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PÓS-GRADUAÇÃO EM PROCESSOS MECÂNICOS DE FABRICAÇÃO

IEC PUC MINAS

Disciplina:

CORROSÃO E PROCESSOS DE
REVESTIMENTO
Professora: Natália Lopes
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
DISCIPLINA:

Aula Data Conteúdo Aula Data Conteúdo


Aula 1 31/08 Unidade 1 Aula 7 23/11 Unidade 3
Aula 2 28/09 Unidade 1 Aula 8 30/11 Unidade 3
Aula 3 05/10 Unidade 2 Aula 9 07/12 Unidade 3
Aula 4 26/10 Unidade 2 Aula 10 14/12 Unidade 4
Aula 5 09/11 Unidade 2 Aula 11 19/12 Unidade 4
Aula 6 16/11 Seminário Aula12 21/12 Seminário
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
UNIDADES DE ENSINO:
Unidade 1: Introdução Unidade 3: Métodos de Proteção
1.1 Princípios básicos de corrosão. 3.1 Revestimentos metálicos e não-metálicos.
1.2 Importância econômica e social da corrosão. 3.2 Inibidores de corrosão.
1.3 Aspectos termodinâmicos e cinéticos. 3.3 Proteção catódica.
1.4 Formas de classificação. 3.4 Projeto e seleção de materiais.

Unidade 2: Mecanismos de Corrosão e Degradação Unidade 4: Avaliação e monitoramento da corrosão


2.1 Principais mecanismos de corrosão. 4.1 Testes acelerados e não-acelerados de resistência à
2.2 Degradação de materiais poliméricos, cerâmicos e corrosão.
compósitos. 4.2 Estratégias de monitoramento e controle da
corrosão.
LISTA DE EXERCÍCIOS 2
CORREÇÃO
LISTA DE EXERCÍCIOS 2

1. A ação corrosiva da atmosfera dependente essencialmente de sua composição química, ou seja, da presença de poluentes, das
variações de temperatura, da umidade relativa do ar e do tempo de permanência do filme de eletrólito na superfície metálica,
podendo ser afetada ainda pela intensidade e direção dos ventos e por variações climáticas em geral. Segundo Gentil (1996), a
atmosfera pode ser classificada em: seca, úmida ou molhada. Outra forma de classificação, citada por Roberge (1999), classifica os
tipos atmosferas de acordo com o ambiente em que se encontram: rural, industrial, urbana e marinha.
Considerando as classificações dos tipos de atmosfera, associe os tipos de atmosfera, contidos na coluna A, com suas características
principais, contidas na coluna B da tabela a seguir:
LISTA DE EXERCÍCIOS 2

COLUNA A COLUNA B
i. Ocorre condensação na superfície do material, por exemplo, chuva, orvalho ou névoa salina depositados na
1. Seca
superfície.
ii. Atmosferas geralmente com concentrações maiores de poluentes, principalmente SO2, cloretos, fosfatos,
2. Úmida
nitratos e outros.
iii. Neste tipo de atmosfera existe pouca atividade industrial. Contaminantes adicionais são SOx e NOx,
3. Molhada
provenientes principalmente de veículos automotores e emissões domésticas de gases.
iv. Existe um fino filme de eletrólito sobre a superfície do material. A velocidade do processo corrosivo depende
4. Rural
da umidade relativa e da higroscopicidade dos produtos de corrosão.
v. Usualmente são altamente corrosivas e dependentes da velocidade e direção dos ventos, que transportam
5. Industrial
partículas de cloretos.
vi. Não existe filme de eletrólito na superfície do material. O processo é lento e o produto de corrosão é
6. Urbana
resultante de reações químicas puras.
7. Marinha vii. Geralmente é menos corrosiva e livre de poluentes, contendo apenas alguns particulados orgânicos e
inorgânicos.
LISTA DE EXERCÍCIOS 2

COLUNA A COLUNA B
i. Ocorre condensação na superfície do material, por exemplo, chuva, orvalho ou névoa salina depositados na
1. Seca
superfície.
ii. Atmosferas geralmente com concentrações maiores de poluentes, principalmente SO2, cloretos, fosfatos,
2. Úmida
nitratos e outros.
iii. Neste tipo de atmosfera existe pouca atividade industrial. Contaminantes adicionais são SOx e NOx,
3. Molhada
provenientes principalmente de veículos automotores e emissões domésticas de gases.
iv. Existe um fino filme de eletrólito sobre a superfície do material. A velocidade do processo corrosivo depende
4. Rural
da umidade relativa e da higroscopicidade dos produtos de corrosão.
v. Usualmente são altamente corrosivas e dependentes da velocidade e direção dos ventos, que transportam
5. Industrial
partículas de cloretos.
vi. Não existe filme de eletrólito na superfície do material. O processo é lento e o produto de corrosão é
6. Urbana
resultante de reações químicas puras.
7. Marinha vii. Geralmente é menos corrosiva e livre de poluentes, contendo apenas alguns particulados orgânicos e
inorgânicos.

c) 1-VI; 2-IV; 3-I; 4-VII; 5-II; 6-III; 7-V


LISTA DE EXERCÍCIOS 2
2. Latas de conservas são comumente fabricadas usando folhas de flandres, que
são lâminas de ferro revestidas com estanho e revestidas por uma película de
verniz protetor e inerte. Caso a lata seja amassada, danificando os revestimentos
de verniz e de estanho, o ferro e o estanho estarão em contato direto com o
produto e uma pilha galvânica é formada. Como o estanho é mais resistente à
corrosão que o aço, o ferro irá oxidar-se primeiro. Considere a tabela com os
potenciais padrão de redução do eletrodo mostrada abaixo.

