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ENGENHARIA TERMOTÉCNICA

Química Aplicada

Corrosões

Discentes։

Darwin Serpaneto Bulha

Elves Joao Sebastiao

Ernane Faustino Gerente

Fernando Estevão Bande

Docente:

M.s Fernando Dzeco

Songo, fevereiro de 2022

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Indice
Corrosão...........................................................................................................................................3
Corrosão e degradação dos materiais......................................................................................3
Meios Corrosivos...........................................................................................................................3
CONSIDERAÇÕES SOBRE DISSOLUÇÃO.........................................................................4
CORROSÃO ELETROQUÍMICA..............................................................................................6
Pilhas de Corrosão Eletroquímica............................................................................................8
Causas da corrosão......................................................................................................................10
Tipos de Corrosão........................................................................................................................10
Corrosão Uniforme..................................................................................................................10
Corrosão por Pites...................................................................................................................11
corrosão Galvânica..................................................................................................................12
Corrosão Seletiva.....................................................................................................................12
corrosão associada ao escoamento de fluidos........................................................................12
Corrosão-Erosão......................................................................................................................12
PRINCIPAIS MEIOS DE PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO.....................................14
PINTURAS OU VERNIZES...................................................................................................14
RECOBRIMENTO DO METAL COM OUTRO METAL MAIS RESISTENTE À
CORROSÃO.............................................................................................................................14
PROTEÇÃO GALVÂNICA...................................................................................................15
PROTEÇÃO ELETROLÍTICA OU PROTEÇÃO CATÓDICA........................................15

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho abordaremos os fundamentos da corrosão, definição, classificação, características,


tipos de corrosão. As causas da corrosão nos determinados tipos de materiais e o comportamento
do desgaste de alguns metais no processo da mesma. Também abordaremos os mecanismos,
meios de proteção contra corrosão.

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Corrosão
A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica do meio,
podendo estar ou não associado a esforços mecânicos.
Corrosão e degradação dos materiais
Para os três tipos de materiais de engenharia, os mecanismos de deterioração são diferentes:

• Metais: a deterioração ocorre pela dissolução do material, com ou sem a formação de produtos
sólidos (óxidos, sulfetos, hidróxidos). Esse fenômeno é denominado corrosão. A deterioração
também pode ocorrer pela reação em atmosferas a alta temperatura, formando camadas de
óxidos. Esse fenômeno se chama oxidação. Ambos são processos eletroquímicos.

•Cerâmicas: a deterioração (que também pode ser chamada corrosão) ocorre somente em
temperaturas elevadas ou em ambientes muito agressivos. Estes materiais são muito resistentes à
deterioração.

• Polímeros: os mecanismos de deterioração são diferentes daqueles dos metais e cerâmicas,


mencionados acima. A deterioração deste tipo de material é denominada degradação. Alguns
tipos de solventes líquidos podem provocar dissolução ou expansão (quando o solvente é
absorvido pelo polímero) nos polímeros. Podem também ocorrer alterações na estrutura
molecular dos polímeros pela exposição a radiações eletromagnéticas (luz, raios-X) ou calor.

Meios Corrosivos
Os meios nos quais estão imersos os diversos materiais que podem sofrer corrosão
eletroquímica são caracteristicamente identificados pelo eletrólito. O eletrólito é uma solução
eletricamente condutora constituída, em primeira análise, de água contendo sais, ácidos ou bases.

Principais Meios Corrosivos e Respectivos Eletrólitos

Atmosfera: o ar contém umidade, sais em suspensão, gases industriais, poeira, etc. O eletrólito
constitui-se da água que condensa na superfície metálica, na presença de sais ou gases presentes.

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No ambiente. Outros constituintes como poeira e poluentes diversos podem acelerar o processo
corrosivo.

Solos: os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias. Alguns solos apresentam também,
características ácidas ou básicas. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais
dissolvidos;

Águas naturais (rios, lagos e do subsolo): estas águas podem conter sais minerais,
eventualmente ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias, poluentes diversos e gases
dissolvidos. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos. Os outros
constituintes podem acelerar o processo corrosivo.

