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O ferro gusa é um tipo de ferro fundido que é produzido a partir de minério de ferro,
coque e calcário em altos-fornos. É um material bruto e é usado principalmente como
matéria-prima na produção de aço.
É composto principalmente de ferro, carbono e silício, além de pequenas quantidades
de outros elementos, como enxofre e fósforo. É um material quebradiço e frágil, com
uma alta densidade e ponto de fusão. É também um excelente condutor térmico e
elétrico, o que o torna útil em várias aplicações industriais.
A extração do ferro gusa envolve um processo complexo que começa com a mineração
do minério de ferro. O minério de ferro é então transformado em ferro gusa em um
alto-forno, onde é combinado com coque e calcário. O coque é um combustível feito de
carvão vegetal e é usado para fornecer calor suficiente para derreter o minério de ferro.
O calcário é adicionado para remover impurezas do minério de ferro e produzir escória.
No processo de fundição, o ferro gusa é usado para criar moldes e peças de metal. O
ferro gusa é aquecido até seu ponto de fusão e depois derramado em um molde para
criar uma peça de metal. É importante ressaltar que o ferro gusa é um material
quebradiço e, portanto, não é adequado para peças que precisam ser fortes e
resistentes.
O ferro gusa é um material importante na produção de aço e outras ligas de ferro. Ele é
extraído a partir de minério de ferro, coque e calcário em altos-fornos e é produzido em
grande escala no Brasil. Embora seja um material valioso, o ferro gusa não é adequado
para todas as aplicações devido à sua fragilidade e baixa resistência.
Os elementos químicos mais comuns adicionados às ligas de aço para melhorar suas
propriedades físicas e mecânicas são: carbono, níquel, cromo, molibdênio, tungstênio,
vanádio, manganês, silício e molibdênio.
Carbono: Aumenta a resistência, dureza e ductilidade. Quanto maior o teor de
carbono, mais elevada é a resistência à tração e à compressão, assim como à
temperatura. Um material com alto teor de carbono em sua composição o torna mais
resistente, atingindo altos valores de dureza, porém com baixa soldabilidade.
Ligado com o carbono, o comportamento das variedades alotrópicas do ferro e a
solubilidade do carbono nele variam de forma característica, dependendo da
temperatura e do teor de carbono. Isto pode ser visto em forma de gráfico, chamado
diagrama de equilíbrio ferro-carbono. Abaixo, definições dos termos usados para o
diagrama:
Austenita: é a solução sólida do carbono em ferro gama.
Ferrita: é a solução sólida do carbono em ferro alfa.
Cementita: o carboneto de ferro (Fe3C).
Grafita: a variedade alotrópica do carbono (estrutura cristalina hexagonal).
A adição do carbono altera as temperaturas de transição das variedades
alotrópicas em relação ao ferro puro, dependendo do seu teor.
4 - Fale sobre os Ferros Fundidos, liste os tipos, definindo-os e falando sobre suas propriedades.
O ferro fundido cinzento é o mais utilizado. Sua fabricação é mais fácil, pois é feito a
partir de sucatas, tem boa usinabilidade e capacidade de amortecer altas vibrações. É
comum encontrá-lo aplicado pela indústria de máquinas e equipamentos.
O ferro fundido branco tem como característica principal uma alta taxa de
resfriamento mais alta e é mais frágil. Por isso, é usado menos e apenas em peças que
precisam de alta resistência a abrasão, dureza e baixa ductilidade. É utilizado em
equipamentos para manuseio de terra e mineração.
6 - Como é feito um teste de tração, qual se obtém de um teste como esse. Qual a importância
desse teste?
Limite de escoamento
Em projetos de engenharia, o limite de escoamento é muito importante. Por exemplo,
ao projetar um componente, ele deve suportar uma determinada força durante o uso e
o componente não deve se deformar plasticamente. Em outras palavras, um material
com limite de escoamento suficiente deve ser selecionado para que possa ser aplicado
sem causar danos.
Uma vez que representa o limite superior das forças que podem ser aplicadas sem
causar deformação permanente, o limite de escoamento é frequentemente usado para
calcular a carga máxima admissível em uma peça mecânica. Essa tensão máxima é uma
propriedade observada em todos os materiais, não apenas nos aços, mas também em
materiais poliméricos e cerâmicos.
.Limite de resistência à tração (UTS – do inglês: Ultimate tensile strength), muitas vezes
reduzida para resistência à tração (TS – do inglês – tensile strength), é a resistência
máxima ou Ftu, é a tensão máxima que um material pode suportar ao ser tracionado
antes de quebrar. Em materiais frágeis, a resistência à tração final está perto do ponto
de escoamento, enquanto que em materiais dúcteis a resistência à tração final pode ser
maior.
