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3𝑜 𝑁Í𝑉𝐸𝐿
Trabalho I
Discente: Docente:
Corrosão é um fenómeno natural de grande importância na indútria assim surgindo como sendo
uma interação físico química (usualmente e natureza eletroquímica) entre um metal e o seu meio
que resulta em alterações nas propriedades do metal e que podem levar ao prejuízo da função do
próprio metal, ambiente e sistema do qual eles fazem parte.
O processo corrosivo envolve diferentes parâmetros com interações complexas tais como:
composição química e microestrutura do metal, composição química e parâmetros fisícos do meio,
desta forma a corrosão pode ocorrer em diferentes meios corrosivos, através de uma série de
mecanismos apresentando diferentes morfologias.
Os mecanismos de corrosão podem ser classificados como: Corrosão atmosférica, pelo solo,
oxidação, galvânica, eletroquímica ( sendo o foco do nosso estudo), solicitações mecânicas,
erosão. Onde na maioria dos casos estes mecanismos interagem entre si.
O material metálico;
O meio corrosivo;
Algumas experiências mostram que geralmente o contorno dos grãos funciona como área anódica
em relação ao grão, que funciona como área catódica. Daí, provavelmente, ser um fenômeno
eletroquímico o ataque preferencial do contorno dos grãos (ataque intergranular) em muitas ligas
Pode também ocorrer em outras ligas, como, por exemplo, duralumínio, como consequência de
tratamentos térmicos inadequados.
Os dados que se seguem apresentam os potenciais do aço, em solução de NaCl a 10% e 25°C,
usando como padrão o eletrodo de calomelano 0,1 N:
aço com polimento metalográfico + 0,438 V
aço polido com lixa 000 + 0,597 V
aço polido com Aloxite n.° 120 + 0,627 V
Deformações diferenciais
Qualquer parte de um material metálico sujeito a deformações pode apresentar potencial diferente
daquele de uma parte não deformada. Assim, quando um material metálico está submetido à
tensão, observa-se que a região tensionada ou deformada funciona como anodo.
Pré-exposições diferentes
Ocorrem quando se expõe somente uma parte do material metálico a um meio corrosivo e em
seguida se coloca todo o material metálico em um meio corrosivo uniforme. Correntes de corrosão
podem escoar entre as áreas diferentemente expostas.
No caso de uma superfície metálica, exposta parcialmente ao ar, oxigênio, água quente ou outro
meio ambiente que forma película protetora e, em seguida, exposta totalmente a um meio
corrosivo, observa-se ataque preferencial na região não exposta previamente, isto é, sem película
protetora e que funcionará, então, como área anódica.
Aquecimento diferencial
Em certos processos ocorre aquecimento diferencial, isto é, parte de uma superfície metálica pode
estar em contato com um líquido em uma temperatura e outra parte do mesmo material estar em
contato com o líquido em uma outra temperatura, o que ocasiona correntes de corrosão. Esta
situação ocorre em trocadores de calor, onde, na região de entrada, tem-se uma área mais aquecida.
Forma-se então uma pilha termogalvânica constituída dessa pequena área anódica, com
temperatura mais elevada, e de grande área catódica com temperatura mais baixa.
Os dados a seguir mostram as diferenças de potenciais para alguns materiais colocados em solução
a 10% de NaCl e temperaturas de 76 e 25°C:
Iluminação diferencial
Quando áreas de uma superfície metálica, imersa em uma solução, são diferentemente iluminadas,
podem apresentar potenciais diferentes. Aparentemente, a superfície iluminada se torna catódica,
podendo, no caso, a presença do oxigênio dissolvido na solução aumentar a ação da luz, formando
talvez películas protetoras.
Agitação diferencial
Consiste na agitação forte de um líquido próximo a uma parte do metal, enquanto outra parte
permanece sem agitação ou com agitação menor, podendo ocasionar correntes de corrosão. Se o
líquido que sofre agitação estiver em atmosfera de ar ou oxigênio, podem-se verificar efeitos de
aeração diferencial, pois o líquido com agitação permitirá que, em um dado tempo, mais oxigênio
entre em contato com a superfície metálica próxima à agitação.
