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PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO

CURSO: TÉCNICO EM QUÍMICA


CLASSIFICAÇÃO DA CORROSÃO
• Oxidação Direta
Classificação • Corrosão
primária eletroquímica

• Uniforme
Quanto à • Localizada
morfologia • Seletiva Inter/transgranular

• Galvânica
Quanto à • Aeração diferencial
fenomenologia • Corrosão-erosão
• Corrosão fadiga
• Corrosão sob tensão
• Corrosão atmosférica
• Corrosão microbiológica
• Ataque pelo hidrogênio
CLASSIFICAÇÃO DA CORROSÃO
• Oxidação Direta
Classificação • Corrosão
primária eletroquímica

I. QUÍMICA
II. ELETROQUÍMICA
III.ELETRÓLISE
CORROSÃO

A deterioração leva:
 Ao desgaste
Modificam as
 À variações químicas na composição
 À modificações estruturais propriedades
dos
Em geral, a corrosão é um processo espontâneo!
materiais

Deve-se então,

 Saber como evitar condições de corrosão severa.


 Proteger adequadamente os materiais contra a
I. CORROSÃO QUÍMICA
 Neste caso há reação direta com o meio corrosivo, sendo os casos
mais comuns a reação com o oxigênio (OXIDAÇÃO SECA), a
dissolução e a formação de compostos.

 Ausência de água;
 Temperaturas elevadas (acima do ponto de orvalho da água);
 Interação direta metal/meio.
I. CORROSÃO QUÍMICA
 Também conhecida como seca por não necessitar da água e ocorrer geralmente em
temperaturas elevadas, decorre do ataque de um agente químico diretamente sobre
o material, sem transferência de elétrons de uma área para outra.

 Ocorre devido à ação dos agentes poluentes sobre seus constituintes (cimento,
areia e agregados de diferentes tamanhos), ou seja, interação direta metal/meio.

 Um exemplo desse processo é a corrosão de zinco metálico em presença de ácido


sulfúrico:
I. CORROSÃO QUÍMICA
FATORES QUE PROVOCAM ESSE TIPO DE CORROSÃO

 Mecânicos: vibrações e erosão;

 Físicos: variação de
Temperatura;

 Biológicos: bactérias;

 Químicos, em geral ácidos e sais.


I. CORROSÃO QUÍMICA
Os processos corrosivos de natureza química ocorrem, normalmente, em
temperaturas elevadas (acima do ponto de orvalho da água) ?

Sim, visto que na temperatura ambiente o sistema não possui energia para
reação.

Pelo fato destes processos serem acompanhados de temperaturas elevadas,


são comumente conhecidos por processos de corrosão ou oxidação em altas
temperaturas.

A corrosão química é um produto da era industrial e ocorre em equipamentos


que trabalham aquecidos, tais como: fornos, caldeiras, unidades de processo,
etc.
I. CORROSÃO QUÍMICA
Placa de ferro, reagindo com sulfeto de hidrogênio (H 2S), na forma gasosa e na ausência de
umidade.
METAL
H2S
FERRO H2S
H2S O Mecanismo é caracterizado pela
ocorrência de uma reação química
H2S do metal com o agente corrosivo,
Fe H2 H2 sem que haja deslocamento dos
S elétrons envolvidos em direção a
H2 outras áreas.

Fe + H2S  FeS +
Inicialmente, ocorre a adsorçãoHdo2 gás (H S) na superfície do ferro e, posteriormente, o
2
ataque, formando uma película de sulfeto ferroso (FeS).
I. CORROSÃO QUÍMICA
 Ferro, cobre, cobalto, manganês – apresentam vários estados de oxidação,
formando camadas de óxidos com diferentes composições.
Exemplo: Fe ( T = 700ºC, p = 1atm )

Forma 3 óxidos diferentes


Camada 1: Fe2O3
Camada 2: Fe3O4
Camada 3: FeO
Camada 4: Fe
I. CORROSÃO QUÍMICA
 OXIDAÇÃO DO FERRO AO AR SECO
 Fe + ½ O2  FeO T= 1000 C

 3Fe + 2O2  Fe3O4 T= 600 C

 2Fe + 3/2 O2  Fe2O3 T= 400 C


I. CORROSÃO QUÍMICA
 A oxidação ao ar seco não se constitui corrosão eletroquímica porque não há
eletrólito (solução aquosa para permitir o movimento dos íons).
 Reação genérica da oxidação seca:
METAL + OXIGÊNIO  ÓXIDO DO METAL

