oficinas

Este programa oferece quatro tipos de oficinas (histórias, brincadeiras, atividades e criatividade) que são realizadas simultanea-
mente no modelo de circuito. Cada uma funciona com a mesma equipe e no mesmo local todos os dias. As mudanças só ocorrerão
com o consentimento da coordenação. Os grupos, acompanhados pelos seus líderes, participarão de todas as oficinas diariamente.
Cada equipe será responsável por preparar e organizar todo o material necessário para a realização da sua oficina; ao final, deverá
guardá-lo e deixar tudo organizado.
Seja pontual. Obedeça aos comandos da pessoa responsável pelo horário. Tenha cuidado para respeitar o horário programado, para
não atrasar o andamento da EBF.
Obs.: se você optar por contar a história bíblica na abertura, serão apenas três oficinas. Para isso, retire os menores (de 4 e 5 anos),
para que eles sigam o modelo sequencial. As crianças maiores ficarão no salão e ouvirão a história. Em seguida, os três grupos divididos
por idade (6 a 8 anos; 9 e 10; 11 e 12) irão para as oficinas simultaneamente (brincadeira, atividades e criatividade).

OFICINA DE HISTÓRIAS
• Os roteiros são apenas guias para o ensino da lição. Cada professor tem seu próprio estilo que, orientados pelo Senhor, alcançará
as necessidades dos estilos de aprendizagem dos alunos;
• Estude o livro de Neemias, use uma bíblia de estudo e, se possível, comentários bíblicos;
• O kit EBF traz 25 cartazes coloridos, contudo pode-se usar um projetor multimídia e utilizar os arquivos em PowerPoint que estão no CD;
• Prepare o visual da história e demais materiais solicitados, inclusive para a introdução das lições;
• Varie o volume, intensidade e ritmo de sua voz durante a narrativa. Não use este manual para contar a história, utilize somente
a Bíblia e um pequeno roteiro;
• Ensine o versículo específico de cada dia com criatividade e dinamismo;
• Chegue com antecedência para organizar o ambiente e o material necessário.
1º dia 2º dia 3º dia 4º dia

A obra de Deus
em nós requer

Oficina de história Chamado de Neemias Início da reconstrução Dificuldades e perseguição Restauração dos muros
Texto bíblico Neemias 1.1–2.2 Neemias 2.3–3.32 Neemias 4.1-23; 6.1–7.4 Neemias 8–10; 12–13
Saber que Deus chama seus Entender que precisamos Dispor-se a buscar o socorro no Sentir-se motivado a renovar sua
filhos para viverem em aliança trabalhar com disposição e Senhor, confiar nele e louva-lo aliança com Deus; compreender
Objetivo
com ele e desejar relacionar-se buscar a ajuda do Senhor para por sua companhia e pela força que somente em Cristo temos uma
com Deus por meio de Jesus. vencer a preguiça. que nos concede. mudança real em nossa vida.
“Fiel é Deus, pelo qual vocês “Tudo o que fizerem, façam de “... se alguém está em Cristo, é
foram chamados à comunhão todo o coração, como para o “... tudo posso naquele que me nova criatura; as coisas antigas
Versículo
de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor e não para as pessoas.” fortalece.” Filipenses 4.13 já passaram; eis que se fizeram
Senhor.” 1Coríntios 1.9 (NAA) Colossenses 3.23 (NAA) novas.” 2Coríntios 5.17

26 MÃOS À OBRA
 1O DIA
Objetivo da lição
• Conhecer Neemias e o seu chamado;
• Sentir-se motivado a buscar Deus em oração;
• Saber que Deus chama seus filhos para viverem em aliança com ele;
• Desejar relacionar-se com Deus por meio de Jesus.

Versículo
“Fiel é Deus, pelo qual vocês foram chamados à comunhão de seu
Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.” 1Coríntios 1.9 (NAA)

Texto bíblico
Neemias 1.1–2.2

Notas adicionais
• Por causa da desobediência e rebeldia de Israel, Deus permitiu que seu povo fosse levado cativo para
Babilônia. Nessa época, Nabucodonosor liderou uma grande destruição em Jerusalém.
• Muitos anos depois, o Império Persa sobrepôs ao Império Babilônico conquistando os seus ter-
ritórios, inclusive Jerusalém. Alguns judeus já haviam retornado a Jerusalém para reconstruir o
templo (livro de Esdras). Contudo, as obras estavam paradas por ordem de Artaxerxes, rei do
período de Neemias (Ed 4.21). Por essa razão, Neemias temeu sobremaneira (Ne 2.2). Talvez ele
soubesse que suas chances de sucesso eram mínimas e que dificilmente o rei revogaria a decisão
autorizando a reconstrução do tempo e de Jerusalém.
• Neemias era um homem de oração. Confira estes textos: Neemias 2.4; 4.4,9; 5.19; 6.9,14;
13.14,22,29,31.
• Entre o primeiro e o segundo capítulo houve uma passagem de tempo de quatro meses. O mês de
nisã (2.1) era considerado o ano-novo persa, um mês de muitas festividades.
• Para a narrativa dos menores: suprima alguns detalhes como datas, nomes de cidades e outros
semelhantes.

Lista de materiais
• Para introdução: objetos que precisam de reparação, quanto pior o estado melhor para a explicação.
Exemplo: brinquedos, equipamentos eletrônicos, calçados, etc.;
• Cartazes 1 a 6 do kit visual ou projeção utilizando o PowerPoint do CD anexo (projetor multimídia
conectado a um computador).

