Você está na página 1de 18

2

Índice
1. Introdução............................................................................................................................3

2. Corrosão...............................................................................................................................4

2.1. Conceito.......................................................................................................................4

2.2. Classificação de Corrosão............................................................................................4

2.2.1. Classificação segundo a Morfologia.....................................................................4

2.2.2. Classificação segundo As causas ou mecanismos................................................7

2.2.3. Classificação segundo os factores mecânicos.......................................................8

2.2.4. Classificação segundo o Meio corrosivo............................................................10

3. Prevenção contra a corrosão..............................................................................................12

4. Processo de Corrosão.........................................................................................................13

5. Corrosão Química..............................................................................................................13

6. Corrosão Eletroquímica.....................................................................................................13

6.1. Mecanismo eletroquímico de Corrosão......................................................................14

6.2. Reações anódicas e catódicas da corrosão.................................................................14

6.3. Redução do oxigénio..................................................................................................14

6.4. Natureza química do produto de corrosão..................................................................16

7. Conclusão..........................................................................................................................18

8. Bibliografia........................................................................................................................19
3

1. Introdução

Desde os tempos remotos o Homem sempre foi curioso com a mudança das propriedades dos
Certos metais.

As matérias metálicas, metais e ligas na sua base entram em contacto com o meio ambiente
(gasosos ou líquidos), sofrem uma destruição com uma ou outra velocidade. Uma razão dessa
destruição reside em interação química, os metais entram em reações redox com as
substâncias contidas no meio ambiente e oxidam-se.

Neste presente trabalho iremos debruçar acerca de corrosão dos metais que é a destruição
espontânea das materiais metálicos que ocorrem sob ação química do meio ambiente, e
também a classificação de corrosão, formas de corrosão que podem ser apresenta
considerando-se a aparência ou forma de ataque e as diferentes causa de corrosão, seus
mecanismos básicos, meios corrosivos e proteção de corrosão dos metais também debruçara
de corrosão química e eletroquímica.
4

2. Corrosão
2.1. Conceito

Corrosão é a determinação de um material, geralmente metálico por Acão química e


eletroquímica do meio ambiente associado ou não a esforço mecânico. A deterioração causada
pela interação físico-químico entre o material e o seu meio operacional, representa a
alterações prejudiciais, indesejáveis sofrida pelo material, tais como, desgaste, variações
químicas ou modificações estruturais tornando inadequado para uso.

Sendo a corrosão, em geral um processo espontâneo, esta constantemente transformando os


materiais metálicos de modo que a durabilidade e desempenho dos mesmos deixam de
satisfazer os fins a que se destinam. No seu todo esse fenómeno assume uma importância
transcendental na vida moderna, que não pode prescindir dos metais e suas ligas

2.2. Classificação de Corrosão

Os processos de corrosão são considerados reações químicas heterogenia de reação


eletroquímicas que se passam geralmente na superfície de separação entre o metal e o meio
corrosivo.

Logo a corrosão é um modo de destruição do metal, progredindo através da sua superfície.

As formas (ou tipos) de corrosão podem ser apresentadas considerando-se a aparência ou


forma de ataque e as suas diferentes causas de corrosão e seus mecanismos.

A corrosão pode ser classificado em diferentes formas ou tipos:

 Morfologia;
 As causas ou mecanismos;
 Os fatores mecânicos;
 O meio corrosivo
 A localização do ataque.

2.2.1. Classificação segundo a Morfologia

Podemos encontrar diferentes formas de corrosão:


5

 Uniforme

A corrosão se processa em toda a extensão da superfície, ocorrendo a perda uniforme de


espessura. É chamada por alguns, de corrosão generalizada.

 Por Placas

A corrosão se localiza e regiões da superfície metálica e não em toda a sua extensão,


formando placas com escavações.

 Alveolar

A corrosão se processa na superfície metálica produzindo sulcos escavações semelhantes a


alvéolo apresentando fundo arredondado e profundidade geralmente menor que o seu
diâmetro.

 Puntiforme ou por pite

A corrosão se processa em pontos ou em pequenas áreas localizadas na superfície metálica


produzindo pites, que são cavidades que apresentam o fundo em forma angulosa e
profundidade geralmente maior do que o seu diâmetro.

As três formas de corrosão (Placas, Alveolar e Puntiforme) podem não ser considerados da
maneira como foram apresentados, preferindo alguns não usar termos placas e alveolar.
6

 Corrosão Intergranular
Este tipo de corrosão localiza-se entre os grãos da estrutura cristalina do material (contorno de
grãos) metálico, o qual perde suas propriedades mecânicas e pode fraturar quando submetido
a esforços mecânicos menores que o esperado, como é o caso da corrosão sob tensão
fraturante.

