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Mecanismos: Elementos de Cinemática e Dinâmica de Mecanismos
Prof. Dr. Newton Landi Grillo – Escola de Engenharia
- Unidades
Variáveis e unidades
Comprimento l metro
Velocidade v m/s
Aceleração a m/s2
Volume V m3
Densidade ρ Kg/m3
Torque T N.m
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SUMÁRIO
1. VETORES E ESCALARES
2. MECANISMOS
3. POSIÇÃO E DESLOCAMENTO
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7.3 Construção Gráfica do Perfil do Came e Análise Cinemática e Dinâmica .................. 107
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1. VETORES E ESCALARES
1.1 Vetores
Vetores são entes matemáticos que possuem intensidade, direção e sentido, e que se
somam de acordo com a regra do paralelogramo.
origem
Analiticamente, um vetor é representado por uma letra em negrito ou com uma seta
sobre a letra, ex: V ou . Em nosso texto usaremos a representação em negrito.
O vetor resultante C pode ser obtido tanto adicionando o vetor B ao vetor A quanto o
vetor A ao vetor B. Esta propriedade é chamada comutativa.
C = A+B = B+A
D = (A + B) + C ou A + (B + C)
Esta propriedade é chamada associativa
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B
A+B B+C
A B
C
A
C D
A -B
B
C A
C
A B
Obtém-se infinitas soluções; o caso que interessa, caso particular, será quando as
componentes A e B do vetor C forem perpendiculares entre si sendo denominadas
componentes retangulares do vetor C.
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A C A
B
1.5 Escalar
Escalar é qualquer grandeza que pode ser especificada por um número real. Escalares
são simplesmente números positivos, negativos ou nulos, utilizados para grandezas
como o tempo, temperatura, volume, trabalho, distância, etc.
R = vetor
r = escalar
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j
-k
-i i X
k
Z -j
ya
β A
α xa
γ
za
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β a
c
α γ
a = hipotenusa
a b = cateto adjacente
c θ c = cateto oposto
r r S
θ
Considere duas retas paralelas e não coincidentes AA’ e BB’ e a reta inclinada CC’,
sendo DD’ os vértices.
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A D α A’
D’ α
B B’
C’
Y A
J θ A θ Asenθ j
-i X
-j i Acosθ i
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+ (positivo) - (negativo)
C = ABsenφ λ B +
C=AxB φ A
j -k
-i i X
k -j
ixi=jxj=kxk=0
ixj=k j x i = -k
jxk=i k x j = -i
kxi=j i x k = -j
O produto escalar entre dois vetores A e B nos dá como resultado um escalar C obtido
pela expressão:
i.i=j.j=k.k=1
i.j=j.k=k.i=0
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Tal como já visto, a representação vetorial no plano requer duas componentes, uma
horizontal e outra vertical; qualquer vetor no plano x e y pode ser representado como
uma notação complexa.
Y imaginário
ib A = a + ib = Aeiθ
θ X real
A = módulo do vetor A
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Mecanismo de elevação
Braço robótico
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Limadora
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Trem de aterrisagem
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2.3 Nomenclatura
Nos mecanismos, os componentes que articulam as peças para a transmissão de
movimentos ou forças são denominadas ligações, pinos ou juntas. A composição de
peças ligadas entre si constitui uma cadeia cinemática a qual transforma-se em um
mecanismo quando uma das peças se torna base (peça fixa).
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A ® (3)
(2) (4) B
® ®
O2 (1) R14
(3) ® B
A ® (4)
(2)
O2 ® ® O4
(1)
Nas juntas superiores o contato é pontual ou linear como por exemplo o contato entre
dois dentes de engrenagens, entre duas rodas de atrito, entre o seguidor de rolete e
um came, etc. Nesses tipos de juntas as superfícies estão sujeitas a tratamento térmico
ou de superfície.
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Eixo de rotação
A
B B’ B B’
retilínea curvilínea
A’
A A’ A
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VB
A VA
De uma maneira geral, graus de liberdade (gdl) são representados pelo número de
coordenadas independentes necessárias para especificar a posição de um corpo ou
sistema mecânico no plano ou espaço.
n = número de peças,
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Mecanismo biela manivela corrediça, 4 peças. Três ângulos de rotação com centro nas
juntas inferiores O2, A e B e uma junta de translação R14
A ® (3)
(2) (4) B
® ®
O2 (1) R14
n = 4, js = 0, ji = 4......gdl = 1
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(3) ® B
A ® (4)
(2)
O2 ® ® O4
(1)
n = 4, js = 0, ji = 4......gdl = 1
® C
(3) B ®
(5)
A ® (4)
(2) (6)
® ® D ®
O2 (1) O4 R16
n = 6, js = 0, ji = 7...... gdl = 1
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(6)
C (5) ® B
(4)
A ®
O4 ® (2)
(3)
(1)
O2 ®
n = 6, js = 0, ji = 7 ...... gdl = 1
Estrutura isostática
A ®
(2) (3)
O2 ® ® O4
(1)
n = 3, js = 0, ji = 3 ...... gdl = 0
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Estrutura hiperestática
(3) ® B
A ® (5) (4)
(2) (6)
O2 ® ® O4
(1)
n = 6, js = 0, ji = 8......gdl = -1
® ® ®
® ® ®
O2 (1) O4 (1) O5
n = 5, js = 0, ji = 6 ...... gdl = 0
® ® ®
® ® ®
O2 (1) O4 (1) O5
n = 5, js = 0, ji = 6 ...... gdl = 0
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s + l . p + q (fig. a)
Quando a peça fixa é oposta à menor peça menor, esta peça menor descreve rotação
de 3600 mas as peças adjacentes apenas oscilam. (fig. d)
Outras análises:
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PMI PMS
® ® ® ® ®
A O2 A’ B B’
No mecanismo de quatro barras é possível, dada sua configuração, que duas de suas
barras estejam alinhadas uma com a outra, como indica a figura abaixo:
B ®
(3) (4)
A ®
(2)
® ®
O2 O4
Quando isso ocorre, a velocidade angular da barra 4 (ω4) passa por zero e, se for
aplicado um momento na barra 4, (BO4), a barra 2 (AO2), estará submetida somente a
tração ou compressão de forma que ela não sofrerá qualquer movimento. Nesta
situação o mecanismo estará na posição chamada de ponto morto. As fases de ponto
morto devem ser evitadas a fim de minimizar esforços nas barras e nas juntas.