MÃOS À OBRA 27
 HISTÓRIA BÍBLICA
Introdução
Com antecedência, coloque os objetos sobre uma mesa e
cubra-os. Quando as crianças chegarem, cumprimente-as com
entusiasmo e comente sobre o tema geral da EBF (teatro). Men-
cione que, nesta oficina, elas conhecerão sobre a grande obra
que Deus fez na vida de um homem comum e de seu povo.
Antes de contar a história, quero mostrar estas
coisas a vocês (descubra os objetos). Observem bem.
O que elas têm em comum? Aguarde. Isso mesmo,
todas estão em um péssimo estado e precisam
de conserto. A maioria de vocês não sabe a quem
pertence esses objetos, mas vamos imaginar que
todos sejam do(a)... Fale o nome de uma criança e men-
cione as dificuldades que ela teria por não poder usar essas
coisas. P. ex., não poderia fazer ligações, pois o celular está
quebrado. Não poderia praticar esportes com o tênis. Adapte
de acordo com os objetos expostos. Seria muito ruim.
Imaginem agora que, além das coisas, o lugar
ao seu redor está totalmente destruído... as casas,
os muros, as escolas, etc. Para piorar, as pessoas
estão desanimadas, têm medo e fome. O que vo-
cês sentiriam? O que fariam? Ouça algumas crianças e
em seguida abra a sua Bíblia no livro de Neemias.
A Bíblia conta sobre um homem que recebeu
uma notícia terrível sobre destruição. Quem é
ele? O que fez? Vamos saber agora!
Cartaz 1. Dobre para que apareça somente Neemias. Este
é Neemias. Ele faz parte do povo que, há muitos
e muitos anos, Deus escolheu para ser seu. Tudo
começou quando o Senhor chamou Abraão e fez
uma aliança, um acordo com ele. Deus disse que
Abraão e todos os seus descendentes (as pessoas
que nascessem em sua família) formariam o seu
povo e que seria o seu Deus e Pai amoroso. Se
esse povo fosse obediente, Deus sempre estaria
com ele e daria o seu amor e proteção. Mas se fos-
se desobediente e quebrasse o acordo, Deus iria
castigá-lo. Esse castigo não significaria que Deus
28 MÃOS À OBRA
havia deixado de amar seu povo, mas que estava
corrigindo-o para que se voltasse para ele. Deus
disciplina a quem ama.
Passaram muitos anos e a família de Abraão
cresceu tanto que tornou-se um grande povo.
Deus estava sempre com ele, mas nem sempre
esse amava e obedecia ao Senhor. Até que um dia,
veio o castigo. Aconteceu uma guerra e pessoas
como Neemias e muitos outros tiveram de sair de
sua terra, Jerusalém, e ir para as cidades do rei
que havia vencido a batalha.
Apesar de estar distante, Neemias pensava no
seu povo, em como estava aqueles que ficaram
em Jerusalém depois da guerra. Mas ele não ficou
apenas pensando, foi atrás de notícias. Comente a
dificuldade da época em saber o que se passava em lugares
distantes. Em seguida, desdobre o cartaz para que apareça o
outro homem. Vejam! Neemias encontrou Hanani,
um de seus irmãos que tinha notícias fresquinhas
das pessoas e da cidade. O irmão sabia exatamen-
te o que estava acontecendo com as pessoas e
com a cidade, e ele estava muito triste com toda
aquela situação.
Cartaz 2A. Hanani contou que as pessoas do
seu povo que ficaram na cidade depois da guer-
ra estavam passando por muitas necessidades,
vivendo na miséria e os povos vizinhos viviam
zombando e atrapalhando a vida deles. Cartaz
2B. A cidade estava destruída, principalmente os
muros e os portões que a protegiam. Eles tinham
sido queimados na guerra há mais de 50 anos e
não havia dinheiro e nem pessoas capazes para
consertá-los. Isso era um problema grave, pois as
cidades, antigamente, eram muradas. Os muros
altos e as grandes portas protegeriam os morado-
res, mas se permanecessem todos derrubados e
estragados, as pessoas teriam medo de invasores
e sentiriam muita vergonha por viverem lá. Que
coisa horrível!
O que vocês sentiriam se soubesse que as
pessoas do seu povo vivam dessa forma? O que
acham que Neemias fez? Vou ler na minha Bí-
blia a reação dele. Leia Neemias 1.4a: “Quando ouvi
estas palavras, eu me sentei, chorei e lamentei
por alguns dias [...] (NAA)”. Neemias era um
bom homem e ficou muito triste ao saber do
sofrimento do seu povo. Era uma emergência!
O que vocês fariam? Ouça algumas crianças. E o que
Neemias poderia fazer? Muitos planos, mas an-
tes de tudo, ele fez a coisa mais importante que
alguém pode fazer. O que vocês pensam que ele
fez? Ouça algumas respostas. Vou ler a continuação
do versículo. Leia Neemias 1.4b: “[...] Fiquei jejuan-
do e orando diante do Deus dos céus”.
Cartaz 3. Neemias orou a Deus! Era uma emer-
gência, mas ele não saiu para contá-la a outras
pessoas. Era uma emergência, mas ele não foi
fazer planos para ajudar a sua cidade. Era uma
emergência e Neemias falou com quem realmen-
te poderia resolver a situação. E ele fez isso por
dias. Não sabemos quantos dias, mas não foi um
sentimento de tristeza passageiro. Neemias se
importava com aquelas pessoas, e mais ainda, se
importava em fazer a vontade de Deus. Em sua
oração, a primeira coisa que Neemias fez foi elo-
giar a Deus. Ele sabia que Deus é grandioso e po-
deroso, que tem tudo sob seu controle. Neemias
também sabia que tanto ele quanto todas as pes-
soas do seu povo tinham pecado contra Deus.
Vocês sabem o que é pecado? Pecado é tudo
o que pensamos, falamos ou fazemos e não está
de acordo com o que Deus determinou. E tudo o
que ele quer que a gente saiba e faça está aqui, na
sua Palavra, a Bíblia. Mostre-a. No tempo de Nee-
mias, não existia a Bíblia, mas Deus mandou seus
mensageiros para ensinarem ao povo sobre o seu
amor, sobre seu perdão e sobre como deveriam
viver. Mas como eu disse no início, o povo não
quis ouvi-los. Neemias lembrou disso em sua ora-
ção. Lembrou que eles perderam a guerra porque
foram desobedientes ao Senhor e quebraram a
aliança, o acordo que havia entre eles, o povo e
Deus. Mas Neemias também sabia que Deus con-
tinuava amando seu povo e pediu a sua ajuda.
Depois de passar um bom tempo em oração (é
claro que ele não ficou só dentro de casa orando,
ele continuou trabalhando, mas sempre lembra-
va de orar pelo seu povo), Neemias começou a
planejar o que fazer.
Cartaz 4. Neemias não parou de orar. Ele orava
e planejava. Deus começou a mostrar o que ele
tinha de fazer (cf 2.12). Vocês conseguem ima-
ginar o que ele deveria fazer? Fale baixinho. Ir para
Jerusalém e reconstruir os muros da cidade. Fale
alto e supresso. O quê? Como isso seria possível?
Neemias era só um empregado do rei, por que
sairia do conforto do palácio, do lugar onde esta-
va sua família e amigos e iria para um lugar dis-
tante e acabado? Além do mais, Neemias teria de
ser muito rico para fazer uma construção daque-
le tamanho. Fale mansamente. Ah, crianças, Nee-
mias se importava com o seu povo. Ele não era
rico, mas o Senhor tinha tudo o que era preciso,
e muito mais, para essa grande obra. Neemias
orava e planejava e foi assim por quatro meses,
até que um dia...
MÃOS À OBRA 29

