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Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia Curso de

Física Experimental 2 Prof. Dr. Thiago Prudêncio

RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II


Experimento 5: Resistores

Nomes dos alunos - Matrícula:


Felipe Andrade Fontenelle - 2022003405
Jorge Guilherme Castro Bruzaca - 2022023936
Bruno Leonardo Reis Silva - 2022020406
Pedro Henrique de Souza Mendes - 2020002454

SÃO LUÍS - MA

19 de outubro de 2023
0. Apresentação

É um privilégio apresentar os quatro jovens pesquisadores que colaboraram neste


relatório sobre o experimento de Resistores provenientes da respeitada
Universidade Federal do Maranhão.

Jorge Guilherme C. Bruzaca: Estudante do curso BICT, com propósito de se formar


na área de Engenharia da Computação.

Felipe Andrade Fontenelle: Estudante do curso BICT, com propósito de se formar na


área de Engenharia Civil.

Bruno Leonardo Reis Silva: Estudante do curso BICT, com propósito de se formar
na área de Engenharia da Computação.

Pedro Henrique de Souza Mendes: Estudante do curso BICT, com propósito de se


formar na área de Engenharia Civil.

A Universidade Federal do Maranhão valoriza a dedicação desses jovens e sua


contribuição para o avanço do conhecimento, ao mesmo tempo que cultiva um
ambiente propício ao desenvolvimento de futuros líderes em ciência e tecnologia.

1. Introdução

Os resistores são componentes eletrônicos vitais que têm a função principal de


regular a passagem de correntes elétricas nos circuitos. Sua função fundamental é
converter energia elétrica em energia térmica, o que resulta na redução da
intensidade da corrente elétrica que atravessa esses componentes. Essa ação
desempenhada pelos resistores é essencial para controlar a corrente e a tensão em
uma variedade de aplicações eletrônicas.

Geralmente, os resistores são produzidos a partir de materiais dielétricos que


possuem alta resistência elétrica. Essa característica de alta resistência elétrica
permite que eles atuem como obstáculos ao fluxo de corrente elétrica. Isso é
descrito pela equação da Primeira Lei de Ohm:
∆V=R×i

Nessa fórmula, ( ∆V ) representa a diferença de potencial elétrico (ou tensão)


através do resistor, ( R ) é a resistência elétrica do resistor e ( i ) é a corrente elétrica
que flui por ele. Os resistores ôhmicos mantêm uma resistência constante,
independentemente da tensão aplicada, seguindo o princípio fundamental da
Primeira Lei de Ohm.

Resistores também podem ser projetados com resistência elétrica variável, como
é o caso dos varistores, cuja resistência diminui com o aumento da temperatura.
Isso é especialmente útil em aplicações de proteção contra picos de tensão.

Existem outros tipos de resistores, como termorresistores e fotorresistores, que


possuem características únicas. Os termorresistores variam sua resistência com a
temperatura, enquanto os fotorresistores têm sua resistência alterada pela
intensidade de luz incidente. Para identificar a resistência e a tolerância dos
resistores, é comum utilizar um código de cores impresso ao redor do componente,
facilitando a seleção e o uso em projetos eletrônicos.
Além disso, para compreender o comportamento dos resistores em diferentes
configurações de circuitos, é essencial aplicar os princípios da Segunda Lei de
Ohm. Essa lei descreve a relação entre resistência elétrica (R), diferença de
potencial elétrico (∆V), corrente elétrica (i), comprimento (L), área transversal (A) e
resistividade do material (ρ) do resistor.

∆V=(ρ×L×i)/A

Quando resistores estão conectados em série, a resistência equivalente (Rs) é a


soma das resistências individuais, como expresso na fórmula:

Rs=R1+R2

Logo abaixo temos uma imagem de um esquema para exemplificar melhor a ligação
dos resistores em série:

Por outro lado, quando os resistores são conectados em paralelo, a resistência


equivalente (Rp) é calculada usando a seguinte fórmula:
1/Rp=1/R1+1/R2

Aqui temos uma imagem para exemplificar como seria a ligação em paralelo dos
resistores:

2. Metodologia

2.1 Instrumentos Utilizados

Placa de Circuitos com Resistores

Resistores Individuais Avulsos

Múltimetro Digital (na Função Ohmímetro)

Paquímetro

2.2 Procedimento Experimental:

1. O grupo mediu as resistências dos resistores avulsos e da placa de circuitos com


precisão instrumental, utilizando um ohmímetro. Além disso, as dimensões dos
resistores, incluindo comprimento e diâmetro, foram medidas com um paquímetro.

