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ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA

Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba


Curso de Engenharia Mecânica

“Circuito Misto.”

Relatório nº 5 desenvolvido para disciplina de


Laboratório de Física II, aula Prática sobre Circuito Elétrico
Misto, do 4º semestre de Engenharia Mecânica Ministrado pelo
Professor
Dr. Júlio César.

Nomes: RA:

Almir Cordeiro 200080142


Francisco Camargo 200080146
Lucas Faria da Silva 200080313

Piracicaba
Setembro de 2009
CIRCUITO MISTO.

Sumário

1. OBJETIVO_______________________________________________________________2

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS________________________________________________2

3. MATERIAIS______________________________________________________________9

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAL________________________________________10
5. RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DE CÁLCULOS TEÓRICOS__________________14

5. CONCLUSÃO___________________________________________________________17

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS__________________________________________18

Engenharia Mecânica Noturno – 4º Semestre. 1


CIRCUITO MISTO.

1. OBJETIVO

Analisar um circuito misto, bem como a utilização do multimetro neste


contexto.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

2.1. Circuito Elétrico:

O Circuito elétrico, nos dias de hoje, são elementos básicos de qualquer aparelho
elétrico e eletrônico, como rádios, TV, computadores, automóveis, aparelhos científicos, etc.
O circuito elétrico pode ser definido como o percurso completo por onde os elétrons ou os
portadores de carga podem entrar de um terminal de uma fonte de tensão, passando através
de condutores e componentes, até chegar no terminal oposto da mesma fonte.

Um circuito elétrico é constituido basicamente por uma ou mais fontes de energia


elétrica, fios condutores e algum elemento de circuito (que pode ser
um indutor, capacitor, resistor, linhas de transmissão, fontes de tensão, fontes de corrente e
interruptores, etc.).

Resistores:

O resistor é um componente passivo que produz quedas de tensão entre seus


terminais por meio de perdas de calor por efeito Joule, um resistor possuí como
características a relação e(t) = Ri(t) que compara valores de tensões e corrente (no tempo)
dadas às características físicas (R) do resistor.

Capacitores:

O capacitor é um componente passivo que armazena energia em sua armadura


eletrostática, ao armazenar cargas livres entre suas placas um capacitor faz variar a corrente
que percorre seu trecho do circuito, a relação i(t) = C.de(t)/dt fornece uma relação entre
corrente e a derivada do potencial, observe que de acordo com que o potencial se aproxima

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CIRCUITO MISTO.

de um estado de continuidade (ele se equilibra) a sua derivada vai a zero, ou seja, a corrente
vai a zero.

Indutores:

O indutor é o antagônico matemático/físico do capacitor e funciona de maneira similar


quanto ao aspecto eletrônico, sua relação é e(t) = L.di(t)/dt.

Fontes:

As fontes são componentes capazes de gerar diferença de potencial entre dois pontos
e com isso instaurar um regime de movimento de cargas (corrente) em um circuito
equilibrado, para tanto retiram energia de alguma fonte externa e a utilizam  para realizar
trabalho entre as cargas de seus terminais.

2.2. Circuito com resistores em serie

Quando dois ou mais resistores são conectados em seqüência, como mostra a Fig.
11.3, são ditos estarem em série. Neste caso, a corrente i é a mesma que passa por cada um
dos resistores. Vamos assumir que o conjunto de resistores da Fig. 11.3 foram submetidos a
uma diferença de potencial V e que todas as outras resistência do circuito podem ser
ignoradas. De acordo com a lei de Ohm, a diferença de potencial entre os terminais de cada
resistor é V1=iR1, V2 =iR2 e V3 =iR3

Fig. 1 (a) Resistores em série e  (b) Resistor equivalente

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Estando os resistores conectados em série a conservação de energia estabelece que


voltagem V é a soma das voltagens V1, V2 e V3. Assim,

onde R é a resistência equivalente deste circuito, dada por

Isto significa que quando conectamos várias resistências em série, a resistência


equivalente é igual à soma direta da resistência em separado, isto é;

Note que quando mais resistência é introduzida no circuito, menor será a corrente no
circuito, supondo que a ddp (V) aplicada, se mantenha constante. Isto é uma conseqüência
da lei de Ohm

2.3. Circuito com resistores em paralelo

Uma outra forma simples de conectar resistores é em paralelo, como mostra a Fig.3.
Neste caso, a corrente i produzida pela fonte é dividida em diferentes correntes ik.
Lembrando que a corrente elétrica é uma conseqüência do fluxo de carga e que a carga total
do circuito se conserva, temos que a corrente i do circuito deve separar-se em diferentes
correntes ik , menores, de forma que a soma linear de todas ik é igual a i. Isto é;

Quando os resistores estão em paralelo, cada um experimenta ou estão sob a mesma


voltagem V. Então pela lei de Ohm temos que:

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CIRCUITO MISTO.