Cartaz 5. ... ele foi, como de costume, servir o
rei. Neemias era o copeiro do palácio do gran-
de rei Artaxerxes. O copeiro era uma pessoa de
confiança do rei. Além de servi-lo, também veri-
ficava se a comida ou bebida estavam boas para
serem servidas ou se estavam envenenadas. Afi-
nal, um rei pode ter muitos inimigos infiltrados
no palácio.
Um bom copeiro ou qualquer outro servo de-
veria sempre ter um rosto alegre quando estives-
se na presença do rei. Deve ter sido muito duro
para Neemias demonstrar alegria nesses últimos
meses, mas nesse dia foi diferente. Era um dia de
festa, mais uma razão para os criados estarem
alegres. Mas Neemias chegou na presença do rei
muito triste e abatido. E isso nunca havia acon-
tecido antes. O rei percebeu ou estava distraído
com a festa? Sim, percebeu. Ouçam o que ele dis-
se (leia a pergunta do rei em 2.2):
— Por que o seu rosto está triste, se você não
está doente? Isso tem de ser tristeza do coração!
Quando Neemias ouviu isso ficou com muito
medo. Era uma grande falha ficar triste diante do
rei. Neemias poderia ser morto por isso. Mas, é
possível, que o maior medo de Neemias fosse não
cumprir a tarefa que Deus havia dado a ele.
E tem mais uma coisa que não contei antes.
Ouçam com atenção: alguns anos antes, esse
mesmo rei, a quem Neemias servia, havia proi-
bido as obras em Jerusalém. E agora? Seria ar-
riscado demais falar sobre esse assunto. O que
Neemias falou? Ele disfarçou ou resolveu contar
o que estava acontecendo? Se falasse, como o rei
30 MÃOS À OBRA
reagiria? Vou contar o que aconteceu. Pausa. Vou
contar amanhã!
Uau! Quanta emoção! Deus chamou Neemias
para uma grande tarefa e, à medida que ele con-
versava com Deus em oração, o Senhor lhe mos-
trou o que deveria fazer. Deus o chamou não só
para um trabalho, mas principalmente para ficar
sempre perto dele. E agora, Neemias precisaria
da presença de Deus mais do que nunca!
Aplicação
Assim como Neemias nós também recebe-
mos um chamado, não para reconstruir um
muro, mas para vivermos em aliança com
Deus, como seus filhos, seu povo. Filhos que,
ajudados por ele, o obedecem por amá-lo. Va-
mos memorizar um versículo da Bíblia para
sempre lembrarmos dessa grande verdade.
Cartaz 6 . “Fiel é Deus, pelo qual vocês foram
chamados à comunhão de seu Filho Jesus
Cristo, nosso Senhor” (1Co 1.9).
Por causa de Jesus nós podemos ter comu-
nhão com Deus. O pecado nos afasta de Deus,
mas Jesus recebeu o castigo pelo nosso pecado.
Ele morreu na cruz em nosso lugar. E tem mais,
Jesus foi obediente em tudo e nos ajuda a ser
obedientes a Deus e a fazer isso com alegria.
Divida a turma em cinco grupos. Cada grupo deve falar
um parte do versículo de forma variada de acordo com o seu
comando (varie o timbre de voz, volume, ritmo...). Faça isso
algumas vezes e troque as partes do versículo entre os gru-
pos. Ore para encerrar.
 2O DIA
Objetivo da lição
• Saber que Neemias liderou um bom trabalho em equipe para a
reconstrução dos muros;
• Entender que precisamos trabalhar com disposição;
• Buscar a ajuda do Senhor para vencer a preguiça.

Versículo
“Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor
e não para as pessoas.” Colossenses 3.23 (NAA)

Texto bíblico
Neemias 2.3–3.32

Notas adicionais
• “O texto não menciona quanto tempo decorreu entre o consentimento do rei e a saída de Neemias,
embora o historiador judeu, Flávio Josefo, sugira cinco anos. A jornada de Neemias foi segura, por causa
da proteção de Deus por meio das cartas do rei e da escolta real composta de soldados da cavalaria e
oficiais do exército” (Comentários do AT – Esdras e Neemias, de Tiberius Rata, Editora Cultura Cristã).
• “3.10 Defronte da sua casa. Ordenar que os homens reparassem a parte do muro que estava diante
de suas próprias casas (v. 23,28-30), sem dúvida, motivou-os a trabalhar duro para proteger suas
famílias (4.14).
• 3.12 A menção à ajuda das filhas na reconstrução do muro mostra a grande influência que Neemias
tinha sobre o povo e a unidade e cooperação de muitos dos moradores de Jerusalém” (Bíblia de
Estudo Herança Reformada).
• Para a narrativa dos menores: não se prenda aos nomes de pessoas e detalhes de tempo e
espaço. Alguns deles podem ser suprimidos sem afetar a compreensão da narrativa e aplicação.

Lista de materiais
• Enfeite a sala com correntes coloridas de papel. Dê preferência, para
papéis de tamanhos e texturas diferentes. O objetivo é ter uma cor-
rente que não seja composta de elos iguais, mas diferentes;
• Cartazes da história anterior e cartazes 7 a 12 do kit visual ou
projeção utilizando o PowerPoint do CD anexo (projetor multi-
mídia conectado a um computador).