Água do mar: estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais. A Tabela mostrada a
seguir refere-se a análise de uma amostra de água do mar, e apresenta sua composição média.
MECANISMOS DA CORROSÃO
Mecanismo Químico (AÇÃO QUÍMICA)
Neste caso há reação direta com o meio corrosivo, sendo os casos mais comuns a reação com o
oxigênio (OXIDAÇÃO SECA), a dissolução e a formação de compostos.
Ausência de água;

Temperaturas elevadas (acima do ponto de orvalho da água);

Interação direta metal/meio

A corrosão química pode ser por:

Dissolução simples. exemplo: dissolução do Cobre em HNO3

Dissolução preferencial. exemplo: dissolução preferencial de fases ou planos atômicos

Formação de ligas e compostos (óxidos, íons, etc.), na qual se dá geralmente por difusão atômica
CONSIDERAÇÕES SOBRE DISSOLUÇÃO
a- A dissolução geralmente envolve solventes. Exemplo: a gasolina dissolve mangueira de
borracha.

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b- Moléculas e íons pequenos se dissolvem mais facilmente. Exemplo: sais são bastante
solúveis
c- A solubilidade ocorre mais facilmente quando o soluto e o solvente têm estruturas
semelhantes. Exemplo: Materiais orgânicos e solventes orgânicos (plástico + acetona)
d- A presença de dois solutos pode produzir maior solubilidade que um só. Exemplo:
CaCO3 é insolúvel em água, mas é solúvel em água mais CO2 formando ácido
carbônico.
e- A velocidade de dissolução aumenta com a temperatura.

EXEMPLO DE CORROSÃO P/ AÇÃO QUÍMICA: OXIDAÇÃO SECA

A oxidação ao ar seco não se constitui corrosão eletroquímica porque não há eletrólito (solução
aquosa para permitir o movimento dos íons). Reação genérica da oxidação seca:

Mecanismo Eletroquímico

Geralmente, o óxido do metal forma uma camada passivadora que constitui uma barreira para
que a oxidação continue (barreira para a entrada de O2).

Essa camada passivadora é fina e aderente.

A oxidação só se processa por difusão do oxigênio


EXEMPLO DE METAIS QUE FORMAM CAMADA PASSIVADORA DE ÓXIDO, COM
PROTEÇÃO EFICIENTE
 Al
 Fe a altas temp.
 Pb
 Cr
 Aço inox
 Ti

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Alumínio revestido (Al₂O₃)

Aço inox

OXIDAÇÃO DO FERRO AO AR SECO

Fe + ½ O₂→ FeO T= 100˚C

3Fe + 2O₂→ Fe3O4 T= 600˚C

2Fe + 3/2 O₂ →Fe₂O₃ T= 400˚C


CORROSÃO ELETROQUÍMICA
As reações que ocorrem na corrosão eletroquímica envolvem transferência de elétrons. Portanto,
são reações anódicas e catódicas (REAÇÕES DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO)

A corrosão eletroquímica envolve a presença de uma solução que permite o movimento dos íons.
O processo de corrosão eletroquímica é devido ao fluxo de elétrons, que se desloca de uma área
da superfície metálica para a outra. Esse movimento de elétrons é devido a diferença de
potencial, de natureza eletroquímica, que se estabelece entre as regiões.
EXEMPLO DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA

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Os processos de corrosão eletroquímica são os mais frequentes na natureza e se caracterizam
basicamente por:

•Necessariamente na presença de água no estado líquido;

•Temperaturas abaixo do ponto de orvalho da água, sendo a grande maioria na temperatura


ambiente;

•Formação de uma pilha ou célula de corrosão, com a circulação de elétrons na superfície


metálica. Em face da necessidade de eletrólito conter água líquida, a corrosão eletroquímica é
também denominada corrosão em meio aquoso.

Nos processos de corrosão, os metais reagem com substâncias não metálicos presentes no meio,
como por exemplo O₂, S, H₂S, CO₂ entre outros, produzindo compostos semelhantes aos
encontrados na natureza, dos quais foram extraídos. Dessa forma pode-se interpretar que a
corrosão corresponde ao inverso do processo metalúrgico.