A resistência à tração final geralmente é encontrada realizando um teste de tração e
registrando a tensão de engenharia versus deformação. O ponto mais alto da curva
tensão-deformação é a resistência à tração final e tem unidades de tensão (MPa).
Alguns materiais quebram muito bruscamente (frágeis), sem deformação plástica, o que
é chamado de falha frágil. Outros, que são mais dúcteis, incluindo a maioria dos metais,
experimentam alguma deformação plástica e possivelmente estrangulamento antes da
fratura.
A resistência à tração é definida como uma tensão, que é medida como força por
unidade de área. Para alguns materiais não homogêneos (ou para componentes
montados), pode ser relatado apenas como uma força ou como uma força por unidade
de largura.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade é o pascal (Pa) (ou um múltiplo
dele, geralmente megapascals (MPa), usando o prefixo SI mega); ou, equivalentemente
a pascais, newtons por metro quadrado (N / m²).
Relação dos principais focos de atenção que se deve ter para realizar um tratamento
térmico:
9 - Fale sobre a têmpera. Qual estrutura é obtida depois de temperar um aço? Essa estrutura tem
aplicação prática? Por que depois da têmpera é normalmente feito o revenimento?
Resfriamento na Têmpera
Ensaios de Temperabilidade
Existem dois métodos para ensaio de temperabilidade: Grossmann (o mais antigo) e
Jominy (mais simples e mais comumente empregado).
Ensaio Grossmann: Barras de aço com diferentes diâmetros são temperadas e o perfil
de dureza ao longo do diâmetro da barra é medido. A dureza no centro das barras é
apresentada num único gráfico, onde o diâmetro crítico (50 HRC ou 50 % de
martensita) é determinado para um dado meio de têmpera.
Assim, barras com diferentes diâmetros são temperadas e a dureza varia com o meio de
têmpera , a posição ao longo do diâmetro e com os diferentes diâmetros.
Ensaio Jominy
Neste método um único corpo de prova cilíndrico é temperado em uma das
extremidades, gerando uma ampla gama de variação de velocidades de resfriamento ao
longo da altura do cilindro, resultando em diferentes microestruturas e durezas nestas
regiões distintas.
Revenimento
Em decorrência da têmpera (transformação martensítica) no aço as tensões residuais
são excessivas e a ductilidade e a tenacidade são muito baixas para permitir seu uso na
maioria das aplicações, sendo necessária a realização de um tratamento térmico
denominado revenimento (ou revenido), que altera a microestrutura e alivia as tensões
decorrentes da têmpera, consistindo no aquecimento a temperaturas inferiores a Ac1,
com o objetivo de aumentar a ductilidade e a tenacidade e ajustar a resistência
mecânica para o nível desejado, além de aliviar tensões.
Transformações no Revenimento
A martensita resultante da têmpera é metaestável. O aquecimento abaixo da zona
crítica (abaixo de Ac1) favorece a transformação da martensita em fases mais próximas
do equilíbrio, eventualmente até ferrita + cementita/carbonetos.
Isso leva à redução de dureza/resistência mecânica e ao aumento da
ductilidade/tenacidade.
Em alguns casos: aços ferramenta: precipitação de carbonetos no revenido aumenta a
dureza: endurecimento secundário.
O aumento de tenacidade não é linear: numa determinada faixa de temperaturas ocorre
redução da tenacidade: fragilização de revenido.
• 100 a 300 ºC: precipitação de carbonetos. Nos aços de alto C: além dos carbonetos ε
também os carbonetos χ.
• 200 a 300 ºC: austenita retida em aços de médio e alto carbono se decompõe:
precipitação de carbonetos na austenita, reduzindo seu teor de carbono em solução e
viabilizando a formação de martensita no resfriamento pós-revenimento.
• Entre 500 e 650 ºC: precipitação de carbetos de elementos de liga (V4C3, Mo2C e
etc), aumentando a dureza/resistência mecânica.
A maior parte destes processos não pode ser observada em microscópio ótico, que
permite apenas verificar o aumento da velocidade de ataque metalográfico à medida
que os carbonetos se precipitam,e eventualmente coalescem, se o revenimento for
longo.
Fragilização no Revenimento
Há diversos tipos de fragilização no revenimento, mas dois se destacam. O mais comum
(lado esquerdo da figura a seguir) ocorre para um grande número de aços usados em
construção mecânica e se caracteriza por uma faixa mais estreita de temperaturas de
revenimento (250 a 400 ºC) onde ocorre a fragilização, a qual deve ser evitada.
