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PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO

CURSO: TÉCNICO EM QUÍMICA


EMENTA
 Métodos de proteção anticorrosiva: fatores que aceleram ou retardam os processos
corrosivos; aspectos econômicos da resistência à corrosão; Inibidores de corrosão
metálica; ampliação da resistência à corrosão com uso de revestimentos protetores e pré-
tratamento de superfície; revestimentos protetores metálicos: metalização, cladização,
imersão a quente, eletrodeposição, cementação e deslocamento galvânico;

 Revestimentos protetores inorgânicos: revestimento com materiais vítreos e cerâmicos,


anodização, cromatização e fosfatização;

 Revestimentos protetores orgânicos: tintas, borrachas e plásticos; proteção catódica;


proteção anódica.

 Ensaios de corrosão: monitoramento da corrosão e diagnóstico de falha; ensaios de


laboratório e de campo.
ESTUDO DA CORROSÃO
 OBJETIVOS:

Proporcionar aos participantes do curso os conhecimentos


básicos sobre os processos corrosivos e os métodos para
sua prevenção, com ênfase aos revestimentos protetores
(metálicos, orgânicos, inorgânicos e compósitos),
enfocando os princípios de sua aplicação e os métodos de
inspeção.
DEFINIÇÃO DE
CORROSÃO
“DETERIORAÇÃO DE UM MATERIAL PELA AÇÃO QUÍMICA OU
ELETROQUÍMICA DO MEIO AMBIENTE ASSOCIADA, OU NÃO, A
ESFORÇOS MECÂNICOS”

 Os mecanismos de deterioração são diferentes para cada


tipo de material.
Como ocorre a corrosão?
 Processo inverso da metalurgia extrativa, em que o metal
retorna ao seu estado original.

Metalurgia
Minéri
o
ESQUEMA
O material metálico industrializado recebeu energia durante
processo metalúrgico

Corrosão - Vicente Gentil


A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA CORROSÃO

 Prevenir, no âmbito social...


 Acidentes (perda de vidas ou invalidez): queda de pontes e aviões, explosão de
caldeiras, vazamento de oleodutos, desabamentos de estruturas metálicas, etc;

 Insalubridade: causada por vazamentos de produtos tóxicos (líquido ou gás);

 Defesa do consumidor: produtos de consumo com durabilidade e desempenho


comprometidos pela ação da corrosão.

 Proteger a sociedade e o meio ambiente!


IMPORTÂNCIA EVOLUTIVA E SÓCIO-
ECONÔMICA DOS MATERIAIS

Materiais Idade da Pedra Materiais Idade do Bronze Materiais Idade do Ferro

 Os materiais são tão importantes no ciclo ascensão e declínio do homem que


chegou a nomear períodos da civilização.
MAS, QUAL É O CONCEITO DE MATERIAL ???

“Como materiais, designamos substâncias cujas propriedades as tornam


utilizáveis em estruturas, máquinas, dispositivos, produtos, ou até mesmo em
seres vivos.”

Há quatro categorias principais:

1. Metálicos,
2. Cerâmicos,
3. Poliméricos e
4. Compósitos (com características conjugadas).
PROBLEMAS CAUSADOS PELA CORROSÃO
 Econômico

 Perdas Diretas
São perdas em que os seus custos de substituição de peças,
deterioração de equipamentos e custos estão incluídos no
projeto (como mão de obra, energia, custo de manutenção do
processo).

Exemplo: Proteção Catódica, revestimentos orgânicos e etc.

 Perdas Indiretas
São perdas em que os seus custos não estão incluídos no
projeto.

Exemplos: como paralisação acidental e/ou para limpeza, perda


de produto, contaminação, contratação de terceiros, perda de
eficiência do equipamento e etc.
PROBLEMAS CAUSADOS PELA CORROSÃO

 Econômico (Aplicação)

 Estátuas de mármore atacadas por H2SO4 produzindo CaSO4:

CaCO3 + H2SO4 → CaSO4 + H2O + CO2

 Esculturas de bronze atacadas por H2SO4 (poluição) forma uma pátina


constituida de sulfato de cobre.
PROBLEMAS CAUSADOS PELA CORROSÃO

 Econômico (Aplicação)

Estátua da Liberdade: oxidação causada pela atmosfera marinha


(corrosão galvânica) entre o cobre e as estruturas de aço-carbono.

 custos: ≈ US$ 780 mil


(em 5 meses de restauração)
PROBLEMAS CAUSADOS PELA CORROSÃO
 Ecológico

Preservação das reservas minerais.