Fig. 2 Resistores em paralelo

Usando as equações anteriores, notamos podemos determinar a resistência


equivalente para um circuito em paralelo, de forma análoga ao caso dos resistores em série,
isto é;

                  (18)

Isto significa que quando conectamos várias resistências em paralelo, a resistência


equivalente R pode ser determinada por;

Observe que a resistência equivalente R, neste caso, é menor do que cada uma das
resistências Rj.

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2.4. Circuito Misto com resistores em paralelo e em serie.

Um circuito misto é composto por um conjunto de resistores em série e outros em


paralelo. A simulação abaixo pode ser usada para determinar as características de um
circuito misto, como por exemplo calcular as diferentes ddps, correntes em cada ramo do
circuito, assim como determinar o valor da resistência equivalente. Com a ajuda do "mouse"
você pode variar os valores das resistências e da fonte (bateria).

Fig.3 - Circuito misto de resistores.

Na seção a seguir mostramos um procedimento de calcular a resistência equivalente


em um circuito misto

2.5. Leis de Kirchhoff

 Primeira Lei de Kirchhoff (Lei das Correntes ou Leis dos Nós)

Em um nó, a soma das correntes elétricas que entram é igual à soma das correntes que
saem, ou seja, um nó não acumula carga.

, sendo a corrente elétrica .

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Isto é devido ao Princípio da Conservação da Carga Elétrica, o qual estabelece que


num ponto qualquer a quantidade de carga elétrica que chega (δQ1) deve que ser
exatamente igual à quantidade que sai (δQ2 + δQ3), δQ1 = δQ2 + δQ3. Dividindo por δt:

I1 = I2 + I3.

 Segunda Lei de Kirchhoff (Lei das Tensões ou Lei das Malhas)

A soma algébrica da d.d.p (Diferença de Potencial Elétrico) em um percurso fechado é


nula. Ou seja, a soma de todas as tensões geradas menos a soma de todas as tensões
consumidas numa malha é igual a zero.

De acordo com o enunciado

Observação: Neste caso U1 = 3V

2.6. Lei de Ohm

A Primeira Lei de Ohm, indica que a diferença de potencial (V) entre dois pontos de um
condutor é proporcional à corrente elétrica (I) que o percorre:

onde:

V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão, ou ddp) medida em Volts


R é a resistência elétrica do circuito medida em Ohms
I é a intensidade da corrente elétrica medida em Ampères

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CIRCUITO MISTO.

Porém, nem sempre essa lei é válida, dependendo do material usado para fazer o
resistor (também incorretamente chamado de "resistência"). Quando essa lei é verdadeira
num determinado material, o resistor em questão denomina-se resistência ôhmica ou linear.
Na prática não existe uma resistência ôhmico ou linear 'exato', mas muitos materiais (como a
pasta de carbono) permitem fabricar dispositivos aproximadamente lineares.

Um exemplo de componente eletrônico que não possui uma resistência linear é o


diodo, que portanto não obedece à Lei de Ohm.

Conhecendo-se duas das grandezas envolvidas na Lei de Ohm, é fácil calcular a terceira:

        

A potência P, em Watts, dissipada num resistor, na presunção de que os sentidos da corrente


e da tensão são aqueles assinalados na figura, é dada por

Logo, a tensão ou a corrente podem ser calculadas a partir de uma potência conhecida:

        

Outras relações, envolvendo resistência e potência, são obtidas por substituição algébrica:

        

        

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3. MATERIAIS.
 Fonte de tensão variável

Figura 4

 Resistores

Figura 5

 Multímetro (Voltímetro, Amperímetro e Ohmímetro).

Figura 6

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CIRCUITO MISTO.

 Matriz de Pontos (Protoboard)

Figura 7

 Cabos

Figura 8

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Montar três circuitos mistos com os resistores fornecidos, medindo a corrente e a ddp
para cada resistor.

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CIRCUITO MISTO.

4.1. 1° Circuito

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CIRCUITO MISTO.

4.2. 2° Circuito

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CIRCUITO MISTO.