MÃOS À OBRA 31
 HISTÓRIA BÍBLICA
Introdução
Com a sala enfeitada, receba as crianças com bastante
ânimo. Pergunte o que elas esperam ver nessa oficina. O mais
provável é que peçam para você continuar a história. Diga que
você fará isso em breve, mas antes, elas terão de observar a
decoração da sala.
Pegue uma tira de papel que foi usada para fazer a corren-
te. Reforce que uma tira reta e solitária nada tem a ver com es-
sas belas e coloridas correntes de papel. Pergunte o que foi ne-
cessário para se obter essas lindas correntes. Ouça as crianças e
ressalte a diversidade das tiras em cor, tamanho e textura. Se
todas as tiras ou todos os elos fossem iguais, não
teria esse efeito, mas quando estão todos juntos,
é lindo! Fiquem com isso em mente, pois vamos
voltar a esse assunto no final da história.
Que tal agora solucionarmos o grande misté-
rio da lição de ontem?
Lição
Faça uma breve recapitulação usando os cartazes ou slides.
Reforce bastante o suspense deixado no dia anterior.
Cartaz 5. Vocês já tiveram de falar algo importan-
te e ficaram nervosos em fazer isso? Foi exatamen-
te o que aconteceu com Neemias. Se respondesse
ao rei de forma errada seus planos poderiam aca-
bar. Em vez de responder diretamente, Neemias
fez uma pergunta para o rei. Vou ler na minha Bí-
blia. Leia Neemias 2.3. “Que o rei viva para sempre!
Como não estaria triste o meu rosto, se a cidade
onde estão sepultados os meus pais está em ruínas
e os seus portões foram queimados?” (NAA). Para os
menores abrevie para: “a cidade da minha família”.
Neemias foi muito esperto, vocês não acham? E
de onde veio tanta esperteza e inteligência? Do Se-
nhor, afinal Deus o chamou para uma grande tarefa.
E a resposta do rei, qual foi? Ouça as crianças. O
rei fez outra pergunta. Esses dois gostam de per-
guntar as coisas. Ele questionou:
32 MÃOS À OBRA
— Neemias, o que é que você quer?
Uau! Agora era o momento de Neemias falar
o que queria e o que precisava, mas antes de fa-
lar qualquer coisa, ouçam o que a Bíblia diz. Leia
o final do verso 4. Ele orou! Será que Neemias abai-
xou a cabeça, fechou os olhos, juntou suas mãos
e fez uma bela oração? Nada disso, ele orou rapi-
damente, o rei nem deve ter percebido. Neemias
pediu ajuda a Deus para dar a melhor resposta.
Lembrem-se que ele orou e se preparou por me-
ses! Ele falou assim para o rei:
— Se o rei está contente comigo e quiser aten-
der um pedido meu, deixe que eu vá para a cidade
do meu povo para reconstruí-la.
O rei concordou! Viva!!!
Então Neemias fez mais um pedido. Ele apro-
veitou bem a situação.
— O senhor poderia me dar cartas (documen-
tos) para que eu possa chegar até lá sem proble-
mas? E, também, poderia me dar madeira para a
construção?
Neemias precisava de muuuuita madeira para
fazer os grandes portões, fazer uma casa para ele,
ajudar na reconstrução dos muros e outras coisas
para a cidade. O rei concordou com tudo e fez mais:
deixou que outras pessoas do povo de Deus voltas-
sem para Jerusalém (7.66-69) e mandou guardas
para cuidar da segurança de todos. Vocês sabem
por que o rei fez tudo que Neemias pediu e ainda
mais? Neemias escreveu aqui no seu livro a respos-
ta. Leia Neemias 2.8: “E o rei me deu o que eu pedi,
porque a mão bondosa do meu Deus estava sobre
mim” (NAA). Deus ouviu a oração de Neemias!
Cartaz 7. E assim, depois de um bom tempo
para preparar tudo que precisavam, Neemias, e
uma multidão de pessoas do povo de Deus que
queria voltar para Jerusalém (mais de 42 mil pes-
soas), iniciaram uma longa jornada e um grande
trabalho. Quanta gente! Mas tudo começou com
um só homem. Deus chamou Neemias para uma
grande tarefa e, à medida que conversava com
Deus em oração, o Senhor mostrou a ele o que
deveria fazer. Se quisermos realizar qualquer coi-
sa, sempre temos de falar com Deus antes.
E a viagem? Será que foi fácil? Não temos
como saber, mas é provável que todos estivessem
muito animados para voltarem para Jerusalém.
Eles sabiam que a cidade estava destruída, mas
estavam confiantes em Deus e confiantes tam-
bém no bom líder Neemias.
Cartaz 8. Depois de um bom tempo na estrada
o grupo finalmente chegou em Jerusalém. Nes-
se momento, Neemias e o povo conheceram dois
homens estranhos, muito estranhos. Seus nomes
eram Sambalate e Tobias. Repitam: Sambalate e
Tobias. Eles não eram do povo de Deus que havia
ficado ali depois da guerra, mas de outras cida-
des e não gostaram de ver que o povo de Deus,
também conhecido como Israel, estava voltando
para ajudarem os moradores de Jerusalém. Diga às
crianças que você tem a impressão de que esses homens ainda
vão arranjar confusão e que é melhor deixá-los para lá.
Depois que Neemias e toda aquela multidão
chegaram em Jerusalém, precisaram de um tem-
po para ver o ambiente, arrumar um lugar para
ficar... E assim durante três dias, Neemias não
falou nada para as pessoas sobre os seus planos
e nem tomou nenhuma providência. Era mais se-
guro assim, ele sabia que existiam muitos inimi-
gos do povo de Deus ali por perto e somente no
tempo certo falaria ao seu povo.
Cartaz 9. Então, no meio de uma noite, Neemias
chamou alguns dos seus amigos, montou em seu
animal e saíram para verem a cidade. Ele viu toda
aquela destruição que seu irmão havia dito quando
ainda morava no palácio do rei. Neemias deve ter
sentindo ainda mais a dor e os problemas das pes-
soas que viviam lá. Ele continuou a sua inspeção,
até que parou em um lugar para descer do seu ju-
mento, pois tinha muito entulho e não tinha como
continuar montado. Ele continuou caminhando
sem pressa, estava observando com atenção.
Cartaz 10. Dobre e mostre somente a parte sem os três
inimigos. Quando voltou, finalmente Neemias dis-
se a todo povo sobre os seus planos. Ele contou
sobre a sua conversa com o rei e como tudo acon-
teceu. Depois ele falou:
— Vejam como é difícil a nossa situação! A ci-
dade de Jerusalém está em ruínas, e os seus por-
tões foram destruídos. Vamos construir de novo
as muralhas da cidade e acabar com essa vergonha.
O povo ficou feliz em ouvir isso e disse: “Vamos
nos preparar e começar a reconstrução!” (NAA).
Todos estavam felizes! Todos? Nem todos...
Desdobre a cena. Vocês se lembram do Sambalate e
do Tobias? Agora eles trouxeram outro compa-
nheiro, o Gesém. Os três começaram a zombar
dos planos de Neemias e da disposição do povo
em fazer aquela grande obra. Mas Neemias nem
ligou para eles. Enquanto tinham ódio e inveja,
Neemias tinha fé em Deus. Ele disse: “O Deus do
céu nos dará sucesso. Nós somos servos dele e va-
mos começar a construir” (NAA).
Neemias também deixou bem claro que eles
não eram bem-vindos.
MÃOS À OBRA 33