Produção adicional destes metais para a reposição do que está


sendo deteriorado.

Contaminação dos efluentes com os produtos de corrosão.

Contaminação dos efluentes com os produtos da linha de


processo.
RESERVAS MINERAIS
 Calcula-se que 20% do ferro produzido é para repor o ferro que foi
enferrujado.
MINÉRIO DE Fe CARVÃO

Aço-carbono
RESERVAS MINERAIS
 Erosão
 Esgotamento
Mineração no Pará

.
MECANISMOS CAUSADORES DE FALHA EM PLANTAS
INDUSTRIAIS
Mecanismo %
Corrosão 29

Corrosão em alta temperatura 7

Cor. sob tensão/ fadiga combinada 6


com cor./ fragilização por H2

Fadiga 25

Fratura frágil 16

Sobrecarga 11
EXPLOSÃO DE CALDEIRA LTDA. (Curitiba – PR) DATA: 27/10/2000
Fluência 3 • MORTES: 02
• FERIDOS:8
Desgaste, abrasão e erosão 3 • PERDAS: U$ 100 mil
PROBLEMAS CAUSADOS PELA CORROSÃO
NAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
®Resistência Mecânica

Propriedade que depende fortemente da estrutura, pois é a força resultante da


aplicação de uma força sobre um material.

®Elasticidade

Propriedade intrínseca do material onde o mesmo tem a capacidade de sofrer


deformações reversíveis. Depende de 2 parâmetros:

I. rigidez das ligações atômicas


II. densidade das ligações
®Ductilidade

É a quantidade de deformação que um material pode sofrer através de tensões até


a sua ruptura.
LADO POSITIVO DA CORROSÃO
Oxidação de aço inoxidável (formação de película protetora do Cr2O3) e de
titânio (forma-se TiO2 );

Anodização do Al ou ligas (oxidação de peças de Al) formando Al2O3, protetor,


conferindo aspecto decorativo;

Fosfatização de superficies metálicas  permite melhor aderência à tintas


(tratamento com solução contendo ácido fosforico e íons de ferro e zinco);

Proteção catódica para aço carbono em instalações submersas ou enterradas


(formação de pilha galvânica no qual o material – aço carbono – é o material
protegido).

Purificação de metais; extração de metais de seus minérios; utilização de metais


de sacrifício ou eletrodos para proteção.
CASOS CURIOSOS DE CORROSÃO
 Corrosão sob tensão fraturante em válvulas de latão:
 Amônia de urina de ratos (presentes na área de estocagem);
 Solução: mudança de embalagem e locais de estocagem.

Corrosão nos flanges de aço-carbono de painéis de automóveis (EUA,


exportados para Japão):
 Elevada concentração de cloreto (acima da água comum ou do mar encontrada
durante transporte marítimo);
 Urina de gatos que habitavam na área de estocagem;
 Solução: remover os gatos.
CASOS CURIOSOS DE CORROSÃO

Corrosão de estrutura metálicas de pilares e paredes de concreto


(desagregação) de edificações:
Contato de urina humana (NH4Cl reage com Ca(OH)2);
Solução: aplicação de protetores.

Corrosão associada à bulimia:


Perfuração em tubulação de lavatório de banheiro feminino em uma faculdade
mexicana;
Produto: presença de cloreto de ferro e meio ácido;
Causa: HCl (suco gástrico) eliminado por vômitos.
CORROSÃO

 Corrosão é uma processo espontâneo por ação química ou


eletroquímica na superfície.
 A corrosão é provocada por uma reação química, pelo que a velocidade com
que decorre o processo de corrosão vai depender da temperatura,
concentração de reagentes e produtos, para além de outros fatores, tais
como esforços mecânicos e erosão.
 Os materiais não metálicos, como cerâmicos e polímeros, podem sofrer
ataques químicos diretos, devido à ação de solventes ou outros agentes
corrosivos. A maioria dos casos de corrosão deve-se contudo ao ataque
químico de metais por via eletroquímica.

