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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

PEDRO HENRIQUE FELIX FERNANDES

FORMAS DE CORROSÃO

Recife, PE

2023
SUMÁRIO

1 Introdução
1.1 Contexto
1.2 Justificativa
1.3 Relevância

2 Abordagem Teórica
2.1 Importância da corrosão para o setor industrial
2.2 Formas de corrosão

3 Considerações Finais
Introdução

1.1 Contexto

A corrosão é um processo que corresponde ao inverso dos processos


metalúrgicos de obtenção do aço. As reações de corrosão são
espontâneas. Isto significa que estas reações acontecem nas condições
normais do ambiente e com os componentes encontrados no ar e no
meio ambiente. Então, em outras palavras, corrosão é a deterioração do
aço pela ação química ou eletroquímica do meio.
A corrosão é um processo oposto ao processo metalúrgico onde se observa
a volta espontânea do aço à forma em que foi encontrado na natureza:
combinado com o oxigênio. Nas metalúrgicas a energia é adicionada para a
formação do aço.

1.2 Justificativa

A corrosão é um tema de suma importância para quem lida com materiais


sujeitos a esse processo. É importante entender essa reação química e,
principalmente, saber evita-la com uma boa prevenção.

1.3 Relevância

Os problemas de corrosão são frequentes e ocorrem nas mais variadas


atividades, como por exemplo nas indústrias química, petrolífera, petroquímica,
naval, de construção civil, automobilística, nos meios de transportes aéreo,
ferroviário, metroviário, marítimo, rodoviário e nos meios de comunicação,
como sistemas de telecomunicações, na odontologia (restaurações metálicas,
aparelhos de prótese), na medicina (ortopedia) e em obras de arte como
monumentos e esculturas.
As perdas econômicas que atingem essas atividades podem ser classificadas
em diretas e indiretas.
São perdas diretas: 1) os custos de substituição das peças ou
equipamentos que sofreram corrosão, incluindo-se energia e mão de obra;
2) os custos e a manutenção dos processos de proteção (proteção catódica,
revestimentos metálicos e não metálicos, pinturas etc.).
As perdas indiretas são mais difíceis de avaliar, mas um breve exame das
perdas típicas dessa espécie conduz à conclusão de que podem totalizar
custos mais elevados que as perdas diretas e nem sempre podem ser
quantificados.
São perdas indiretas:
1) paralisações acidentais: para a limpeza de trocadores de calor ou
caldeiras;
2) perda de eficiência: diminuição da transferência de calor através de
produtos de corrosão em trocadores de calor;

2.1 Abordagem teórica

 1 A) Conceito corrosão

A corrosão é um processo que corresponde ao inverso dos processos


metalúrgicos de obtenção do aço. As reações de corrosão são espontâneas.
Isto significa que estas reações acontecem nas condições normais do ambiente
e com os componentes encontrados no ar e no meio ambiente. Então, em
outras palavras, corrosão é a deterioração do aço pela ação química ou
eletroquímica do meio.
A corrosão é um processo oposto ao processo metalúrgico onde se observa a
volta espontânea do aço à forma em que foi encontrado na natureza:
combinado com o oxigênio. Nas metalúrgicas a energia é adicionada para a
formação do aço.
2.2 Importância da corrosão para o setor industrial

Os processos corrosivos estão presentes em todos os locais e a todo instante


da nossa vida diária. Diversas atividades enfrentam o problema de corrosão:
indústrias químicas, petroquímicas, naval, construção civil, automobilística; nos
meios de transportes aéreo, ferroviário, marítimo, rodoviário; sistemas de
telecomunicações; e até na odontologia e na medicina. Como exemplo, na
odontologia o uso de metais na correção da arcada dentária exige material
resistente a saliva, alimentos ácidos ou alcalinos e algumas solicitações
mecânicas; para evitar a corrosão.
Sem um sistema eficiente para controlar e acompanhar os diversos tipos de
corrosão de metais, inevitavelmente uma empresa vai se deparar com as
sequelas que ela vai gerar, vou citar algumas:
Segurança: corrosão localizada que resulta em fraturas repentinas de partes
críticas de equipamentos, aviões, pontes; causando perdas materiais e também
de vidas humanas;
Interrupção de comunicações: corrosão em cabos telefônicos e em sistemas de
telecomunicações;
Preservação de monumentos de valor histórico: a corrosão atmosférica
acelerada pelos poluentes atmosféricos como óxidos de enxofre que formam
ácidos sulfurosos e sulfúricos, componentes das chuvas ácidas, que atacam
não só os materiais metálicos, mas também ocasionam a deterioração de
materiais não metálicos como mármore e argamassa usado em obras de
grande importância histórica.
Estima-se que uma parcela superior a 30% *do aço produzido no mundo, seja
usada para reposição de peças, partes de equipamentos e instalações
deterioradas pela corrosão.
Portanto, a importância do estudo da corrosão e proteção dos metais está
focada em:
Viabilizar economicamente as instalações industriais construídas com materiais
metálicos;
Manter a integridade física dos equipamentos e instalações industriais;
Garantir a máxima segurança operacional, evitando paradas não programadas
e redução do lucro e garantir a máxima segurança industrial, evitando
acidentes e poluição ambiental.
2.3 Formas de corrosão

 2 B) Formas de Corrosão - Desenho esquemático

 Corrosão uniforme: quando a corrosão


se processa de modo uniforme na superfície
atacada, ocorrendo perda uniforme de
espessura.