 Geralmente, o óxido do metal forma uma camada passivadora que constitui uma
barreira para que a oxidação continue (barreira para a entrada de O2).
 Essa camada passivadora é fina e aderente.
 A oxidação só se processa por difusão do oxigênio
I. CORROSÃO QUÍMICA

Exemplos:

 Aço atacado por gases em


alto forno;
 Escapamento de gases;
 Processos petroquímicos.
Escapamento de gases Bicos injetores
II. CORROSÃO ELETROQUÍMICA
 A corrosão eletroquímica é um processo espontâneo, passível de ocorrer quando o metal
está em contato com um eletrólito, onde acontecem, simultaneamente, reações anódicas e
catódicas.
 Corrosão = região anódica (material) + região catódica (meio ou outra região do metal)
II. CORROSÃO ELETROQUÍMICA

As reações que ocorrem na corrosão eletroquímica envolvem


transferência de elétrons. Portanto, são reações anódicas e
catódicas (REAÇÕES DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO)
 Presença de água;
 Temperatura ambiente;
 Pilha de corrosão (anodo + catodo + conexão elétrica + eletrólito).

A corrosão eletroquímica envolve a presença de uma solução que


permite o movimento dos íons.
II. CORROSÃO ELETROQUÍMICA
II. CORROSÃO ELETROQUÍMICA
potencial
do eletrodo Cada eletrodo imerso em um meio
dd
p gera um potencial eletroquímico
eletrodo na interface material/meio
Meta
l

+ - - +
- -
+ +
- -
+ +
- -
+ +

Meta Eletrólit
Eletrólit l
o
o
II. CORROSÃO ELETROQUÍMICA
 TIPOS DE PILHAS OU CÉLULAS ELETROQUÍMICAS

 Pilha de corrosão formada por materiais de natureza química


diferente

 Pilha de corrosão formada pelo mesmo material, mas de


eletrólitos de concentração diferentes

 Pilha de corrosão formada pelo mesmo material e mesmo


eletrólito, porém com teores de gases dissolvidos diferentes

 Pilha de corrosão de temperaturas diferentes


II. CORROSÃO ELETROQUÍMICA

 Pilha de corrosão formada por materiais de natureza química


diferente: É também conhecida como corrosão galvânica

A diferença de potencial que leva à corrosão eletroquímica é


devido ao contato de dois materiais de natureza química
diferente em presença de um eletrólito.

Exemplo: Uma peça de Cu e outra de Ferro em contato com a


água salgada. O Ferro tem maior tendência de se oxidar que o
Cu, então o Fe sofrerá corrosão intensa.
II. CORROSÃO
ELETROQUÍMICA

SÉRIE GALVÂNICA
III. CORROSÃO ELETROLÍTICA
 A corrosão eletrolítica se caracteriza por ser um processo eletroquímico,
que se dá com a aplicação de corrente elétrica externa, ou seja, trata-se de
uma corrosão não espontânea.
 Esse fenômeno é provocado por correntes de fuga, também chamadas de
parasitas ou estranhas, e ocorre com freqüência em tubulações de petróleo
e de água potável, em cabos telefônicos enterrados, em tanques de postos de
gasolina, etc.

Furos em tubos de aço-carbono causados por esse tipo de corrosão


III. CORROSÃO ELETROLÍTICA

GALVANIZAÇÃO
• Consiste na superposição de um metal menos nobre
sobre o metal que será protegido;
• É uma técnica muita empregada, como no caso de
parafusos de ferro galvanizados com zinco
III. CORROSÃO ELETROLÍTICA
REVESTIMENTO DE UMA PEÇA
 Revestimento por cromo: “cromagem” ou “cromação”;

 Revestimento por níquel, dá-se o nome de “niquelagem” ou


“niquelação”;

 E ainda temos o zinco, o estanho, o magnésio, o ouro, o cobre,


a prata e etc..
III. CORROSÃO ELETROLÍTICA
 MELHORIAS PROVOCADAS PELA GALVANIZAÇÃO SOBRE OS MATERIAIS

 Proteção;
Melhora na condutividade;
 Auxílio na soldagem;
 Estética (aparência);
 Diminuição de atrito;
 Aumento da dureza superficial;
 Resistência à temperatura.
PRODUTOS DA CORROSÃO
Muitas vezes os produtos da corrosão são requisitos importantes na
escolha dos material para determinada aplicação.
Alguns exemplos onde os produtos da corrosão são importantes:

Os produtos de corrosão dos materiais usados para embalagens na


indústria alimentícia deve não ser tóxico como também não pode alterar
o sabor dos alimentos.
Pode ocorrer, devido a corrosão, a liberação de gases tóxicos e
inflamáveis (riscos de explosão)
Materiais para implantes de ossos humanos, implante dentário, marca-
passos, etc.
PRODUTOS DA CORROSÃO
 Eles podem ser insolúveis ou solúveis.