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T4 ω 2
VM = =
T2 ω 4
® B
(3) (4)
T4
A ®
(2) T2
® ®
O2 O4
® B
r3 γ
r4
A ®
r2 θ2
® ®
O2 r1 O4
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O ângulo de transmissão (γ) deve estar no intervalo aproximado entre 400 ou 500 e
1400 pois, dado que fora deste intervalo as barras intermediárias (3) e movida (4)
podem ficar alinhadas, coincidentes entre si, tornando o ângulo γ igual a zero, e o
mecanismo se travaria ou emperraria. Além do mais, será possível provar que quando
γ = 900, para um dado conjugado resistente (T4), aplicado na barra 4, a força exercida
na barra intermediária (3) será mínima tornando esse ângulo a de melhor vantagem
mecânica.
γ F34
B ®
(4)
A ® T4
(2) T2
® ®
O2 O4
O ideal seria que toda a força F34 produzisse o torque de saída T4, porém, somente a
força tangencial gera esse torque. A força radial Fr34 fornece somente tração ou
compressão na barra 4, contribuindo com o atrito na junta B; por esta razão, o valor
ideal para o ângulo de transmissão (γ) é 900.
Quando o ângulo for menor que 450, a componente radial é maior que a componente
tangencial como pode ser verificado trigonometricamente, o que reduz
significativamente a vantagem mecânica. Dado que o mecanismo se movimenta, o
ângulo de transmissão é variável e por essa razão, o ângulo de transmissão mínimo
para uma boa condição de projeto deve ser maior que 400.
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3. - POSIÇÃO E DESLOCAMENTO
Corpo rígido: Aplicando-se uma força externa ao corpo, a distância entre dois pontos,
contidos no corpo, permanece constante.
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Trajetória
R2 (t = t2)
Y ΔR
R1 , (t = t1)
R1 e R2: são chamados vetores posição, pois definem as posições do ponto nos
instantes 1 e 2 em relação à origem do sistema de coordenadas X e Y.
Deslocamento angular.
Δθ
θ2
θ1 X
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Considere um corpo rígido e localizando dois pontos A e B neste corpo, o qual desloca-
se em movimentos de translação e rotação no plano. Queremos descrever uma
equação que expresse o deslocamento total do ponto B entre as posições inicial e final.
Y
A2 RB2A2 B2
ΔRA
ΔRB’ = ΔRA
A1 RB1A1 B1
Y
B3
RB3A2
ΔRB”= ΔRBA
A3≡A2 B2
RB2A2
X
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B3
Y
ΔRB’’=ΔRBA
A3≡A2
B2
ΔRB
ΔRB’= ΔRA
A1 B1
X
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r2 A ® r3
θ2 θ3
® ®
O2 C r1 B
O mecanismo biela-manivela tal como visto no item 2.5 tem um grau de liberdade, e as
coordenadas ou variáveis θ2 e θ3 não são independentes, ou seja, θ3 depende de θ2.
Podemos também escrever:
AC = r2senθ2 = r3senθ3
r2
Isolando senθ3: senθ3 = senθ2
r3
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r22
cosθ3 = 1 − 2 sen2θ 2 .............................................................................. eq. 3.2
r3
r22
r1 = r2cosθ2 + r3 1− 2
sen2θ 2 , a qual pode ser reescrita:
r3
A equação 3.3 acima pode ser escrita através da notação complexa. Com o fim de
relembrarmos a manipulação complexa, escrevemos:
R = rx + iry
Y imag
iry
R
X Real
rx
r= (r ) + (r )
x 2 y 2
R = rcosθ + isenθ, ou
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θ2 iθ 3 θ 4 iθ 5 θ 6 iθ 7
eiθ = 1+ iθ – − + + − − + ...
2! 3! 4! 5! 6! 7!
θ2 θ4 θ6
cosθ = 1- + − + ...
2! 4! 6!
iθ 3 iθ 5 iθ 7
isenθ = iθ - + − + ...
3! 5! 7!
Lembre-se que:
2! (2 fatorial = 2x1)
3! (3 fatorial = 3x2x1)
A θ3
R3
R2
θ2 B
O2 R1
R1 = R2 + R3, ou, R2 + R3 – R1 = 0
Em notação complexa,
Aplicando Euler
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r2senθ2 + r3senθ3 = 0
r2 r2 sen θ 2
senθ3= − senθ 2 , onde θ3 = arcsen − ................................... eq. 3.5
r3 r3
cos2θ3= 1- sen2θ3,
cosθ3= 1 − sen 2θ 3 , inserindo senθ3 da equação 3.5 acima dentro da raiz, teremos
r22
cosθ3 = 1− 2
sen2θ 2 .............................................................................. eq. 3.6
r3
onde
r22
θ3 = arcos 1 − 2 sen2θ 2 .......................................................................... eq. 3.7
r3
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Nesta análise os comprimentos das barras r1, r2, r3 e r4 são conhecidos, e o problema
consiste na determinação das posições angulares das barras 3 e 4, θ3 e θ4
respectivamente, sendo θ2 conhecido.