Cartaz 11. Aponte algumas pessoas da cena identifican-
do como esses personagens em negrito. O povo estava
disposto a trabalhar. E quem deu essa disposição
a eles? Deus! E aqui na Bíblia vemos que várias
pessoas estavam trabalhando com muita disposi-
ção. O primeiro exemplo foi do Eliasibe, o chefe
dos sacerdotes. Os sacerdotes eram os respon-
sáveis pelo templo. Talvez alguém poderia dizer:
mas o trabalho de um chefe dos sacerdotes não é
esse. Ele tem de ficar lá no templo. Não foi assim,
esse chefe demostrou humildade e disposição e,
por causa do seu exemplo, outros sacerdotes
também foram trabalhar. Outras pessoas, com
diferentes profissões, também estavam dispostas
e prontas para ajudar. A Bíblia diz que havia pes-
soas que faziam joias e outros objetos de ouro, o
ourives, e também quem fazia perfumes, o per-
fumista (3.8). Eles não se importavam em pe-
gar em pedras pesadas, martelos, areia, madeira,
etc. O importante era trabalhar como uma gran-
de equipe. Ah, também havia governadores
(3.9,12 – maioral), mercadores (3.32). E é claro
que as mulheres não ficaram de fora (3.12). Elas
também pegaram no pesado.
Infelizmente teve um grupo que não quis se
misturar e foram até as muralhas, mas foram
embora porque se achavam mais importantes do
que os outros. As pessoas desse grupo não que-
riam aceitar ordens de pessoas que não eram tão
ricas quanto eles (3.5). Que pena. Eles saíram
perdendo. O orgulho sempre atrapalha. O orgu-
lho é pecado e não tem nada a ver com o exem-
plo de toda aquela gente, e principalmente com
o exemplo que o próprio Jesus nos deu ao vir ao
mundo para servir e não para ser servido (Mc
10.45). Que pena que nem todos estavam com a
mesma disposição de servir ao Senhor fazendo
essa grande obra.
34 MÃOS À OBRA
Ih, tenho quase certeza que tem gente espian-
do todo esse trabalho. Vocês imaginam quem
pode ser? Eu também acho que tem o dedinho de
Sambalate, Tobias e Gesém. O que será que eles
estão tramando? Amanhã vocês saberão!
Aplicação
Neemias recebeu o chamado de Deus para re-
construir os muros, mas sabia que não poderia
fazer isso sozinho. Ele foi um líder que soube tra-
balhar em equipe e levou o povo a construir com
disposição e alegria.
Pegue a tira usada na introdução e relembre o que foi fala-
do no começo. Pergunte como a tira e as correntes nos fazem
lembrar da história bíblica. Reforce o fato de que na corrente
foram usadas tiras de tamanhos, tipos de papel e cores dife-
rentes, mas todas formaram uma única corrente. De modo
semelhante, pessoas de diferentes profissões, lugares, tama-
nhos, jeitos... se uniram para um trabalho e quem os uniu foi o
próprio Deus, tudo era parte do seu maravilhoso plano.
Deus também quer que trabalhemos com âni-
mo e disposição, sem preguiça ou enrolação! So-
zinhos não temos como vencer a preguiça, que é
pecado. Somente com a ajuda do Senhor teremos
disposição e alegria para realizar as coisas que te-
mos de fazer, e fazê-las bem feitas. Por isso vamos
guardar mais um versículo da Palavra de Deus em
nossa mente e em nosso coração. Ele nos ajudará
quando a preguiça e enrolação baterem à porta.
Leia Colossenses 3.23 e em seguida mostre o cartaz 12
para que todos leiam juntos (ou leia e peça que os menores
repitam): “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como
para o Senhor e não para as pessoas” (NAA). Com a ajuda das
crianças, crie gestos para cada parte do versículo e repitam
fazendo os gestos criados. Para dinamizar, substitua algumas
falas pelos gestos. Enfatize que é o Senhor quem nos dá dispo-
sição para fazer tudo de coração. Ore para encerrar.
 3O DIA
Objetivo da lição
• Saber que Neemias e o povo de Deus sofreram perseguição por
parte dos inimigos;
• Dispor-se a buscar o socorro no Senhor e confiar nele;
• Louvar a Deus pois ele sempre está ao nosso lado e nos dá forças
para prosseguir.

Versículo
“... tudo posso naquele que me fortalece.” Filipenses 4.13

Texto bíblico
Neemias 4.1-23; 6.1–7.4

Notas adicionais
• Sambalate era de Moabe e Tobias era de Amom, a menção aos seus ancestrais foi feita para lembrar
ao leitor que as relações dos judeus com os moabitas e amonitas não eram amigáveis. Esses dois
povos foram proibidos de entrar na assembleia do Senhor (Dt 23.3).
• Para a narrativa dos menores: observe os sentimentos e atitudes dos personagens e dê bastante
ênfase às expressões faciais e gestos.

Lista de materiais
• Para introdução: objetos que mostrem a necessidade de perseverar para conseguir algo: um pote
difícil de abrir, um tênis desamarrado, uma bicicleta (ou uma figura dela), um prato e colher de bebê,
um livro infantil, etc. Separe objetos de acordo com o contexto e idade das crianças;
• Uma trombeta ou corneta, ou algum tipo de instrumento usado em torcida;
• Cartazes ou slides das histórias anteriores e os cartazes 13 a 18 do kit visual ou projeção utilizando o
PowerPoint do CD anexo (projetor multimídia conectado a um computador).