 Apesar da estreita relação com os metais, esse fenômeno ocorre em outros


materiais, como concreto e polímeros orgânicos, entre outros.
CORROSÃO
CORROSÃO

CORROSÃO CORROSÃO

QUÍMICA ELETROLÍTICA

CORROSÃO
ELETROQUÍMICA

 A corrosão é um processo IRREVERSÍVEL!!!


CORROSÃO
CORROSÃO CORROSÃO CORROSÃO
QUÍMICA ELETROQUÍMICA ELETROLÍTICA

METAL OU
METAL OU
QUALQUER LIGA
LIGA
MATERIAL
ELETRÓLITO
ELETRÓLITO
QUALQUER
MEIO LIGAÇÃO
LIGAÇÃO ELÉTRICA
ELÉTRICA

INDIFERENT PROCESSO
E PROCESSO NÃO-
ESPONTÂNEO ESPONTÂNEO
CONSIDERAÇÕES GERAIS

Todos os metais estão sujeitos a corrosão se o meio for suficientemente


agressivo:
•Au, Pt  água régia (HCl e HNO3)
•Aços inoxidáveis  íons cloretos
•Al  HCl, bases fortes, Hg
•Ti  ácido fluorídrico (HF)
•Cu e ligas  soluções amoniacais, HNO3
Possibilidade de uso do material requer estudo do conjunto material
metálico, meio corrosivo e condições operacionais.

CORROSÃO = OXIDAÇÃO  ESTUDO DE ELETROQUÍMICA!


CORROSÃO (OXIDAÇÃO)

 EM TERMOS DE OXIGÊNIO
 Oxidação é o ganho de oxigênio por uma substância enquanto a
Redução é a retirada de oxigênio de uma substância

Exemplos:

2Fe + O2  2FeO (1)

4Al + 3O2  2Al2O3 (2) Oxidação

2CO + O2  2CO2 (3)

WO3 + 3H2  W + 3H2O (4)


Redução
Fe2O3 + 3C  2Fe + 3CO (5)
CORROSÃO (OXIDAÇÃO)
 EM TERMOS DE ELÉTRONS
 Oxidação é a perda de elétrons por uma espécie química enquanto a
Redução é o ganho de elétrons por uma espécie química.

 Exemplos:
Oxidação do Fe: Fe  Fe+2 + 2e

Redução do Cl: Cl2 + 2e  2Cl-

 Perda ou ganho de elétrons: mudança das propriedades das substâncias


Ex.: um metal oxidado/corroído perde resistência

 Equação geral da oxidação de metais:

Metal  Íon + número de elétrons perdidos


CORROSÃO (OXIDAÇÃO)
 EM TERMOS DE NOX
 Oxidação é o aumento algébrico do NOX enquantoa Redução é a diminuição
algébrica do NOX

 Representação: Redução
NOX … -5 -4 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 +5 …
Oxidação

 NOX: número de elétrons que o átomo perde ou ganha na ligação iônica, ou que
perderia ou ganharia numa ligação covalente, se fossem transferidos para um átomo
mais eletronegativo
CORROSÃO (OXIDAÇÃO)
 COMPARAÇÃO DOS CONCEITOS
 Em termos de oxigênio: o conceito é restrito a participação do oxigênio;
 Em termos de elétrons: amplo – grande utilidade no estudo da corrosão;
 Em termos de NOX: geral – não se fixa em oxigênio nem elétrons.

Exemplo:

 Melhor entendimento dos conceitos – Combustão do magnésio:


2Mg + O2  2MgO
Mg  Mg+2 + 2e (perda de elétrons)
½O2 + 2e  O-2 (ganho de elétrons)

Mg: de 0 para +2 (oxidação)  agente redutor


NOX:
O: de 0 para -2 (redução)  agente oxidante
CORROSÃO (OXIDAÇÃO)
 RESUMO
MATERIAIS

 METÁLICOS
 Combinações de elementos metálicos, por exemplo ligas, soluções sólidas.

 Apresentam condutividade de calor e eletricidade excelente.

 São resistentes, porém deformáveis, sendo assim, apropriados para aplicações


estruturais.

 Entre 5000 e 3000 a.C., o homem desenvolveu o forno de alta temperatura e


aprendeu a fundir os metais.