 Produtos solúveis
podem aumentar as taxas de corrosão, aumentando a condutividade do
eletrólito sobre a superfície metálica.
ou por agir higroscopicamente formando soluções quando a umidade
ambiental aumenta.

 Produtos insolúveis
podem reduzir a taxa de corrosão;
 Poe atuar como uma barreira entre a atmosfera e a superfície metálica.
CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS DE
CORROSÃO
Produtos solúveis: corrosão (estado ativo)
Produtos insolúveis: passivação (estado passivo)
(possibilidade de corrosão localizada)

 Não protetor
O produto de corrosão sólido mas não protetor.
- aço-carbono (óxidos: Fe2O3 ou FeO; hidróxidos: Fe(OH)2 ou Fe(OH)3)

 Protetor
Barreira que impede o contato entre o metal e o ambiente que o cerca
- óxido de cromo (Cr2O3), sobre aço inoxidável
- óxido de alumínio (Al2O3) que, além de protetor, confere aspecto decorativo
CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS DE
CORROSÃO

Fenômeno Denominação
Corrói com produtos de Estado ativo
corrosão solúveis no meio

Corrói com produtos de


corrosão insolúveis e Estado passivo
compactos
Corrói com produtos de
corrosão insolúveis não Estado ativo
compactos

Não corrói Estado imune


CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS DE
CORROSÃO

 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO


A formação de uma película quase impermeável sobre a superfície metálica
pode inibir ou impedir a continuação do processo corrosivo, a qual é
denominada de passivação.

Outros metais como cádmio, cobre, prata e zinco também estão sujeitos aos
mesmos mecanismos sendo representados pelas reações:

Cd + H2S (g)  CdS + H2


Cu + H2S (g)  CuS + H2
Zn + H2S (g)  ZnS + H2
2 Ag + H2S (g)  Ag2S + H2
CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS DE
CORROSÃO

 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO


A fixação do oxigênio à superfície de um metal exposto a uma atmosfera de
oxigênio molecular resulta da competição de 3 processos:
1) Absorção de um filme de oxigênio atômico sobre a superfície metálica;
2) Absorção de oxigênio molecular sobre a face externa do filme anterior;
3) Película de óxido proveniente da reação de oxidação (mais acentuado em
temperaturas elevadas).

É necessário que haja o fenômeno de difusão através da película de óxido para


que o crescimento da película possa ocorrer.
CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS DE
CORROSÃO
 DIFUSÃO

 Zonas de crescimento das películas:


I. Difusão simultânea;
II. Difusão através do metal;
III. Difusão através da película.
CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS DE
CORROSÃO
 Características da Difusão no Estado Sólido

1) Os produtos da corrosão nos processos químicos formam-se por difusão no


estado sólido. A difusão constitui-se do deslocamento de ânions do meio
corrosivo, por exemplo O2-, e cátions do metal, por exemplo Fe2+.

2) A movimentação dos íons se dá através da película de produto de corrosão e


a sua velocidade cresce com o aumento da temperatura.

3) O deslocamento pode ser dos ânions no sentido do metal, dos cátions no


sentido do meio ou simultânea.
CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS DE
CORROSÃO

 Características da Difusão no Estado Sólido

4) A difusão catiônica (cátions no sentido do meio) é mais frequente porque os


íons metálicos são, em geral, menores que os ânions (especialmente o O-2),
tornando a passagem dos mesmos pela rede cristalina do óxido mais facilitada e
mais provável.

5) Como se trata de difusão no estado sólido, a corrosão é influenciada


fundamentalmente pela temperatura, pelo gradiente de concentração do metal e
pelas leis de migração em face das imperfeições reticulares e nos
semicondutores.
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Velocidade de crescimento destas películas


 As películas de produto de corrosão química podem
crescer segundo três leis de formação:

1- Crescimento linear:
o crescimento linear é observado quando a espessura da
película é diretamente proporcional ao tempo, ou seja:
onde:
y=Kt (1) y = espessura da película
t = tempo
K = constante

OBS: Esta lei é seguida para metais que formam películas porosas ou voláteis
como, por exemplo, Na, Ca, Mg e K (películas porosas), Mo e W (películas
voláteis);
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO
 Velocidade de crescimento destas películas
2-Crescimento parabólico:

O crescimento parabólico é observado quando a velocidade de


crescimento é inversamente proporcional a espessura da película, ou
seja:

y2 = K‘ t (2) derivando
tem-se:
onde:
logo a velocidade de y = espessura da película
crescimento é inversamente
proporcional à espessura da t = tempo
película. K’ e Ki = constantes
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Velocidade de crescimento destas películas

2-Crescimento parabólico:

OBS1- Esta lei de crescimento é muito comum em metais


em altas temperaturas, tais como o Fe, Ni, Cu e Co.

