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Cromo
O cromo, segundo a sua posição de potencial normal, é um metal não nobre, e que
deveria se comportar como o ferro, quanto às reações corrosivas. Mas, na prática este
não é o caso, e o metal se comporta antes como um metal nobre. Isto se deve a
circunstância de que o cromo somente se passiva superficialmente em meios pouco
oxidantes, tornando-se, assim, muito nobre. Por isso, o metal geralmente não sofre
nenhuma alteração química. Resiste ao calor até 500ºC. O cromo praticamente só é
atacado pelo ácido clorídrico e pelo ácido sulfúrico a quente, e é totalmente resistente
às condições atmosféricas e ao embaçamento. A já excelente resistência à corrosão
do cromo ainda é melhorada pelo fato de este metal se molhar com dificuldade, isto é
repelir o óleo e meios aquosos.
Ferro
Observação: Tanto cromo como ferro provém de óxidos, sua forma mais estável.
Pelo processo da metalurgia os metais citados são retirados da sua estabilidade,
transformados em metais no estado metálico. Na forma metálica, os citados elementos
estão com um gradiente energético elevado e consequentemente instáveis. A
estabilidade natural ocorre através da natural oxidação (corrosão), perda da energia
adquirida, transformando-os novamente em óxidos metálicos, estáveis. O cromo
apresenta maior propriedade anticorrosiva natural em relação ao ferro. A passivação,
nas suas mais variadas formas, são técnicas aplicadas para a redução da velocidade
de corrosão, podendo até zerar. Uma das técnicas de passivação mais utilizadas é
através da produção de ligas inoxidáveis.
Aços inoxidáveis
A baixa resistência dos aços-carbono à corrosão e à oxidação limita a utilização desses
aços em ambientes hostis. Nesses casos, usam-se aços inoxidáveis. Assim, as ligas de
Fe-C-Cr e Fe-C-Cr-Ni denominadas de aços inoxidáveis e que contém altos teores de
cromo e em alguns casos de níquel, podem tornar-se martensíticas, ferríticas ou
austenítica à temperatura ambiente. Para a liga se tornar austenítica, ela precisa conter
alta porcentagem de níquel. As ligas martensíticas e ferríticas, pelo contrário, não
devem ter níquel.
Pode se adicionar um teor pequeno de níquel nos aços inoxidáveis martensíticos e
ferríticos, apenas quando eles contiverem alto cromo, porque o níquel diminui o
ataque por corrosão não oxidante. O alto cromo impede a liga de se tornar austenítica.
Adições de outros elementos podem ser feitas para melhorar as propriedades
mecânicas ou de resistência à corrosão em certos ambientes particulares. Dos outros
elementos, o molibdênio é o mais utilizado. Os aços inoxidáveis sempre contém
cromo em alto teor, pois esse elemento que confere ao aço a resistência à corrosão e
a oxidação.
Referências bibliográficas
Souza, S.A., Composição Química dos Aços, Editora Edgard Blücher Ltda, 2012,
São Paulo.
Nunes, L.P., Fundamentos da Resistência a Corrosão, Editora Interciência Ltda,
2007, Rio de Janeiro.