Assinale a alternativa que apresenta um metal que pode ser utilizado,


substituindo o estanho, de modo que o ferro não sofra corrosão quando o
revestimento for danificado e a pilha galvânica for formada.
a) Níquel
b) Cobalto
c) Cobre
d) Platina
e) Alumínio
LISTA DE EXERCÍCIOS 2
2. Latas de conservas são comumente fabricadas usando folhas de flandres, que
são lâminas de ferro revestidas com estanho e revestidas por uma película de
verniz protetor e inerte. Caso a lata seja amassada, danificando os revestimentos
de verniz e de estanho, o ferro e o estanho estarão em contato direto com o
produto e uma pilha galvânica é formada. Como o estanho é mais resistente à
corrosão que o aço, o ferro irá oxidar-se primeiro. Considere a tabela com os
potenciais padrão de redução do eletrodo mostrada abaixo.

Assinale a alternativa que apresenta um metal que pode ser utilizado,


substituindo o estanho, de modo que o ferro não sofra corrosão quando o
revestimento for danificado e a pilha galvânica for formada.
a) Níquel
b) Cobalto
c) Cobre
d) Platina
e) Alumínio
LISTA DE EXERCÍCIOS 2
3. O solo é um meio corrosivo de grande importância, devido às grandes extensões de oleodutos, gasodutos, minerodutos, cabos
telefônicos e tubulações de água, subterrâneos, que exigem controle rigoroso para evitar vazamentos e, consequentemente,
contaminações no solo e nos lençóis freáticos. Os principais fatores que influenciam na corrosividade do solo são: umidade, grau de
aeração, pH, resistividade elétrica e a presença de bactérias.
Sobre os fatores que influenciam na corrosividade do solo, assinale a alternativa correta:
a) O solo é um sistema simples, onde as condições físico-química e microbiológicas não variam ao longo da profundidade ou de sua
extensão.
b) A resistividade elétrica é um bom indicativo do nível de corrosividade do solo: Quanto maior a resistividade, menor a agressividade
do solo.
c) O mecanismo de corrosão nos solos é puramente químico, que ocorre por reações de oxidação diretas.
d) Em solos com pH maior do que 7, ou seja, com características básicas, a corrosão é geralmente acelerada, como por exemplo, em
tubulações de aço carbono comum.
e) De acordo com a porosidade do solo, uma condição de aeração diferencial é formada, protegendo a tubulação das reações
eletroquímicas e, consequentemente, evitando sua corrosão.
LISTA DE EXERCÍCIOS 2
3. O solo é um meio corrosivo de grande importância, devido às grandes extensões de oleodutos, gasodutos, minerodutos, cabos
telefônicos e tubulações de água, subterrâneos, que exigem controle rigoroso para evitar vazamentos e, consequentemente,
contaminações no solo e nos lençóis freáticos. Os principais fatores que influenciam na corrosividade do solo são: umidade, grau de
aeração, pH, resistividade elétrica e a presença de bactérias.
Sobre os fatores que influenciam na corrosividade do solo, assinale a alternativa correta:
a) O solo é um sistema simples, onde as condições físico-química e microbiológicas não variam ao longo da profundidade ou de sua
extensão.
b) A resistividade elétrica é um bom indicativo do nível de corrosividade do solo: Quanto maior a resistividade, menor a
agressividade do solo.
c) O mecanismo de corrosão nos solos é puramente químico, que ocorre por reações de oxidação diretas.
d) Em solos com pH maior do que 7, ou seja, com características básicas, a corrosão é geralmente acelerada, como por exemplo, em
tubulações de aço carbono comum.
e) De acordo com a porosidade do solo, uma condição de aeração diferencial é formada, protegendo a tubulação das reações
eletroquímicas e, consequentemente, evitando sua corrosão.
LISTA DE EXERCÍCIOS 2
4. Quais as principais formas de degradação de compósitos?

5. Faça um resumo do capítulo 9 do Guia de Mecanismos de Danos do Ibp, sobre fragilização por hidrogênio e ataque por hidrogênio
em alta temperatura, disponível no Canvas e no link:
https://www.ibp.org.br/personalizado/uploads/2021/07/guia-mecanismo-de-danos-v2021-06-02.pdf
MÉTODOS DE PROTEÇÃO CONTRA A
CORROSÃO
PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO
“A corrosão é o ataque destrutivo de um metal por uma reação com o seu meio.”