OBS2- De modo geral para películas não porosas, o


crescimento tende a ser parabólico, com exceção daquelas
muito impermeáveis que crescem logaritmicamente e
daquelas que fraturam com facilidade, que crescem
linearmente.
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Velocidade de crescimento destas películas

3-Crescimento logaritmo:

o crescimento logarítmico é observado quando a espessura da


película é uma função logarítmica do tempo, ou seja:

y = K”lnt (3)

onde:
y = espessura da película
t = tempo
K”= constante
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Velocidade de crescimento destas películas

3-Crescimento logaritmo:

OBS1-
Esta lei de crescimento é muito comum em metais em temperatura não muito
elevadas, tais como o Fe, Zn, Ni e Al.
A película neste caso tem um crescimento grande inicialmente e, sofre
acréscimos muito pequenos com o tempo mantendo-se praticamente
constante a espessura da película de corrosão.

OBS2-
De modo geral, este tipo de crescimento é observado em películas muito
impermeáveis como as formadas sobre o Al e o Cr.
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

Metal Logarítmica Parabólica Linear


Al < 300ºC 300...475ºC >475ºC
Cu <100ºC >550ºC
Ti <360ºC 360...850ºC >850ºC
Zn <360ºC >360ºC
Fe <180ºC 400...1000ºC
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Características das Películas Protetoras

As películas formadas em corrosão química poderão ser


protetoras ou não, dependendo das seguintes características:

 Volatilidade:
as protetoras devem ser não voláteis;

 Resistividade elétrica:
as películas de maior resistividade elétrica oferecem maior
dificuldade à difusão iônica e logicamente são mais protetoras
por imporem maior restrição à passagem destes íons;
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Características das Películas Protetoras

 Impermeabilidade da rede cristalina:


quanto mais compacta a rede cristalina maior será a
dificuldade para a difusão e, portanto, mais protetora;

 Aderência:
as películas mais finas são, de modo geral, mais aderentes
quando a rede cristalina do produto de corrosão é semelhante
a do metal tem-se normalmente maior aderência da película.
Películas mais aderentes são mais protetoras;
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Características das Películas Protetoras

 Refratariedade:
as películas para serem protetoras não devem fundir a baixas
temperaturas;

 Plasticidade:
as películas muito duras fraturam com facilidade, tendendo a
ser menos protetoras;

 Porosidade:
está intimamente ligada à impermeabilidade da rede cristalina.
Quanto menos porosa mais protetora é a película;
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Características das Películas Protetoras


 Relação entre o volume do óxido e do metal que
originou o óxido:

a película é formada sob compressão podendo


ser protetora.

a película é formada sob tração, é porosa e


não protetora.
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO
 Características das Películas Protetoras
Estas relações foram estabelecidas por Pilling e Bedworth (1923) para alguns metais e
estão citados na tabela:

Relação de Pilling e Bedworth


 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Características das Películas Protetoras

 Das propriedades mencionadas e da relação de Pilling e


Bedworth podem ser tiradas as seguintes conclusões
relacionadas às películas protetoras:

 K, Na, Ca, Mg formam películas porosas e, não protetoras,


que apresentam crescimento linear;

 Fe, Ni, Cu formam películas compactas, porém fraturam e


perdem aderência com facilidade apresentando um
crescimento parabólico;
 CRESCIMENTO DA PELÍCULA DE OXIDAÇÃO

 Características das Películas Protetoras

 Al e Cr formam películas compactas, aderentes, plásticas,


impermeáveis, logo são muito protetoras apresentando um
crescimento logarítmico;

