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QUÍMICA GERAL

AULA 6

Prof. Marcos Baroncini Proença


CONVERSA INICIAL

Nas aulas anteriores, vimos conceitos de química geral com algumas


aplicações, desde átomo, tipos de ligações químicas com seus efeitos nas
propriedades dos materiais de engenharia, tabela periódica, até estequiometria
de reações químicas e eletroquímica.
Nesta aula, vamos apresentar algumas aplicações da química geral,
dentro de temas que você certamente encontrará em sua vida profissional e em
discussões atuais.
Os seguintes assuntos serão apresentados:

1. Corrosão industrial.
2. Combustão e combustíveis.
3. Química ambiental.

Bons estudos

TEMA 1 – CORROSÃO INDUSTRIAL

Segundo o boletim informativo da Associação Brasileira de Galvanização


(ABGALVA) de 2017, cerca de 20% da produção mundial de ferro e aço é
perdida com a corrosão.
Neste mesmo boletim, foi comentado que um estudo da empresa norte-
americana CCTechnologies avaliou que de 1% a 5% do produto interno bruto
(PIB) dos países industrializados são consumidos pela corrosão.
Segundo o IBGE, o PIB do Brasil em 2017 foi de R$ 6,6 trilhões. Fazendo
um cálculo pela média de 1% a 5% , ou seja, usando 3% do PIB por estimativa,
só em 2017 foram gastos no Brasil R$ 198 bilhões em manutenções corretivas
devido a corrosão.
Medidas preventivas e preditivas de manutenção contra a corrosão
podem levar a uma diminuição do valor consumido em até 25%, o que
representaria em 2017 uma economia aos diversos setores industriais em torno
de R$ 49,5 bilhões. Para medidas preventivas, é importante que o engenheiro
responsável esteja atento à identificação dos tipos de corrosão e tenha noções
de como pode preveni-las ou mesmo corrigir as condições que possam estar
levando ao processo de corrosão identificado.

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1.1 Definição e conceitos básicos de corrosão

Podemos afirmar que a corrosão industrial é a degradação de estruturas,


elementos de máquinas, equipamentos e tubulações feitos de materiais
metálicos ou não metálicos, ocasionada por qualquer ação química, física ou
físico-química originada por um processo industrial ou pela atmosfera à qual
estejam sendo expostos.
Para materiais metálicos, a corrosão nada mais é que o processo inverso
ao metalúrgico. No processo metalúrgico, por aplicação de uma elevada energia,
ocorre a redução do minério, separando o metal dos óxidos ou carbonatos
ligados a ele, transformando-o em um metal puro. A elevada energia, na forma
de altas temperaturas em fornos, é requerida por ser um processo que não é
espontâneo.
No processo corrosivo, oxigênio, gás carbônico e íons negativos
presentes no meio se ligarão ao metal puro, fazendo com que este retorne à
condição, principalmente, de óxido ou carbonato do metal, que precipitará para
o meio ao qual estará exposto. Esse processo não requer aplicação de qualquer
energia, uma vez que é espontâneo.

Figura 1 – Representação comparativa entre processo metalúrgico e processo


de corrosão

Citando como exemplo o ferro, temos que em seu estado de menor


energia é encontrado nos minérios hematita (Fe2O3), magnetita (Fe3O4) e siderita
(FeCO3). As reações de redução desses minérios são:

• Hematita na presença de monóxido de carbono (CO):

3
Fe2O3 + 3CO 2Fe + 3CO2

• Magnetita na presença de monóxido de carbono (CO):

Fe3O4 + CO 3 FeO + CO2


FeO + CO Fe + CO2

• Pirita por calcinação (830°C):

FeCO3 FeO + CO2


FeO + CO Fe + CO2
As reações de corrosão ocorrem exatamente da forma inversa da
metalurgia. Assim:

• Ferro puro para hematita:

2Fe + 3CO2 Fe2O3 + 3CO


Os demais seguem o mesmo raciocínio.