O aparecimento das pilhas de corrosão é consequência de potenciais de eletrodos diferentes,


em dois pontos da superfície metálica, com a devida diferença de potencial entre eles. Um
conceito importante aplicável às pilhas de corrosão é o da reação de oxidação e redução. As
reações da corrosão eletroquímica envolvem sempre reações de oxidação e redução.

Em uma área anódica onde se processa a corrosão ocorrem reações de oxidação, sendo a
principal a de passagem do metal da forma reduzida para a forma oxidada.

Na área catódica, que é uma área protegida (não ocorre corrosão), ocorrem reações de redução
de substâncias do meio corrosivo, como exemplificado a seguir.

Em meios aerados (oxigenados) - caso normal de água do mar e naturais:

H₂O + 1/2 O₂ + 2e-→ 2 OH-

Em meios desaerados - caso comum em águas doces industriais։

2 H2O + 2e- → H2 + 2 OH-

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Serão discutidas a seguir as principais causas de aparecimento de pilhas de corrosão e suas
denominações particulares.

Os processos de corrosão química são verificados algumas vezes, no dia-a-dia e em


condições ambientais normais, porém, são muito mais frequentes em ambientes industriais, onde
se tem condições bastante diversas, devido a isso ela é por vezes, denominados corrosão ou
oxidação em altas temperaturas. Estes processos são menos frequentes na natureza, envolvendo
operações onde as temperaturas são elevadas.

Tais processos corrosivos se caracterizam basicamente por:

•Ausência da água líquida.

•Temperaturas, em geral, elevadas, sempre acima do ponto de orvalho da água.

•Interação direta entre o metal e o meio corrosivo. Como na corrosão química não se necessita
de água líquida, ela também é denominada em meio não aquoso ou corrosão seca. Existem
processos de deterioração de materiais que ocorrem durante a sua vida em serviço, que não se
enquadram na definição de corrosão. Um deles é o desgaste devido à erosão, que remove
mecanicamente partículas do material. Embora esta perda de material seja gradual e decorrente
da ação do meio, tem-se um processo eminentemente físico e não químico ou eletroquímico.
Pode ocorrer em certos casos, ação simultânea da corrosão, constituindo o fenômeno da
corrosão-erosão.

Outro tipo de alteração no material que ocorre em serviço, são as transformações metalúrgicas
que podem acontecer em alguns materiais, particularmente em serviço com temperaturas
elevadas. Em função destas transformações as propriedades mecânicas podem sofrer grandes
variações, por exemplo apresentando excessiva fragilidade na temperatura ambiente. A alteração
na estrutura metalúrgica em si não é corrosão embora possa modificar profundamente a
resistência à corrosão do material, tornando-o, por exemplo, susceptível à corrosão intergranular.
Durante o serviço em alta temperatura pode ocorrer também o fenômeno da fluência, que é uma
deformação plástica do material crescente ao longo do tempo, em função da tensão atuante e da
temperatura.

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Pilhas de Corrosão Eletroquímica.

 A pilha de corrosão eletroquímica é constituída de quatro elementos fundamentais:

 área anódica: superfície onde verifica-se a corrosão (reações de oxidação).

 área catódica: superfície protegida onde não há corrosão (reações de redução);

 eletrólito: solução condutora ou condutor iônico que envolve simultaneamente as áreas


anódicas e catódicas;

 ligação elétrica entre as áreas anódicas e catódicas.


EXEMPLO DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA

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Causas da corrosão
O processo de corrosão dos metais se dá em virtude das reações de oxidorredução entres esses e
outros agentes naturais como o oxigênio presente no ar. O potencial de redução desses metais
costuma ser menor do que o oxigênio e por isso eles cedem seus elétrons, oxidando-se.