R1 + R2 + R3 + R4 = 0
B
R3, r3
θ4
θ3
A R4, r4
α θd
R2, r2 Rd, rd β
θ2
θd θ4
O2 O4
R1, r1
α = θd + θ3, β = θ4 - θd
Rd = R1 + R2
rdsenθd = r2senθ2
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r
θd = arcsen 2 sen θ 2
rd
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R2 (t=t2)
trajetória
Y
R2
ΔR
R1 (t=t1)
R1
X
∆R
Vm =
∆t
∆R
lim ∆R
= /0
dR
V= ∆t = =
r ∆t dt
∆t → 0
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X = f(t),
Y = g(t)
dY dY dX
Y(t) = F’(x).f’(t), ou, = ⋅
dt dX dt
λ e μ: vetores unitários,
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Y 2 (t = t2)
ΔR
μ
ΔS
λ
1 (t = t1)
X
ΔS = f(t),
ΔR = g(t)
∆R ∆R ∆S
lim = ⋅ dR dR dS
ΔR(t) = F’(ΔS).f’(t), ou, ∆t ∆ S ∆ t , ou , = ⋅ , onde:
dt dS dt
∆t → 0
dR
= V (vetor velocidade, módulo e direção)
dt
dR
= λ (somente direção, vetor tangente à trajetória)
dS
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Considerando um corpo rígido representado pelo disco girando em torno do eixo OA.
Isto significa que todos os pontos do corpo, tal como o ponto P, se movem numa
trajetória circular em torno do eixo OA. A velocidade angular do corpo é dada pelo
vetor ω, que tem direção OA, e sentido dado pela regra da mão direita. A magnitude
da velocidade angular é a razão de variação de qualquer segmento de reta do corpo,
com direção normal ao eixo de rotação. Designando o deslocamento angular do
segmento por Δθ no intervalo de tempo Δt, sua magnitude fica:
∆θ .&
lim =θ
ω= ∆t
∆t → 0
rsenφ
Y P
A
V
r
λ
φ
X
O
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r V λ
B
Y
RBA
RB VA
A
RA ω
X
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A θ3
R3 (r3)
R2 (r2)
θ2 B
O2 R1 (r1)
R1 = R2 + R3, ou, R2 + R3 – R1 = 0
Em notação complexa,
d u du
Lembrando que e = eu , a expressão para a velocidade fica:
dx dx
dr 2 iθ 2 d θ 2 iθ 2 dr 3 iθ 3 d θ 3 iθ 3 dr1 iθ 1 dθ
e + r2 i e + e + r3 i e − e − r1 i 1 e iθ 1 = 0 ... eq. 4.2
dt dt dt dt dt dt
Dado que os comprimentos r2 e r3 das barras 2 e 3 são constantes assim como o ângulo
θ1 da corrediça suas respectivas derivadas são nulas, além disso, da expressão acima
teremos:
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dθ 2
= ω2
dt
dθ 3
= ω3
dt
dr 1
= v1
dt
r2ω 2 cosθ 2
ω3 = ...................................................................................... eq. 4.5
r3 cosθ 3
r sen θ 2
θ3 = arcsen − 2
r3
v1 = r2ω2senθ2 + r3ω3senθ3
ω
v1 = r2ω2senθ2 + r3 − r2 2 cos 2
θ
senθ3
r3 cos θ 3
A expressão acima fica:
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Devemos nos lembrar que o vetor velocidade de um ponto qualquer contido na barra
tem direção tangente à sua trajetória e, por consequência, este vetor será
perpendicular à barra em questão, exemplo:
® Trajetória de A
VA ω
® O
ω2 A ® (3)
(2) θ2 θ3 (4) B
® ®
O2 (1)
n
ω = 2π , onde n = rpm
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A obtenção das velocidades pelo método dos polígonos resulta da soma de vetores
obtidos da equação de velocidade relativa onde:
VB = VA + VBA
Para determinarmos a velocidade VBA traçamos uma reta perpendicular à barra AB,
reta essa que passa pelo ponto A e, ao traçarmos essa reta haverá o cruzamento com a
reta horizontal onde se localiza o vetor VB. O cruzamento define o ponto B comum aos
vetores VB e VBA.
Ov
B
Reta tangente, paralela ao
VB
deslocamento da corrediça
VBA
ω3 =
BA
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Num dado instante, o centro instantâneo de rotação de um corpo rígido que executa
movimento plano, é o ponto de interseção de duas retas traçadas de quaisquer dois
pontos de um corte do corpo rígido perpendicular aos vetores velocidade daquelas
partículas.
VA VB
ω3 = =
AP13 BP13
P13
ω2 A ® (3)
(2) θ2 θ3 (4) B
® ®
O2 (1)
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B θ4
R3, r3
θd
θ3
A R4, r4
α
R2, r2 ω2 β
Rd, rd
θ2
O2 O4
R1, r1
Os termos r1, r2, r3, r4 e θ1 não variam no tempo, derivando a expressão acima em
relação ao tempo,
d θ 2 iθ 2 d θ 3 iθ 3 d θ 4 iθ 4
r2 i e + r3 i e + r4 i e =0 .............................................. eq.4.7
dt dt dt
Sendo que,
dθ 2
= ω2
dt
dθ 3
= ω3
dt
dθ 3
= ω4
dt
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-r2ω2senθ2 -r4senθ4
r2ω2cosθ2 r4cosθ4
ω3 =
-r3senθ3 -r4senθ4
r3cosθ3 r4cosθ4
Resolvendo os determinantes,
r2ω 2 sen(θ 2 − θ 4 )
ω3 = θ4 tomado a partir do eixo x
r3 sen(θ 4 − θ 3 )
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r2ω 2 sen(θ 2 − θ 3 )
ω4 =
r4 sen(θ 4 − θ 3 )
r
θd = arcsen 2 sen θ 2
rd
VA = ω2 AO2
(3) ® B
®C
A ® (4)
ω2 (2)
® ®
O2 (1) O4
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VB = VA + VBA
VA ⊥ AO2
VBA ⊥ BA C VC
Ov [polo]
B VB ⊥ BO4
VBA
VBA = ω3.BA ∴ ω 3 =
BA
VB
VB = ω4.BO4 ∴ω4 =
BO4
VC = VA + VCA
VCA = ω3.CA
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P13
(3) ® B
®C
P24 A ® (4)
ω2 (2)
® ®
O2 (1) O4
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Determinação de ω4
ω 4 O2 P24
=
ω 2 O4 P24
ω 2 O2 P24
ω4 =
O4 P24
Determinação de ω3
VA = ω3.AP13,
VB = ω3.BP13
VC = ω3.BP13
Determinação de VC
VC = ω3.CP13
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A aceleração mede a rapidez com que um corpo varia sua velocidade. Acelerar ou
desacelerar um corpo significa variar sua velocidade em um intervalo de tempo e, em
um corpo acelerado, o vetor aceleração tem a mesma direção e sentido do vetor
velocidade, enquanto que um corpo que sofre desaceleração, o vetor aceleração
possui mesma direção do vetor velocidade, porém, os sentidos são opostos.