 Corrosão Intragranular
Este tipo de corrosão se processa no interior dos grãos cristalinos do material metálico o qual,
pela perda de suas propriedades mecânicas, assim como no caso da corrosão intergranular,
poderá fraturar à menor solicitação mecânica com efeitos muito mais catastróficos que o caso
da intergranular.

 Corrosão Filiforme
A corrosão filiforme se processa sob a forma de finos filamentos que se propagam em
diferentes direções e que não se cruzam. Ocorre geralmente em superfícies metálicas
revestidas com filmes poliméricos, tintas ou metais ocasionando o deslocamento do
revestimento.

 Corrosão por Esfoliação


A corrosão por esfoliação ocorre em diferentes camadas e o produto de corrosão, formado
entre a estrutura de grãos alongados, separa as camadas ocasionando um inchamento do
material metálico.
7

2.2.2. Classificação segundo As causas ou mecanismos


 Aereação diferencial

A corrosão por aereação diferencial é responsável por grande número de casos de corrosão
nas mais variadas instalações e equipamentos industriais. Para evidenciar a sua importância
são apresentados alguns desses casos.

Em recipientes ou tanques de aços contendo soluções aquosas estagnadas, observa-se muitas


vezes uma corrosão intensa abaixo da interface ar-solução aquosa.

Com a formação do Minisco tem-se as reações nas áreas anódicas (menos aerada)

Fe Fe2+ + 2e-

Cátodo (mais aerada)

1
H2O + O + 2e- 2OH-
2 2

Verifica-se então, a formação do produto de corrosão, Fe(OH) 2 ou Fe(OH)3 em uma área


intermediária.

 O Empolamento pelo Hidrogénio

O hidrogénio atómico penetra no material metálico, e como tem pequeno volume atómico,
difunde-se rapidamente e, em regiões com descontinuidade, como inclusões vazios, ele se
transforma em hidrogénio molecular, H2, exercendo pressão e originando a formação de
bolhas.
8

 Em torno do cordão de solda

Ocorre em aços inoxidáveis não estabilizados ou teor de carbono maior que 0,03%, e a
corrosão se processa intergranulamente.

 Grafítica

A corrosão grafítica se processa no ferro fundido cinzento em temperatura ambiente e o ferro


metálico é convertido em produtos de corrosão, restando a grafite intacta. Observa-se que a
área corroída fica com aspecto escuro, características de grafite, e esta pode ser facilmente
retirada com espátula, colocando-a sobre papel branco e atritando-a, observa-se o risco preto
devido á grafite.

 Deszincificação

É a corrosão que ocorre em ligas de cobre e zinco, observando-se o aparecimento de regiões


com coloração avermelhada contrastando com a característica coloração amarela dos latões.

A Deszincificação e a corrosão Grafítica são exemplos da corrosão seletiva, pois tem-se a


corrosão referencial de Zinco e Ferro respetivamente.
9

2.2.3. Classificação segundo os factores mecânicos


 Corrosão sob Tenção

É definida como fratura de certos materiais, quando tencionados em certos ambientes, sob
condições tais que nem a solicitação mecânica nem a corrosão ambiente isoladamente
conduziram a fratura. O termo corrosão sob tenção apenas é considerado para aqueles casos
em que for possível reconhecer um processo de corrosão e não se tratar de um outro
fenómeno.

 Corrosão sob Fadiga

Quando o metal é submetido a solicitações mecânicas alternadas ou cíclicas, Forma-se uma


pequena trinca, geralmente num ponto de concentração de tenções, que penetra lentamente o
metal, numa direção perpendicular á tenção. A resistência a fadiga de um metal é determinada
pelo seu limite de fadiga, que é a tenção específica máxima de tração que pode ser aplicada
alternada e indefinidamente sem causar roptura.

Quando a tenção alternada aplicada é superior ao limite da fadiga, o metal fratura apos um
número de ciclos que decresce com o aumento da tenção aplicada.

 Corrosão sob atrito

Quando duas superfícies, em contacto e sob carga, das quais pelo menos uma é metálica,
forem submetidas a pequenos deslizamentos relativos, originados comumente por vibrações.
10

Como requisito necessário para a ocorrência desse tipo de corrosão, a interface do metal deve
estar sujeita a carga. Os danos causados por este tipo de corrosão são caracterizados por
descoramento das superfícies do metal, com a formação de produtos pulverulentos de
corrosão e em alguns casos pites.