O ferro e o alumínio apresentam como áreas anódicas as regiões em contato com o líquido não
agitado (prevalece o efeito de aeração diferencial). O cobre apresenta comportamento inverso, isto
é, as áreas anódicas são as próximas ao líquido agitado (talvez devido à remoção dos íons cobre,
𝐶𝑢2+ , removidos do líquido adjacente à superfície metálica).
Concentração diferencial
Quando um material metálico está imerso em soluções de eletrólitos com diferentes concentrações,
tem-se a corrosão por concentração diferencial (aquela constituída de eletrodos de um só material
metálico em contato com um mesmo eletrólito, mas apresentando regiões com diferentes teores de
gases dissolvidos) ou concentração iônica (formada por material metálico de mesma natureza,
em contato com suas soluções de diferentes concentrações), que é a corrosão eletroquímica
decorrente da exposição de um metal em uma solução corrosiva com diferentes concentrações de
íons.
Na pilha formada, a região anódica, portanto corroída, é aquela onde a concentração do íon
metálico é menor, e a região catódica é aquela onde a concentração do íon metálico é maior.
Supondo-se superfícies metálicas, M, superpostas e com frestas, pode-se admitir que no eletrólito
em repouso, mesmo que haja igualdade de concentração entre as soluções de eletrólito nas partes
mais internas e mais externas da fresta, ocorra um processo de dissolução do metal com a
consequente formação de íons metálicos, 𝑀𝑛+ .
Pode-se, então, estabelecer um gradiente de concentração devido ao processo de difusão dos íons
ser lento, e a solução do eletrólito passa a ser mais concentrada em íons Mn+ no interior da fresta
do que na parte mais externa, pois nesta parte há fácil acesso do eletrólito e os íons metálicos aí
formados poderão ser arrastados, desde que o eletrólito se movimente.
A corrosão nesses casos é conhecida por corrosão por contato ou corrosão em frestas ou ainda
corrosão por crevice (crevice corrosion).
Conhecendo-se o mecanismo deste processo corrosivo, entende-se perfeitamente por que se
procura, como medidas de proteção:
Aeração diferencial
Tem-se a aeração diferencial quando um material metálico está imerso em regiões diferentemente
aeradas, constituindo tipo frequente de heterogeneidade que conduz à formação de uma pilha de
aeração diferencial. Como geralmente o oxigênio é que intervém no processo de aeração, é também
chamada de pilha por oxigenação diferencial, sendo o anodo a área menos aerada e o catodo a mais
aerada.
As reações que se passam na corrosão por aeração diferencial são:
área anódica
área catódica
A ferrugem, 𝐹𝑒2 𝑂3 . 𝐻2 𝑂, vai se formar numa região intermediária entre a área catódica e a
anódica
Assim, no exemplo de chapas unidas por meio de parafusos (Fig. 2) observa-se que a região
anódica, que sofre a corrosão, deve ser a assinalada, já que aí há menor concentração de oxigênio,
pois é a parte menos aerada.
Pode-se verificar que a corrosão por aeração diferencial e a corrosão por concentração diferencial
têm efeitos opostos, isto é, uma conduz à proteção onde a outra conduz à corrosão. A
predominância de um efeito sobre o outro é função da natureza do metal, já que nos metais ativos
como ferro e zinco predomina a corrosão por aeração diferencial, e nos metais menos ativos, como
o cobre, predomina a corrosão por concentração diferencial. Essa predominância deve ser função,
também, da abertura e da profundidade da fresta.
Através dos anos, diversos mecanismos foram propostos, modificados, invalidados, rejeitados ou
aceitos, muitas vezes com exceções, para explicar a corrosão em frestas (crevice corrosion) ou
corrosão sob depósito ou, ainda, corrosão por contato. Alguns autores, baseados em estudos
realizados, admitem a participação da corrosão por concentração iônica ou por aeração diferencial,
mas afirmam que não são as causas básicas.
ou
o hidróxido de ferro (III), Fe (OH) 3 , atue como uma membrana dificultando o acesso de
oxigênio para as regiões do material metálico, embaixo dele, possibilitando a formação da
pilha de aeração diferencial;
o meio básico ou alcalino, originado pela reação na área catódica, seja responsável pela
imunidade do material metálico em contato com a solução aquosa imediatamente abaixo
do menisco.
