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CORROSÃO POR

HIDROGÊNIO

1 Grupo: Ana Carla Professora: Ana Furtado


Felipe Petniúnas
Iverson Luiz
Materiais para equipamentos de processos
Patricia Latgé químicos
Ygor Xavier
2 Tópicos  Definição de corrosão
 Mecanismos de corrosão
 Morfologia de corrosão
 Fragilização por hidrogênio
 Ocorrência do fenômeno
 Algumas reações
 Mecanismo de interação H-metal
 Espaço intersticial, solubilidade e difusividade
 Empolamento por hidrogênio
 Ataque de Hidrogênio à alta temperatura
 Seleção do material e Prevenção
 Curvas de Nelson
 Estudo de caso I
 Estudo de caso II
 Referências
3 Definição de Corrosão

 Transformação de um material ou liga metálica pela sua interação química ou


eletroquímica num determinado meio de exposição, processo que resulta na formação de
produtos de corrosão e na libertação de energia
4 Mecanismos de corrosão

 Quanto ao mecanismo, a corrosão pode ser classificada como:

 Eletroquímica

 Química
5 Morfologia de corrosão

 No que diz respeito a morfologia, a corrosão em duto pode ser classificada como:
6 Fragilização por hidrogênio
 O efeito mais perigoso da FPH se dá próximo à temperatura ambiente, visto que ocorre
essencialmente na faixa de temperaturas que vai de -100°C a aproximadamente 100°C

 A presença do hidrogênio pode levar a uma fratura tipicamente frágil

 A ductilidade do aço cai à medida que o teor de Hidrogênio aumenta. Asssim, o material
passa a ter a ductilidade da área afetada pela maior quantidade de hidrogênio e não mais a
sua ductilidade característica

 A FPH depende fortemente do tratamento termomecânico do material e da microestrutura do


aço. A presença do elemento não fragiliza o aço caso este não tenha sido tensionado
mecanicamente ou termicamente e, por estas razões, a remoção do hidrogênio deve ser
realizada antes de qualquer tratamento termomecânico.
7 Ocorrência do Fenômeno
 Processo de fabricação (menos comum): em consequência de carga úmida,
particularmente a cal

 Durante processos termomecânicos (aplicação de revestimentos, processos de usinagem que


utilizem óleos/hidrocarbonetos, decapagem e soldagem)

 Em serviço: ambientes ricos em hidrogênio

 H resultante da redução de H+ no cátodo em reações eletrolíticas em meios aquosos ou


ácidos

 Reações catódicas em estruturas protegidas catodicamente


 Decomposição da umidade e água de cristalização contida em alguns tipos de
revestimento de eletrodo que gera hidrogênio atômico no processo de soldagem por
eletrodo revestido
 Processamento de petróleo contendo enxofre
8 Algumas reações
 Hidrogênio gerado no processo
 Craqueamento de HC’s de baixo peso molecular:
CH4 → C + 2H2
C2H4 → C2H2 + H2

 Decapagem ácida por HCl ou H2SO4


Fe + 2H+ → Fe2+ + H2
 Processamento de petróleo contendo enxofre
Fe + H2S → FeS + H2

 Quando o hidrogênio já está na malha


 Descarbonetação do aço:
Fe3C + 2H2 → 3Fe + CH4 Fragilização irreversível
9 Mecanismo de Interação H-Metal
 Adsorção física e/ou química na
superfície

 Dissociação na forma protônica

 Atravessa a primeira camada


superficial

 Difusão pelo material e interação


com o mesmo de diversas formas
H2(g) → H2(ads)
H2(ads) ↔ 2H+(ads) + 2e−
H+(ads) ↔ H+(abs)
H+(abs) ↔ H+(dif)
10 Espaço intersticial, solubilidade e difusividade
 Depende da microestrutura do material

 Movimentação pelos interstícios

 Fe, Cu e Ag aumentam incorporação


com aumento da temperatura

 Ti, Zr, V e Pd fazem efeito contrario

 H, em situações reais, não está apenas


nos interstícios:
Imperfeições atômicas ou
microestruturais, contornos devgrão,
discordâncias, vazios
11 Empolamento por hidrogênio

 Como visto, o hidrogênio no estado atômico tem grande capacidade de difusão em materiais
metálicos. Dessa forma, se o hidrogênio for gerado na superfície de um material, ele migra
para o interior e acumula-se em defeitos existentes, como laminações ou inclusões não
metálica.

