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Associação de Resistores
Turma: 02
Professora: Aline Alves Oliveira
Este relatório aborda a associação de resistores, explorando suas formas em série e em paralelo
em circuitos elétricos. Na associação em série, os resistores são ligados em sequência,
compartilhando a mesma corrente, mas dividindo a tensão de acordo com suas resistências
individuais. Em contraste, na associação em paralelo, os resistores têm a mesma tensão, mas as
correntes se dividem proporcionalmente às inversas de suas resistências. A conservação de
energia é verificada pela análise das potências dissipadas, onde a potência total fornecida iguala
a soma das potências individuais.
Objetivos
● Dimensionar um circuito;
● Estudar as características de circuitos em série e paralelo, no que se refere à tensão,
corrente e potência.
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1. Fundamentação Teórica
A associação de resistores é um tema fundamental no estudo da eletricidade e circuitos
elétricos. Ela consiste em combinar resistores de diferentes maneiras para atingir os objetivos
desejados em um circuito. Existem três tipos principais de associação de resistores: associação
em série, associação em paralelo e associação mista. Cada tipo apresenta características
distintas em termos de resistência equivalente, corrente elétrica e tensão em diferentes partes
do circuito.
1 1 1 1
𝑅𝑒𝑞
= 𝑅1
+ 𝑅2
+... + 𝑅𝑛
(2)
Nesse caso, a tensão é a mesma em todos os resistores, mas a corrente se divide entre
eles. A corrente total que entra na associação é a soma das correntes que passam por cada
resistor individual, conforme estabelecido pela Lei de Correntes de Kirchhoff.
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A associação mista combina tanto resistores em série quanto em paralelo em um único
circuito. Para calcular a resistência equivalente em associações mistas, é necessário simplificar a
configuração em etapas, aplicando repetidamente as fórmulas de resistência em série e em
paralelo até obter um único valor para 𝑅𝑒𝑞.
𝑃 = 𝑉𝑖 (3)
𝑊 = 𝑉𝑖(∆𝑡)(4)
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𝑉 2
𝑃= 𝑅
ou 𝑃 = 𝑅𝑖 (5)
Quanto maior for a voltagem ou a corrente aplicada a um resistor, maior será a potência
dissipada por ele e, consequentemente, mais intenso será o aquecimento gerado.
Naturalmente, haverá um ponto em que a temperatura atingirá um nível tão elevado que
resultará na destruição do próprio resistor. Por essa razão, os fabricantes definem a potência
máxima que um resistor é capaz de suportar sem sofrer danos, sendo comumente referida
como potência de dissipação máxima.
Esse valor, evidentemente, não está relacionado com a resistência em ohms do resistor,
mas é unicamente influenciado por seu tamanho (sendo que uma área maior facilita a
transferência de calor para o ambiente circundante) e pelos materiais que o compõem.
Fabricam-se resistores que abrangem uma faixa de dissipação que vai desde aproximadamente
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1/8 de watt até diversos megawatts, sendo utilizados para fins de aquecimento tanto em
contextos domésticos quanto industriais.
2. Descrição do Experimento
2.1. Materiais Utilizados
● Multímetro;
● Fonte de tensão;
● Resistores de cerâmica;
● Pontas de prova;
● Jacarés;
● Placa de Bornes.
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2.2. Montagem Experimental
1 - Multímetro;
2 - Placa de Bornes;
4 - Jacaré;
5 - Fonte de tensão;
6 - Pontas de prova;
Fonte: MATEUS, Ester; HIBLER, Irineu; DANIEL, Luiza. Eletricidade e Magnetismo, 2010.
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Figura 2: Resistores em paralelo.
Fonte: MATEUS, Ester; HIBLER, Irineu; DANIEL, Luiza. Eletricidade e Magnetismo, 2010.
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Fonte: Elaborada pelos autores, 2023.
Foi dimensionado para uma tensão na fonte de 20V. Em seguida, associou-se aos
resistores em série e mediu a resistência equivalente, anotando na (Tabela 1) os valores das
resistências e a resistência potência nominal utilizando a (Imagem 4).
Montou-se o circuito da (Imagem 1) ou (Imagem 2); ligou-se a fonte de tensão para 20V,
feito a leitura das quedas de tensão, anotando os valores na (Tabela 1).
Foi dimensionado para uma tensão na fonte de 20V, de forma que a potência nominal
fosse maior que a potência dissipada.
Montou-se o circuito da (Imagem 3), ligou-se a fonte de tensão para 20V, feito a leitura
das quedas de tensão, anotando os valores na (Tabela 2).