A deterioração também pode ocorrer pela reação em atmosferas a alta temperatura, formando
camadas de óxidos. ... Cerâmicas: a deterioração (que também pode ser chamada corrosão)
ocorre somente em temperaturas elevadas ou em ambientes muito agressivos. Estes materiais são
muito resistentes à deterioração.
Tipos de Corrosão.
Os processos corrosivos de natureza eletroquímica apresentam mecanismos idênticos porque
sempre serão constituídos por áreas anódicas e catódicas, entre as quais circula uma corrente de
elétron e uma corrente de íons. Entretanto a perda de massa e modo de ataque sobre o material
dá-se de formas diferentes. Os principais tipos de corrosão são։

1. Corrosão Uniforme
2. Corrosão por Pites
3. Corrosão por Concentração Diferencial
4. corrosão Galvânica
5. Corrosão Seletiva
6. corrosão associada ao escoamento de fluidos
7. Corrosão Intergranular
8. Fissuração por Corrosão.

Corrosão Uniforme
A corrosão uniforme consiste no ataque de toda a superfície metálica em contato com o meio
corrosivo com a consequente diminuição da espessura. Este tipo de corrosão ocorre em geral
devido a micro pilhas de ação local e é, provavelmente, o mais comum dos tipos de corrosão
principalmente nos processos corrosivos de estruturas expostas à atmosfera e outros meios que
ensejam uma ação uniforme sobre a superfície metálica. A corrosão uniforme é uma forma de
desgaste de mais fácil acompanhamento, em especial quando se trata de corrosão interna em

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equipamentos ou instalações, tendo em vista que a perda de espessura é aproximadamente a
mesma em toda a superfície metálica. Entretanto um tipo de corrosão importante do ponto de
vista de desgaste, podendo levar o equipamento ou instalação a falhas significativas, limitando a
sua vida útil. Os outros tipos de ataque corrosivo onde há um local preferencial para a
ocorrência da corrosão, resultando numa perda localizada de espessura são denominadas
corrosão localizada.
Corrosão por Pites
A corrosão por pites é uma forma de corrosão localizada que consiste na formação de cavidades
de pequena extensão e razoável profundidade. Ocorre em determinados pontos da superfície
enquanto que o restante pode permanecer praticamente sem ataque. É um tipo de corrosão
muito característica dos materiais metálicos formadores de películas protetoras (passiváveis) e
resulta, de modo geral, da atuação da ilha ativa-passiva nos pontos nos quais a camada passiva é
rompida. É um tipo de corrosão de mais difícil acompanhamento quando ocorre no interior de
equipamentos e instalações já que o controle da perda de espessura não caracteriza o desgaste
verificado. Nos materiais passiváveis a quebra da passividade ocorre em geral pela ação dos
chamados íons halogenetos (Cl-, Br-, I-, F-) e esta dissolução localizada da película gera uma
área ativa que diante do restante passivado provoca uma corrosão muito intensa e localizada.
Uma grandeza importante neste caso é o potencial em que haja a quebra de passividade. Na
verdade, o que ocorre é a alteração na curva de polarização anódica. A presença dos íons
halogenetos provoca alteração nas curvas de polarização anódica, tornando a quebra da
passividade mais provável. Outro aspecto importante é o mecanismo de formação dos pites já
que a falha se inicia em pontos de

fragilidade da película passivante (defeitos de formação) e o pH no interior do pite se altera


substancialmente no sentido ácido o que dificulta a restituição da passivação inicial. Resulta daí
que a pequena área ativa formada diante de uma grande área catódica provoca a corrosão intensa
e localizada.

Corrosão por Concentração Diferencial

Os processos corrosivos ocasionados por variação na concentração de determinados agentes no


meio provocam também, de um modo geral corrosão localizada. São resultantes da ação de