 Foram inventados então ferramentas para dominar os animais e auxiliar na


agricultura, como o arado e a carroça.
FOCO NOS PRINCIPAIS METAIS:

• COBRE (Cu) 4500 a.C.

 O primeiro metal a ser utilizado parece ter sido o Cobre no estado nativo. Na temperatura ambiente é duro e
resistente. Utilizado na confecção de instrumentos de caça e defesa.

• BRONZE (Sn-Cu) 2000 a.C.

 Liga de estanho e cobre, o bronze substitui o cobre na construção de itens maiores, por ser mais resistente e menos
quebradiço. Além disso, ele se mantinha afiado. Ferramentas, armaduras e armas feitas de bronze também eram
mais baratas e duráveis.

• FERRO (Fe) 1000 a.C.

 O ferro começa a substituir o bronze em vários lugares, para diferentes propósitos. Novamente, havia um
material mais resistente e menos quebradiço do que o usado anteriormente. A capacidade de se manter afiado do
ferro era muito maior do que a do bronze.

 O ferro se mantém importante até hoje para a indústria, e é o componente principal para a indústria do aço.
FOCO NOS PRINCIPAIS METAIS:

• AÇO (Fe-C) Idade do aço: 1856 d.C.

 O desenvolvimento de técnicas para produzir aço eram interessantes por este ser menos frágil e mais resistente à
corrosão do que o ferro.

• ALUMÍNIO (Al) 1825 d.C.

 Metal cinza prateado, o alumínio tem um enorme número de usos e aplicações.

 Não se oxida, é mais leve do que o cobre (e quase tão efetivo na transmissão elétrica), e é macio o suficiente para
facilmente ser moldado.
MATERIAIS
 CERÂMICOS
 Combinações de metais com elementos não metálicos, os cerâmicos são muito duros, porém frágeis.

 Os principais tipos são os óxidos, nitretos e carbetos, e pertencem a este grupo os argilo-minerais, cimento e
vidros.

 São tipicamente isolantes térmicos e elétricos (ao contrário dos metais), e são mais resistentes a ambientes
corrosivos do que metais e polímeros.

 Na segunda metade do século XIX houve um avanço importante no que se refere aos vidros: o desenvolvimento de
lentes modernas e instrumentos óticos.

 Hoje, vemos o avanço com o uso de fibra de vidro para materiais reforçados e fibra ótica para a transmissão de
informações.

 Os vidros inorgânicos são amorfos, tem propriedades isotrópicas, são transparentes à luz visível, são isolantes
térmicos e elétricos.
MATERIAIS
Cerâmica Avançada
 Elas suportam temperaturas que fundiriam o aço e resistem à maioria dos corrosivos químicos. Mas elas ainda
têm um problema industrial: elas são quebradiças.

 São utilizadas na construção de gigantescos motores, projetados para movimentar usinas geradoras de energia
elétrica, deverão queimar combustível a temperaturas acima de 1.200° C, bem acima da tolerância dos metais,
inclusive das superligas metálicas de última geração.
MATERIAIS
 POLIMÉRICOS
 Plásticos, borrachas e resinas.

 Para se ter uma ideia da idade dos polímeros e da sua


utilidade até hoje basta citarmos um exemplo: o verniz.

 A Ford anunciou em agosto de 2006 um projeto com


investimento milionário, devido aos acidentes ocorridos
com o modelo EcoSport, fabricado pela empresa.

Após alcançar determinada velocidade, um de seus


componentes se deformava em consequência da pressão
aerodinâmica exercida, provocando assim o capotamento
do veículo. Tal componente se tratava de um polímero.
MATERIAIS
• POLÍMEROS NATURAIS

 Os polímeros naturais são: a borracha; os polissacarídeos, como celulose, amido e glicogênio; e as


proteínas.

• POLÍMEROS SINTÉTICOS

 Os polímeros sintéticos são sintetizados quimicamente, em geral, de produtos derivados de petróleo.


MATERIAIS
MATERIAIS

 COMPÓSITOS
 Compósitos são materiais de moldagem estrutural, formados
por uma fase contínua polimérica (matriz) e reforçada por uma
fase descontínua (fibras).

 A fase polimérica é geralmente composta por uma resina


termofixa do tipo poliéster insaturada dissolvida em solvente
reativo.