No segundo tipo, que ocorre na faixa de 250 a 570 ºC), recomenda-se revenir acima de
600 ºC. O resfriamento pós-revenido deve ser rápido para minimizar a permanência na
faixa de temperaturas de fragilização.
Duplo Revenimento
Recomenda-se o duplo revenimento para aços ferramenta e aços de alto teor de
carbono em geral, com o objetivo de garantir tenacidade e estabilidade dimensional.
Não é fácil detectar austenita retida. O método mais confiável consiste em analisar o
maço por difração de raios X, complementada por ensaios de dureza. Assim é possível
detectar frações volumétricas de austenita retida superiores a 5 %. Ataques
metalográficos coloridos também podem determinar a presença de austenita retida.
CIANETAÇÃO
É um processo de transferência simultânea de carbono e nitrogênio, realizados em
banhos de sal a uma temperatura de aproximadamente, 850ºC, cuja camada não
ultrapassa 0,35mm.
As reações do processo são:
a) Cianeto de sódio se oxida passando a cianato de sódio.
2NaCN + 02 → 2Na CNO
b) O cianeto na presença do oxigênio e do ferro do aço libera CO2, forma carbonato
de sódio e introduz o nitrogênio no ferro.
4 NaCNO + 3º + 15 Fe → ← 2 Na2CO3 + 2CO2 + 4Fe4N
O carbono também é absorvido pelo ferro, porém em menor quantidade que na
cementação. Após a cianetação as peças devem ser temperadas para que se obtenha a
dureza desejada. Como os aços cianetados são de baixa liga e baixo carbono, podem e
devem ser temperados em água.
CARBONITRETAÇÃO
É também um processo de transferência de carbono e nitrogênio para a superfície da
peça, porém por um processo gasoso onde se utiliza uma mistura de amônia com gás
carburizante numa média de 25% e 75%m respectivamente, não podendo a amônia
exceder 28% pois cria uma camada muito dura e frágil.
O teor de carbono é controlado como na cementação gasosa enquanto o de nitrogênio
varia conforme a variação da porcentagem de amônia. Este tratamento é feito a 925ºC
sendo necessário a têmpera posterior.
BORETAÇÃO
Dentre os processos termoquímicos de difusão para endurecimento superficial, a
boretação é um dos mais recentes onde o boro difunde-se na superfície do aço
formando boreto de ferro. A boretação pode ser feita em meios líquidos, sólidos e
gasosos, porém a boretação sólida é a mais utilizada industrialmente.
De maneira semelhante à cementação, a boretação sólida consiste no
acondicionamento das peças em caixas, onde é colocado o pó de boretação de uma
maneira que no fundo da caixa fique uma altura de aproximadamente de 20 mm de pó,
onde são depositadas as peças separadas umas das outras, completando-se os espaços
vazios com o mesmo pó, tampando-se em seguida a caixa.
Falhas de vários tipos podem ocorrer, não sendo somente a massa do material
prejudicada com corroída.
Deterioração e contaminação de produtos causando prejuízo, seja por perda ou redução
no valor da mercadoria;
Superdimensionamento de equipamentos ou peças que necessitam resistir aos efeitos
da corrosão ou substituição de componentes corroídos;
Perda de propriedades importantes como condutividade elétrica em contatos,
transferência de calor através da superfície e obstrução de tubulações por produtos de
corrosão;
Perda de resistência mecânica e consequentes falhas causadas pela redução na
espessura do metal devido à corrosão;
Perda de eficiência e parada de operação de equipamentos que representam lucro para
a organização;
Perfuração de tubulações e tanques, causando vazamentos de materiais que podem ser
prejudiciais ao meio ambiente e representar riscos as pessoas;
E, por último mas não menos importante, a potencial perda de vidas e acidentes
causados pela falha estrutural em pontes, aviões, automóveis, indústrias, entre outros.
2 – Corrosão uniforme:
Se manifesta de maneira igual em toda a extensão da superfície de uma determinada
peça.
3 – Corrosão erosão:
Comum em maquinários de bombeamento, trata-se da corrosão gerada pela ação do
ataque químico combinado com a remoção mecânica promovida pelo movimento das
partículas sólidas do fluído.
7 – Corrosão intergranular:
Pode ocorrer por conta de variações de elementos de uma liga, muitas vezes promovida
pela sensitivação (temperatura). Por vezes é possível evitar este tipo de corrosão
adicionando titânio na liga.
8 – Lixiviação seletiva:
Processo de separação de um mineral/metal através da ação da água ou solução
aquosa lixiviante. Usado para separar metais de valor de ligas ou remover impurezas
(lixiviação inversa ou beneficiamento hidrometalúrgico).