1.2 Custos da corrosão e identificação de suas formas

Uma das principais razões para o crescimento do interesse na inibição da


corrosão industrial está na minimização dos custos que representa para a
indústria, o que, no mercado competitivo de hoje, representa muito em termos
de competitividade. Com relação aos custos, a corrosão leva a custos diretos e
indiretos.
Como custos diretos, podemos citar substituição das peças ou
equipamentos que sofreram corrosão, incluindo nesses custos a mão de obra e
o consumo de insumos, os custos com afastamentos de funcionários por lesões
ou intoxicações provocadas por danos às instalações industriais e os custos de
manutenção dos processos de proteção através da reposição de anodos de
sacrifício, recobrimento de pinturas industriais e manutenção de sistemas de
proteção por corrente catódica.
Como custos indiretos, podemos citar os custos relativos às paralisações
não programadas para manutenção corretiva dos danos provocados por falhas
devido à corrosão, bem como o start das plantas produtivas, a perda ou o atraso
na entrega de produtos, a reposição de funcionários no período de afastamento
daqueles que sofreram afastamento por acidentes de trabalho, a perda na
eficiência de equipamentos e bombas, as perdas por contaminação de insumos
e produtos, as multas ambientais e outros.
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Além disso, a corrosão deve ser inibida, muitas vezes, não
especificamente em função dos custos diretos ou indiretos a ela relacionados,
mas pelos riscos à sociedade. Por exemplo, os danos provocados por corrosão
podem levar a fraturas repentinas de partes críticas em meios de transportes
como aviões, trens, automóveis, caminhões e navios, em obras civis como
prédios, viadutos e pontes, causando desastres e perdas de vidas humanas.
Também podem levar a problemas ou mesmo interrupção de fornecimento de
água e energia elétrica ou ainda em sistemas de comunicação, gerando diversos
transtornos à sociedade e, principalmente, podendo levar a desastres ecológicos
muitas vezes de proporções irrecuperáveis.

Figura 2 – Navio totalmente tomado pela corrosão em uma praia

Créditos: MaximTrukhin/Shutterstock.

Assim, o engenheiro deve sempre estar atento aos problemas de


corrosão, identificando o tipo de corrosão, tendo noção de sua severidade e das
formas de inibir tal corrosão. Portanto, passaremos agora a identificação,
severidade e formas de inibição.
Existem nove tipos principais de corrosão que ocorrem frequentemente
em processos industriais: corrosão superficial ou uniforme, corrosão por placas,
alveolar e por pite, corrosão galvânica ou bimetálica, corrosão seletiva, corrosão
por erosão e cavitação, corrosão sob tensão, corrosão microbiológica e corrosão
por hidrogênio.

1.2.1 Corrosão superficial ou uniforme

É a forma mais comum de corrosão. É normalmente originada pela reação


química e/ou eletroquímica que ocorre uniformemente em toda a superfície de

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um metal exposta a um meio agressivo. O metal vai perdendo continuamente
espessura de uma forma uniformemente distribuída ao longo de sua superfície.
Normalmente é de baixa penetração e só afeta as propriedades de uma forma
mais significativa em um tempo próximo ao da vida útil do equipamento ou da
instalação industrial.
Essa corrosão pode ser ou não acompanhada por outro tipo de corrosão,
originada por produtos da reação do meio agressivo com a superfície exposta.
A corrosão superficial pode ser inibida por seleção de materiais mais
resistentes ao meio agressivo, pintura industrial, revestimento ou proteção
catódica por anodo de sacrifício.

Figura 3 – Corrosão superficial

Créditos: Mr Twister/Shutterstock.

1.2.2 Corrosão por placas, alveolar e por pite

Na medida em que a superfície de corrosão fica menor, por concentração


da corrosão em regiões menores, por diferença nas composições químicas ou
por tensões internas geradas por tratamentos térmicos ou processos de
fabricação, a profundidade da corrosão vai aumentando, chegando ao ponto de
perfurar a parede da chapa ou da tubulação. Assim, de uma forma decrescente
com relação à superfície de corrosão e crescente sobre a profundidade de
corrosão, teremos:

• Corrosão em placas: não ocupa mais toda a extensão da superfície, mas


ainda tem grande área de concentração e baixa profundidade.