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2.4. Dados Obtidos Experimentalmente
𝑅1 −3
1822±1 1 7, 84. 10 3,75±0,01 2,09±0,01
𝑅2 −3
814±1 0,25 3,45. 10 1,65±0,01 2,09±0,01
𝑅3 −3
2190±10 0,25 9,47.10 4,53±0,01 2,09±0,01
𝑅𝑒𝑞 −2
4826±10 1,50 2,09. 10 10±0,01 2,09±0,01
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Tabela 2. Dados obtidos para a associação em paralelo.
𝑅1 0,055
1822±1 1 10,02±0,01 5,47±0,01
𝑅3 0,0456 4,55±0,01
2190±10 0,25 10,02±0,01
𝑅𝑒𝑞 0,0209
456±1 1,50 10,02±0,01 22,2±0,01
𝑅2 𝑒 𝑅3.
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02) Para a associação em paralelo, calcule:
a) a resistência equivalente (𝑅𝑒𝑞 indireta) utilizando os valores de 𝑉 e 𝑖.
𝑉 10,02
𝑅𝑒𝑞= 𝐼
➝ 𝑅𝑒𝑞= −3 ➝ 𝑅𝑒𝑞= 451Ω
22,2.10
Como dito anteriormente, o tamanho do resistor tem influência somente no seu potencial de
dissipação de calor, não tendo relação direta com seu valor de resistência.
c) Qual a relação entre as tensões medidas em cada resistor e a tensão total fornecida
pela fonte?
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A soma das tensões medidas em cada resistor é igual à tensão total fornecida pela fonte.
Isso ocorre porque a mesma corrente flui através de todos os resistores, e a tensão é
distribuída entre eles de acordo com as suas respectivas resistências.
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3
𝑉 = 𝐼𝑅
A soma das quedas de tensão em cada resistor deve ser igual à tensão total fornecida
pela fonte:
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐼. 𝑅1 + 𝐼. 𝑅2 + 𝐼. 𝑅3
Colocando 𝐼 em evidência:
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐼. 𝑅𝑒𝑞
c) Qual a relação entre as tensões medidas em cada resistor e a tensão total fornecida
pela fonte?
1 1 1 1
𝑅𝑒𝑞
= 𝑅1
+ 𝑅2
+ 𝑅3
𝑉 = 𝐼𝑅
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Para R1: 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐼. 𝑅1 Para R2: 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐼. 𝑅2 Para R3: 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐼. 𝑅3
A soma das correntes que entram em cada resistor deve ser igual à corrente total:
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3
1 1 1
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙( 𝑅1 + 𝑅2
+ 𝑅3
)
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅𝑒𝑞
1 1 1 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 . ( 𝑅1 + 𝑅2
+ 𝑅3
) = 𝑅𝑒𝑞
1 1 1 1
𝑅1
+ 𝑅2
+ 𝑅3
= 𝑅𝑒𝑞
4) Verifique a conservação da energia através dos valores de potência. Para isso, compare:
−3 −3 −3 −2
7, 84. 10 + 3, 45. 10 + 9, 47. 10 = 2, 09. 10 = 𝑉. 𝐼
−3 −3 −3 −2
7, 84. 10 + 3, 45. 10 + 9, 47. 10 = 2, 09. 10 = 10. 2, 09
−2
𝑃𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑞= 2, 09. 10
−2
𝑉. 𝐼 = 2, 09. 10
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𝑃𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑞= 𝑉. 𝐼
𝑃𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑞=0,0209
𝑉. 𝐼 = 0,0209
𝑃𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑞= 𝑉. 𝐼
4. Conclusões
O experimento foi concluído com êxito, onde foi adquirido os valores da tabela em sala
de aula, tendo em vista a potência dissipada pelos resistores. A associação paralela reduz a
resistência equivalente, pois a corrente se divide passando por nós, diferente da associação em
série que o caminho é único.
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5. Referência Bibliográfica
[1] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.. Fundamentos de Física 3- Eletromagnetismo. Rio de Janeiro/RJ,
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1991, Vol. 3.
[2] TIPLER, P. A.. Física - Eletricidade e Magnetismo. 3a ed.. Rio de Janeiro - RJ, Editora
Guanabara Koogan S.A., 1995, Vol. 3.
[3] MATEUS, Ester; HIBLER, Irineu; DANIEL, Luiza. Eletricidade e Magnetismo, 2010. Disponível
em:
http://www.dfi.uem.br/fisicaold/site.dfi.uem.br/wp-content/uploads/2016/10/ap_fis_geralexpI
II.pdf. Acesso em: 09 ago, 2023.
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