MÃOS À OBRA 35
 HISTÓRIA BÍBLICA
Introdução
Após uma calorosa recepção, mostre os objetos às crian-
ças. Pegue cada um e demonstre dificuldade para manu-
seá-los. Exemplo: abrir o pote, dar laço no tênis, andar de
bicicleta, comer ou ler... Pergunte o que todos eles tem em
comum. Ouça as respostas.
Todos eles nos lembram de coisas que não são
fáceis de fazer logo no início, mas se tivermos
perseverança, iremos conseguir realizá-las. Vocês
sabem o que é perseverança? É ter firmeza e não
desistir quando for difícil.
Vocês sabiam que Neemias e o povo de Deus
precisaram de uma boa dose de perseverança?
Sabem por quê? Fiquem atentos e vocês irão des-
cobrir.
Lição
Faça uma breve revisão com os pontos principais das
duas histórias anteriores. Ressalte os cartazes 8 e 10, a inter-
venção dos malvados Sambalate, Tobias e Gésem e reforce o
suspense sobre suas possíveis ações maléficas. Abra a Bíblia
em Neemias 4.
Cartaz 13. Quando Sambalate e Tobias souberam
que o povo estava trabalhando sem parar a fim de
reconstruir as muralhas da cidade, eles ficaram fu-
riosos e começaram a zombar do povo de Deus.
— O que é que vocês estão fazendo, seus fra-
cotes? Vocês acham que vão conseguir construir
essa grande muralha? Vocês não conseguem!
Vocês acham que Neemias e o povo ficaram
chateados quando ouviram aquelas zombarias?
Eu creio que sim. Ninguém gosta de ser zoado
ou xingado. E o que eles fizeram? Eles poderiam
ter gritado, jogado pedras do muro... Mas não foi
isso que fizeram. Neemias, que estava no coman-
do, mais uma vez buscou o Senhor em oração. Ele
não escondeu o que estava sentindo, e pediu para
o Senhor acabar com aqueles malvados.
36 MÃOS À OBRA
Vendo como Neemias estava agindo, o povo
continuou firme na construção.
E os inimigos, desistiram? Nada disso. Eles fi-
caram mais enfurecidos ainda. E um grande gru-
po de homens maldosos fizeram um plano terrí-
vel. Suspense. Eles resolveram atacar o povo!
Neemias orou e pediu para o povo orar tam-
bém. Todos oraram e clamaram a proteção de
Deus, mas também agiram. Eles se armaram
para se protegerem.
Cartaz 14. Vejam, Neemias mandou que alguns
homens ficassem de vigia com lanças, espadas, ar-
cos e fechas. Eles estavam prontos para se defen-
derem. E a construção? Ela não parou. Enquanto
alguns homens vigiavam, outros trabalhavam.
Vocês podem imaginar o quanto foi difícil e
estressante trabalhar desse jeito? Não é à toa que
alguns começaram a desanimar. Será que irão de-
sistir? Não seria melhor dar uma parada?
Nada disso!
Cartaz 15. Neemias reuniu o povo e os animou.
Era um momento muito difícil, mas ele lembrou
que Deus estava ao lado deles e que não precisa-
vam ter medo. Eles deveriam continuar traba-
lhando e vigiando. Neemias falou (Ne 4.14).
— Não tenham medo desses inimigos. Lem-
brem-se de como Deus, o Senhor, é grande e te-
mível! Lutem pelos seus irmãos, seus filhos, suas
filhas, suas mulheres e pela casa de vocês!
 Mostre de novo o cartaz 14. Deus usou Neemias
para animar o povo que não desistiu. Todos con-
tinuaram trabalhando com dedicação. E Neemias
deu mais uma ordem. Ele disse que deveriam
também ter uma trombeta perto deles. A trom-
beta era um instrumento feito de chifre e fazia
um som bem alto. Toque o instrumento que você trouxe.
E para que serviria aquele toque de trombeta?
Ouça as crianças. Para avisar do perigo de uma inva-
são. Quando ouvissem um som de trombeta as
pessoas deveriam sair das suas posições e ajudar
umas às outras. E Neemias completou no final:
— O nosso Deus lutará por nós!
Deus tem poder para acabar com qualquer ini-
migo ou maldade. Mas ele permitiu que Neemias
e seu povo passasse por esses momentos difíceis.
Essas dificuldades estavam ensinando o povo a
buscar e confiar no Senhor.
E, agora, será que os inimigos desistiram? Não!
Como não conseguiam atacar o povo, eles re-
solveram atacar... Suspense. Neemias!
Primeiro mandaram alguns homens convi-
darem Neemias para um encontro. Vocês acham
que Neemias foi? Vocês iriam? Deus deu sabedo-
ria para Neemias entender que aquele encontro
era uma armadilha e ele não foi. Os inimigos ten-
taram uma, duas, três, quatro vezes e não conse-
guiram. Mas na quinta vez...
Certo dia, Neemias foi à casa de um profeta.
Esse profeta disse:
Cartaz 16B.
— Neemias, seus inimigos virão hoje à noite
atacar você. Proteja-se! Vamos para o templo.
Nós trancaremos as portas e lá você estará se-
guro!
Esse parecia um bom plano, mas não era.
Neemias sabia que a lei de Deus dizia que so-
mente os sacerdotes poderiam entrar no templo.
Se ele entrasse lá estaria desobedecendo ao Se-
nhor. Neemias queria ser obediente e disse que
não entraria no templo de jeito nenhum. E tem
mais! Ele percebeu que aquilo era uma mais ar-
madilha. Tobias e Sambalate tinham dado di-
nheiro para esse profeta de mentirinha dar essa
ideia para Neemias. Se Neemias caísse nessa ar-
madilha, ele teria desobedecido a Deus e o povo
pensaria que Neemias era fraco. E mais uma vez,
ele orou ao Senhor.
Ufa! Deus livrou o seu servo de todas as arma-
dilhas!
E assim, o povo continuou a reconstrução,
apesar de tantas dificuldade. E depois de quase
dois meses de trabalho...