Figura 4 – Corrosão em placas na superfície interna de vaso de refinaria

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Créditos: Evgeny Gubenko/Shutterstock.

• Corrosão alveolar: ocupa uma extensão pequena da superfície,


produzindo sulcos mais profundos que o da corrosão em placas, de fundo
arredondado, cujo diâmetro é maior que a profundidade.

Figura 5 – Corrosão alveolar

Créditos: Guilbaud Stan/Shutterstock.

• Corrosão por pite: é a forma de corrosão mais agressiva e mais difícil de


controlar. Sua identificação é muito trabalhosa e geralmente ocorre
apenas em função da detecção de vazamentos em tubulações ou vasos.
É de diâmetro de dimensões pontuais e profundidade que transpassa a
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espessura da chapa ou da parede da tubulação. É o tipo de corrosão que
ocorre em aços inoxidáveis.

Figura 6 – Corrosão por pite

Créditos: Simple/Shutterstock.

A exemplo da corrosão superficial, essas corrosões podem ser inibidas


por seleção de materiais mais adequados ao meio agressivo, pintura industrial,
revestimento ou proteção catódica por anodo de sacrifício ou corrente impressa.

1.2.3 Corrosão galvânica

Este tipo de corrosão ocorre pela diferença de potencial de oxirredução


que usualmente existe entre dois metais em um meio condutor. Se os dois metais
forem colocados em contato, a diferença de potencial entre eles vai provocar um
fluxo de elétrons entre o metal de menor eletroafinidade para o de maior
eletroafinidade. O metal de maior eletroafinidade vai tornar-se anódico, agindo
como o catodo de uma célula eletroquímica, sendo que o de menor
eletroafinidade se tornará catódico, agindo como anodo da pilha. O catodo
sofrerá uma mínima corrosão, e o anodo, a máxima corrosão. Assim, haverá
uma deterioração acelerada do metal de menor eletroafinidade.

Figura 7 – Corrosão galvânica acelerada de arruela e chapa por contato com


parafuso de maior eletroafinidade

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Créditos: JJSINA/Shutterstock.

Também pode ocorrer em frestas ou por aeração diferencial em tanques


ou em tubulações submersas. No primeiro caso, pode haver uma concentração
de eletrólitos nas frestas e, por condensação e umidade, gerar uma pilha
eletroquímica. No segundo caso, é a diferença de concentração de oxigênio que
gera a pilha eletroquímica.

Figura 8 – Corrosão em fresta

Créditos: MemoPlus/Shutterstock.

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1.2.4 Corrosão seletiva

É um tipo de corrosão localizada, na qual regiões ou componentes de ligas


metálicas são atacados. Os tipos mais comuns são: corrosão intergranular
(sensitização), corrosão em zonas termicamente afetadas, descarbonetação em
aços comuns e dezincificação de latões.
É um processo caracterizado pela formação de áreas de precipitação de
elementos de liga em defeitos da estrutura cristalina dos metais, principalmente
após processos de soldagem, formando áreas anódicas que sofrem corrosão
preferencial do meio agressivo, provocando a precipitação desses elementos de
liga e a formação de áreas de corrosão localizada.
Pode-se controlar essa corrosão por tratamentos térmicos que permitam
uma difusão dos elementos de liga, de tal forma que fiquem o mais
uniformemente distribuídos possível. A seleção mais adequada da liga metálica
também evita esse tipo de corrosão.

Figura 10 – Sensitização

Créditos: Yongcharoen_kittiyaporn/Shutterstock.

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Figura 12 – Descarbonetação

Créditos: Choze-KL/Shutterstock.