 W e Mo formam películas compactas porém são voláteis e apresentam


um crescimento linear.
Formas de
Corrosão
FORMAS DE CORROSÃO

A forma auxilia na determinação do mecanismo de corrosão

Uniforme a corrosão ocorre em toda a extensão da superfície


Por placas  forma-se placas com escavações
Alveolar  produz sulcos de escavações semelhantes à alveolos (tem fundo arredondado
e são rasos)
Puntiforme  ocorre a formação de pontos profundos (pites)
Intergranular  ocorre entre grãos
Intragranular  a corrosão ocorre nos grãos
Filiforme  a corrosão ocorre na forma de finos filamentos
Por esfoliação a corrosão ocorre em diferentes camadas
TIPOS DE CORROSÃO
 Corrosão uniforme
 Corrosão por pites
 Corrosão por concentração diferencial
 Corrosão por concentração iônica diferencial
 Corrosão por aeração diferencial
 Corrosão em frestas
 Corrosão filiforme
 Corrosão galvânica
 Corrosão sob tensão
 Corrosão seletiva
 Corrosão grafítica
 Corrosão por dezincificação
 Corrosão com cavitação
Corrosão: Uniforme

Componentes de uma torre de destilação


atmosférica de uma refinaria de Cupom para avaliação
petróleo. Tanto o aço carbono quanto o da morfologia da
corrosão
monel sofreram intensa corrosão.
Corrosão em Placas
Corrosão Intergranular
Corrosão Intergranular
Ocorre devido a precipitação de carbonetos de cromo nos contornos de
grão, deixando uma região pobre em cromo no entorno. Esta região é
preferencialmente anódica em relação ao interior dos grãos.
Corrosão Transgranular
Corrosão Inter/Trangranular

Intergranul
ar Transrgranul
ar
Corrosão Intergranular
 Soluções

-Austenitização à temperatura de 1100oC, seguido de resfriamento rápido.

- Temperatura > 1050oC o Cr23C6 é rapidamente dissolvido. O C e Cr ficam


novamente em solução sólida.

- Quando resfria rápido, não ocorre a precipitação de Cr 23C6 pois não tem tempo o
Cr e C para combinar-se e o carbono pode ficar em solução sólida na austenita até
temperatura ambiente.
Corrosão Intergranular
 Soluções
 Nos anos 30 desenvolveram estabilizantes.

- O Ti e Nb, inibem a formação de Cr23C6, devido ao fato de terem


maior afinidade pelo C/N.

- Assim precipitam TiC e NbC e o Cr permanece em solução sólida.

- Ou seja, o Ti e Nb, são estabilizadores do C/N.

- Temos os denominados Aços Inoxidáveis estabilizados ao


Ti e/ou Nb.
Corrosão Intergranular
 Soluções
 Redução do teor (%) de Carbono

- È a técnica mais utilizada.

- Quanto maior o % de C = maior formação de Cr23C6.

- Ou seja, a redução do teor de C diminui a intensidade de formação de carbonetos,


com conseqüente menor remoção de Cr próximo aos contornos de grão.
Corrosão Intergranular
 Soluções
I. Até 0,03% C - O carbono permanece dissolvido sem efeito nocivo.
Precipita-se Cr23C6 em quantidade insuficiente para prejudicar,
quando o tempo for suficiente longo na temperatura de formação.

II. Acima de 0,03%C - O Cr23C6 começa a envolver os contornos de


grãos de forma continua, prejudicando a resistência à corrosão.
Subdivisão: Corrosão Localizada
Pite
s
Alvéolos

Corrosão localizada alveolar em


espelho de trocador de calor após a
falha no revestimento epóxi (aço
carbono/água do mar)
Corrosão Alveolar
Pites em aço inoxidável
Cl- Cl-
O2 O2

Cr3+ Cr3+ e
e

Dentro do pite a hidrólise do Cr3- abaixa o pH e quebra o filme passivo. A redução


catódica do oxigênio continua fora do pite.
2Cr3- + 6H2O  Cr2O3 + 6H-
Obs: A presença de Cl- é importante para que o pH fique próximo 1 no interior do pite
(forma HCl). Entretanto, as inclusões intrínseca do material tem papel fundamental. O
mecanismo ainda não é totalmente determinado.
Corrosão por pites no aço inoxidável AISI 304
Mecanismo
Corrosão Filiforme
Corrosão por Esfoliação
CORROSÃO SELETIVA

Camada de grafite

• Impelidor de bomba de água de ferro fundido (2,7 a 4,0%C).