2. Todas as combinações dois a dois de resistência em série e paralelo dos


resistores avulsos e da placa de circuitos foram medidas pelo grupo.
3. O grupo registrou o experimento fotografando diversas etapas, incluindo a
marcação do multímetro. Além disso, uma filmagem contínua foi realizada em um
dos padrões de configuração de série e paralelo, aproximando-se dos resistores.

2.3 Coleta de Dados:

Tabela de Resistores com medida e resistência:

Tabela de Circuitos com medida e resistência:

Tabela dos valores (Resistor) em série e paralelo:

Tabela dos valores (Circuitos da Placa) em série e paralelo:

3.Tratamento de Dados e Resultados

1. Calcula-se as resistividades de cada resistor com a respectiva propagação de


erros.

Pode calcular a resistividade (ρ) usando a fórmula:


Eq. resistividade

Onde:
- R é a resistência do resistor
- A é a área da seção transversal
- L é o comprimento do resistor

Como não tem-se a área da seção transversal, só apenas o diâmetro de cada


resistor, faz-se a conta usando:
A=π⋅(r x r), com r= d/2

Com isso, tem-se uma tabela com os resultados, apontando-se também a


propagação de erros da resistividade (incerteza), levando em consideração um erro
de 1Ω para a medição das resistências feitas por um multímetro e um erro de 0,1
mm para as dimensões medidas com o paquímetro.

Tabela T.de Dados 1.0 avulsos

Tabela T.de Dados 1.0 placa


2. Calcula-se as condutividades de cada resistor com a respectiva propagação
de erros.

Para isso, utiliza-se a fórmula:

Eq. condutividade

Então, tem-se a tabela com os seguintes resultados:

Tabela T.de Dados 2.0 avulsos

Tabela T.de Dados 2.0 placa

3. Abaixo com o item 4.


4. Calcula-se as associações em série e paralelo dos resistores medidos
individualmente, dois a dois, com a respectiva propagação de erros. E
também a diferença entre o valor calculado no tratamento de dados usando
as medidas de resistência individual e os valores medidos para as
associações série e paralelo desses resistores.
Fez-se as associações nos casos dos resistores avulsos com apenas 2 dos 4
resistores medidos, que no caso foram o resistor 1 (471 Ω ± 0,05%) e o resistor 4
(220 Ω ± 1%). Porém, os cálculos teóricos foram feitos a partir dos valores medidos
no experimento, que no caso é 459 Ω e 219 Ω, respectivamente. Ademais, tem-se,
em detalhe, quais seriam os valores ideais.
Vale ressaltar que foram considerados 1Ω de erro para cada mediação pelo
multímetro das resistências.
Série ( 1 + 4 ):
Medido= 680Ω, Ideal = 691Ω, Teórico= 678 Ω ± 1,41.
Diferença= 2Ω

Paralelo ( 1 // 4 ):
Medido= 148,7 Ω, Ideal = 149,95, Teórico= 148,97 Ω ± 0,12
Diferença= 0,27Ω

Já para os resistores da placa:


Série ( 330Ω + 330Ω ):
Medido = 651Ω, Ideal = 660Ω , Teórico= 650,8Ω ± 1,41
Diferença= 0,2Ω

Paralelo ( 330Ω // 330Ω ):


Medido= 162,7 Ω, Ideal = 165Ω, Teórico= 162,7 Ω ± 2.74×10
^−6
Diferença= 0Ω

Série ( 330Ω + 100Ω ):


Medido = 422Ω, Ideal = 430Ω , Teórico= 423,6 ± 1,41
Diferença= 1,6Ω

Paralelo ( 330Ω // 100Ω ):


Medido= 75,4 Ω, Ideal = 76,74Ω, Teórico= 75,44 Ω ± 1,96×10
^−6
Diferença= 0,04Ω
5. Calcula-se a média e o desvio padrão para o conjunto de dados de
resistência obtido.

