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Corrosão e Degradação dos

Materiais

Aula
Tipos e Formas de
Corrosão
Agda Aline Rocha de Oliveira
Corrosão Química

O meio é não iônico, incluindo gases


a baixa e alta temperatura, os
líquidos anidros e os metais fundidos.
Corrosão seca.
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Corrosão Química

Exemplo 1:

Exemplo 2:

• Fe + ½ O2  FeO T= 1000 C contribui é o elemento mais


solúvel em ácidos

• 3Fe + 2O2  Fe3O4 T= 600 C é menos solúvel do que a anterior

• 2Fe + 3/2 O2  Fe2O3 T= 400 C contribui corresponde ao estado


mais estável e menos solúvel
destes óxidos.

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Corrosão Eletrolítica
O meio é iônico, envolvendo os íons
de água. É também chamada de
corrosão úmida.

Deterioração do concreto e aço por


corrosão eletroquímica 4
Pilha Galvânica

As células galvânicas se formam


devido às diferenças de
materiais existentes como
soldas, conexões ou simples
diferenças superficiais no
mesmo metal.  O eletrólito pode
O par galvânico, resultante do contato direto
ser a água em contato direto.
de tubulação de cobre com tubulação de aço
galvanizado, causa corrosão prematura no aço
e conseqüentes vazamentos.
A característica deste mecanismo
é a presença de perfurações ou
desgastes próximos às áreas de
acoplamento, nos metais de
comportamento anódico.

Bucha em alumínio em contato com eixo inox.5


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Pilha Galvânica

A pilha por contato bimetálico durante o transpasse das armaduras


utilizando-se aço de diferentes procedências. A condutividade da solução
estabelecerá a velocidade e a distribuição da corrente galvânica.
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Pilha Ativo-Passiva

Alguns metais e ligas tendem a


tornar-se passivos devido à
formação de uma camada de
passivação como: chumbo, aço
inoxidável, titânio, ferro, cobre e
cromo.

Íons cloreto, brometo e iodeto,


destroem essa camada e impedem
sua formação.

Formam-se pequenos pontos do


metal ativo (anodos) circundados
por grandes áreas de metal
passivado (catodo) criando uma ddp
de 0,5 V.
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Pilha de Ação Local
Aparece em um mesmo metal devido a heterogeneidades diversas, decorrentes
de composição química, textura do material, tensões internas, dentre outras.

inclusões, segregações, bolhas, trincas;


estados diferentes de tensões e deformações;
acabamento superficial da superfície;
diferença no tamanho e contornos de grão;
tratamentos térmicos diferentes;
materiais de diferentes épocas de fabricação;
gradiente de temperatura.

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Pilha de Temperaturas Diferentes
Ocorre quando se tem o material metálico imerso em eletrólito com áreas
diferentemente aquecidas. A elevação da temperatura torna mais rápido o
processo corrosivo.

Em solução CuSO4 o eletrodo de Cu com maior temperatura é o catodo e


o de temperatura mais baixa é o anodo.

A prata apresenta comportamento contrário.

O ferro imerso em soluções diluídas e aeradas de NaCl tem como anodo


a parte mais aquecida, a polaridade pode ser invertida, dependendo da
aeração.

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Pilha de Concentração Iônica Diferencial
Surge sempre que um material metálico é exposto a concentrações diferentes
de seus próprios íons. Ela ocorre porque o eletrodo torna-se mais ativo quando
decresce a concentração de seus íons no eletrólito.

É muito freqüente em frestas quando o meio corrosivo é líquido. Neste caso, o


interior da fresta recebe pouca movimentação de eletrólito, tendendo a ficar
mais concentrado em íons de metal (área catódica), enquanto que a parte
externa da fresta fica menos concentrada (área anódica), com conseqüente
corrosão das bordas da fresta.

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Pilha de Aeração Diferencial
É formada por concentrações diferentes do teor de oxigênio e também ocorre
com freqüência em frestas.

Assim, o interior da fresta, devido a maior dificuldade de renovação do


eletrólito, tende a ser menos concentrado em oxigênio (menos aerado), área
anódica. Por sua vez a parte externa da fresta, onde o eletrólito é renovado com
facilidade, tende a ser mais concentrada em oxigênio (mais aerada), área
catódica. O desgaste se processará no interior da fresta.

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Corrosão Microbiológica
Se processa sob a influência de microrganismos (bactéria, fungos, algas, etc.).

Tubulação de distribuição de águas. Presença de


óxido de ferro hidratado (Fe2O3.H2O) devido às
bactérias oxidantes de ferro

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Formas de Corrosão
Uniforme: se processo em toda a extensão da superfície, ocorrendo perda
uniforme de espessura.

Por placas: se localiza em regiões de superfície metálica e não em toda sua


extensão.

Alveolar: se processa na superfície metálica produzindo sulcos ou escavações


semelhantes a alvéolos. Apresenta fundo arredondado e profundidade
geralmente menor que o seu diâmetro.

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Formas de Corrosão
Puntiforme: se processa em pontos ou pequenas áreas localizadas na superfície
metálica, produzindo pites, que são cavidades que apresentam o fundo em
forma angulosa e profundidade, geralmente, maior que o seu diâmetro.

Intragranular: ocorre entre os grãos da rede cristalina do material metálico, o


qual perde suas propriedades mecânicas e pode fraturar quando solicitado por
esforços mecânicos, tendo-se então a corrosão sob tensão fraturante.

Transgranular: se processa nos grãos da rede cristalina do material metálico. O


material perde suas propriedades mecânicas e pode fraturar à menor
solicitação mecânica.

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Formas de Corrosão
Filiforme: se processa sob a forma de finos filamentos, mas não profundos, que
propagam em diferentes direções e que não se ultrapassam porque o produto
de corrosão possui carga positiva, ocorrendo repulsão.

Por Esfoliação: ocorre de forma paralela à superfície metálica. Aparece em


chapas ou componentes extrudados que tiveram seus grãos alongados e
achatados. O produto de corrosão é volumoso e ocasiona a separação das
camadas contidas entre as regiões que sofreram a ação corrosiva.

Grafítica: processa no ferro fundido cinzento em temperatura ambiente. O ferro


metálico é convertido em produtos de corrosão, restando a grafite intacta.

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Formas de Corrosão
Dezincificação: ocorre em ligas de cobre-zinco (latões), surgindo uma região
avermelhada, em contraste com a cor amarelada típica. Ocorre a corrosão
preferencial do zinco, restando o cobre com cor avermelhada.

Empolamento por H: ocorre quando o hidrogênio atômico difunde-se no


material metálico em regiões onde existem descontinuidades, como inclusões
ou vazios. Nesses lugares, transforma-se em H2, exercendo pressão e originando
a formação de bolhas.

Em torno de solda: ocorre em aços inoxidáveis não-estabilizados ou com teores


de carbono superiores a 0,03%. A corrosão segue o mecanismo intergranular.

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