• A ferrita foi corroída e sobrou o grafite (carbono) -
geralmente ocorre em água salgada.
Corrosão Seletiva
Unidos de forma segura e sob condições de condensação ocasional ou
umidade, com resultados não adversos principalmente quando a
condutividade do eletrólito é baixa. A previsão desses efeitos é difícil porque
a taxa de corrosão é determinada por um número de questões complexas. O
uso de tabelas de potencial ignora a presença de filmes de oxido na
superfície e os efeitos das proporções da área e diferentes soluções químicas
(eletrólito). Entretanto, o uso inadequado destas tabelas pode produzir
resultados incorretos. Elas devem ser utilizadas com cuidado e somente para
avaliação inicial. Os aços inoxidáveis austeníticos normalmente formam o
catodo num par bimetálico e então não sofrem corrosão. Uma exceção é o
par com cobre que deveria ser normalmente evitado exceto em condições
propícias. O contato entre aços inoxidáveis austeníticos e zinco ou alumínio
pode resultar em alguma corrosão adicional dos dois últimos metais. Isso é
pouco provável que seja significativo estruturalmente, mas o resultado em
forma de pó branco/cinzento pode ser considerado de má aparência.
CORROSÃO SELETIVA
 Remoção preferencial de um ou mais elementos de liga
Dezincificaçã
o Micrografia mostrando o aspecto
poroso do tubo de latão que sofreu
dezincificação

Corrosão seletiva do latão. Espelho e tubos


do trocador de calor
Corrosão Grafítica
Corrosão por Dezincificação
Corrosão: Fragilização pelo Hidrogênio

 Entra como hidrogênio atômico na


O BÁSICO...
rede cristalina do metal.
Mecanismo Associados  Fragiliza o metal.
com o Hidrogênio em  Mais solúvel em regiões de estresse.
Aço.
 Pode levar à:
I. HIC (Hydrogen Induced Cracking) ou
Fragilização por hidrogênio
II. SCC – Corrosão sob Tensão
Penetração do Hidrogênio atômico

H+ + e- Had Hab

H2
Corrosão por Hidrogênio
Corrosão por Hidrogênio
Corrosão por Solda
Corrosão por Solda
Corrosão por Solda
 Sensitização das juntas soldadas

 Quando no limite dos grãos carboneto de cromo é


precipitado, então é dito que o aço está sensitizado.
 A sensitização geralmente ocorre na zonas
superaquecida durante a soldagem e a corrosão resultante é
chamada sensitização da junta soldada.
Corrosão por Solda
 Sensitização das juntas soldadas

C Cr Cr C
Cr Cr
C
C

•Aço inoxidável aquecido a uma temperatura de 650°C, carbonetos de Cr são formados na


região entre os grãos.
•Isto ocorre devido à alta taxa de difusão do carbono que pode difundir a longas distâncias
para formar um precipitado.
•Entretanto, a difusão do cromo é pequena, difundindo apenas curtas distâncias, na região do
limite dos grãos.
•Se no limite dos grãos a concentração do Cr diminuir (abaixo de 9%),
então esta região não será mais passiva, e corrosão nos limites dos grãos irá ocorrer.
Corrosão por Concentração Diferencial
 A variação de determinados componentes no meio no qual o material está
permanentemente ou mesmo eventualmente imerso (em contato) provoca igualmente
ação corrosiva, a qual é denominada corrosão por concentração diferencial.

 Seu mecanismo de ação é a formação de pilhas de concentração iônica diferencial e


pilhas de aeração diferencial.

 Este tipo de corrosão pode ser dividido em corrosão por concentração iônica
diferencial, associada com a variação de determinadas concentrações iônicas
propriamente ditas do meio, a corrosão por aeração diferencial, variando a
concentração de determinados gases da atmosfera gasosa em contato com o material, a
corrosão em frestas, ocasionada por configuração geométrica do material corroível, que
possibilita a formação de variações de concentração ou de aeração e pelo mesmo motivo,
a corrosão filiforme, mas associada a configurações dos revestimentos aplicados, tais
como a pintura
Corrosão por concentração diferencial
Corrosão por Aeração Diferencial
(Arestas ou Frestas)
Ânodo: Metal  Metal 2+ + elétron
Cátodo: O2 + 2H2O + elétron  4OH-
M+Cl- → MOH↓ +
H+Cl-
Corrosão por Aeração Diferencial
(Arestas ou Frestas)

-Pilha de aeração diferencial – a região em


contacto com a menor pressão de O2 se torna
anódica  a corrosão ocorre nas interior das
frestas.