Em estruturas metálicas colocadas no mar, como estacas de píeres de atracação e de plataformas
submarinas, têm-se as seguintes áreas sujeitas à ação corrosiva:
parte aérea, sujeita à ação da névoa salina;
zona de respingos: área compreendida pela linha de maré baixa e uma linha cerca de 60 cm
acima da linha de maré alta;
faixa de variação de maré;
parte sempre submersa;
parte de fixação no fundo do mar.
Observa-se corrosão acentuada na faixa de variação de maré e mais severa na zona de respingos.
Pode-se justificar esse fato admitindo-se, por exemplo, que além da ação mecânica da água do
mar, associada com o movimento das ondas, haja a corrosão por aeração diferencial, cujas áreas
anódicas e catódicas vão deslocando-se com a variação de maré, isto é, máxima e mínima.
Pode-se considerar, ainda, a formação de várias pilhas de aeração diferencial devidas às gotas de
água salgada provenientes dos respingos das ondas se chocando nas estacas.
Para evitar corrosão, nas várias áreas das estacas, vem sendo usado com bons resultados os
seguintes métodos:
na parte aérea — jateamento abrasivo e revestimento com tinta de alcatrão de hulha-epóxi
(coal-tar epoxi) com espessura de película da ordem de 500 μm;
na zona de respingos e faixa de variação de maré — jateamento abrasivo, mesmo submerso,
e aplicação de revestimento com massa epóxi curada com poliamida, atingindo-se
espessura de cerca de 3 mm. Esse revestimento tem a vantagem de poder ser aplicado
Medidas Gerais de Proteção contra Corrosão por Concentração Iônica e por Aeração
Diferencial
Os processos de corrosão por concentração iônica e por aeração, quando não se observam certas
precauções, são frequentes e, por isso, têm muita importância as seguintes medidas que visam
minimizar as possibilidades de ocorrência de condições causadoras:
reduzir, ao mínimo necessário, a possibilidade de frestas, principalmente em meios aquosos
contendo eletrólitos ou oxigênio dissolvido;
especificar juntas de topo e ressaltar a necessidade de penetração completa do metal de
solda para evitar a permanência até mesmo de pequenas fendas;
usar juntas soldadas em vez de juntas parafusadas ou rebitadas;
impedir a penetração do meio corrosivo nas frestas por meio de massas de
vedação, quando possível, flexíveis;
evitar frestas entre um isolante e o material metálico;
estabelecer uma rotina de frequente e completa limpeza de áreas metálicas
sujeitas ao acúmulo de depósitos e incrustações;
remover sólidos em suspensão;
evitar o uso de madeira, ou material que fique facilmente umedecido e
retenha água, como apoio para superfícies metálicas, por exemplo, chapas,
tubos e pilares;
procurar, limitado pelas dimensões, usar tanques ou reservatórios apoiados
em pilares e não no solo.
A corrosão eletroquímica pode ocorrer sempre que existir heterogeneidade no sistema material
metálico-meio corrosivo, pois a diferença de potencial resultante possibilita a formação de áreas
anódicas e catódicas. Um grão fino, de um dado metal, contém energia interna em valor mais alto
do que um grão grosseiro. Logo, pode-se esperar, teoricamente, diferentes potenciais para essas
espécies.
O tratamento térmico destes materiais consiste no aquecimento a 1.050-1.100°C, seguido de
resfriamento rápido assim sendo a forma de um material metálico pode ocasionar problemas de
corrosão sendo necessário tomar algumas medidas gerais de proteção contra Corrosão que são as
seguinte:
evitar o uso de madeira, ou material que fique facilmente umedecido e retenha água, como apoio
para superfícies metálicas, por exemplo, chapas, tubos e pilares; usar apoio com pequena área de
contato, como apoios tubulares de aço oude polipropileno.