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Formas de corrosão

Os processos de corrosão são considerados reações químicas heterogêneas


ou reações na superfície de separação entre o metal e o meio corrosivo.

O processo de corrosão é uma reação de oxi-redução onde o metal é oxidado


a partir da superfície.

Tipos de corrosão

Uniforme – a corrosão se processa em toda a extensão da superfície,


ocorrendo perda uniforme da espessura. Também chamada de corrosão
generalizada.

Corrosão Uniforme em Tubo Enterrado e Corrosão Generalizada em Rotor de Bomba


Submersa

Por placas – a corrosão se localiza em regiões da superfície metálica e não em


toda a sua extensão, formando placas com escavações.
Alveolar – a corrosão se processa na superfície metálica produzindo sulcos ou
escavações semelhantes a alvéolos, apresentando fundo arredondado e
profundidade geralmente menor que o diâmetro.

Corrosão Alveolar Generalizada em Tubo

Puntiforme ou por pites – a corrosão se processa em pontos ou pequenas


áreas localizadas na superfície metálica produzindo “pites”, que são cavidades
que apresentam o fundo em forma angulosa e profundidade geralmente maior
do que o seu diâmetro.

Neste tipo de corrosão é aconselhável considerar: - o número de pites por


unidade de área;
- o diâmetro médio dos pites;

- a profundidade média dos pites.

Intergranular – a corrosão se processa entre os grãos da rede cristalina do


material metálico, o qual perde suas propriedades mecânicas e pode fraturar
quando solicitado por esforços mecânicos, tendo-se então a corrosão sob
tensão fraturante (Stress Corrosion Cracking).
Filiforme – a corrosão se processa sob a forma de finos filamentos, mas não
profundos, que se propagam em diferentes direções. Ocorre geralmente em
superfícies metálicas revestidas com tintas ou com metais. Geralmente quando
a umidade relativa do ar > 85% e em revestimentos permeáveis de oxigênio e
água ou apresentando falhas.

Esfoliação – a corrosão se processa de forma paralela à superfície metálica.


Ocorre em chapas ou componentes extrudados que tiveram seus grãos
alongados e achatados, criando condições para que inclusões ou segregações,
presentes no material sejam transformadas, devido ao trabalho mecânico, em
plaquetas alongadas. São mais observadas em ligas de alumino.
• Corrosão grafítica – a corrosão se processa no ferro fundido cinzento em
temperatura ambiente. O ferro é convertido em produtos de corrosão, restando
a grafite intacta.

• Dezincificação – é a corrosão que ocorre em ligas de cobre-zinco (latões),


observando o aparecimento de coloração avermelhada.
Empolamento pelo hidrogênio – o hidrogênio atômico penetra o material
metálico e, como tem pequeno volume atômico, difunde-se rapidamente e em
regiões de descontinuidades, como inclusões e vazios, ele se transforma em
hidrogênio molecular, (H2), exercendo pressão e originando a formação de
bolhas, daí nome de “empolamento”.

Fissuramento pelo Hidrogênio

Em torno do cordão de solda – forma de corrosão que se observa em torno de cordão de solda.

Ocorre em aços inoxidáveis não estabilizados ou com teores de carbono


maiores que 0,03% e a corrosão se processa intergranularmente.
Sensitização de Solda em Tubo de Aço Inox

Corrosões mais prejudiciais são as corrosões localizadas:


- alveolar;
- puntiforme;
- intergranular; pois destroem um equipamento em pouco tempo.
Fatores envolvidos no ataque localizado:
- relação entre áreas catódicas e anódicas;
- aeração diferencial;
- variação de pH.
Entre as heterogeneidades que podem originar ataques localizados:
- material metálico:
• Composição;
• Presença de impurezas;
• Tratamentos térmicos ou mecânicos;
• Condições da superfície (pinturas, etc)
- meio corrosivo:
• Composição química;
• Diferença de concentração;
• Aeração;

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