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PIRACICABA
Aula prática nº 01
Moldes e Modelos
2. Introdução
O processo de fundição consiste em fabricar peças metálicas por meio do
preenchimento do molde com as medidas da peça original com metal líquido.
Antes de realizarmos tal procedimento devemos ter algumas noções básicas,
tal como: o molde deverá ser um pouco maior que a peça original, pois quando
o metal se resfria ele se contrai.
2.1. Modelo
A função do modelo é preparar o molde para ser preenchido com o metal
líquido, onde terá exatamente a peça desejada, porém com maiores dimensões
prevendo a contração do metal quando resfriado.
São utilizados variados materiais, tais como: o Isopor, gesso, metal, Cera e
outros dependendo da sua aplicabilidade. Para produção em serie, onde são
utilizadas máquinas de moldar, o material mais comum para confecção dos
modelos é o alumínio, devido a facilidade de ser usinado. Porém, geralmente
os modelos são em madeiras, que apresentam um baixo custo, baixa
densidade e a facilidade de trabalhar, mas tem o inconveniente de deformar-se
com a umidade e com o tempo.
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2.1.1. Fabricação do Modelo
Podem ser em peça única (para peças grandes) ou montada em placas
(para produção seriada, peças com muitos detalhes e de peças pequenas,
facilitando o uso de máquinas de moldar). Devem ser considerados: a
contração do metal ao solidificar (Tabela 01), e também a quantidade de
sobremetal para posterior usinagem de acabamento (Tabela 02). Os valores
dos acréscimos dependem do metal ou liga a ser fundido. Exemplos:
Tabela 01: Margens dimensionais recomendadas nos modelos para prever a contração do
metal
Tabela 02: Margens dimensionais recomendadas nos modelos para prever a usinagem de
acabamento
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Também se deve verificar a divisão do modelo, sendo exatamente no
centro para peças simétricas ou detalhadas para peças não simétricas (Figura
01).
• Linha divisória ou linha de partição representa a linha que divide as
partes que formam a cavidade superior e a cavidade inferior do molde.
Modelo solto bi-partido: são duas partes que podem ou não ser iguais.
O alinhamento entre as duas partes é obtido através do encaixe por
cavilhas, o qual deve ser perfeitamente ajustado;
2.2. Molde
O molde é o negativo da peça que será fundido, aonde o metal líquido será
despejado. Caso o modelo tenha a mesma dimensão da peça original, o molde
devera conter locais especiais aonde o metal ira contrair, um lugar fora do
desenho do modelo e depois cortado. É importante saber qual será a aplicação
do molde para definir qual processo será utilizado.
O principal requisito de um molde é que ele deve extrair o calor do metal líquido
a uma velocidade determinada, caso seja muito lento, faz-se necessária a
utilização de resfriamento com água para aumentar a velocidade de
transferência de calor. A direção do fluxo de calor também é controlada, de
modo que as peças solidifiquem nas direções convenientes. São distribuídos
em um molde o funil de vazamento (“Massalote”) e os canais de alimentação.
O perfil do molde, suas espessuras de parede e sua refrigeração estão
dimensionadas para proporcionar solidificação direcional e controlada da peça.
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2.2.2. Moldagem em areia
Refratariedade;
Devem apresentar resistência suficiente para suportar o peso e a
pressão do metal líquido;
Gerar a menor quantidade possível de gás, para não ocorrer erosão do
molde;
Plasticidade e consistência;
Moldabilidade;
2.3. Machos
Macho é um elemento refratário, feito também de areia, que tem a finalidade de
formar os vazios, furos e reentrâncias no fundido final. Eles são colocados nos
moldes antes que eles sejam fechados para receber o metal líquido. Como o
fundido irá fluir em volta do macho ele tem de ser mecanicamente resistente
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durante o vazamento e ainda tornar-se quebradiço após o vazamento e o
resfriamento, permitindo assim, uma fácil desmoldagem.
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2.4. Fusão e vazamento
Etapa aonde ocorre a fusão do material e o despejamento dele no molde.
2.5. Desmoldagem
É o processo em que a peça já solidificada dentro do molde é retirada,
manualmente ou por processos mecânicos.
Pinceis
Peneira
Soquete em “L”
Régua de desempeno
Espátula
Modelo
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5. Procedimento da aula prática
2 – Colocar o modelo dentro da caixa (de ponta cabeça) e cobrir com areia
úmida usando uma peneira
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5 – Virar a caixa e aplicar areia de separação na face livrando apenas a face do
modelo
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8 – Desmontar as caixas e com um pincel fino molhar a areia nos cantos e
arestas da face do modelo
4. Conclusão
A aula prática possibilitou o conhecimento dos principais tipos de molde bem
como sua fabricação em areia verde, além de suas principais características e
particularidades.
5. Referências bibliográficas
Kondic, V – Princípios metalúrgicos de fundição. São Paulo, 1973;
Torre, J – Manual prático de fundição e elementos de prevenção da
corrosão. São Paulo, 1975;
Caderno professor Erivelto Marino, Tecnologia e Metalurgia da fundição;
http://www.cimm.com.br/portal/fundição
http://mmborges.com/processos/Conformacao/cont_html/fundicao.htm
Relatório sobre moldes e modelos da turma de eng. mec. de 2009
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