 Causa - devido à micro pilhas de ações


localizadas e gera uma perda de material homogênea em toda a
superfície.

 Ocorrência - ocorre com intensidade equivalente ao longo de toda a


superfície de um material exposta ao meio corrosivo e gera uma
incrustação ou um depósito, causando perda uniforme de espessura
 Como evitar - a aplicação de revestimentos de alumínio sobre
superfícies metálicas. Ele forma uma camada de óxido proporcionando
uma barreira que protege a superfície do mecanismo de corrosão

 Corrosão alveolar: Quando há corrosão localizada e com o aspecto


de crateras.

 Causa - causado pela presença de soluções de sais


halógenos.

 Ocorrência - ocorre em superfícies metálicas, produzindo sulcos ou


escavações, que são semelhantes a alvéolos, apresentando como
característica um fundo arredondado e uma profundidade geralmente
menor que o seu diâmetro.

 Como evitar - Aplicar revestimentos superficiais, como carboneto de


cromo e carboneto de tungstênio com cromo podem ser alternativas
muito interessantes pra proteger a superfície de peças contra a corrosão
alveolar.

 Corrosão por placas: É quando o produto de corrosão se forma em


placas que se desprendem. Se localizando na
superfície metálica e não em toda sua extensão.

 Causa - falta de manutenção, limpeza e lubrificação


adequada, como também a ausência de agentes
protetivos contra a ação da umidade e poeira

 Ocorrência - ocorre principalmente em metais que têm a propriedade de


formação de película protetiva.

 Como evitar - deve-se manter uma rotina de limpeza e lubrificação


regrada. Mas como forma mais simplificada, há a opção de aplicação de
revestimento que oferece outros benefícios, como aumento da vida útil
dos componentes.
 Corrosão por pite: Quando há corrosão localizada, mas com maior
intensidade e com profundidade maior que o
diâmetro do local de desgaste.

 Causa - a presença de íons agressivos, que


quebram a camada passivadora do metal.

 Ocorrência - materiais passiváveis, se caracteriza


pela ação dos halogenetos que causa o rompimento da passividade. A
dissolução local da película produz uma área ativa que diante do
restante passivado circundante, muito maior, produz uma corrosão muito
intensa e localizada.

 Como evitar - realizando um procedimento chamado passivação, que


consiste na aplicação de produtos químicos que formam uma camada
protetora na parte interna da tubulação.

A corrosão grafítica: é um tipo de corrosão que ataca


ferros com alto teor de grafita e que provoca a oxidação
dos grãos metálicos, deixando resíduo grafítico.

 Causa - dissolução seletiva do ferro resultando, na área


atacada da liga, uma massa porosa de grafita.

 Ocorrência - se processa em temperatura ambiente e é observável em


tubos de ferro fundido velhos. O ferro metálico é convertido em
produtos de corrosão, restando a grafite intacta. A área corroída fica com
um aspecto escuro, característico do grafite.

 Como evitar - revestir os tubos, internamente com argamassa de


cimento e externamente com um revestimento adequado por tubulações
enterradas.
 A dezincificação: é uma forma de corrosão
seletiva que ocorre nas ligas de latão com mais de
15% de zinco.

 Causa - migração do zinco na liga, restando uma


liga reduzida a um material avermelhado, poroso,
constituído de cobre quase puro e com baixa resistência mecânica

 Ocorrência - ocorre em ligas de cobre-zinco (latões), observando-se o


aparecimento de regiões com coloração avermelhada contrastando com
a característica coloração amarela dos latões. Admite-se que ocorre
uma corrosão preferencial do zinco, restando o cobre com sua
característica cor avermelhada

 Como evitar - Algumas formas empregadas para proteger as ligas de


Cu-Zn contra esse tipo de corrosão inclui a adição de elementos como
estanho, arsênico, antimômio e fósforo, que são tidos como inibidores da
dezincificação.

 Esfoliação: É um dos tipos de corrosão mais


encontrados em chapas. Ocorre paralelamente à
superfície metálica e é facilitado até mesmo pelo
trabalho mecânico. O material é desintegrado em
forma de placas paralelas ao reagir com o meio
ambiente.

 Causa - O material é desintegrado em forma de placas paralelas ao


reagir com o meio ambiente.