A aceleração média pode ser definida como sendo a razão da variação da velocidade
em um intervalo de tempo, e quando o intervalo de tempo tende a zero a aceleração
denomina-se aceleração instantânea. A aceleração instantânea, também chamada
simplesmente de aceleração, é definida pela equação:
∆v dv
a = lim = = v& = &r&
∆t dt
∆t → 0
∆ω dω
α = lim = = ω& = θ&&
∆t dt
∆t → 0
V = S&λ
A = S&&λ + S&λ&
Aceleração normal ou radial: an = S&λ& , pois λ& é um vetor unitário defasado 900 de λ
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V2
λ
V2 ΔV
ω2 ΔS ΔVn V1
ΔVt
V1
Δθ
Δθ V1
R
μ
ω1
ΔV = ΔVn + ΔVt
Como V2 > V1, e o corpo descreve uma trajetória circular, significa que ω2 > ω1 dado
que R é constante, numa taxa de variação do vetor velocidade onde
V1 = ω1.R
V2 = ω2.R
∆V n ∆θ dV n dθ
n
ΔV = V.Δθ, = V , =V ∴ an = Vω
∆t ∆t dt dt
∆V t ∆ω dV t dω
t
ΔV = R(ω2 – ω1) = RΔω, =R , =R ∴ at = Rα
∆t ∆t dt dt
56
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At
A V
® ponto P
α An
ω R
O ®
An ⊥ At
Tal como visto no item 4.3, a equação de velocidade relativa, que é derivada da
equação do deslocamento relativo, é dada pela expressão
VB = VA + VBA
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A θ3
R3 (r3)
R2 (r2)
θ2 B
O2 R1 (r1)
R1 = R2 + R3, ou, R2 + R3 – R1 = 0
Em notação complexa,
d ω 2 iθ 2 dθ dω dθ
ir2 e + ω 2 i 2 e iθ 2 +ir3 3 e iθ 3 + ω 3i 3 e iθ 3 − dv 1 e iθ 1 =0
dt dt dt dt dt
........eq.5.1
sendo que
dω 2
=0
dt
dω 3
= α3
dt
dv 1
= a 1 = aB
dt
58
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Nesta equação 5.2 há duas incógnitas α3 e a1. Utilizando a fórmula de Euler, separando
as partes real e imaginária, e resolvendo o sistema obtemos:
r sen θ 2
θ3 = arcsen − 2
r3
r2ω 2 cosθ 2
ω3 =
r3 cosθ 3
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2.5
2
velocidade ----, aceleração linha cheia
1.5
0.5
-0.5
-1
-1.5
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
x em graus
Devemos nos lembrar que o vetor aceleração de um ponto qualquer contido na barra
tem duas componentes sendo que uma, a aceleração normal, é paralela à barra e cujo
vetor aponta ao centro de rotação enquanto que a outra componente, aceleração
tangencial, tem direção tangente à trajetória do ponto e, por consequência, este vetor
será perpendicular à barra em questão, exemplo:
60
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® Trajetória de A
VA aAn
aAt α
® ω
ω2 A ® (3)
(2) θ2 θ3 (4) B
® ®
O2 (1)
Analisando o movimento do mecanismo é possível perceber que a barra AO2 (2) gira
em torno do centro de rotação O2 e que, na medida em que essa barra 2 descreve seu
movimento de rotação, a articulação A descreve uma trajetória circular. Como a barra
BA (3) está articulada em A, ela acompanha o movimento da barra 2, propiciando que
a barra AB descreva movimentos de translação e rotação.
61
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Uma vez que descreve movimento de rotação haverá um centro de rotação, e este
centro é definido em A. Com relação a corrediça (B), o mecanismo impõe restrições ao
seu movimento permitindo somente a translação em uma dada direção, no caso,
horizontal. A translação da corrediça B ocorre devido a translação da barra AB.
aA = aAn + aAt
ω2 aBAn B
® ®
O2 (1) aB
62
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B aB
OA
aBAt ⊥ BA aBA
aAn ∕∕ AO2
aBAn ∕∕ BA
A
O vetor aBA é chamado vetor aceleração relativa pois não tem o polo como origem
dado que a barra 3 (AB) não gira em torno da articulação fixa O2.
Uma vez que o polígono de acelerações foi construído em escala usando as grandezas
das acelerações conhecidas, a aceleração angular da barra 3 (AB) é determinada
fazendo:
aBAt
α3 =
BA
O sentido de α3 é dado pela regra da mão direita sendo que a origem do vetor aBAt
está localizada em A.