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pilhas de concentração iônica diferencial e pilhas de aeração diferencial. Os principais
processos corrosivos por concentração diferencial são: a corrosão por concentração iônica
diferencial, a corrosão por aeração diferencial, a corrosão em frestas e a corrosão filiforme.
corrosão Galvânica
Denomina-se corrosão galvânica o processo corrosivo resultante do contato elétrico de materiais
diferentes ou dissimilares. Este tipo de corrosão será a mais intensa quanto mais distantes forem
os materiais na tabela de potenciais eletroquímicos, ou seja, em termos de nobreza no meio
considerado. Terá também grande influência a relação entre as áreas catódica e anódica. A
relação deverá ser a menor possível a fim de se obter um desgaste menor e mais uniforme na área
anódica. Outro aspecto importante é a presença de íons metálicos no eletrólito, quando estes
íons forem de materiais mais catódicos que outros materiais onde venham haver contato, poderá
ocorrer corrosão devido a redução dos íons do meio com a consequente oxidação do metal do
equipamento ou instalação. Por exemplo, a presença de íons Cu++ em um eletrólito em contato
com aço tenderá ocorrer a seguinte reação:

havendo a corrosão do ferro e a redução (deposição) de Cu.


Corrosão Seletiva.
Os processos corrosivos denominados de corrosão seletiva são aqueles em que se tenha a
formação de um par galvânico devido a grande diferença de nobreza entre dois elementos de
uma liga metálica.
corrosão associada ao escoamento de fluidos
No escoamento de fluidos pode-se ter a aceleração dos processos corrosivos em virtude da
associação do efeito mecânico com a ação corrosiva. Os principais tipos de corrosão associada
com escoamento são a corrosão-erosão, a corrosão com cavitação e a corrosão por turbulência.
Corrosão-Erosão
Erosão de um material metálico é o desgaste mecânico provocado pela abrasão superficial de
uma substância sólida, líquida ou gasosa. A ação erosiva sobre um material metálico é a mais
frequente nos seguintes casos: quando se desloca um material sólido; quando se desloca um

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líquido contendo partículas sólidas; quando se desloca um gás contendo partículas líquidas ou
sólidas.

Corrosão com Cavitação

Cavitação é o desgaste provocado em uma superfície metálica devido a ondas de choque do


líquido, oriundas do colapso de bolhas gasosas. A cavitação surge em zonas de baixa pressão
onde o líquido entra em ebulição formando bolhas, as quais ao tomarem em contato com zonas
de pressão mais alta são destruídas instantaneamente criando ondas de choque no líquido.

A cavitação da mesma forma que a erosão destrói as películas de produtos de corrosão expondo
o material a novo desgaste corrosivo, além de provocar a deformação plástica com encruamento
em face da incidência de ondas de choque de alta pressão, portanto a criação de áreas anódicas.
Deste modo, o desgaste resultante será maior no caso de conjugar os dois fenômenos do que
aquele observado pela ação de cada um isoladamente.

Corrosão por Turbulência

É um processo corrosivo associado ao fluxo turbulento de um líquido. Ocorre particularmente


quando há redução na área de fluxo. Se o movimento turbulento propiciar o aparecimento de
bolhas gasosas, poderá ocorrer o choque destas bolhas com a superfície metálica e o processo
erosivo resultante é denominado de impingimento. O ataque difere da cavitação quanto a forma
do desgaste, sendo no caso do impingimento comum alvéolos sob a forma de ferradura e as
bolhas causadoras são em geral de ar, enquanto que na cavitação são bolhas de vapor do produto.

Corrosão Intergranular

A corrosão intergranular acontece quando existe um caminho preferencial para a corrosão na


região dos contornos de grão. Observando-se que os grãos vão sendo destacados a medida que a
corrosão se propaga. O principal fator responsável pela diferença na resistência a corrosão da
matriz (material no meio do grão) e do material vizinho ao contorno é a diferença que
apresentam na composição química nestes locais. Deste modo, mesmo que a alteração na
composição química não seja suficiente para eliminar totalmente a capacidade de formação da
camada passiva, verifica-se que existe uma corrente de corrosão devido a diferença de potencial

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ocasionada pelas características diferentes dos materiais. No caso da corrosão intergranular dos
aços inoxidáveis, a diferença na composição química se deve à formação de uma zona
empobrecida em cromo nas vizinhanças dos contornos de grão, em consequência da precipitação
de carbonetos de cromo. Em outros casos átomos solutos podem ser segregados no contorno de
grão, aumentando a sua reatividade. Em outros casos ainda, os próprios átomos do contorno
podem ter maior tendência à passar para solução.

