.

6.1 RESISTOR FIXO

Após a medição dos resistores fixos, notamos uma pequena variação


nos valores obtidos, os resultados foram registrados em cinco grupos com
dez resistores. Conforme a tabela 1.

RESISTORES EM kΩ
GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5
1,169 1,171 1,174 1,170 1,171
1,166 1,171 1,175 1,168 1,165
1,168 1,172 1,172 1,163 1,173
1,172 1,171 1,168 1,160 1,167
1,170 1,179 1,162 1,167 1,170
1,179 1,167 1,167 1,172 1,162
1,167 1,163 1,166 1,172 1,163
1,173 1,166 1,168 1,164 1,166
1,172 1,169 1,171 1,165 1,169
1,166 1,169 1,162 1,163 1,170

Tabela 1 – Valores das resistências medidas pelo


multímetro.
Com base na variação dos resultados, fizemos o cálculo da média,
desvio padrão e erro padrão, conforme a tabela 2.

DESVIO N° ERRO
MÉDIA
PADRÃO AMOSTRAS PADRÃO
1,1685 0,0042 50 0,0006

Tabela 2 – Média, desvio e erro calculados no Excel.

6.2 RESISTOR VARIÁVEL

No circuito que contém resistor variável, notamos que, conforme a


tensão aumenta a corrente também aumenta, ou seja, são diretamente
proporcionais, conforme a primeira Lei de Ohm.

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TENSÃO CORRENTE
(V) (𝜇A)
10,75 1608
10,64 1590
10,44 1561
10,30 1541
10,22 1527
10,04 1502

Tabela 3 – Corrente e Tensão medidas pelo multímetro.

A seguir está apresentado na tabela 4, a média, desvio e erro padrão,


calculados no Excel.

TENSÃO CORRENTE
  (V) (𝜇A)
MÉDIA 10,40 1555
N° AMOSTRAS 6
DESVIO PADRÃO 0,27 39,65
ERRO PADRÃO 0,11 16,19

Tabela 4 – média, desvio e erro

Nota-se uma variação maior na corrente em relação a tensão, talvez,


por conta da potência do resistor, se opondo a passagem de corrente.

7. RESOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS


7.1 EXERCÍCIOS RESISTORES FIXOS

a) Apresente o valor da resistência elétrica na forma R=R̅ ± σR


R̅ =(1,1685 ± 0,0042) kΩ
b) Apresente o valor médio juntamente com a estimativa do erro Rm=R̅ ± ΔR.
Rm=( 1,1685± 0,0006 ) kΩ
c) Faça um histograma juntamente com a curva gaussiana. Dica: ao definir o
número de barras e larguras, evite que alguma classe fique fazia.

HISTOGRAMA CURVA GAUSSIANA


16 120
14
100
12
10 80
8 60
6
4 40
2 20 9
0 0
1.163 1.165 1.168 1.171 1.174 1.176 1.179 1.155 1.160 1.165 1.170 1.175 1.180 1.185
7.2 EXERCÍCIOS RESISTOR VARIÁVEL

a) Faça um gráfico I x V com barras de erro.

Gráfico I x V
1620
1600 f(x) = 149.026907308798 x + 5.20187550068431
1580
1560
1540
1520
1500
1480
1460
1440
10.00 10.10 10.20 10.30 10.40 10.50 10.60 10.70 10.80

b) A partir do gráfico e das análises estatísticas, apresente o valor médio


juntamente com a estimativa do erro Rm=R̅ ± ΔR da resistência do resistor
desconhecido. ℑ=1555 µ A Vm=10,40 V
V
R= → R=6,68 k Ω
I
ΔR=¿) 100 ΔR=3,19 %

Rm=6,68 kΩ ±3,19 %

8. CONCLUSÃO

Com base nos dois experimentos, e após analisar e listar todos os


resultados, podemos concluir que os valores das resistências fixas nominais
se aproximam bastante aos valores encontrados das resistências medidas,
tendo pouca diferença já que cada resistor é diferente dos demais, devido
uma variação do próprio fabricante, além disso, o multímetro tem seu erro
sistemático.
Comparando o cálculo do resistor RX com o código de cores, fica
notável a proximidade entre a teoria de Ohm e o valor encontrado pela tabela.
Com todos esses resultados, podemos concluir que o código de cores é uma
importante ferramenta para identificação e decodificação de resistores,

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apresentando valores que se aproximam bastante do valor apresentado pelo
multímetro.

9. REFERÊNCIAS

HELERBROCK, Rafael. "Lei de Ohm"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-lei-ohm.htm. Acesso em 28 de junho de
2023.

NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica: Volume 1 Mecânica.


5ª edição. São Paulo: Blucher, 2013.

TEIXEIRA, Mariane Mendes. "O que é resistência elétrica?"; Brasil Escola.


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-
resistenciaeletrica.htm. Acesso em 29 de junho de 2023.

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