 Ocorrência - pode ocorrer em chapas ou componentes extrudados que


tiveram seus grãos alongados e achatados, criando condições para que
inclusões ou segregações, presentes no material sejam transformadas,
devido ao trabalho mecânico, em plaquetas alongadas

 Como evitar - deve-se manter uma rotina de limpeza e lubrificação


regrada.

 Filiforme – Este tipo de corrosão se processa sob a forma


de finos filamentos, mas não profundos, que se propagam em
diferentes direções e que não se cruzam. Ocorre geralmente
em superfícies metálicas revestidas com filmes poliméricos,
tintas ou metais ocasionando o deslocamento do revestimento.

 Causa - A corrosão se dá ao redor de uma falha na pintura ou


por atritos, cortes; geralmente em ambientes caracterizados
por elevada umidade.

 Ocorrência - Ocorre geralmente em superfícies metálicas revestidas com


tintas ou com metais, ocasionando o deslocamento do revestimento.

 Como evitar - Pode ser combatida pelo uso de revestimentos,


anodização e inibidores à base de cromato aplicados antes da pintura.

 Corrosão Intergranular: quando a corrosão se forma no contorno dos


grãos do metal.

 Causa - presença de carbonetos precipitados nos contornos


de grão do material base, que promovem o enfraquecimento
das regiões adjacentes aos contornos
 Ocorrência - enriquecimento ou empobrecimento do cromo nas áreas
dos contornos dos grãos. Na faixa de temperatura indicada o carbeto de
cromo se torna insolúvel e precipita. O cromo é então removido da
solução sólida em que se encontrava criando um gradiente de
concentração entre a região central da matriz e do contorno do grão

 Como evitar - submeter o material a um tratamento térmico de


solubilização, onde todas as partículas de carboneto de cromo são
redissolvidas em altas temperaturas; reduzindo o teor de carbono para
valores inferiores a 0,03%.

 Corrosão intransgranular: quando se dá em forma


de trincas que se prolongam pelo interior dos grãos do
metal.

 Causa - perda das propriedades mecânicas, gerando trincas, que podem


fraturar, podendo levar a corrosão.

 Ocorrência - se processa no interior dos grãos cristalinos de um material


metálico o qual, pela perda de suas propriedades mecânicas, assim
como no caso da corrosão intergranular, poderá sofrer uma fratura à
menor solicitação mecânica com efeitos muito mais significantes
comprando com a corrosão intergranular

 Como evitar - A forma mais comum de evitar este tipo de problema, é a


solubilização dos carbonetos durante um tratamento térmico.
 Empolamento pelo hidrogênio: O hidrogênio
acumulado passa da forma atômica a molecular e provoca o
aparecimento de altas pressões no interior da falha.

Causa - Hidrogênio em seu estado atômico, tem grande capacidade, e acaba


por se difundir em materiais metálicos.

Ocorrência - ocorre em falhas próximas à superfície, a deformação pode


provocar empolamentos, sendo comum denominar este processo de
empolamento pelo hidrogênio.

Como evitar - evitando que possa haver absorção de hidrogênio pelo metal.

Em torno do cordão de solda : é um tipo de


corrosão muito comum em torno das soldas. Aparece em
peças de aço que não estejam estabilizadas ou com taxas
de carbono superiores a 0,03

 Causa - exposição à alta temperatura.

 Ocorrência - Ocorre em aços inoxidáveis não estabilizados ou com


teores de carbono maiores que 0,03%, e a corrosão se processa
intergranularmente.

 Como evitar - aplicação de revestimento de Solda a Frio que tenha


resistência química e mecânica, em toda extensão do cordão e
preferencialmente, com uma área de cobertura maior em cada um dos
lados
Considerações Finais

Contudo, a corrosão é um tema de suma importância para quem lida com


materiais sujeitos a esse processo. É importante entender essa reação química
e, principalmente, saber evitá-la com uma boa prevenção. Com isso, o
comportamento de um material diante à corrosão deve ser amplamente
observada para evitar as consequências desta, pois os metais e as ligas
metálicas são utilizados pela sociedade moderna em grande escala. O material
não é o único responsável a intensificar a corrosão, sendo importante também
um estudo acerca do ambiente que cerca o material.
Referências bibliográficas

 GENTIL, Vicente. Corrosão. 6ed, 2011. Disponível em:


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IE/9BN8C42M/toaz.info-docsity-corrosao-gentilpdf-
pr_6586a8b4aa2507c1e446311708cb11d6[1].pdf
 DA LUZ, Ederson. TCC. MONITORAMENTO DA CORROSÃO NO AÇO CARBONO.
Lages-SC. 2018. Disponível em:
https://www.unifacvest.edu.br/assets/uploads/files/arquivos/25983-tcc-
ederson-gean-da-luz-eng.-mecanica-2018.pdf

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