 Engenheiros, técnicos, procuram cada vez mais os compósitos


como solução para seus projetos de engenharia.

 Estados Unidos, Japão, Canadá, Europa e Brasil, têm no


compósito um mercado em franca expansão.
CARACTERÍSTICAS DOS COMPÓSITOS
• LEVEZA E FACILIDADE DE TRANSPORTE

 amplamente utilizados nos setores de aeronáutica, naval, automobilístico e outros.

• RESISTÊNCIA QUÍMICA

 Os compósitos apresentam excepcional inércia química, o que permite sua utilização em uma ampla gama de
ambientes agressivos quimicamente.

• RESISTÊNCIA ÀS INTEMPÉRIES

 Umidade, vento, sol, oscilações térmicas tem baixa ação prejudicial sobre os compósitos

• FLEXIBILIDADE ARQUITETÔNICA

 Os compósitos têm uma grande vantagem sobre outros materiais estruturais, pois moldes com formas complexas
são facilmente adaptáveis aos processos em utilização.

• DURABILIDADE

 O compósito, devido à sua composição e ao crosslinking polimérico formado durante o processo de moldagem,
CARACTERÍSTICAS DOS COMPÓSITOS
• FÁCIL MANUTENÇÃO

 Os compósitos além de sua longevidade tradicional, apresentam fácil e simples técnicas de reparo e manutenção.

• RESISTÊNCIA MECÂNICA

 Os compósitos apresentam uma excelente resistência mecânica que possibilita a sua utilização em aplicações no
setor de aeronáutica, naval, automobilístico e outras.

• FEITO SOB MEDIDA

 Decidir pela utilização de um compósito é ter à sua disposição a possibilidade de resolver seus problemas de
engenharia com um produto feito sob medida, isto é, um produto fabricado na medida certa e exata de sua
necessidade.
COMPÓSITOS AVANÇADOS
* Biomateriais *
 Biomaterial é definido como todo material utilizado para substituir - no todo ou em parte - sistemas biológicos.

 Associados à biomateriais envolve aproximadamente 35 bilhões de dólares anuais. Além disso, tal mercado
apresenta uma taxa de crescimento de 11% ao ano. (EUA e Europa)

 Observa-se uma enorme necessidade de desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro na área de biomateriais
como forma de atender às necessidades de melhoria da saúde.

 A equipe de trabalho nesta área deve conter profissionais de áreas bastante distintas como engenharia de
materiais, médicos e odontólogos, biólogos, etc.
COMPÓSITOS AVANÇADOS
** Semicondutores**
 Semicondutores são sólidos cristalinos de condutividade elétrica intermediária entre condutores e isolantes.

 Seus componentes isolantes para terem sua alta resistividade reduzida e controlada ao acrescidos de diminutas
quantidades de átomos “impuros” num processo chamado dopagem.

 Um semicondutor é considerado isolante, exceto pela impureza constituinte do material que faz a energia necessária
para libertar alguns elétrons ser menor.

 Essa necessidade de se trabalhar com variações de temperatura faz com que a resistividade dos semicondutores
diminua com o aumento da agitação molecular do material.

 Os principais componentes de “impureza” na produção dos semicondutores são o silício (Si) e o germânio (Ge).
CLASSIFICAÇÃO DA CORROSÃO
• Oxidação Direta
Classificação • Corrosão
primária eletroquímica

• Uniforme
Quanto à • Localizada
morfologia • Seletiva Inter/transgranular

• Galvânica
Quanto à • Aeração diferencial
fenomenologia • Corrosão-erosão
• Corrosão fadiga
• Corrosão sob tensão
• Corrosão atmosférica
• Corrosão microbiológica
• Ataque pelo hidrogênio
MECANISMOS BÁSICOS DA CORROSÃO
Por que Corrói?
Interação: Material x Meio x Condições Operacionais

I. Mecanismo químico:
Inerente a presença de solução aquosa;
Em alta temperatura, gases em ausência de umidade;
Em solventes orgânicos isentos de água;
Corrosão de materiais não metálicos.