63
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B θ4
R3, r3
θd
θ3
A R4, r4
α
R2, r2 ω2 β
Rd, rd
θ2
O2 O4
R1, r1
Os termos r1, r2, r3, r4 e θ1 não variam no tempo, derivando a expressão acima em
relação ao tempo,
d θ 2 iθ 2 d θ 3 iθ 3 d θ 4 iθ 4
r2 i e + r3 i e + r4 i e =0 .............................................. eq.5.5
dt dt dt
Sendo que,
dθ 2
= ω2
dt
dθ 3
= ω3
dt
dθ 4
= ω4
dt
64
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r2ω 2 sen(θ 2 − θ 4 )
ω3 =
r3 sen(θ 4 − θ 3 )
r2ω 2 sen(θ 2 − θ 3 )
ω4 =
r4 sen(θ 4 − θ 3 )
r
θd = arcsen 2 sen θ 2
rd
dω 2
= α2
dt
dω 3
= α3
dt
dω 4
= α4
dt
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aB = aA + aBA.
Para resolver esta soma de vetores, parte-se sempre de uma aceleração conhecida a
qual será a aceleração da articulação A expressa na barra 2 – manivela, pois esta é a
barra motora. Pressupõe-se, normalmente, que o mecanismo esteja trabalhando em
regime, ou seja, a velocidade angular da manivela é constante fazendo com que sua
aceleração angular seja zero, definindo assim a aceleração da articulação A em relação
à articulação fixa O2.
A ®
ω2 aAn ω4
® ®
O2 (1) O4
aB = aA + aBA
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A magnitude de cada um desses vetores pode ser encontrada como se segue, dado
que se conhece o comprimento das barras e as velocidades lineares e angulares:
No cruzamento destas duas retas será localizado o ponto B, e sua aceleração será um
vetor que tem como origem o polo e extremidade em B.
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OA
aBn
aAn = aA
aC
A aB
aBAn
aBA
C
t
aBt
aBA
aBAt
α3 =
BA
aB t
α4 =
BO 4
O ponto C está localizado na barra AB. A razão entre CA e BA nos dará um valor
proporcional, o qual representará o mesmo valor entre as acelerações de CA (aCA) e
de BA (aBA). Ao determinarmos aCA localizamos o ponto C sobre o vetor aBA, e o
vetor aC será representado do polo ao ponto C.
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V’= V (constante)
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t2 = t + Δt
t1 = t
B A’
V’
VA’=ω(r+Δr) V
V
Δr
VA = ω.r A
● A
VA = ωr
A ●
an = ω2.r r r
Δθ
ω
ω
O O
A variação da velocidade ( VA’) entre as posições 1 e 2 pode ser expressa pelos vetores
Posição 1, t = t1
R’ R
V’ V
Δθ
T VA
T’ Δθ
Posição 2, t2 = t + Δt T’’
VA’
TT '' ∆θ
lim lim V A
∆t = 2
∆t = VA.ω = ωωr = ω .r = aA
n
∆t → 0 ∆t → 0
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VP desl
α VP trans ω
® O2
AP AP desl AP cor
A Pt P AP desl A Pn
® AP cor
α A Pn AP
A Pt
® O2
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(3)
P2, P4 (4)
(2) ω2
® ®
O2 O4
OV VP2P4 = VP desl
VP2
VP4 ω4
2VP2P4ω4
VP2P4
Haverá um cruzamento entre essas duas retas definindo o vetor VP4, VP4 ⊥ P4O4, que
representa a velocidade da corrediça em relação a O4, e o vetor VP2P4, paralelo à barra
4, que representa a velocidade da corrediça articulada na barra 2 deslizando na barra
4.
VP4
ω4 =
P4O4
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AP2t = 0
n n
(VP2P4 )2
AP2P4 = 0, pois AP2P4 = , sendo R o raio de curvatura da trajetória de P4 na
R
barra 4 infinito,
AP4n
2VP2P4ω4
AP2P4t
AP2n
AP4t
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Uma força representa a ação de um corpo sobre outro. É caracterizada por seu ponto
de aplicação, intensidade, direção e sentido sendo, portanto, uma quantidade vetorial.
F1 F2
F2
F2
(F1 = - F2).
Binário: duas forças iguais e opostas agindo ao longo de duas retas paralelas e não
coincidentes em um corpo, não podem ser combinadas para se obter uma resultante.
Essas duas forças constituem um binário.
T = RxF
F
R
Momento do binário (T): É outro vetor dirigido ao plano que o contém, e o sentido é
dado pela regra da mão direita.
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F1 R21
R1 X
F2
Z R2
T = - (R1 x F1) + R2 x F2
T = (R2 – R1) x F2
F1 R21
θ
R21n X
R21t
F2
Z
T = ( R21n + R21t ) x F2
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Expressando as magnitudes;
T = R21 senθ . F2
T = h.F2
Exemplo de fixação:
Y
A
F
h α
θ X
●
O
Determinação analítica:
T = h.F (s.a.h.)
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Determinação vetorial:
T = AO x F
AO = AO ∠ θ = AO cosθ i + AO senθ j
F = F ∠ α = F cosα i + F senα j
Para calcular as forças e torques em qualquer mecanismo é necessário isolar cada peça
deste mecanismo considerando-a como um corpo livre, e aplicar as condições de
equilíbrio.
A força FC está aplicada na barra 4. Determinar as forças que surgem em O2 e O4, assim
como o torque a ser aplicado na barra 2 (T2) para manter o mecanismo em equilíbrio
estático.
F34 ® F43
(3)
A F32 (4)
® h’ C
® ®
FO2 O2 (1) O4
Ao ser aplicada a força FC , surgirão nas articulações B e O4 as forças de reação F34 e FO4.