 O hidrogênio acumulado passa da forma atômica a molecular e provoca o aparecimento


de altas pressões no interior da falha. Quando o acúmulo de hidrogênio ocorre em falhas
próximas à superfície, a deformação pode provocar empolamentos, sendo comum
denominar este processo de empolamento pelo hidrogênio.
12 Empolamento por hidrogênio
13 Empolamento por hidrogênio
14 Ataque de Hidrogênio à alta temperatura

 Difusão do H no aço, formando


metano:
8H + Fe3C + C  3Fe + 2CH4

 A acumulação de gás metano nos


interstícios do aço, causa uma pressão
que resulta na formação de trincas
intergranulares, fissuras e bolhas,
frequentemente estendendo-se até a
superfície do aço.
15 Seleção do material e Prevenção
 Para selecionar o material é necessário a verificação da suscetibilidade do material
metálico a difusão do hidrogênio.

 Também deve se tomar prevenções como:

 Uso de aço limpo: A resistência ao empolamento é aumentada com a substituição do aço


rimmed (parcialmente desoxidado) pelo aço acalmado (desoxidado) por haver a ausência
de espaços vazios no material.

 Utilização de coberturas: Geralmente são metálicas, inorgânicas, orgânicas e


linersutilizadas. A cobertura, para ser eficaz, deve ser resistente aos meios contidos no
tanque e impermeável à penetração de hidrogênio.
16 Seleção do material e Prevenção
 Utilização de inibidores: Reduzem a taxa de corrosão da redução do íon hidrogênio. São
preferencialmente utilizados em sistemas fechados e têm uso limitado em sistemas once-
through.

 Remoção de interferentes: Os interferentes presentes no meio corrosivo são em geral as


condições para a ocorrência do empolamento. Exemplos são sulfetos, compostos arsênicos,
cianetos, e íons contendo fósforo, e raramente ocorre em meio corrosivos de ácidos puros.
Muitos destes interferentes são encontrados no processamento de petróleo.

 Substituição de ligas: Aços contendo níquel e ligas a base de níquel apresentam uma
baixa taxa de difusão para o hidrogênio e são utilizadas para prevenir o empolamento.
17 Curvas de Nelson

 Descarbonetação superficial

 Fissuras e formação de CH4


18 Curvas de Nelson

 Quais são as possíveis vantagens da utilização das Curvas de Nelson ?

 Desempenho satisfatório
durante cerca de 40 anos

 Estabilizadores de
carbetos ou carbonetos
19 Estudo de caso I
20 Estudo de caso I
21 Estudo de caso I
22 Estudo de caso I
 Falhas de Gestão e de Segurança

 Falhas de Códigos e de Normas

 Curvas de Nelson
23 Estudo de caso II

 Análise de falhas em tubos de fornalha de caldeira por ataque por hidrogênio, avaliação da
extensão dos danos e previsão de vida remanescente da fornalha- panndt

 El Comité Panamericano de Ensayos No destructivos – PANNDT: é uma organização


internacional composta por vários países que, através de comissões representantes, realizam
várias atividades para o desenvolvimento de testes e inspeções em todo o mundo.
24 Estudo de caso II

 Análise de falha em um tubo da fornalha de uma caldeira de alta pressão induzida por ataque
por hidrogênio e a avaliação da extensão dos danos e previsão de vida remanescente nos
demais tubos da fornalha.