II. Mecanismo eletroquímico:


Em água ou soluções aquosas;
Corrosão Atmosférica, no Solo, em Sais fundidos.
A principal diferença entre elas é a ocorrência do
deslocamento de elétrons que só ocorre na corrosão
eletroquímica.
MECANISMOS BÁSICOS DA CORROSÃO
Por que Corrói?
Interação: Material x Meio x Condições Operacionais

I. Mecanismo químico:
MECANISMOS BÁSICOS DA CORROSÃO
Por que Corrói?
Interação: Material x Meio x Condições Operacionais

II. Mecanismo eletroquímico:


APLICAÇÕES PRÁTICAS
DUPLO PAPEL DO OXIGÊNIO
MEIOS CORROSIVOS
 PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS
Todos esses meios podem ter características ácidas, básicas ou neutra e podem ser
aeradas.

 Atmosfera (poeira, poluição, umidade, gases:CO, CO 2,


SO2, H2S, NO2,...)
 Água (bactérias dispersas: corrosão microbiológica;
chuva ácida, etc.)
 Solo (acidez, porosidade)

 Produtos químicos

Um determinado meio pode ser extremamente


agressivo, sob o ponto de vista da corrosão, para um 2
determinado material e inofensivo para outro.
MEIOS CORROSIVOS
RELAÇÕES INADEQUADAS METAL/MEIO
A intensidade do processo corrosivo
depende da relação material/meio

Metal Meio
Aço-Carbono Água do Mar
Aço Inoxidável HCl, H2S, SO3
Alumínio HCl, NaOH, SO3
Magnésio HNO3
Cobre HCl, NH3
Titânio H2SO4, H2O2 conc, SO3
Prata
HCl concentrado
Ouro FeCl3
Platina
HNO3 fumegante
MEIOS CORROSIVOS
 Atmosfera
O ar contém umidade, sais em suspensão, gases industriais, poeira, etc. O eletrólito
constitui-se da água que condensa na superfície metálica, na presença de sais ou
gases presentes no ambiente. Outros constituintes como poeira e poluentes diversos
podem acelerar o processo corrosivo;

A ação corrosiva da atmosfera depende fundamentalmente dos fatores:

Umidade relativa
Substâncias poluentes
Temperatura
Tempo de permanência do filme de eletrólito na superfície metálica
Direção e velocidade dos ventos
Observações gerais da corrosão atmosférica

 No ínicio da corrosão, a sua velocidade depende da composição da


atmosfera

 Quando se forma o produto de corrosão, o material passa a se corroer numa


velocidade que depende da composição da material e do produto de
corrosão

 Em atmosferas poluídas, a velocidade de corrosão depende da composição


do material metálico

 As chuvas podem ter uma ação benéfica em atmosferas poluídas


 Em atmosferas poluídas, é conveniente o emprego de revestimentos
protetores
MEIOS CORROSIVOS
 Atmosfera
MEIOS CORROSIVOS
 Atmosfera
As atmosferas podem ser classificadas:
I. Atmosfera industrial

Principal característica contaminação por compostos de enxofre (SO2)


 Amônia
 Sólidos particulados
MEIOS CORROSIVOS
 Atmosfera
II. Atmosfera marinha

Principal característica contaminação por partículas salinas de cloreto de


sódio (NaCl).

 Outros elementos presentes são os íons de K, Mg, Ca que são


altamente higroscópicos.
 O íon cloro é agressivo aos aços inoxidáveis provocando
corrosão por pite.
MEIOS CORROSIVOS
 Atmosfera
III. Atmosfera rural

Não contêm contaminantes químicos fortes mas pode conter poeiras


orgânicas e inorgânicas e elementos gasosos como O2 e CO2 .

 Umidadeprovoca condensação por ciclo (noite/dia).


 Composto de nitrogênioformação de amônia proveniente de
fertilizantes.
MEIOS CORROSIVOS
 Umidade relativa
 Relação entre o teor de vapor d’água encontrado no ar o o tero máximo
que pode existir no mesmo, nas condições consideradas, é expressa
em porcentagem.