Com relação à força F34 conhece-se sua direção (paralela à barra 4), e sentido (da
esquerda para a direita), tendo como incógnita a intensidade. A força F43 é a
componente da força FC agindo na articulação B.
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Desconhece-se todas as informações sobre a força FO4 pois é uma força aplicada no
ponto – articulação. A magnitude de F34 é determinada através da somatória dos
momentos em relação a O2.
A condição de equilíbrio estático aplicado à barra 4 indica que a somatória das forças
que atuam nela seja igual a zero, e que a somatória dos momentos causados pelas
forças que atuam nela em relação a articulação O4 também seja igual a zero:
∑F 4 = 0 : FC + F34 + FO4 = 0
∑T 2 = 0 : FC.h – F34.h’ = 0
F.h
F34 =
h'
Uma vez determinado F34, a força FO4 é determinada através da somatória de forças. A
força FO4 é representada pelo vetor que fecha o polígono. A grandeza do vetor na sua
respectiva escala e sua inclinação definem a força.
F34
FO4
F
Uma vez definida F34, é necessário elaborar a condição de equilíbrio estático da barra
3.
∑F 3 = 0 : F34 + F32 = 0
∑T 2 = 0 : F32. h’’ – T2 = 0
81
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A grandeza h’’ é a medida tomada perpendicular entre a linha de ação da força F32 e a
articulação O2. T2 = F32. h’’ (s.h.)
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T2=2500 N.m
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Y
F1
h
Figura a
● G F3
F2
X
∑F = F 1 + F2 + F3
Devido ao fato de a força resultante não passar por G, surgem as acelerações linear
(aG) e angular (α), as quais definem a força de inércia e o torque de inércia ou
conjugado de inércia, (figura b).
88
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G
Figura b
●
∑ F − ma G = 0 (figuras a’ e b’)
∑T G − Iα = 0 (figuras a’ e b’)
h
Figura a’
● G
89
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Y
- Iα
G
Figura b’
●
- maG
X
O método admite um suposto trabalho, trabalho virtual, realizado pela ação de uma
força real agindo em um determinado corpo o qual, pela ação da força, sofre um
deslocamento imaginário (deslocamento virtual).
Y Y Y
F
F
A’
A’
A’ F
θ θ θ
δR δR δR
A A A
X X X
Positivo: 2700< θ < 900 Nulo: θ +/- 900 Negativo: 900 < θ < 2700
90
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Considere o mecanismo:
B FB
A ® FC ® FC’
T2
O2 ® ® O4
F12 F14
FC e FC’ não executam trabalho pois nesse ponto, as forças realizam quantidades iguais
de trabalho positivo e negativo, os quais se anulam. (FC = -FC’).
δΓ = ∑ F .δR + ∑T .δθ
n n n n = 0 .................................................................... eq.7.1
∑ F = 0, ∑T = 0
Dividindo-se a equação 7.1 por δt:
δR n δθ n
δΓ = ∑F n
δt
+ ∑ Tn
δt
= 0 , obtemos:
δΓ = ∑ F .V + ∑T .ω
n n n n =0 ....................................................................... eq. 7.2
91
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O sub-índice n indica a barra em análise. Esta equação 7.2 indica que o trabalho virtual
é proporcional às velocidades dos pontos de aplicação das forças. Incluindo todas as
forças e torques de inércia, a equação torna-se,
® B Iα
ω G ® aGt
α aGn
F=maG
O ® aG
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Fi = -maG
-Iα A
® B h
G ®
grandeza de aGn
grandeza de aG
O ® grandeza de aGt
T = IG.α,
F.h = IG.α,
I Gα I Gα
h= =
F ma G
93
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A ® G3
® ®
G2≡O2 (1) B
∑ F.V + ∑ F .V + ∑T.ω + ∑T .ω = 0
i i
Barra 2:
Barra 3:
T3.ω3 = - I3α3k.ω3k
94
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Barra 4:
Fi4 . V4 = - m4a4 . V4
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FB=500∡3300 [N]
Considerando as barras de aço com seção transversal retangular onde a base (b) seja
1,5 cm, altura (h) seja 5,0 cm, e os comprimentos dados. Densidade do aço: ρaço = 7800
kg/m
m3= 5,85 [kg]; m4= 4,68 [kg]; I3= 0,489 [kg.m2]; I4= 0,250 [kg.m2]
(3) B
G3 ® 3300
® FB
A ® ® G4 (4)
(2) 1200
® ®
O2 O4
Barra 2:
96
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Barra 3:
Barra 4:
Articulação B
Teremos:
97
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Considere o mesmo exercício anterior resolvido pelo método dos trabalhos virtuais,
agora pelo método gráfico-força
98
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Basicamente o came é uma peça em forma de cunha, disco, que, por contato direto, transmite
um movimento determinado ao seguidor, ambas vinculadas à uma estrutura fixa;
normalmente são empregados para a transformação de seu movimento rotacional no
movimento alternado do seguidor.
Os mecanismos de cames são classificados de acordo com sua forma, são largamente
utilizados em máquinas como máquinas ferramentas, operatrizes, têxteis, tipográficas, em
motores de combustão interna, máquinas automáticas, etc.
Um came pode ser projetado de duas maneiras:
a) Parte-se do movimento desejado pelo seguidor e projeta-se o came para se obter este
movimento.
b) Parte-se da forma do came, e determina-se as características de deslocamento, velocidade e
aceleração que serão obtidas pelo contorno da came.
Quando o came gira com velocidade angular ω constante, o seguidor se desloca para cima de
acordo com a escala marcada na haste, e o movimento de retorno é o mesmo.
Na representação gráfica inverte-se os movimentos, i.e., mantem-se o came fixo e representa-
se o seguidor, tal como a figura 7.1.