Formas de atuação na proteção contra a corrosão:


• Modificação do Material
 Seleção de materiais
• Modificação do Meio Corrosivo
 Modificação do Processo
 Inibidores
• Modificação da interface
 Revestimentos Protetores
PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO
“A corrosão é o ataque destrutivo de um metal por uma reação com o seu meio.”

Formas de atuação na proteção contra a corrosão:


• Modificação do Material
 Seleção de materiais
• Modificação do Meio Corrosivo
 Modificação do Processo
 Inibidores
• Modificação da interface
 Revestimentos Protetores
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS PROTETORES

Revestimentos são camadas (filmes, películas), adicionadas entre o metal e o meio corrosivo com o objetivo de
aumentar sua resistência à corrosão em determinado meio.
O mecanismos de proteção por revestimento se dividem em:
• por barreira:
 revestimento inerte em determinado meio;
 aplicação de um revestimento catódico (mais nobre), em relação ao metal base;
• por ação galvânica:
 aplicação de um revestimento anódico (menos nobre), em relação ao metal base – revestimento de sacrifício.
REVESTIMENTOS PROTETORES

• “Isolam” o contato entre o metal e o meio, interrompendo ou retardando o início da corrosão.

• Meios:
 Atmosfera
 Solo
 Água
 Produtos químicos
REVESTIMENTOS PROTETORES

• Tipos de revestimentos:
 Temporários (atmosfera)
 Metálicos (água, atmosfera, solo e produto químicos)
 Orgânicos: tintas, resinas ou polímeros (água, atmosfera, solo e produto químicos)
 Inorgânicos: esmaltes, vidros, cimentos (água, atmosfera, solo e produto químicos)
REVESTIMENTOS PROTETORES
PROTEÇÃO TEMPORÁRIA
PROTEÇÃO TEMPORÁRIA
ÓLEOS PROTETIVOS

• Os óleos protetivos temporários são fundamentais para


evitar a corrosão em peças e equipamentos metálicos,
tanto no transporte quanto no armazenamento.
• Também podem ajudar a reduzir a velocidade da corrosão
em partes metálicas já oxidadas.
PROTEÇÃO TEMPORÁRIA
ÓLEOS PROTETIVOS

‘’ O método de proteção usando protetivos temporários é baseado na obtenção de uma película superficial, fácil
de aplicar e remover, que atua como uma barreira de proteção, impedindo a penetração de umidade e de
substâncias agressivas.’’
Gentil, 2007
PROTEÇÃO TEMPORÁRIA
ÓLEOS PROTETIVOS

• Protetivos temporários contra a corrosão, aplicados por diluição em água:


 Protetivos emulsionáveis em água;
 Óleos protetivos solúveis em água;
 Produtos químicos solúveis em água.

• Protetivos temporários contra a corrosão, tipo óleo:


 Óleos anticorrosivos para proteger superfícies metálicas expostas;
 Óleos anticorrosivos para proteger superfícies internas de conjuntos montados.
PROTEÇÃO TEMPORÁRIA
ÓLEOS PROTETIVOS

• Protetivos temporários contra a corrosão aplicados por diluição em solventes voláteis:


 Oleosa ou graxa do tipo não-secativo;
 Semi-secativa cerosa e firme;
 Secativa dura, elástica e transparente, semelhante a um verniz;
 Plástica facilmente destacável.

• Protetivos temporários aplicados a quente:


 Produtos à base de vaselina e ceras que formam uma película macia e espessa;
 Produtos termoplásticos formadores de película grossa, resistente e facilmente destacável.
PROTEÇÃO TEMPORÁRIA
EMBALAGENS

• Filme termoencolhível com inibidor volátil de corrosão (VCI) e proteção UV.


• É possível utilizar pacotes dessecantes de VCI ou de sílica gel dentro do equipamento para proteção adicional.
PROTEÇÃO TEMPORÁRIA
EMBALAGENS

https://www.youtube.com/watch?v=fCR1maDTnk8
PROTEÇÃO TEMPORÁRIA
EMBALAGENS

• Filme stretch (pode conter VCI);


• Embalagem de alumínio (preferencialmente à vácuo);
• É possível utilizar pacotes dessecantes de VCI ou de sílica gel
dentro do equipamento para proteção adicional.
PROTEÇÃO TEMPORÁRIA
EMBALAGENS

• Sacos ou filmes plásticos com VCI;


• Papel kraft com VCI.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS

• Estima-se que o uso de tintas ou camadas de revestimentos poliméricos para proteção contra corrosão
representem 30% dos gastos diretos com todos os tipos de proteção anticorrosiva.
• Vantagens:
 facilidade de aplicação;
 boa relação custo-benefício;
 melhoria estética;
 sinalização – segurança e identificação.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS - TINTAS