Quando a corrosão sob atrito ocorre no ar, os produtos de corrosão são comumente misturas
de óxidos metálicos, hidratados ou não, e partículas do metal. As partículas tem em geral,
dimensões da ordem de um micrómetro.

2.2.4. Classificação segundo o Meio corrosivo


 Atmosfera

Corrosão atmosférica classifica se em função de grau de humidade na superfície metálica, em


seca, húmida e molhada.

Corrosão atmosférica seca

Ocorre em atmosfera isenta de humidade, sem quaisquer presenças de filme de eletrólito na


superfície metálica. Tem se uma lenta oxidação do metal com formação de produtos de
corrosão.

Corrosão atmosférica húmida

Ocorre em atmosferas com humidade relativamente menor que 100%. Tem-se um fino filme
de eletrólito, depositado na atmosfera metálica, e a velocidade do processo corrosivo depende
da humidade relativa, poluente atmosférico e higroscopicidade de produtos de corrosão.

Corrosão atmosférica molhada

A humidade relativa está perto de 100% e ocorre condensação na superfície metálica


observando-se que a superfície fica molhada com eletrólito.
11

 Aguas naturais

Gases dissolvidos: oxigénio dióxido nitrogénio dióxido de carbono cloro amónia de enxofre
trióxido de enxofre gás sulfídrico.

Sais dissolvidos: cloreto de sódio, de ferro e de magnésio, carbonato de sódio bicarbonato de


cálcio, de magnésio e de ferro.

 Matéria orgânica de origem animal ou vegetal.

Bactérias limos e algas.

Sólidos suspensos.

 Solo

O comportamento do solo como meio corrosivo deve ser considerado de grande importância,
levando em consideração as enormes extensões de tubulações enterradas como oleodutos
gasodutos adutoras e miniprodutos, e a grande quantidade de tanques inteirados armazenando
combustíveis. A corrosão em tubulações ou tanques contendo combustíveis pode causar
perfurações que provocam vazamento, com consequente contaminação de solo ou de lençóis
freáticos, e com possibilidades de incêndios e explosões.

 Produtos químicos

Em equipamentos usados em processos químicos deve-se levar em consideração duas


possibilidades: deterioração do material metálico do equipamento e contaminação do produto
químico. Os fatores que influenciam são vários e complexos em alguns casos. Entre eles são
citados a pureza do metal, contacto de metais de similares, natureza de superfície metálica,
pureza do produto químico, aeração.

 Alimentos

Além de caracter toxico de sais resultantes, eles podem alterar características dos alimentos
como sabor, aroma e aparência, bem como ocasionar e rancidez. Mesmo que ação corrosiva
seja pequena observa-se que as mínimas quantidades de: Zinco, ferro, e cobre modificam o
aroma do leite;

Ferro pode reagir com tanino ocasionando escurecimento de vegetais em conserva;


12

Chumbo causa saturnismo, doença que ataca o sistema nervoso.

 Solventes orgânicos

Heitz estudando caso de corrosão um solvente orgânico, concluiu que a fenomenologia se


assemelha aos casos verificados em meio aquosos observando:

Mecanismo eletroquímico semelhante ao verificado em meio aquoso;

Mecanismo químico envolvendo uma reação direta entre o metal e o solvente. (Icos)

 Madeiras e plásticos (polímeros)

No caso de plásticos, pode se ter a formação de vapores corrosivos originados por


decomposição, geralmente térmicas ou em alguns casos micro biológicas. Os plásticos
contendo compostos orgânicos halogenados são os que formam produtos mais corrosivos
quando decomposto termicamente como:

 Poli (Cloreto de Venila) - aquecido a 70ºC-80ºC desprende cloreto de hidrogénio HCl


(g), que em presença de água formam ácido clorídrico, tornando o meio bastante
corrosivo. Pode também sofrer decomposição quando irradiado com luz ultravioleta,
tornando-se corrosivo em temperatura ambiente;
 Politetraflueretileno (teflon) - aquecido em temperatura elevada, acima de 350ºC,
desprende fluoreto de hidrogénio, HF(g), que em presença de agua forma o acido
fluorídrico;
 Borrachas cloradas – exposta á luz ultravioleta ou aquecida a alta temperatura
desprende cloreto de hidrogénio, HCl (g), que em presença de água torna o meio
ambiente bastante corrosivo devido a formação do ácido clorídrico.