-Pilha de concentração iônica – o eletrodo se


torna mais ativo quando decresce a
concentração de seus íons na solução  a
corrosão ocorre nas bordas das frestas.
Corrosão por Aeração Diferencial
(Arestas ou Frestas)
Corrosão por Aeração Diferencial
(Corrosão na Linha D’Água)
Catodo
Anodo (região mais aerada)
(região menos aerada)

Curva anódica:
Curva catódica:
Fe
O2
Corrosão por Depósitos

Depósitos de óxido de ferro devido à


presença de bicarbonato de ferro na Tubo com
água incrustação

Tubos de trocador de calor com


depósitos
Biocorrosão

Principais grupos relacionadas com


corrosão
 Redutoras de sulfato
 Produtoras de ácidos
 Depositadoras de metal
 Formadoras de limo
Biocorrosão
Corrosão Galvânica

Características
básicas:
•Contato entre dois
materiais com
diferentes potenciais;
•Eletrólito onde a
corrente iônica é
transportada;
Fatores Importantes:
•Contato elétrico para o •Área relativa entre o catodo e anodo
transporte de corrente •Diferença de potencial entre o anodo e catodo
•Efeito da polarização no anodo porque alguns
podem formar filme passivo
REFLEXÃO: Corrosão Galvânica

Qual o melhor?
Parafuso de bronze em uma estrutura de aço Parafuso de aço em estrutura de bronze

Um pequeno parafuso de Um pequeno parafuso de


bronze - catodo, causará aço - anodo, sofrerá
pequena corrosão no aço. O uma grande corrosão
parafuso estará protegido pelo devido ao contato com o
aço. bronze.
Corrosão Galvânica

Trocado de calor: tubos de


aço inoxidável (catodo) e
separadores de aço-carbono
(anodo)

Após limpeza
Falhas sob Solicitações Mecânicas
(Corrosão sob Tensão)
 Fratura que ocorre nos materiais metálicos quando
sujeitos à tensões em meios corrosivos.

Residuais e/ou
 (Corrosão por Fadiga) aplicadas. Estáticas
ou cíclicas

É uma forma de falha que ocorre em


estruturas sujeitas à tensão dinâmica
e flutuante em meios corrosivos
Corrosão sob tensão
O desenvolvimento da corrosão sob tensão exige a presença simultânea de
tensões de tração e fatores ambientais específicos. Isso é incomum nas
atmosferas internas de um edifício. As tensões não necessitam ser muito
altas em relação ao limite de escoamento do material e pode ser devidas a
carga e/ ou efeitos residuais dos processos de fabricação tais como
soldagem ou dobramento. Devem ser tomados cuidados quando os
componentes de aço inoxidável com tensões residuais elevadas (por ex.
devido ao trabalho a frio) são usados em ambientes ricos em cloretos (por
ex. piscinas cobertas, marinho, plataforma marítima.
(Corrosão sob Tensão)

CST

Tensões
Meio
agressivo tração

 Materiais susceptíveis: aços inoxidáveis austeníticos, aços inoxidáveis


martensíticos;
 Meios agressivos: soluções contendo cloretos, hidrogênio (H2S,
Corrosão sob Tensão
METAL MEIO
Ligas de alumínio Soluções com cloretos (NaCl-H2O2, NaCl, água do mar
etc); vapor d’água.
Ligas de cobre Soluções de amônia, amina e vapor d’água.
Inconel Soluções de NaOH.
Ligas de magnésio Soluções de NaCl-K2CrO4 e água destilada.
Ligas de níquel Hidróxidos concentrados aquecidos e ácido
fluorídrico.
Aços ao carbono Hidróxidos concentrados aquecidos e ácido
fluorídrico; nitratos; ácidos mistos (H 2SO4-
HNO3); soluções de HCN; soluções de H2S;
aminas e água do mar.
Aços baixa liga Idem acima adicionando-se
soluções com cloretos.
Aços inoxidáveis austeníticos Soluções com cloretos; hidróxidos concentrados
aquecidos e ácidos politiônicos.

Aços inoxidáveis ferríticos Soluções com cloretos.


Ligas de titânio Soluções com cloretos; álcool
metílico-HCl; N2O4 e ácido nítrico fumegante.
Corrosão sob Tensão
Tubo de latão em meio contendo
amônia

Micrografia apresentando
aspecto intergranular, 100X
Corrosão sob Tensão
Aço inoxidável em meio contendo
cloreto
Corrosão por Fadiga
Alumínio apresentando
estrias devido à fadiga

É possível observar vales, a olho nu,


concêntricos de formato circular ou
semi- circular
Corrosão por Fadiga

Implante de cabeça de fêmur rompida após 38 meses de


utilização por corrosão-fadiga

Tubo de forno em aço 6” e liga 5% Cr com fadiga térmica. Nota-


se as trincas paralelas e a intensa descamação
Corrosão por Fadiga
Trincas paralelas entre si perpendicular ao
plano de fratura