• Técnica bastante antiga, com grande avanço tecnológico no setor no século XX.
• Entre 1920 e 1940, muitas resinas foram desenvolvidas para a fabricação de tintas, como por exemplo as
alquídicas, vinílicas, acrílicas, epoxídicas, poliuretânicas e silicones.
• Avanço tecnológico também ocorreu com outros constituintes básicos das tintas, como por exemplo os
pigmentos.
• Substituição de pigmentos anticorrosivos tóxicos (a base de chumbo e de cromo) , por pigmentos atóxicos,
como fosfatos de zinco e os metaboratos de bário.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS - TINTAS

• As tintas usadas atualmente na pintura industrial se classificam em:

 Tintas em pó: completamente isentas de solventes, ganharam popularidade e aceitação devido às suas excepcionais
características de aplicação e ao excelente desempenho frente à maioria das condições de exposição e de trabalho. O
processo de aplicação eletrostática e a formação da película por meio de fusão térmica são alguns dos fatores
importantes que contribuem para a obtenção de películas com excelentes propriedades anticorrosivas;

 Tintas de alto teor de sólidos: possuem baixos teores de solventes orgânicos voláteis, portanto alto teor de sólidos em
volume. Podem ser aplicadas pelos métodos tradicionais, em alguns casos sem diluição e em outros utilizando uma
diluição bastante pequena para atingir a viscosidade correta de aplicação. Em geral, possuem teor de sólidos por volume
superior a 70%. O fato de possuírem baixo teor de solventes também contribui, de forma significativa, na formação de
películas com melhores propriedades de proteção anticorrosiva;
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS - TINTAS

 Tintas anticorrosivas de base aquosa ou diluíveis com água: são produtos com baixo índice de toxidez e que não agridem
o meio ambiente. Hoje em dia já se dispõe de esquemas de pintura, com tintas de base aquosa, capazes de conferir ao
aço, sob condições de exposição atmosférica, uma proteção anticorrosiva tão eficiente quanto aqueles com tintas
convencionais a base de solventes orgânicos.

 Tintas líquidas isentas de solventes: em função do grande avanço tecnológico observado no desenvolvimento de novos
tipos de resina, já existem no mercado tintas líquidas isentas de solventes, ou seja, com 100% de sólidos. Em geral, no
campo dos revestimentos por pintura, estas tintas são produzidas a partir de resinas epoxídicas.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS - TINTAS

 Tintas que curam através de radiação: a secagem e cura das películas de tinta ocorre por meio de radiação ultravioleta
(UV) e, em alguns casos, por feixe de elétrons. Os fotoiniciadores, presentes na tinta, ao receberem a incidência de
radiação UV geram radicais livres em quantidade suficiente para iniciar a cura dos oligômeros e monômeros do sistema,
fazendo com que, em questão de segundos, todo o filme esteja reticulado.

As principais vantagens das tintas que curam por radiação, em comparação com as convencionais, são:

 baixa emissão de solventes;


 baixo consumo de energia;
 secagem rápida e elevada velocidade de produção e,
 películas com melhores propriedades técnicas.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PROCEDIMENTOS DE PINTURA

• O procedimento de pintura é um procedimento dentro do qual se especificam todos os detalhes técnicos


envolvidos em sua aplicação, como por exemplo:
 o tipo de preparação e o grau de limpeza da superfície;
 as tintas de fundo (“primer”), intermediária e de acabamento a serem aplicadas;
 a espessura de cada uma das demãos de tintas;
 os intervalos entre demãos e os métodos de aplicação das tintas;
 os critérios para a execução de retoques na pintura;
 os ensaios de controle de qualidade a serem executados na pintura e,
 as normas e os procedimentos a serem seguidos para cada atividade a ser realizada (ex.: normas de
aderência, de medição de espessura, etc).
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ESQUEMAS DE PINTURA

• Para fins de proteção anticorrosiva de estruturas metálicas ou de


equipamentos, um esquema de pintura é composto, na maioria dos casos,
por três tipos de tinta:
 tinta de fundo ou primária (“primer”);
 tinta intermediária; e
 tinta de acabamento.

• Em alguns casos, dependendo da especificação do esquema de pintura, a


tinta intermediária pode ser substituída por uma demão adicional da tinta
de fundo ou da tinta de acabamento
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ESQUEMAS DE PINTURA

• Tintas de fundo ou primárias (“primers”): são aquelas que são aplicadas diretamente ao substrato. Portanto, estão em contato
direto com o mesmo e possuem as seguintes características:
 são as que contêm na composição os pigmentos ditos anticorrosivos, pois estes para exercerem o seu mecanismo de proteção
química ou eletroquímica necessitam de estar em contato direto com o substrato;
 em geral, são foscas ou semifoscas, devido a serem formuladas com uma maior concentração volumétrica de pigmento (CVP),
em relação às tintas de acabamento brilhantes. Isto, de certa forma, torna a película mais rugosa, o que contribui para
melhorar a aderência da demão de tinta subsequente;
 são as tintas responsáveis pela aderência dos esquemas de pintura aos substratos.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ESQUEMAS DE PINTURA

• Tintas intermediárias: são tintas normalmente utilizadas nos esquemas de pintura com a função de aumentar a espessura do
revestimento, com um menor número de demãos, com o objetivo de melhorar as características de proteção por barreira. Para tal,
estas tintas são formuladas com alto teor de sólidos a fim de poderem proporcionar altas espessuras por demão.