3. Prevenção contra a corrosão


Os métodos mais usados na proteção contra a corrosão são:

 Manter as superfícies limpas e evitar que os contaminantes e substâncias químicas do


meio ambiente se depositem sobre elas;
 Evitar a humidade usando vedação hermética ou instalar um armazenamento
climatizado para evitar a formação de corrosão;
13

 Galvanizado é um processo que previne a corrosão, que consiste na aplicação de


outros ferruginosos na parte superior de uma superfície existente, usando um processo
químico a fim de prevenir a corrosão;
 Pintura é também um método mais eficaz para evitar a corrosão;
 Mudança do ambiente é um método de prevenção de corrosão que consiste em alterar
o ambiente para renovar ou combater as substâncias químicas que causam o processo;
 Apassivação ou polarização do material;
 Uso de revestimentos;
 Modificação do meio;
 Proteção catódica ou anódica;
 Técnica que transforma a estrutura metálica que se deseja proteger em uma pilha
artificial evitando assim que a estrutura artificial se deteriorize.

No estudo dos processos corrosivos devem ser sempre considerados as variáveis dependentes
do material metálico, do meio corrosivo e das condições operacionais pois o estudo conjunto
dessas variáveis permitira indicar o material adequado para se utilizar em determinados
equipamentos ou instalações.

4. Processo de Corrosão

Os processos de corrosão são considerados reações químicas heterogenias ou reações


eletroquímicas que se passam geralmente na superfície de separação entre metal e o meio
corrosivo.

Considerando-se como oxidação-redução todas as reações químicas que consistem em ceder


ou receber eletrões, podem-se considerar os processos de corrosão com reação de oxidação
dos metais, isto é, o metal age como redutor cedendo eletrões que são recebidos por uma
substancia, o oxidante existente no meio corrosivo.

 Material metálico: composição química, presença de impurezas, processo de


obtenção, tratamentos térmicos e mecânicos, estado de superfícies, forma, união de
materiais, em contacto com outros metais.
 Meio corrosivo: composição química, concentração, impurezas, pH, temperatura, teor
de oxigénio, pressão, sólidos suspensos.
14

 Condições operacionais: solitações mecânicas, movimentos relativos entre o material


metálico e meio condições de imersão no meio.
5. Corrosão Química

São os casos em que o metal reage com um meio não iônico como, por exemplo, ocorre no
caso de oxidação ao ar a alta temperatura.

6. Corrosão Eletroquímica

Em todos os casos de corrosão ocorre a participação de íons metálicos. No entanto, define-se


corrosão eletroquímica para os casos em que ocorre um transporte simultâneo de eletricidade
através de um eletrólito. A este importante grupo pertencem a corrosão em soluções salinas e
água do mar, a corrosão atmosférica, a corrosão em solos, etc.

6.1. Mecanismo eletroquímico de Corrosão

A corrosão eletroquímica, os eletrões são cedidos em determinada região e recebidos em


outras, aparecendo uma pilha de corrosão. Esse processo eletroquímico de corrosão pode ser
decomposto em três etapas:

 Processo anódico: passagem dos iões para a solução;


 Deslocamento dos eletrões e iões: transferência dos eletrões das regiões anódicas para
as catódicas pelo circuito metálico e difusão de aniões e catiões nas soluções;
 Processo catódico: recepção de eletrões na área catódica, pelos iões existentes na
solução.
6.2. Reações anódicas e catódicas da corrosão

Generalizando para o caso de um metal, M, qualquer pode se apresentar as possíveis reações


no ânodo e na área catódica:

 Reações anódicas: oxidação do metal M

M M n+ + ne-

 Reações catódicas:

Redução do ion n+ (meio acido)

nH+ + ne n⁄2H2 (não-aerado)

6.3. Redução do oxigénio


15

n⁄4O2 + n∕2H2O + ne nOH- (meio neutro ou básico)

n⁄4O2 + nH+ + ne n∕2H2O (meio acido)

Pode se considerar a reação catódica do oxigénio se processa com uma formação


intermediária de peroxido de hidrogénio H2O2, que se decompõe rapidamente, segundo as
reações:

 Meio neutro ou básico

nH2O + n ∕2O2 + ne n∕2H2O2 + nOH-

n2H2O2 + ne- nOH-

 Meio acido

nH+ + n∕2O2 + ne- n∕2H2O2

n∕2H2O + ne nH2O

Verifica-se, em meio neutro que a região catódica torna-se básica devido a formação de
hidroxilo, (OH-), com consequente elevação do valor de pH. Em meio ácido pode ocorrer uma
diminuição do valor de pH, devido a reação de neutralização.