Trincas paralelas entre si e ao plano de fratura sugerem tenção cíclica e a presença de


pites indicam falha por corrosão-fadiga
Grande empolamento ocorrido entre a chapa do
Empolamento em chapa ¾ pol em berço e o costado do vaso, devido a falta de furo
AISI 516 G 60 em uma região de para alívio de gases de soldagem. Durante a
dupla laminação operação do equipamento ocorreu a formação de
hidrogênio molecular entre estas chapas

Vários empolamentos em linha Empolamento em costado de torre regeneradora


em aço A 106 10 pol de MEA, já rompido e com as bordas corroídas,
aço A 285 G C.
Corrosão: Efeito do Escoamento de Fluido

Quando no escoamento de líquidos os processos corrosivos podem


sofrer aceleração pela associação da ação mecânica e seus efeitos
com a formação de pilhas, a ruptura de passivações e proteções
aplicadas e as consequentes formações de pilhas, oportunidades da
ação química e sua consequente ação corrosiva.As corrosões
ocasionadas por tais ações de fluidos sobre os materiais são
classificadas principalmente em corrosão-erosão, a corrosão com
cavitação e a corrosão por turbulência.
Corrosão: Efeito do Escoamento de Fluido
CORROSÃO POR EROSÃO
 Corrosão acelerada pelo impacto de partículas sólidas
 As partículas podem ser metal removido ou o óxido removido - permite que o metal
corroa mais rapidamente
IMPINGIMENTO
 A taxa de corrosão aumenta devido ao impacto da turbulência na superfície do metal
 Os produtos de corrosão são removidos permitindo que o metal corroa ativamente
CAVITAÇÃO
 Escoamento de alta velocidade levando a queda de pressão abaixo de zero em
alguns pontos
 Bolhas de vapor são formadas nestas regiões no líquido
 Quando a pressão aumenta novamente as bolhas de vapor implodem criando choque
intenso que remove o metal ou o óxido da superfície
Corrosão: Efeito do Escoamento de Fluido

Corrosão-erosão
Define-se erosão neste caso como o desgaste mecânico de uma
substância sólida, no caso o material de componentes ou condutores
de um sistema causado pela abrasão superficial de uma substância
sólida, pura ou em suspensão num fluido, seja ele líquido ou
gasoso.São casos comuns e frequentes deste tipo de ação:
no deslocamento de materiais sólidos, de qualquer granulometria,
como rochas britadas, minérios ou produtos industriais diversos, como
o cimento
Corrosão: Efeito do Escoamento de Fluido
Corrosão com cavitação
Define-se cavitação como o processo de desgaste provocado em uma
superfície, especialmente metálica, devido a ondas de choque no
líquido, oriundas do colapso de bolhas gasosas nele temporariamente
formadas por ebulição, normalmente a baixa pressão. Nas regiões de
um sistema em movimento (como são os casos de pás de bombas
centrífugas) ou em vibração (como são os casos das camisas de fluidos
refrigerantes dos motores), onde ocorrem pelo menos momentos de
baixas pressões, o suficiente para produzir bolhas de vapor ou mesmo
de gases até então dissolvidos, e havendo a reversão para situações de
pressão mais alta, causando o colapso de tais bolhas, que por redução
praticamente instantânea de seu volume provocando ondas de choque e
causando o impacto do fluido com as paredes, num efeito de
"martelamento”.
Corrosão: Efeito do Escoamento de Fluido
Corrosão por turbulência ou impingimento
A chamada corrosão por turbulência ou impingimento é um processo
corrosivo associado aos fluxos turbulentos de um líquido, ocorrendo
especialmente quando há a redução da área do fluxo, ou em outras
palavras, quando seu caminho torna-se mais estreito ou apresentar
mudança de direção, como em curvas ou como se usa dizer em
tubulações, "cotovelos". De modo similar a cavitação, os fluxos
turbulentos podem provocar regiões de baixa pressão e bolhas
especialmente de gases dissolvidos (como por exemplo o ar) e vapor que
podem colapsar, causando a ação de ondas de choque do fluido contra a
parede metálica e o processo erosivo deste modo resultante é
denominado de impingimento. O ataque é um tanto diferente da
cavitação, propiciando alvéolos na forma de ferradura e pela ação
dominante de bolhas de gases dissolvidos, enquanto na cavitação a fase
gasosa dominante é o vapor do líquido
Corrosão: Efeito do Escoamento de Fluido
Corrosão por Cavitaçã
Erosão o

Impelidor de bomba em aço


inoxidável austenítico

Tubos de trocador de calor. Falha


localizada na região de entrada de
líquido

Impingimento

Corrosão por impingimento em parafuso de aço-


carbono por ação de água em alta velocidade

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