É importante ressaltar que existem tintas que atuam como intermediárias e não necessariamente são de alta espessura, como é o
caso das chamadas tintas seladoras. Elas são utilizadas para selar uma película de tinta porosa, antes da aplicação da tinta de
acabamento. É o caso, por exemplo, dos esquemas de pintura com tintas de fundo ricas em zinco a base de silicatos. Antes da
aplicação da tinta de acabamento, é aconselhável aplicar uma demão de tinta intermediária (“tie coat”) epóxi sobre a tinta de fundo
rica em zinco para selar a superfície, com o objetivo de evitar a formação de bolhas e o descascamento do revestimento.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ESQUEMAS DE PINTURA

• Tintas de acabamento: são as tintas que têm a função de conferir a resistência química ao revestimento,
pois são elas que estão em contato direto com o meio corrosivo. Além disso, são as tintas que conferem a
cor final aos revestimentos por pintura.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ESQUEMAS DE PINTURA

• Tintas de acabamento:

ABNT NBR 6493 – Emprego de cores para identificação de tubulações


Produto Descrição Notação Munsell Cor
Água – Exceto para incêndio Verde – emblema 2,5 G 3/4
Água para incêndio Vermelho – segurança 5 R 4/14
Ar comprimido Azul – segurança 2,5 PB 4/10
Eletroduto Cinza – escuro N 3,5
Gases liquefeitos Alumínio Alumínio
Gases não liquefeitos Amarelo – segurança 5 Y 8/12
Inflamáveis combustíveis viscosos Preto N1
Minérios, petróleo bruto Marrom – canalização 2,5 YR 2/4
Produtos químicos não gasosos Alaranjado – segurança 2,5 YR 6/14
Vácuo Cinza – claro N 6,5
Vapor Branco N 9,5
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ESQUEMAS DE PINTURA

• Tintas de acabamento:
REFLEXÃO X ABSORÇÃO DA LUZ SOLAR

Maior REFLEXÃO Maior ABSORÇÃO


Temperatura interna menor Temperatura interna maior
Menor perda por eveporação de solvente Menor viscosidade
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – CONSTITUINTES DA TINTA

• Os constituintes básicos das tintas e vernizes, são os seguintes:


 tintas líquidas convencionais: veículo fixo ou veículo não volátil (constituinte que contém a(s) resina(s),
plastificantes, etc.), pigmento(s), solvente(s) e aditivo(s).
 tintas em pó e as isentas de solventes: neste caso elas não contêm solvente(s). Portanto, possuem o
veículo fixo, pigmento(s) e aditivo(s).
 vernizes: estas composições não possuem a presença de pigmentos. são formadas pelo veículo fixo,
solventes(s) e aditivo(s).
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – CONSTITUINTES DA TINTA

• Veículo fixo ou veículo não volátil: É o constituinte ligante ou aglomerante das


partículas de pigmento e o responsável pela continuidade e formação da
película de tinta.
 É nele que está presente a resina da tinta.
 Normalmente, o nome da tinta está associado ao da resina que a constitui.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – CONSTITUINTES DA TINTA

• Solventes: São substâncias puras utilizadas na solubilização de resinas e no


controle de viscosidade. Dentre os solventes mais utilizados na indústria de
tintas pode-se citar:
 hidrocarbonetos alifáticos: aguarrás mineral;
 hidrocarbonetos aromáticos: tolueno, xileno e naftas aromáticas;
 ésteres: acetato de etila, acetato de butila e acetato de isopropila;
 cetonas: metil-etil-cetona (MEC), metil-isobutil-cetona (MIBC), acetona e
ciclo-hexanona;
 glicois: etilenoglicol, acetato de etilenoglicol monoetil éter e dietilenoglicol.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – CONSTITUINTES DA TINTA

• Pigmentos: São partículas sólidas finamente dispersas no veículo fixo


(insolúveis), utilizadas para se obter propriedades desejáveis, como por
exemplo anticorrosivas, estéticas/decorativas, impermeabilizantes, etc.
• Se dividem em:
 pigmentos anticorrosivos: atuam por mecanismos químicos ou
eletroquímicos, como por exemplo o zinco metálico em pó (Zn), o
zarcão (Pb3O4), os cromatos e os fosfatos de zinco e os metaboratos de
bário;
 opacificantes-coloridos: conferem cor e opacidade às tintas (não são
solúveis no veículo).
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – CONSTITUINTES DA TINTA