99
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A aceleração do seguidor é importante em cames com alta velocidade devido ao efeito das
forças de inércia, as quais resultam em vibrações, barulho, altas tensões e fadiga; pulsos altos
provocam vibrações no seguidor e peças ligadas a ele, e afetam a vida do came.
Note-se que a figura 7.2 apresenta quatro eventos denominados ângulos de ação (β). O
primeiro (β1) corresponde ao giro de 300 do came em que o seguidor estará em repouso. O
segundo (β2) corresponde ao giro de 1500 do came, e o seguidor eleva-se em seu
deslocamento máximo; o terceiro (β3) corresponde ao giro de 300 do came em que o seguidor
estará em repouso no seu deslocamento máximo, e o quarto evento (β4) corresponde ao
retorno do seguidor.
100
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Cames de disco
Comando de valvulas
101
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102
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deslocamento
θ (rotação do came)
v velocidade
a aceleração
∞ ∞
j pulso ∞ ∞
∞ ∞ ∞ ∞ θ
∞ ∞ ∞ ∞
Note os pontos críticos definidos pela posição extrema crítica a qual define as posições
extremas do seguidor. Inicialmente o seguidor está em repouso enquanto o came gira e, no
instante seguinte, move-se em elevação com velocidade constante em um movimento
chamado uniforme (MU). Na base e no topo do gráfico a aceleração e pulso tornam-se infinitos
resultando em grandes forças dinâmicas. A figura abaixo apresenta gráficos de deslocamento,
velocidade e aceleração do movimento uniforme.
104
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Quando a velocidade de giro de um came for baixa, os estudos significativos são para o
deslocamento e velocidade do seguidor, porém, deve-se evitar sempre o pulso o qual produz
golpe seco no mecanismo; segue-se a lei fundamental de projeto de came:
A função de velocidade e aceleração do came deve ser contínua nas transições do movimento
do seguidor durante todo o seu giro (3600) por consequência, a função pulso deve ser finita em
todo esse intervalo.
105
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106
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A construção gráfica pode ser útil para cames com baixa velocidade, para grandes velocidades
é impreciso.
Movimento Cicloidal
Para traçar graficamente o movimento cicloidal correspondendo à elevação do
seguidor em relação ao ângulo de ação do came, traça-se na abscissa uma reta
com no mínimo 6 marcações, e na ordenada uma reta correspondendo a elevação
do came;
No canto direito superior trace um círculo com origem no cruzamento das retas
extremas horizontal e vertical, com raio igual à grandeza da elevação (d) dividido
por 2π;
Divida este círculo de acordo com o número de marcações traçados na abscissa
correspondendo aos números indicados, numerando no sentido horário, sendo
que o zero coincida com o último número, no caso apresentado, seis;
Trace uma reta diagonal entre a origem zero das marcações e o centro da
circunferência; esta reta definirá três pontos do perfil: 0,3 e 6 (zero, três e seis)
correspondendo ao início, meio e fim da elevação do perfil;
Da mediana das retas no círculo 1’-2’ e 4’-5’, retas perpendiculares à reta vertical 6
de nosso exemplo, trace retas paralelas à diagonal original;
As retas inclinadas paralelas definirão os pontos 1 e 2 abaixo da diagonal original e
os pontos 4 e 5 acima da diagonal ao interceptarem as retas verticais já definidas;
Ligando-se os pontos obtém-se a curva do perfil.
107
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Movimento Parabólico
Repete-se a marcação inicial já vista com respeito à ordenada e abscissa;
Na origem do diagrama traça-se uma reta inclinada em um ângulo qualquer,
porém, menor que 900 em relação à ordenada;
Se forem usadas seis divisões no horizontal como nos exemplos acima, divida a
reta inclinada em partes proporcionais a 1,3,5 e 5,3,1, se forem oito divisões
considere 1,3,5,7 e 7,5,3,1 de forma que haja proporcionalidade entre as
subdivisões: 0-1 uma grandeza, 1-3 três grandezas iguais a de 0-1, de 3-5 cinco
grandezas nas mesmas proporções, e repete-se até 5-5, 5-3, 3-1, o que significa
dividir por nove metade da reta inclinada e marcar os pontos, repetindo para o
trecho acima.
Trace retas perpendiculares à reta inclinada a partir destas numerações até
interceptar a ordenada definidora da elevação do came;
Dos pontos interceptados trace retas horizontais até o cruzamento das verticais já
traçadas, numeradas devido ao avanço do came;
O cruzamento das retas define os pontos para traçar a curva do perfil .
108
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A unidade de elevação (S) em mm, velocidade (V) em m/s, aceleração (A) em m/s2, pulso (J)
em m/s3. Os ângulos θ e β são dados em radianos e a velocidade angular do came (ω) em
rad/s.
Movimento Cicloidal
Elevação Retorno
' > ' ' > '
1 = <[ − @AB C2E F] 1 = <[1 − + @AB C2E F]
? ?
I ' I '
= H J1 − cos C2E FN = −H [1 − cos C2E F]
?I ' ?I '
O=H P [@AB C2E F] O = −H P [@AB C2E F]
Elevação Retorno
I ?' I ?'
1 = [1 − cos C F] 1 = [1 + cos C F]
?I ?' ?I ?'
=H [@AB C F] = −H [@AB C F]
?P I ?' ?P I ?'
O=H P [cos C F] O = −H P [cos C F]
?6 I ?' ?6 I ?'