Para isso, utilizou-se para o conjunto todas as medições individuais de


resistência (avulsos e da placa), com todas as associações feitas no experimento
também. Assim, tem-se:
- Média ≈ 1301.01Ω
- Desvio Padrão ≈ 1959.45Ω

6. Estima-se os erros aleatórios e sistemáticos do experimento.

Os experimentos e medições em laboratórios e ambientes científicos são


realizados com o objetivo de obter resultados precisos e confiáveis. No entanto, em
qualquer experimento, é importante considerar a presença de erros, que podem
afetar a precisão das medições. Esses erros podem ser classificados em duas
categorias principais: erros sistemáticos e erros aleatórios.
Os erros sistemáticos são aqueles que ocorrem de forma consistente e
previsível em uma série de medições. Eles estão associados a características
intrínsecas dos instrumentos utilizados no experimento. Por exemplo, em medições
de resistência elétrica, os erros sistemáticos podem ser causados pela calibração
inadequada de um multímetro ou pelas limitações de um paquímetro na medição de
comprimento e diâmetro. Esses erros sistemáticos são, em grande parte,
reproduzíveis e podem ser minimizados com a calibração adequada dos
instrumentos.
Por outro lado, os erros aleatórios são mais difíceis de prever e quantificar.
Eles resultam de uma variedade de fatores imprevisíveis, como interferências
externas ou flutuações no ambiente de medição. Por exemplo, variações na
temperatura ambiente, vibrações da mesa, interferência eletromagnética do
ambiente ou até mesmo pequenas oscilações nas mãos do operador durante a
medição podem contribuir para erros aleatórios. Esses erros não seguem um
padrão consistente e, em muitos casos, podem ser modelados estatisticamente.
É importante destacar que a presença de erros, tanto sistemáticos quanto
aleatórios, não invalida os resultados de um experimento, mas é fundamental
entender e quantificar esses erros para avaliar a confiabilidade das medições. Os
cientistas e pesquisadores realizam várias técnicas, como a repetição de medições,
o cálculo do desvio padrão e a análise estatística, para estimar e minimizar esses
erros, garantindo a qualidade dos resultados obtidos.
Portanto, ao conduzir experimentos e medições, é essencial estar ciente da
possível influência de erros sistemáticos introduzidos pelos instrumentos e erros
aleatórios decorrentes de interferências externas, garantindo assim a precisão e
confiabilidade dos dados coletados.

7. Apresenta-se um gráfico da resistividade em função da resistência, para o


conjunto de total de resistores que foram associados dois a dois.

Tem-se o gráfico:

gráfico 7.0 - resistência x resistividade

8. Calcula-se a amplitude, média, média quadrática, desvio média e variância


para o conjunto total de resistores que foram associados de dois a dois.

Tem-se, então:
Tabela 8.0

9. Calcula-se a amplitude, média, média quadrática, desvio médio e variância


para o conjunto total de resistividades dos resistores que foram associados
dois a dois.

Tem-se, então:
Resistividade (Ω.m) Avulsos:

Tabela 9.0 Avulsos

Resistividade (Ω.m) Placa:


Tabela 9.0 Placa

10. Calcula-se a amplitude e o desvio médio das resistências para o conjunto


total de resistências medidas no experimento.

Para isso, utilizou-se para o conjunto todas as medições individuais de


resistência (avulsos e da placa), com todas as associações feitas no experimento
também. Assim, tem-se:
- Amplitude = 9174.6 Ω
- Desvio Médio ≈ 1690.5 Ω

4. Conclusão

Com base nos resultados deste experimento, pode-se concluir que o grupo
realizou uma análise abrangente das propriedades de resistores e de circuitos em
série e paralelo. A medição precisa das resistências individuais, juntamente com a
caracterização das dimensões dos resistores, contribuiu para uma avaliação
completa. Além disso, a documentação fotográfica e filmagens forneceram uma
evidência visual valiosa do processo experimental.

As medidas das combinações de resistores em série e paralelo demonstraram


a validade das teorias subjacentes, corroborando os princípios fundamentais da
física dos circuitos. Isso mostra a importância de entender as conexões em série e
paralelo para a análise de circuitos elétricos.

Este experimento foi conduzido de forma eficiente, fornecendo resultados


confiáveis para a análise de resistores e configurações de circuitos. Os dados
coletados e as observações visuais contribuem significativamente para a
compreensão e aplicação dos conceitos de física experimental II.

5. Referência bibliográficas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_el%C3%A9trica

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/resistores.htm

6. Apêndice, Vídeos e Fotografias.


Fotografias:
https://drive.google.com/drive/folders/1uql6GkI7I6Fg4xdF8Vkru2ESjujI9T3d
Vídeo:
https://drive.google.com/drive/folders/1v8bYIXl_WiG-WosN9FSrQx_dM9QPv_jB

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