• Pigmentos:
 Cargas: são pigmentos diversos que podem ser utilizados por razões
técnicas ou econômicas como reduzir o custo final do produto, para
melhorar certas propriedades da película, como resistência à abrasão, pela
incorporação de cargas de alta dureza [ex.: quartzo (SiO2) e óxido de
alumínio (a-Al2O3)], para fosquear uma tinta e para aumentar o teor de
sólidos, no caso de tintas de alta espessura.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – CONSTITUINTES DA TINTA

• Aditivos: empregados em pequenas concentrações com o objetivo de conferir


propriedades específicas à tinta. Dentre os aditivos mais comuns, pode-se
citar:
 secantes: reduzem o tempo de secagem. Os mais utilizados são os
naftenatos ou octoatos de cobalto, chumbo, manganês, cálcio e zinco;
 anti-sedimentantes: reduzem a tendência de sedimentação dos pigmentos
e compactação no fundo do recipiente durante a estocagem da tinta;
 umectantes: melhoram as características de dispersão e moagem dos
pigmentos;
 antinata ou antipele: são aditivos que evitam, durante a estocagem, a
formação de pele na superfície das tintas óleo-resinosas;
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – CONSTITUINTES DA TINTA

• Aditivos:
 nivelantes: conferem às tintas melhores propriedades de aplicação,
fazendo com que as películas possuam melhor nivelamento;
 antiespumantes: evitam a formação de espuma, tanto na fase de
fabricação como na de aplicação das tintas;
 agentes tixotrópicos: são utilizados nas composições das tintas para que
possam ser aplicadas em superfícies verticais, sem que ocorra
escorrimento;
 antifungos: são empregados, em geral, nas tintas de base aquosa, para
prevenir a deterioração por fungos e/ou bactéria;
 absorvedores de ultravioleta: melhoram a resistência à radiação solar,
resultando em tintas com melhores propriedades de retenção de cor e de
brilho quando expostas ao intemperismo natural
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – CONSTITUINTES DA TINTA
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – NORMAS PETROBRAS PARA TINTAS
TIPO DE TINTA NORMA TÍTULO
ALQUÍDICA N-2492 B ESMALTE SINTÉTICO BRILHANTE
ÓLEO-FENÓLICA N-1259 F TINTA ALUMÍNIO FENÓLICA
EPÓXI FUNDO N-1202 G TINTA EPÓXI-ÓXIDO DE FERRO
N-2630 A TINTA EPÓXI-FOSFATO DE ZINCO DE ALTA ESPESSURA
EPÓXI-ALCATRÃO DE HULHA N-1265 G TINTA DE ALCATRÃO DE HULHA-EPÓXI POLIAMIDA
N-1761 E TINTA DE ALCATRÃO DE HULHA-EPÓXI POLIAMINA
EPÓXI SURFACE TOLERANT N-2288 D TINTA DE FUNDO EPÓXI PIGMENTADA COM ALUMÍNIO
N-2678 TINTA EPÓXI POLIAMIDA PIGMENTADA COM ALUMÍNIO
N-2680 TINTA EPÓXI S/SOLVENTE TOLERANTE A SUPERFÍCIES MOLHADAS
EPÓXI RICA EM ZINCO N-1277 C TINTA DE FUNDO EPÓXI-PÓ DE ZINCO AMIDA CURADA
EPÓXI-ISOCIANATO N-2198 C TINTA DE ADERÊNCIA EPÓXI-ISOCIANATO-ÓXIDO DE FERRO
EPÓXI ALTA ESPESSURA N-2628 A TINTA EPÓXI POLIAMIDA DE ALTA ESPESSURA
N-2629 A TINTA DE ACABAMENTO EPÓXI SEM SOLVENTE
INDICADORA DE TEMPERATURA N-1514 A TINTA INDICADORA DE ALTA TEMPERATURA
ETIL-SILICATO ZINCO N-1661 G TINTA DE ZINCO ETIL-SILICATO
N-1841 C “SHOP PRIMER” DE ZINCO ETIL-SILICATO
SILICATO ZINCO - ALUMÍNIO N-2231 C TINTA DE ETIL-SILICATO DE ZINCO-ALUMÍNIO
POLIURETANO N-2677 A TINTA DE POLIURETANO ACRÍLICO
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ADERÊNCIA

• Uma das propriedades mais importantes para que um esquema de pintura apresente desempenho
adequado.
• Existem, basicamente, três mecanismos pelos quais os revestimentos podem aderir aos substratos
metálicos:
 aderência química: a tinta reage quimicamente com substrato metálico. Um exemplo típico é a
aderência que ocorre quando se aplica o “wash-primer” (tinta condicionadora de aderência que contém
em sua composição, dentre outros constituintes, ácido fosfórico, cromato de zinco e polivinilbutiral)
sobre superfícies de aço galvanizado.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ADERÊNCIA

 aderência polar: neste caso, a aderência ocorre devido à atração entre grupos polares das moléculas da
resina com grupos polares, de carga oposta, do substrato. Quanto maior for o número de grupos polares
na resina melhor será a aderência polar dos revestimentos aos substratos metálicos. É importante destacar
que somente a aderência polar pode não ser suficiente para garantir uma boa durabilidade aos
revestimentos, pois as forças de Van der Waals e London envolvidas são fracas.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ADERÊNCIA

 aderência mecânica: este tipo de aderência está baseado na rugosidade superficial do substrato. Neste sentido, a
limpeza das superfícies metálicas por meio de jateamento abrasivo é uma das formas mais eficientes para se obter
boa aderência mecânica dos revestimentos aos substratos, principalmente metálicos. Além de propiciar ancoragem
mecânica, o jateamento abrasivo contribui para aumentar a área superficial do substrato, a área de interação de
ligações polares.
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – ADERÊNCIA