4.3. 3° Circuito

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5 - RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DE CÁLCULOS TEÓRICOS

5.1. 1º Circuito

Req = 445.5 Ω

V = Req x i 6 = 445.5 x i it = 0.01346 A ≡ 13.46 ųA

V = R1 x i V = 220 x 0.01346 V = 2.9612 v

VAB

V=Rxi V = 30.7 x 0.01346 V = 0.4132 v

i2 = 0.41 i2 = 0.007378 A ≡ i2 = 7.37 ųA


56

i3 = 0.41 i3 = 0.006077 A ≡ i3 = 6.03 ųA


68

V = R4 x i V = 180 x 0.01346 V = 2.4228 v

VCD

V=Rxi V = 14.8 x 0.01346 V = 1.9920 v

i5 = 1.99 i5 = 0.060366 A ≡ i5 = 60.30 ųA


33

i6 = 1.99 i6 = 0.060366 A ≡ i6 = 60.30 ųA


33

i7 = 1.99 i7 = 0.132805 A ≡ i7 = 13.26 ųA


150

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CIRCUITO MISTO.

5.2. 2º Circuito

Req = 415.53 Ω

V = Req x i 6 = 415.53 x i it = 0.0144392 A ≡ 14.43 ųA

VAB

V=Rxi V = 47.87 x 0.0144392 V = 0.6912 v

i1 = 0.6912 i1 = 0.01234 A ≡ i1 = 12.34 ųA


56

i2 = 0.6912 i2 = 0.00209 A ≡ i2 = 02.09 ųA


330

V = R3 x i V = 220 x 0.014439 V = 3.1765 v

VCD

V=Rxi V = 29.79 x 0.014439 V = 0.4301 v

i4 = 0.43 i4 = 0.00524 A ≡ i4 = 05.24 ųA


82

i5 = 0.43 i5 = 0.00286 A ≡ i5 = 02.86 ųA


150

i6 = 0.43 i6 = 0.00632 A ≡ i6 = 06.32 ųA


68

V = R7 x i V = 100 x 0.014439 V = 1.4439 v

VEF

V=Rxi V = 17.87 x 0.014439 V = 0.2580 v

i8 = 0.258 i8 = 0.006616 A ≡ i8 = 06.61 ųA


39

i9 = 0.258 i9 = 0.007848 A ≡ i9 = 07.84 ųA


33

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5.3. 3º Circuito

Req = 295.93 Ω

V = Req x i 6 = 295.93 x i it = 0.020275 A ≡ 20.27 ųA

V = R1 x i V = 56 x 0.02 V = 01.135 v

VAB

V=Rxi V = 44.88 x 0.02 V = 0.8926 v

i2 = 0.897 i2 = 0.0132 A ≡ i2 = 13.19 ųA


68

i3 = 0.897 i3 = 0.00408 A ≡ i3 = 04.08 ųA


220

i4 = 0.897 i4 = 0.002718 A ≡ i4 = 02.71 ųA


330

V = R5 x i V = 150 x 0.02 V = 03.00 v

VCD

V=Rxi V = 45.05 x 0.02 V = 00.901 v

i6 = 0.901 i6 = 0.00901 A ≡ i6 = 09.01 ųA


100

i7 = 0.901 i7 = 0.01098 A ≡ i7 = 10.98 ųA


82

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6. CONCLUSÃO
Este trabalho apresenta dados obtidos através de experiência em laboratório, sobre um
circuito elétrico misto, e é feita uma comparação entre dados encontrados na aplicação e da
experiência e dados teóricos.
Tal comparação apresenta algumas divergências de resultados, o que é normal devido a
tolerância dos resistores e suas variações.
Porém, o 1º circuito apresentou através de dados experimentais uma corrente total de
0.0171 A , e em relação a corrente obtida através de cálculos teóricos foi de 0.01346 A , o
que nos mostra uma diferença de aproximadamente 21% ; ou seja, esta em desacordo com a
tolerância fornecida pelo fabricante.
Concluímos então, que no caso do 1° circuito seria necessário refazer o experimento para
verificar se não houve alguma falha na coleta dos dados experimentais, tais como perca de
corrente devido ao mal contato entre placa e resistores, etc.

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7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://dicionario.babylon.com/Circuito%20el%C3%A9trico

http://kenjiohi.wordpress.com/2007/09/25/circuitos-eletricos/

http://www.unb.br/iq/kleber/EaD/Eletromagnetismo/Resistores/Resistores.html

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