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Disciplina:
CORROSÃO E PROCESSOS DE
REVESTIMENTO
Professora: Natália Lopes
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
DISCIPLINA:
Mecanismo eletroquímico
CORROSÃO ATMOSFÉRICA
Classificação
• Atmosfera seca – atmosfera isenta de umidade - não • Rural – praticamente não tem poluentes (derivados
existe nenhum filme de eletrólito na superfície do de amônia e compostos nitrogenados);
metal. A corrosão é lenta ou inexistente. • Industrial – CO2, SO2 e SO3, material particulado;
• Atmosfera úmida – um filme de água adsorvida é
• Urbana – SO2 e SO3
formado – é o que sustenta a corrosão atmosférica
na maior parte do tempo de exposição • Marítima – Cloretos e gotículas de água (spray).
• Propriedades organolépticas:
o Os produtos de corrosão da tubulação de cobre na água potável podem causar um gosto metálico e aumento na
turbidez (partículas de coloração azul-esverdeada).
o Espécies de ferro provenientes de tubulações de ferro fundido, aço-carbono e aço galvanizado escurecem a água,
formam precipitados, mancham de roupas e utensílios, conferem sabor metálico à água e promovem o crescimento de
bactérias de ferro e bactérias redutoras de sulfato.
o O zinco pode causar gosto amargo ou adstringente e em altas concentrações podem conferir um aspecto leitoso à água.
CORROSÃO EM ÁGUA
IMPACTOS
• Econômicos:
o A corrosão interna pode ter impactos econômicos adversos significativos em
sistemas de transmissão e distribuição de água.
o Normalmente, o encanamento doméstico é mais seriamente afetado por corrosão
interna, pois a tubulação não é revestida e seu diâmetro é pequeno, tendendo a
apresentar vazamento e desenvolver tubérculos que podem reduzir o e a pressão.
• Ambientais:
o A corrosão da tubulação de distribuição de água potável levanta preocupações ambientais devido à presença de
chumbo, cádmio, zinco e cobre. Esses metais entram no sistema de coleta de esgoto e eventualmente se acumulam no
lodo e acabam em aterros sanitários, terras de cultivo, etc.
o Os metais corroídos da tubulação de água são a maior fonte desses contaminantes nas águas residuais em muitas
comunidades.
CORROSÃO EM ÁGUA
TIPOS DE ÁGUA
A natureza corrosiva das águas varia consideravelmente de acordo sua composição e depende da liga exposta ao meio.
A atividade biológica também é muito importante pois produtos metabólicos de organismos aquáticos podem ser direta ou
indiretamente corrosivos para muitos metais.
CORROSÃO EM ÁGUA
FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO
Água pura, sem gases dissolvidos, não causa corrosão acelerada na maioria dos metais e ligas em
temperaturas até seu ponto de ebulição. Mesmo em temperaturas de até cerca de 450°C, quase todos os
metais estruturais comuns, com exceção do magnésio e do alumínio, oferecem resistência à corrosão
adequada para água e vapor de alta pureza.
Um componente significativo da água é o oxigênio dissolvido. O oxigênio atua tanto como despolarizador
catódico e como oxidante.
• Como despolarizador catódico: remove o hidrogênio do cátodo durante a corrosão eletroquímica e
acelera o ataque de corrosão.
• Como oxidante, é reduzido na superfície metálica, participando diretamente do processo de corrosão
eletroquímica.
CORROSÃO EM ÁGUA
FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO – OXIGÊNIO DISSOLVIDO E TEMPERATURA
Gases Dissolvidos
CO2 H 2S
CORROSÃO EM ÁGUA
FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO – GASES DISSOLVIDOS
CORROSÃO EM ÁGUA
FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO – GASES DISSOLVIDOS
CORROSÃO EM ÁGUA
FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO – FLUXO/VAZÃO
CORROSÃO EM ÁGUA
FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO – DEPÓSITOS
.
• A água do mar é normalmente mais corrosiva do que a água doce
devido à a maior condutividade e o poder de penetração do íon
cloreto através de filmes de superfície em um metal.