• Causas mais comuns de falhas de


aderência:
• Presença de contaminantes na
superfície (óleos, graxas, sais,
umidade, partículas sólidas em
geral, etc.;
• Intervalos entre demãos não
respeitados (mínimo e máximo);
• Tintas incompatíveis.
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – TESTES DE ADERÊNCIA
ABNT NBR 11003 – MÉTODO A
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – TESTES DE ADERÊNCIA
ABNT NBR 11003 – MÉTODO B
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES – CONDIÇÃO INICIAL

A maior parte das falhas prematuras em revestimentos por pintura são decorrentes de problemas ocorridos na preparação
da superfície.
Antes da preparação superfícial, o grau de limpeza da superfície é classificado por normas como as ISO 8501, ISO 8504 e
SSPC que são equivalentes entre si, diferindo apenas, em algumas nomenclaturas.
De modo geral, o aço não revestido pode encontrar-se em quatro graus de oxidação:
 grau A: a superfície encontra-se com carepa de laminação intacta e aderente, com pouca ou nenhuma corrosão;
 grau B: a superfície encontra-se num estágio em que uma parte da carepa de laminação se desprendeu, devido à
corrosão do aço, enquanto que a outra continua intacta;
 grau C: condição em que toda a carepa de laminação foi eliminada da superfície, devido à corrosão do aço. A
superfície apresenta uma camada de corrosão bastante uniforme e, no máximo, com poucos alvéolos;
 grau D: toda a carepa de laminação foi eliminada da superfície devido à corrosão do aço e a superfície encontra-se
com corrosão severa do aço e com a presença de grande quantidade de alvéolos.
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES - DESENGRAXE

• Remove contaminantes como o óleo, graxa,


gordura, etc.
• O método mais utilizado é a limpeza com
solventes ou desengordurantes conforme
SSPC-SP1
• Outra alternativa é o uso de emulsificantes e
detergentes (os resíduos destes
desengordurantes deverão ser removidos
por meio de lavagem cuidadosa com água
doce);
• Ao se utilizar solventes deve-se levar em
conta os riscos à saúde e a compatibilidade
dos mesmos com a tinta existente.
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES – FERRAMENTAS MANUAIS

• Método lento, trabalhoso e oneroso, remove apenas as crostas,


ferrugem e tinta antiga soltas

• Normalmente usado apenas em pequenas áreas, manutenção a


bordo ou locais inacessíveis a outras ferramentas

• Os graus de preparação obtidos são:


• SSPC SP-2
• ISO 8501-1 St2 ou St3
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES – FERRAMENTAS MANUAIS

RASPADOR ESCOVA DE ARAME PICADOR


• Não remove crostas • Embora lento e trabalhoso, o picador é
• Efeito limitado, pois não
ou ferrugem eficiente para remover crostas, corrosão e
remove carepa ou corrosão
• Usado para remover tinta velha soltas
profunda ou aderida
tinta solta ou • Muito utilizado para a remoção de
• Pode polir a superfície da
incrustações depósitos profundos de corrosão ou
carepa ou ferrugem
carepas antes do jateamento abrasivo
aderida, dando uma falsa
impressão de limpeza
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES - FERRAMENTAS ROTATIVAS

ESCOVAS ROTATIVAS

• Removem contaminações soltas mas não são eficientes


contra corrosão aderida;
• Podem polir a superfície do aço, prejudicando À
aderência da tinta;
• Muito frequentemente espalham óleo em superfícies
limpas previamente, devendo-se tomar o cuidado de
utilizar sempre escovas novas ou limpas.
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES

DISCOS ROTATIVOS

• Utilizam-se discos resinados com abrasivo;


• Removem ferrugem solta e aderida mas não são um
método prático para remoção da carepa;
• Muito usado para suavizar arestas e a tinta velha ao redor
de um reparo com jato abrasivo;
• Removem o metal base, formando perfil superficial,
sendo uma boa alternativa ao jato abrasivo em áreas de
difícil acesso.
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES - FERRAMENTAS DE IMPACTO