Fissuração por Corrosão

As trincas formadas pela corrosão intergranular, como visto no item anterior, não requerem a
ação de esforços externos. Neste caso a fissuração decorre da corrosão segundo um estreito
caminho preferencial. Neste item são abordados mecanismos de corrosão que produzem trincas
e que estão associados com esforços mecânicos, sejam aplicados sobre o material, sejam
decorrentes do processo de fabricação, como tensões residuais, ou sejam ainda consequência do
próprio processo corrosivo.

PRINCIPAIS MEIOS DE PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO


 PINTURAS OU VERNIZES
 RECOBRIMENTO DO METAL COM OUTRO METAL MAIS RESISTENTE À
CORROSÃO
 GALVANIZAÇÃO: Recobrimento com um metal mais eletropositivo (menos resistente
à corrosão)
 PROTEÇÃO ELETROLÍTICA OU PROTEÇÃO CATÓDICA
PINTURAS OU VERNIZES
Separa o metal do meio. Exemplo: Primer em aço.
RECOBRIMENTO DO METAL COM OUTRO METAL MAIS RESISTENTE À
CORROSÃO
Separa ou barreira do metal do meio. Exemplo: Cromagem, Niquelagem, Alclads, folhas de
flandres, revestimento de arames com Cobre, etc.

Dependendo do revestimento e do material revestido, pode haver formação de uma pilha de


corrosão quando houver rompimento do revestimento em algum ponto, acelerando assim o
processo de corrosão.

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PROTEÇÃO GALVÂNICA
Recobrimento com um metal mais eletropositivo (menos resistente à corrosão)

separa o metal do meio

Exemplo: Recobrimento do aço com Zinco.

O Zinco é mais eletropositivo que o Ferro, então enquanto houver Zinco o aço ou ferro está
protegido. Veja os potenciais de oxidação do Fe e Zn:

Zinco revestido com aço (galvanizado)


PROTEÇÃO ELETROLÍTICA OU PROTEÇÃO CATÓDICA
É uma técnica de combate a corrosão de instalações metálicas enterradas ou submersas, bastante
empregada atualmente e de custo reduzido, se comparado ao valor dessas instalações.

Ela constitui-se, também, em uma importante ferramenta na preservação do meio ambiente, pois
evita danos a ecologia. Utiliza-se o processo de formação de pares metálicos (um é de
sacrifício), que consiste em unir-se intimamente o metal a ser protegido com o metal protetor, o
qual deve ser mais eletropositivo (maior potencial de oxidação no meio) que o primeiro, ou
seja, deve apresentar um maior tendência de sofrer corrosão.

A proteção catódica e uma técnica que controla o processo de corrosão eletroquímica.

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Proteção Catódica - Técnica de Combate à Corrosão

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CONCLUSÃO

Neste trabalho concluímos que a corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação
química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos. Em
geral a corrosão é um processo espontâneo. O engenheiro deve saber como evitar condições de
corrosão severa, e de Proteção adequadamente os materiais contra a corrosão. As principais
formas de corrosão são։ uniforme, puntiforme, intergranular, filiforme, esfoliação.

O estudo da corrosão é importante porque evita acidentes (perda de vidas ou invalidez): queda de


pontes e aviões, explosão de caldeiras, vazamento de oleodutos, desabamentos de estruturas
metálicas, etc.; insalubridade: causada por vazamentos de produtos tóxicos (líquido ou
gás); defesa do consumidor: produtos de consumo com durabilidade e desempenho
comprometidos pela ação da corrosão.

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Referencias Bibliográficas

http//ftp.demec.ufpr.br

CORROSÃO E PROTEÇÃO DOS MATERIAIS Laboratório de Aspersão Térmica e Soldagem


Especiais – Labats DEMEC/TC/UFPR Professor Ramón S. C. Paredes 2018

http//sulgas.usuarios.rdc.puc-rio.br

CORROSÃO FUNDAMENTOS

AVALIAÇÃO DA INTEGRAÇÃO E REABILITAÇÃO DE DUTOS

Denise Souza de Freitas Engª de Corrosão, Ph.D.

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