• A taxa de corrosão é controlada pelo teor de cloreto, disponibilidade
de oxigênio e temperatura.
• O teor de 3,5 % de teor de sal da água do mar está na faixa de
solução salina de cloreto com maior corrosividade (combinação de
alta condutividade e maior solubilidade de oxigênio - a solubilidade
do oxigênio é diminui com a concentração de sal).
Taxa de corrosão do aço em função da concentração de
cloreto de sódio
CORROSÃO EM ÁGUA
CONDENSADO DE VAPOR
• Condensado de vapor produzido em industrias se aproxima em pureza da água destilada, exceto por
contaminações por gases.
• A corrosão é causada por CO2 e agravada pela presença de O2.
• CO2 é produzido em caldeiras como resultado da quebra térmica de íons bicarbonato, que entram com a
água de alimentação.
• As seguintes reações são produzidas na caldeira em operação:
2NaHCO3 → Na2CO3 + CO2 + H2O
• Em pontos de condensação, alguma fração do dióxido de carbono (CO2) presente no vapor se dissolve
no condensado, formando ácido carbônico (H2CO3) que hidrolisa em íons de hidrogênio:
• A maior parte da água utilizada industrialmente é para remover o calor da produção em processos.
• Os sistemas de refrigeração sofrem muitas formas de corrosão e falha.
• A diversidade de ataque decorre de grandes diferenças no projeto do sistema de água de
resfriamento, temperatura, fluxo, composição da água, composição da liga e condições de operação.
CORROSÃO MICROBIOLÓGICA
MIC – MICROBIOLOGICALLY INDUCED CORROSION
Amostra Água
• Análises
pH (a 2 5 ºC) 7 ,7 8
Sulfeto (como H2S) <0 ,0 5 mg/ L
Cloreto 1 9 ,7 mg/ L
Amônia (como NH3) <0 ,1 mg/ L
Dureza Cálcio 1 5 3 mg/ L
Sólidos Dissolvidos Totais 4 2 3 mg/ L
Carbonato (como CaCO3) 3 6 ,9 mg/ L
Conclusões
• A tubulação sofreu uma falha precoce, causada por corrosão microbiológica sob depósito
devido ao surgimento de condições ideais para que os microrganismos presentes na água
iniciassem a corrosão e, à medida que os depósitos foram sendo formados, a corrosão foi se
tornando mais severa.
• A presença do defeito na solda funcionou como um abrigo para os microorganismos,
aumentando ainda mais a intensidade da corrosão.
CORROSÃO GALVÂNICA
CORROSÃO GALVÂNICA
• A corrosão pelo solo é uma grande preocupação, especialmente porque grande parte da
infraestrutura enterrada está envelhecendo.
• Requisitos de proteção ambiental cada vez mais rigorosos também estão chamando atenção
para sistemas enterrados ou em contato com o solo.
• As seguintes aplicações são exemplos típicos onde essa forma de corrosão é uma preocupação:
o Oleodutos, gasodutos e adutoras de água;
o Tanques de armazenamento enterrados (um grande número é usado por postos de
gasolina);
o Cabos e conduítes de comunicação elétrica.
CORROSÃO PELO SOLO
FATORES QUE AFETAM A CORROSIVIDADE DOS SOLOS
CORROSÃO PELO SOLO
FATORES QUE AFETAM A CORROSIVIDADE DOS SOLOS
• Os íons sulfato são geralmente considerados mais benignos em sua ação direta na
corrosão pelo solo do que cloretos.
• No entanto, os sulfatos são nutrientes para bactérias redutoras de sulfato, que
convertem esses íons benignos em sulfetos, altamente corrosivos.
CORROSÃO PELO SOLO
FATORES QUE AFETAM A CORROSIVIDADE DOS SOLOS - CORRENTES DE FUGA
• São correntes elétricas de interferência que abandonam seu circuito normal para
fluir por uma região de menor resistência;
• Podem ter um efeito devastador em estruturas enterradas, em particular em dutos;
• A corrosão por corrente de fuga pode se desenvolver a longas distancias;
• É dependente de praticamente todos os parâmetros do solo.