PISTOLA DE AGULHAS E MARTELETES


• Atuam com lâminas ou pontas que impactam a
superfície, rompendo, soltando e removendo
materiais macios como a ferrugem, carepa,
tinta velha e escória de solda;
• São eficientes apenas no ponto de impacto,
não removendo resíduos profundos no fundo
de pites ou cavidades não alcançados pela
ferramenta.
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES - FERRAMENTAS DE IMPACTO

https://www.youtube.com/watch?v=OXWIrRP5RqE
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES – JATEAMENTO ABRASIVO

• O Jateamento Abrasivo ainda é o mais eficiente


método de limpeza, em termos de produtividade e
custo/benefício
• Remove completamente a carepa de laminação,
ferrugem fortemente aderida e tinta velha bem
aderida
• Promove perfil de ancoragem
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES – JATEAMENTO ABRASIVO

Os tipos mais comuns de Jateamento Abrasivo são:


• Jato Seco com Ar Comprimido
 projeção das partículas de abrasivo em alta velocidade por meio de ar comprimido com pressões da
ordem de (100 psi - 7 Kgf/cm²)
• Jato Seco sem Ar Comprimido
 “Shot Blasting”, impulsão do abrasivo através de turbinas de centrifugação
 “Vacuum Blasting”, recirculação de abrasivos em circuito fechado à vácuo
• Jato Úmido
 utiliza misturas de abrasivo com água, impulsionadas por meio de ar comprimido
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES – JATEAMENTO ABRASIVO

Os tipos mais comuns de materiais abrasivos são:


• Metálicos
 Caros
 Não se rompem com o impacto e podem ser reutilizados diversas vezes
 Muito usados em máquinas de shot blasting e vacuum blasting (sistemas fechados com reciclagem)
além de cabines de jato fechadas
• Não Metálicos
 Mais baratos
 Rompem-se com facilidade e somente podem ser reciclados poucas vezes
 Mais usados em operações de jato em ambiente aberto
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES – JATEAMENTO ABRASIVO

GRANALHA DE AÇO

• São abrasivos de aço de formato angular ou esférico, SHOT

fornecidos em diversos tamanhos Perfil arredondado

• Possuem alta densidade e dureza, sendo altamente


recicláveis Granalha de aço esférica

• Propiciam excelente perfil superficial GRIT


• São excelentes abrasivos para uso em sistemas Perfil anguloso
fechados ou automáticos (vacuum blast, shot blasting,
cabines de jato, etc.)
Granalha de aço angular
• Seu custo inicial é elevado
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES – JATEAMENTO ÚMIDO

O uso de água como componente no processo de jateamento é um


desenvolvimento recente, que visa principalmente:
• Reduzir as emissões de poeiras
• Efetuar uma lavagem dos contaminantes em conjunto com o
processo de limpeza da superfície

Existem dois tipos de Jateamento com Água:


• Jato Abrasivo Úmido = Água + Abrasivo
• Hidrojateamento = Somente Água em altíssimas pressões,
sem o uso de abrasivos
O hidrojateamento não cria
perfil de rugosidade
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES - HIDROJATEAMENTO

https://www.youtube.com/watch?v=HXBQR8RNWK0
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE TINTA
ESPALHAMENTO PULVERIZAÇÃO

PISTOLA
TRINCHA CONVENCIONAL

PISTOLA
ROLO “AIRLESS”
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS - TINTAS
• Defeitos comuns:

Enrugamento: a superfície apresenta Escorrimento: formação de ondas ou gotas pelo


ondulações e rugas na película de tinta escorrimento durante a aplicação da tinta
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS - TINTAS
• Defeitos comuns:

Casca de laranja: a superfície apresenta Fervura: alterações da superfície da pintura


irregularidades, com textura similar à casca semelhantes a pequenas bolhas
de laranja
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS - TINTAS
• Defeitos comuns:

Descascamento: perda de aderência entre a Cratera ou olho de peixe: pequena depressão


película e o substrato ou entre demãos arredondada, podendo ser perfurante ou apenas
superficial
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS - TINTAS
• Defeitos comuns:

Empolamento: formação de bolhas contendo Craqueamento ou gretamento: fissuras de


sólidos, líquidos ou gases aspecto semelhante a couro de jacaré
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS

• Impermeabilizantes:
 na construção civil, por exemplo, a pintura pode ser
utilizada não só para fins estéticos mas também para
auxiliar na impermeabilização do concreto, a fim de
evitar a permeação de íons agressivos para o interior do
mesmo, reduzindo assim a possibilidade de corrosão das
armaduras de aço
 telhados
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PROTEÇÕES ESPECIAIS

https://www.youtube.com/watch?v=jh6V6kQoCfE
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PROTEÇÕES ESPECIAIS

https://youtu.be/LeCWjTLzPU8
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REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PROTEÇÕES ESPECIAIS

https://youtu.be/kQsb1LIrfzo
REVESTIMENTOS PROTETORES
REVESTIMENTOS ORGÂNICOS – PROTEÇÕES ESPECIAIS - TÉRMICA E ANTICORROSÃO

https://www.youtube.com/watch?v=f8wE_d52zcw

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