 A influência da umidade na ação corrosiva da atmosfera é acentuada

 Ferro
 baixa umidade relativa – praticamente não sofre corrosão
 60% umidade relativa – processo corrosivo lento
 70% umidade relativa – processo corrosivo acelerado
MEIOS CORROSIVOS
 Classificação da corrosão atmosférica segundo a
umidade relativa
 Corrosão atmosférica seca – ocorre em atmosfera isenta de umidade.
Ex – endurecimento de prata ou cobre por formação de Ag 2S e CuS,
em presença de H2SO4

 Corrosão atmosférica úmida – ocorre em atmosferas com umidade


relativa menor de 100%. Tem-se um filme fino de eletrólito sobre a
superfície metálica

 Corrosão atmosférica molhada – umidade relativa está perto de 100%


e ocorre condensação na superfície metálica
MEIOS CORROSIVOS
 Substâncias Poluentes
Particulados
Deposição de materiais não metálicos – não atacam o metal, porém, podem criar
condições de aeração diferencial, causanbdo corrosão localizada. Ex – sílica

Deposição de substâncias que retêm umidade – são higroscópicas – aceleram o


processo corrosivo. Ex – cloreto de cálcio

Deposição de sais que são eletrólitos fortes – Ex – sulfato de amônio, cloreto de sódio

Deposição de materiais metálicos – se o material metálico depositado for de natureza


química diferente – gerando uma pilha.

Deposição de partículas sólidas – embora inertes para o metal, podem reter sobre a
superfície metálica gases corrosivos existentes na atmosfera Ex – carvão
MEIOS CORROSIVOS

 Substâncias Poluentes
Gases
Atmosfera – mistura de gases ( oxigênio, nitrogênio,
monóxido de carbono, dióxido de carbono, dióxido de enxofre,
ozônio, amônia, etc)

A presença destes gases está associada aos diferentes tipos


de indústrias, bem como combustíveis fósseis.
MEIOS CORROSIVOS
 Águas naturais
 Contaminantes presentes em águas naturais:

 Gases dissolvidos
 Sais dissolvidos
 Matéria orgânica
 Sólidos suspensos
 Bactériais, limos e algas
MEIOS CORROSIVOS
 Águas naturais
 Água do mar

O ambiente marinho é o mais corrosivo de todo os meios naturais, (muito


utilizado, bombas, tubulações, submarinos, cais, estacas e plataformas).
MEIOS CORROSIVOS
 Águas naturais (Água do Mar)
 O Porque de ser tão contaminante????

Contém 3,4% de sais dissolvidos e seu ph (~8) é levemente alcalino.



Bom eletrólito

Cor. Galvânica e Cor. Em frestas
MEIOS CORROSIVOS
 Solos
Os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias. Alguns solos apresentam
também, características ácidas ou básicas.

 O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos.

 Fatores que influenciam a corrosão no solo:


 Tomada da amostra – umidade, pH, condições climáticas, heterogeinidade
do solo

 Características físico- químicas – presença de água, gases, acidez, pH

 Condições operacionais – fertilizantes, despejos industriais, profundidade.


MEIOS CORROSIVOS
 Produtos Químicos
 Os produtos químicos, desde que em contato com água ou
com umidade e formem um eletrólito, podem provocar
corrosão eletroquímica.

 Em equipamentos usados em processos químicos deve-se


levar em consideração duas possibilidades:

 Deterioração
do material metálico
 Contaminação do produto químico
MEIOS CORROSIVOS
 Produtos Químicos
 Produtos alcalinos (NaOH) podem ser armazenados em
recipientes de aço- carbono, mas não em alumínio, zinco,
estanho e chumbo.
 Produtos ácidos devem ser embalados em recipientes
plásticos, não em vidros.
MEIOS CORROSIVOS/CONDIÇÕES OPERACIONAIS
 Temperatura

 Se for elevada irá diminuir a possibilidade de condensação de vapor d’água na superfície


metálica e a adsorção de gases, minimizando a possibilidade de corrosão.

 Velocidade dos ventos

 Podem arrastar, para as superfícies metálicas, agentes poluentes e névoa salina.

 Dependendo da velocidade e da direção dos ventos, esses poluentes podem atingir instalações
posicionadas até em locais bem afastados das fontes emissoras.

 Insolação

 (raios ultravioletas) causa deterioração em películas de tintas a base de resina epóxi e em PRFV
(plástico reforçado com fibra de vidro, como poliéster reforçado com fibra de vidro) e ocasiona
ataque no material plástico.
MEIOS CORROSIVOS

“Um determinado meio pode ser extremamente


agressivo, sob o ponto de vista da corrosão, para
um determinado material e inofensivo para
outro."

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