 Os danos por hidrogênio ocorrem em caldeiras de alta pressão, normalmente sob espessas
camadas de depósitos, no lado vapor dos tubos da caldeira. Localizam-se freqüentemente
nas regiões de elevadas taxas de transferência de calor da fornalha, nas regiões
localizadas na altura dos queimadores.
25 Estudo de caso II

 Caldeira vertical de alta pressão


26 Estudo de caso II

 Os danos por hidrogênio são coincidentes com corrosão sob depósitos. Os depósitos
causam a concentração de espécies químicas e formam soluções extremamente ácidas ou
básicas, que por sua vez atacam a camada de óxido protetora. A reação gera hidrogênio,
que fica preso entre a camada de depósitos e a superfície metálica, e algum hidrogênio
difunde dentro do aço.
27 Estudo de caso II

 O hidrogênio reage com o carbeto de ferro e gera metano, as moléculas de metano, que são
grandes, acumulam-se nos contornos de grão e provocam fissuras quando atingem um
volume suficiente. Estas fissuras tornam o aço frágil, as rupturas associadas a danos por
hidrogênio são normalmente de “lábios grossos” e pouca dutilidade, a microestrutura dos
aços danificados pelo ataque pelo hidrogênio apresentam descarbonetação e fissuras
intergranulares provocadas pelo metano [1].
28 Estudo de caso II
 Inicialmente observou-se a ruptura de 3 tubos da zona de radiação da caldeira de pressão de
projeto igual a 2225 psi.

 Os tubos da parede divisora da caldeira encontravam-se flambados, figuras 1 e 2; As rupturas


encontravam-se alinhadas e na altura dos queimadores, figura 2;
29 Estudo de caso II

 As rupturas eram de “lábios grossos”, e apresentavam deformação plástica (“laranjas”),


figura 3:
30 Estudo de caso II

 A região da ruptura apresentou perda de espessura significativa, como pode ser visto nas
Figuras 4 e 5 abaixo.
31 Estudo de caso II

 A análise metalográfica da região do início da fratura mostrou descarbonetação e fissuras


nos contornos de grãos nas superfícies adjacentes a perda de espessura, conforme mostram as
figuras 6,7,8 e 9.

 análise metalográfica é o estudo das características estruturais ou da constituição dos metais


e suas ligas a fim de relacioná-las com suas propriedades físicas, químicas e mecânicas.
32 Estudo de caso II
33 Estudo de caso II

 A análise dos registros do tratamento de água não mostrou qualquer desvio significativo. Os
resultados obtidos permitiram a conclusão de que o ataque por hidrogênio foi o
responsável pelas rupturas observadas.

 Os danos foram causados por corrosão sob depósitos e ataque por hidrogênio, o mecanismo
foi ativado ou significativamente acelerado pelas elevadas taxas de transferência de calor
atuantes após a mudança do combustível. Estes danos são adequadamente identificados e
quantificados através das técnicas utilizadas.
34 Referências
 http://www.iope.com.br/3i_corrosao_3.htm
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Corros%C3%A3o
 http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/20714/20714_4.PDF
 French, N.D., “Metallurgical Failures in Fossil Fuel Boilers”, Wiley Interscience, Segunda edição, 1993
 ANÁLISE DE FALHAS EM TUBOS DE FORNALHA DE CALDEIRA POR ATAQUE POR HIDROGÊNIO,
AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO DOS DANOS E PREVISÃO DE VIDA REMANESCENTE DA FORNALHA-
PANNDT- 02 a 06 de Junho de 2003 Rio de Janeiro - RJ – Brasil
 http://www.aaende.org.ar/ingles/sitio/biblioteca/material/t-065.pdf
 Vicente Gentil – Corrosão – 5ª edição - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A-2007
 ESTUDO DA FRAGILIZAÇÃO PELO HIDROGÊNIO NO AÇO SUPER 13Cr MODIFICADO, disponível no
endereço: http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10011414.pdf
 ANÁLISE MICROESTRUTURAL CORRELACIONADA AO PROBLEMA DE FRAGILIZAÇÃO POR
HIDROGÊNIO EM AÇO disponível no endereço: http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10004792.pdf
 http://www.academia.edu/8448492/Compara%C3%A7%C3%A3o_do_efeito_da_fragiliza
%C3%A7%C3%A3o_por_hidrog%C3%AAnio_em_a%C3%A7os_com_resist%C3%AAncia_%C3%A0_tra
%C3%A7%C3%A3o_acima_de_1000_MPa

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