Cartaz 16A. ... eles mandaram os mensageiros

levarem uma carta para Neemias. Essa carta esta-
va cheia de mentiras. Eles escreveram que as pes-
soas estavam comentando que Neemias queria
ser o rei do povo e isso traria problemas. Então se
ofereceram para uma conversa. Será que Neemias
caiu nessa? Ele ficou com medo daquelas menti-
ras que estavam contando? Não! Neemias sabia
a verdade, que não estava ali para se tornar rei
e tudo aquilo era invenção deles e mandou dizer Cartaz 17. ... os muros ficaram prontos. Viva!
isso aos seus inimigos. Todos estavam felizes. Ou melhor, quase todos.
Vocês acreditam que eles não desistiram? Os Os inimigos ficaram com medo e desanimados
inimigos bolaram outro plano. quando viram que o povo conseguiu terminar a

MÃOS À OBRA 37
 obra. E por que eles sentiram medo? Eu vou res-
ponder lendo a Bíblia. Leia Neemias 6.16b. “.... perce-
beram que essa obra havia sido executada com a
ajuda de nosso Deus” (NVI). Que pena que mes-
mo tendo visto o poder e a proteção de Deus, eles
não se arrependeram.
Quanta alegria! O povo de Deus tinha muitos
motivos para louvá-lo! O povo tinha um muro
novinho para proteger a cidade e o próprio Deus
que o protegeria para sempre.
Aplicação
Deus chamou Neemias para uma grande
obra, Neemias buscou ao Senhor de todo cora-
ção, ele e o povo trabalharam duro com a ajuda
divina, mas Deus não tirou as dificuldades do
meio deles. Deus usou esses momentos difíceis
para ajudar o seu povo a buscar e confiar nele de
todo coração.
Quando passarmos por momentos difíceis
(mencione alguns e peça para as crianças mencionarem ou-
tros), o Senhor nos dará coragem para continuar
e não desistir. Isso quer dizer que ele vai nos dar
perseverança para seguirmos firmes com con-
fiança e fé.
A Bíblia diz (leia em sua Bíblia): “Tudo posso na-
quele que me fortalece”, Filipenses 4.13.
38 MÃOS À OBRA
Mostre o cartaz 18 e repita o versículo. Explique que quan-
do Paulo escreveu esse texto ele estava na prisão, sem ter feito
nada de errado. Paulo está falando que Deus nos aju-
da a passar por qualquer momento de dificuldade,
pois o Senhor é forte e nos dá forças, nos dá cora-
gem e perseverança. Quando vier o desânimo e a
vontade de desistir, lembrem-se de que o Senhor é
quem lhes dá forças para seguirem em frente, afi-
nal: “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Peça para os meninos se levantarem e falarem a primeira
parte. Em seguida eles devem se sentar e as meninas irão se
levantar e falar a segunda parte. Os meninos levantam e todos
falam juntos a referência bíblica. Inverta as partes, as meninas
começarão e os meninos falarão a parte seguinte. Mude o cri-
tério, no lugar de meninos e meninas, use com óculos e sem
óculos, com roupa lisa e roupa listrada, etc. Antes de encerrar
ore com as crianças.
 4O DIA
Objetivo da lição
• Saber que Deus usou Neemias para restaurar seu povo;
• Sentir-se motivado a renovar sua aliança com Deus;
• Dispor-se a estudar e obedecer a Bíblia e a confessar seus pecados;
• Reconhecer que a nossa luta contra o pecado é contínua e que
devemos perseverar em obedecer ao Senhor;
• Compreender que somente em Cristo temos uma mudança real em
nossa vida.

Versículo
“... se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já
passaram; eis que se fizeram novas.” 2Coríntios 5.17

Texto bíblico
Neemias 8–10; 12–13

Notas adicionais
• Assim como os muros de Jerusalém proporcionavam proteção física, assim os preceitos de Deus
proporcionavam segurança espiritual (Sl 119.165). A reconstrução dos muros sem o retorno à
Palavra de Deus seria tolice.
• Observando o capítulo 13, muitos acham que as ações de Neemias foram muito severas (v. 25).
Devemos nos lembrar, contudo, que, quando Cristo veio, ele expulsou os cambistas do templo a
chicotadas (Jo 2.15-16). Certamente, ninguém pode dizer que Neemias não tinha pecado, mas
Cristo não tinha. E Neemias era um homem que desejava fervorosamente a honra de seu Deus e
agiu decisivamente para preservá-la.
Bíblia de Estudo Herança Reformada
• Narração para os menores: observe o significado das palavras que não são conhecidas para eles,
suprima detalhes de alguns acontecimentos. Exemplo: o pecado de Eliasibe, apenas comente que o
povo voltou a fazer coisas erradas, a pecar contra Deus. Não se esqueça de envolvê-los na narrativa.

Lista de materiais
• Para introdução: algo para sujar seu rosto. Sugestão lápis preto ou marrom de maquiagem ou sombra escura,
espelho, algodão e demaquilante ou algo para retirar por completo a “sujeira” do seu rosto;
• Faça uma seleção dos cartazes ou slides das histórias passadas para uma breve recapitulação;
• Cartazes 19 a 24 do kit visual ou projeção utilizando o PowerPoint do CD anexo (projetor multimídia conectado
a um computador).