Q = −HR 6 [@AB C F] Q = HR 6 [@AB C F]
109
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Movimento Parabólico
Elevação
Z Z Z Z Z
1 = <[6,09755( )R − 20,78040( )^ + 26,73155( )` − 13,60965( )a + 2,56095( )b ]
: : : : :
< Z Z Z Z Z
O=H [36,58530 c d − 415,60800( )R + 801,94650( )S − 571,60530( )^ + 143,41320( )` ]
: : : : : :
< Z Z Z Z
Q = HR [36,58530 − 1246,82400( ) + 3207,78600( )R − 2858,02650( )S + 860,47920( )^ ]
: R : : : :
Retorno
Z Z Z Z Z
1 = [1,00000 − 2,93415( ) + 2,78055( )^ + 3,17060( )` − 6,87795( )a + 2,56095( )b ]
: : : : :
< Z Z Z Z Z
= H [−5,26830 c d + 13,90275( )S + 19,02360( )^ − 48,14565( )` + 20,48760( )a ]
: : : : : :
< Z Z Z Z
O=H [−5,26830 + 55,61100( )R + 95,11800( )S − 288,87390( )^ + 143,41320( )` ]
: : : : :
< Z Z Z Z
Q = HR [166,83300( ) + 380,47200( )R − 1444,36950( )S + 860,47920( )^ ]
: R : : : :
Representação dos gráficos de elevação para as três funções considerando a elevação do perfil
(L) 35 mm, ângulo de avanço (β) 1200.
40
35
30
25
cicloidal
20
mhs
15 polinomial
10
0
0 50 100 150
110
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Ro = Rm + Rr
Rr = raio do rolete.
111
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Pode-se relacionar entre si o raio mínimo do primitivo (Ro) com o ângulo de pressão máximo
(αmax ) em função da curva adotada para o movimento do seguidor quando ocorre um giro do
came no evento definido pelo ângulo de ação β. A velocidade máxima do seguidor com o
ponto de inflexão da curva define o ponto crítico. De acordo com a tabela 3.1 trabalha-se com
os fatores do camo (f).
Tabela 7.1
112
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e
Define-se o fator do camo f tal como: f =
f
f = fator do came para o tipo de movimento (tabela 3.1)
l = arco da circunferência primitiva do came no evento [cm]
S = elevação do seguidor [cm]
φ = α = ângulo de pressão [rad]
e gf
Temos da trigonometria que: l = Ro.β, portanto, Ro = =
Forças no seguidor: a força F que o came exerce no seguidor tem direção normal à curva
primitiva, e pode ser decomposta nas respectivas forças F1 e F2 tal como mostra a figura 3.15
abaixo, e as forças FA e FB são as reações nos mancais.
i5 k
TC .ω = F1.v ∴ TC = , TC = torque no came
l
F1 = FR = FK + FI
FK = força na mola que mantem o seguidor em contato com o came.
FK = k(x0 + S) [N]
FI = força de inércia
FI = ma [N]
m = massa do seguidor e da carga a ser elevada [kg]
a = aceleração do seguidor [m/s2]
FR = força resultante
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Análise cinemática
Análise dinâmica:
A massa do seguidor é de 0,8 kg e elevará uma carga de 245 N, o qual é mantido em contato
com o came por uma mola de rigidez 50k N/m. O conjunto é montado com a mola sofrendo
pré-carga deformando-a (x0) 5,0 mm. Determinar o torque a ser aplicado ao came para elevar
a carga, desprezando os atritos.
• Determinação de Ro
114
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Da tabela 7.1 temos que para o ângulo de pressão 350, o fator de forma f = 2,86
gf ,b`.S
Ro = = ,noSS
= 5,46 cm
I S
Fazendo: = = 0,73
p( ^,S`
No eixo horizontal da figura 3.17 temos as marcações de β, e pontuamos 1200. Traçamos uma
reta na vertical até próximo de 0,80, e deste ponto traçamos uma reta horizontal até a
qrst
ordenada para encontrarmos p(
quv
≈ 1,01, teremos: ρmin = 1,01.5,46 = 5,5 cm.
p(
115
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116
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Para os movimentos harmônico ou polinomial utilizamo-nos das figuras 3.19 e 3.20 dispostas
no final do capítulo abaixo.
117
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Ângulo de avanço Elevação (S) Velocidade (V) Aceleração (A) Pulso (J)
em graus (β) [ 0] [mm] [m/s] [m/s2] [m/s3]
0 0 0 0 171,88
10 0,150 0,025 2,86 148,85
20 1,153 0,095 4,96 85,94
30 3,634 0,191 5,73 0
40 7,820 0,286 4,96 -85,94
50 13,483 0,356 2,86 -148,85
60 20,000 0,382 0 -171,88
70 26,516 0,356 -2,86 -148,85
80 32,180 0,286 -4,96 -85,94
90 36,366 0,191 -5,73 0
100 38,846 0,095 -4,96 85,94
110 39,850 0,025 -2,86 148,85
120 40,000 0 0 171,88
• Perfil do Came
29 9
28 10
27 11
26 12
25 13
24 14
23 15
22 16
21 17
20 18
19
Fig. 7.18 Desenho do came
118
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40
35
30
25
Elevação [mm]
20
15
10
0
0 20 40 60 80 100 120
ângulo de ação em graus
0.4
0.35
0.3
0.25
Velocidade [m/s]
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0 20 40 60 80 100 120
Ângulo de ação em graus
2
Aceleração [m/s2]
-2
-4
-6
0 20 40 60 80 100 120
Ângulo de ação em graus
119
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200
150
100
50
Pulso [m/s3]
-50
-100
-150
-200
0 20 40 60 80 100 120
Ângulo de ação em graus
120
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Vermelha: Força de Mola; Verde: Força de Inércia; Azul tracejada: Força Resultante
2500
2000
1500
Forças [N]
1000
500
-500
0 20 40 60 80 100 120
Ângulo de ação em graus
Gráfico do torque
60
Torque no Came [N.m]
50
40
30
20
10
0
0 20 40 60 80 100 120 140
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NORTON, Robert L. Cinemática e Dinâmica dos Mecanismos. 1a ed. Porto Alegre: AMGH
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Editora Universidade de São Paulo. 1969.
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