H+ + OH- H2O

Quanto a reação de redução do iao hidrogénio, H+, na área catódica, deve-se considerar que:

 Embora seja extremamente pequena a dissociação da água pode-se admitir a


possibilidade de ocorrer em meio neutro não aerado, a reação (a +b)

H2O H+ + OH- (a)

1
H+ + e- H2 (b)
2

1
H2O + e- H2 + OH- (a+b)
2

 O H+ é proveniente da dissociação de ácido cuja parte aniónica não tenha caracter


oxidante, como, por exemplo, HCl, no qual o Cl- não tem esse caracter. Nesse caso
ocorre a reação de redução de H+.
16

2H+ + 2e- H2

 No caso em que a parte aniónica tenha, caracter oxidante, como por exemplo, acido
nítrico HNO3, no qual iao nitrato NO3-, e tem esse caracter, e possível ter as reações
de redução do iao NO3-.

NO3- + 2H+ + e- NO2 + H2O

NO3- + 4H+ + 3e- NO + 2H2O

NO3- + 9H+ + 8e- NH3 + 3H2O

Conclui-se que também que a corrosão eletroquímica será tanto mais intensa quanto menor o
valor de pH, isto e, teor elevado de H+, e quanto maior a concentração de oxigénio no meio
corrosivo. Oxigénio pode ser considerado, em alguns casos um fatores de controlo nos
processos corrosivos.

Oxigénio pode comportar-se como acelerador do processo eletroquímico de corrosão.

O oxigénio não funciona somente como estimulador de corrosão podendo agir ate certo ponto
como protetor, pois é capaz de reagir direitamente com a superfície do metal formando
camada de oxido protetor como por exemplo Cr2O3, Al2O3, e TiO2 que retardara o contacto
do metal com o meio e pode formar uma partícula de oxigénio absorvida sobre o material
metálico, tomando o metal passivo.

6.4. Natureza química do produto de corrosão

O produto de corrosão será formado pelos iões resultantes das reações anódicas e catódicas.

Mn+ + nOH M(OH)n

Exemplificando com Ferro, Zinco, Alumínio, tem-se:

 Reações anódicas

Fe Fe2+ 2e-

Zn Zn2+ + 2e-

Al Al3+ + 3e-

 Produtos de corrosão

Fe2+ + 2OH- Fe(OH)2


17

Zn2+ + 2OH- Zn(OH)2

Al3+ + 3OH- Al(OH)3

Esses produtos insolúveis ocorrem no caso de meios neutros ou básicos; já no caso de meios
ácidos ocorrem a formação de sais solúveis, cloretos e sulfatos, se os ácidos forem clorídrico e
sulfúrico respetivamente.

Considerando se o caso de ferro imerso em solução aquosa de NaCl como um eletrólito,


podem-se admitir as reações:

 Ânodo

Fe Fe2+ + 2e-

 Cátodo

1
H2O + O2 +2e- 2OH-
2

Os iões metálicos, de Fe2+, migram em direção ao cátodo e os iões hidroxilos, OH -, migram


em direção ao ânodo, e numa região intermediária esses iões se encontram formando o
hidróxido de ferro II Fe(OH)2 ou hidróxido de ferroso.

Fe2+ + 2OH- Fe(OH)2.

Verifica-se então, que na corrosão eletroquímica o metal se oxida num lugar, o oxidante se
reduz em outro e o produto da corrosão se forma em regiões intermediarias, não apresentando
características protetoras.
18

7. Conclusão

Apos a realização do trabalho, concluiu-se que a corrosão é a determinação de um material,


geralmente metálico por ação química e eletroquímica do meio ambiente associado ou não a
esforço mecânico. A deterioração causada pela interação físico-químico entre o material e o
seu meio operacional, representa a alterações prejudiciais, indesejáveis sofrida pelo material,
tais como, desgaste, variações químicas ou modificações estruturais tornando inadequado para
uso.

No desenvolvimento do trabalho, encontramos classificação de corrosão segundo o meio e


segundo a morfologia, onde vimos que classificação segundo o meio corrosivo temos:
Corrosão atmosférica, e segundo a morfologia encontramos: Corrosão por Esfoliação,
corrosão filiforme, corrosão intragranular, corrosão em frestas, corrosão putiforme, corrosão
alveolar, corrosão uniforme, corrosão em placas.
19

8. Bibliografia

GLINKA, N. Quimica geral; Mir Moscovo; 1988.

GENTIL Vicente; Corrosão; 5ed; Rio de Janeiro; LTC; 2007.

Você também pode gostar