MÃOS À OBRA 39
 HISTÓRIA BÍBLICA
Introdução
Antes de as crianças chegarem suje o seu rosto de forma
que fique bem perceptível. Quando elas chegarem receba-as
com entusiasmo. Certamente elas comentarão sobre o sujo
em seu rosto. Pegue o espelho e veja a sujeira. Comente:
Podem ficar tranquilas, crianças, pois agora que
eu já vi, o problema da minha sujeira no rosto
já está resolvido. Certo? As crianças responderão que
não. Pegue o espelho e insista no seu argumento que so-
mente saber que a sujeira está no seu rosto é suficiente. Por
causa da discordância das crianças, pergunte o que deve ser
feito. Após a resposta das crianças, mostre o algodão e o de-
maquilante ou água. Use-o para limpar o seu rosto com a
ajuda do espelho.
Quando queremos resolver um problema não
adianta somente saber que ele existe. Precisamos
agir. Ah, isso tem tudo a ver com a última parte
da história de Neemias. Vocês já vão descobrir!
Lição
Faça uma breve revisão com a ajuda das crianças. Reforce
o final da história passada e abra a sua Bíblia em Neemias 8.
Vocês podem imaginar toda a alegria que Nee-
mias e o povo estavam sentindo? Depois de tan-
tos planos, uma longa viagem, tantas dificulda-
des, finalmente os muros estavam prontos. Viva!
Será que a história acaba assim? Não! Ainda falta-
va outra restauração. Suspense. Deus iria trabalhar
no coração deles. E para começar, Deus colocou
no coração o desejo de...
Cartaz 19. ... ouvirem a Palavra de Deus. Eles
pediram para um homem chamado Esdras ler
os rolos com a Lei de Deus. Comente para as crianças
maiores que não havia a Bíblia como a temos hoje em dia e
que só haviam rolos escritos à mão. Todos, homens, mu-
lheres e crianças, ficaram em pé, com muito res-
peito, ouvindo a Palavra de Deus por um loooongo
40 MÃOS À OBRA
tempo, e sem reclamar. E então algo surpreen-
dente aconteceu.
Cartaz 20. Todos começaram a chorar. Choro de
alegria? Choro de tristeza? Por que estavam cho-
rando afinal? Porque eles entenderam os ensinos
da Palavra de Deus e viram que não estavam fa-
zendo o que agradava ao Senhor. Viram que esta-
vam pecando e se arrependeram.
Vocês já se sentiram tristes porque fizeram
uma coisa errada que deixou a mamãe, ou o papai
ou o amigo tristes também? Essa é a tristeza que
o pecado traz para dentro da gente. Mas depois
do arrependimento Deus não quer que continue-
mos tristes, ele quer que nos alegremos! E foi isso
que Neemias disse ao povo:
— Não chorem. Vão para casa, comam e bebam
o que tiverem de melhor. E repartam com aqueles
que não têm nada preparado. Não fiquem tristes,
porque a alegria do Senhor é a força de vocês.
Então, todos saíram e foram comer, repartir
sua comida e se alegrarem. Eles até fizeram um
festa importante que o próprio Deus havia dito
para eles fazerem. Quanta alegria! Professor, não ire-
mos tratar dos pormenores sobre a Festa dos Tabernáculos e
o segundo momento de contrição dos israelitas (8.13–9.37)
Todo o povo se reuniu mais uma vez e prome-
teram que iriam obedecer ao Senhor e até assi-
naram um tipo de documento. Eles iriam cuidar
de suas famílias, cuidar do Templo do Senhor e
obedecer as suas Leis.
 Cartaz 21. E, passado algum tempo, houve uma
grande festa para dedicar os muros ao Senhor. O
povo estava cantando, adorando ao Senhor com
grande alegria no coração. Tinha também aque-
les que tocavam vários instrumentos e todos se
alegraram.
Neemias, que havia se tornado o governador
do povo de Deus, com certeza também estava
muito feliz e com muita gratidão a Deus em seu
coração. Ele ficou um bom tempo em Jerusalém,
mas depois ele teve de voltar para o palácio.
Fale baixo e mansamente. E assim termina a linda Cartaz 22B. Neemias orou pedindo a Deus para
história de Neemias. que se lembrasse dele.
Fale alto. Não! Não é verdade. Essa cena seria o No começo da história vemos Neemias orando
melhor final para essa história, mas não foi isso (mostre o cartaz 3) e no final, o vemos também falan-
que aconteceu. do com Deus. Em todo o tempo, Neemias confiou
no Senhor sabendo que foi ele que deu força, pro-
teção e perdão. Ele percebeu que, mais que uma
restauração nos muros, o povo precisava de uma
restauração em seu coração, precisava voltar para
Deus. Eles voltaram por um tempo, mas muitos
não continuaram, infelizmente.

Aplicação
Vocês se recordam do sujo do meu rosto no co-
meço da história? Lembram-se de que eu pensei
Cartaz 22A. Quando Neemias voltou para Jeru- que poderia resolver o problema somente vendo
salém, ele não podia acreditar no que viu. Vocês a sujeira pelo espelho? Mas isso não foi possível,
podem imaginar o que aconteceu? O que deixa- porque é necessário agir.
ria Neemias tão bravo? Ouça as crianças. Neemias O povo fracassou em obedecer a Deus porque
viu que o povo não tinha cumprido as promes- não confiou no Senhor. Viu que tinha pecado,
sas que havia feito a Deus e estava desobedecen- sentiu tristeza, fez coisas boas, mas sem Deus,
do ao Senhor de diversas maneiras. Mostre o cartaz nada disso é suficiente para uma mudança verda-
11 e destaque o sacerdote Eliasibe. Lembram-se deste deira. E a mesma coisa acontece conosco. Por nós
bom sacerdote que trabalhou com muita dedi- mesmos, nunca seremos capazes de mudar e ser
cação no muro? Mostre o cartazes 8, 10 e 13 e destaque obedientes ao Senhor, porque o pecado destrói a
Tobias. E este aqui, vocês se lembram dele? Deixe que nossa amizade com Deus. Mas...
as crianças respondam e reforce que ele era um inimigo que
tentou fazer o mal várias e várias vezes. Em seguida, fale com
indignação: Vocês sabiam que Eliasibe e Tobias se
tornaram parentes e o que é pior, Eliasibe fez um
tipo de apartamento para Tobias usando as salas
do templo? Que horror! Outras coisas também
aconteceram e o que vocês acham que Neemias
fez? Ah, talvez fosse melhor voltar para o palácio
e desistir, não é? Não! Neemias tinha recebido o
chamado de Deus não somente para reconstruir
os muros, mas para formar o povo de Deus de
novo. Deus deu disposição e perseverança e ele
não iria desistir. Ele expulsou Tobias, brigou e Cartaz 23. ... assim como os muros foram res-
disciplinou muitas outras pessoas e no final do taurados, a nossa amizade com Deus é restaurada
livro, sabe o que acontece? porque Jesus foi totalmente obediente quando

MÃOS À OBRA 41
 recebeu o chamado para se tornar o nosso Salva-
dor. E por causa da obediência dele nós podemos
ser amigos de Deus de novo. E tem mais...
42 MÃOS À OBRA
Cartaz 24. Leia o versículo: “... se alguém está em Cristo,
é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fize-
ram novas.” (2Co 5.17). Se cremos que Jesus é o nosso
Salvador, tudo muda em nossa vida! Ele restau-
ra, conserta o que o pecado fez de ruim conosco.
Mencione as brigas, mentiras, orgulho... Aproxime os exem-
plos com a realidade das crianças. Fale o que muda em nossa
vida quando estamos em Jesus.
Incentive as crianças a confiarem no Senhor e conhecê-lo
por meio do estudo da Palavra. Reforce o convite para as pro-
gramações em sua igreja, em especial a escola dominical para
estudarem a Bíblia e conhecerem cada vez mais o Senhor Je-
sus, que restaura a nossa vida.
Elabore alguns gestos para a memorização do versículo e
faça algumas repetições com as crianças. Ore para encerrar.