CORROSÃO PELO SOLO
FATORES QUE AFETAM A CORROSIVIDADE DOS SOLOS - CORRENTES DE FUGA
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
• A maioria dos metais e ligas utilizados industrialmente são suscetíveis à corrosão quando
expostos a agentes oxidantes como oxigênio, enxofre, halogênios, SO2, H2S e vapor de água.
• Em temperaturas elevadas, a reação de oxidação é favorecida cineticamente e a velocidade
de corrosão é consideravelmente maior.
• Mecanismo de corrosão química ou corrosão seca.
• Principais ocorrências:
• Oxidação
• Sulfetação
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
OXIDAÇÃO
• Na oxidação em alta temperatura, o metal em contato com uma atmosfera oxidante sofre
uma corrosão química, pela transferência direta de elétrons direta entre os átomos do metal
e os átomos do oxidante:
Oxidação:
4 M → 4 Mn+ + 4n e-
Redução:
n O2 + 4n e- → 2n O2-
Reação Global :
4 M + n O2 → 4 Mn+ + 2n O2-
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
OXIDAÇÃO
• Exemplo: Ferro aquecido a 700°C, na presença de oxigênio a pressão atmosférica, forma uma
camada constituída por três óxidos.
• A composição da camada
varia com a temperatura e a
pressão parcial de oxigênio.
• Os principais fatores que afetam a oxidação em altas temperaturas são a composição da liga
e a temperatura;
• A oxidação do aço-carbono começa a se tornar significativa acima de 500°C e a taxa de perda
de massa aumenta com o aumento da temperatura;
• Os aços inoxidáveis da série 300 são mais resistentes à oxidação até cerca de 800°C;
• A oxidação é comum em fornos e caldeiras, e em quaisquer equipamentos e tubulações que
operem em temperaturas acima de 500°C.
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
OXIDAÇÃO – MATERIAIS SUSCETÍVEIS
• Todos os materiais à base de ferro, incluindo os aço-carbono e os aços de baixa liga, tanto
fundidos como forjados;
• Todos os aços inoxidáveis das séries 300 e 400 e ligas à base de níquel também se oxidam em
algum nível, dependendo da composição e da temperatura.
• Cromo é o principal elemento de liga que influencia na resistência à oxidação em altas
temperaturas.
• Outros elementos de liga como silício e alumínio também são efetivos, mas sua concentração
deve ser limitada por causa de efeitos negativos nas propriedades mecânicas.
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
OXIDAÇÃO – MATERIAIS SUSCETÍVEIS
Taxas de oxidação estimadas em mm/anos para diferentes aços
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
OXIDAÇÃO – MATERIAIS SUSCETÍVEIS
Taxas de oxidação estimadas em mm/anos para diferentes aços
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
OXIDAÇÃO – MATERIAIS SUSCETÍVEIS
Taxas de oxidação estimadas em mm/anos para diferentes aços
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
OXIDAÇÃO
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
SULFETAÇÃO
• Consiste no desgaste de metais que reagem com os compostos de enxofre, a uma temperatura
acima de 260°C.
• É um mecanismo de deterioração comum em refinarias de petróleo, especialmente em fornos,
caldeiras, tubulações e equipamentos que operam acima de 260°C, em contato com
compostos de enxofre.
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
SULFETAÇÃO – MATERIAIS SUSCETÍVEIS
• Todos os materiais à base de ferro, incluindo os aço-carbono, os aços de baixa liga, aços
inoxidáveis da série 400, aços inoxidáveis da série 300 (em ordem de suscetibilidade);
• Ligas de níquel também são afetadas, dependendo da composição e, principalmente, do teor
de cromo. Acima de 645°C, ligas contendo alto teor de níquel podem sofrer uma forma de
sulfetação e perda de espessura associada à formação de sulfetos de níquel abaixo da
superfície do metal.
• Ligas de cobre formam sulfetos como produtos de corrosão em temperaturas ainda mais
baixas de o aço carbono.
CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS
SULFETAÇÃO – FATORES CRÍTICOS
https://www.youtube.com/watch?v=bS9EhYSUeiU