1.2.5 Corrosão por erosão e cavitação

Corrosão dita por erosão é a aceleração da deterioração de um metal


devido à abrasão de um fluído agressivo. Também está associada ao desgaste
provocado em paredes de vasos e em dutos de transporte de sólidos.
Em muitos casos, as falhas decorrentes desse tipo de corrosão ocorrem
em um curto espaço de tempo, em espacial para casos nos quais não foram
previstos os efeitos de abrasão para regime de escoamento turbulento de fluidos,
tendo sido realizados ensaios de deterioração apenas em condições de
escoamento de fluidos em regime laminar. Esse tipo de corrosão ocorre bastante
em indústrias de cimento.
Também pode acontecer um tipo específico desse tipo de corrosão
chamado de cavitação. A corrosão por cavitação ocorre principalmente em
turbinas hidráulicas e hélices de bombas centrífugas. Seu mecanismo consiste
na produção de bolhas de ar ou vapor que ficam aderidas nas paredes da
superfície do material. Por diferença de pressão gerada por elevada velocidade
de movimento do fluido ou da superfície do sólido, ocorrem colapsos nas bolhas,

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que implodem e geram uma onda de choque. A onda de choque vai fazer
escavações na superfície dos sólidos, gerando cavidades.
Pode-se diminuir o efeito desse tipo de corrosão pela seleção de materiais
mais resistentes, por recobrimentos superficiais e por alterações em projetos
visando diminuir a turbulência em escoamentos.

Figura 13 – Corrosão por erosão

Créditos: Flaviano Fabrizi/Shutterstock.

1.2.6 Corrosão sob tensão

É uma corrosão onde os efeitos da ação do meio agressivo e da fadiga


por tensão são associados. É um dos tipos de corrosão mais incidentes
principalmente em indústrias químicas e refinarias de petróleo.
Normalmente, essa corrosão se inicia como corrosão química ou
eletroquímica e, em função dos esforços mecânicos a que a superfície está
exposta, gera microtrincas que se juntam e levam ao colapso da estrutura por
fratura. As microtrincas ocorrem ao redor dos grãos de estrutura cristalina ou
atravessam esses grãos. No caso de ser nos contornos, é chamada corrosão
sob tensão intergranular; e, no caso de atravessar o grão, é chamada corrosão
sob tensão transgranular.
As consequências desse tipo de corrosão são frequentemente sérias, pois
levam à ruptura de tubulações, vasos ou instalações.

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O método mais comum de se controlar esse tipo de corrosão é por
proteção catódica e por inspeções contínuas por métodos não destrutivos, como
por sensoriamento por UV e por potenciômetros.

Figura 15 – Corrosão intergranular e transgranular

Transgranular

Intergranular

Créditos: Yongcharoen_kittiyaporn/Shutterstock.

1.2.7 Corrosão microbiológica

A corrosão ocorre quando os micro-organismos produzem substâncias


corrosivas, originadas em seu processo digestivo, como ácidos, álcalis e
sulfatos, que transformam um meio inerte em agressivo pela presença de ácidos
ou álcalis.
Está presente em equipamentos de digestão aeróbica e anaeróbica, bem
como no solo, em dutos, vasos e equipamentos de indústrias de alimentos e
outros.
A eliminação do micro-organismo é difícil de ser conseguida em solos ou
sistemas fechados, mesmo que se identifique bem o micro-organismo.
O método mais comum de se controlar esse tipo de corrosão é inibindo a
atividade metabólica do micro-organismo, modificando as características do

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meio de forma que se torne inóspito ao seu desenvolvimento, usando
revestimento e através da seleção de material mais adequado.

Figura 16 – Corrosão microbiológica

Créditos: Severe/Shutterstock.

1.2.8 Corrosão por hidrogênio

É um tipo de corrosão cada vez mais em evidência, em função do uso do


hidrogênio como combustível em motores a combustão ou em células de
combustível para motores elétricos. Esse tipo de corrosão já vem provocando
danos em indústrias petrolíferas e químicas.
É caracterizada por empolamentos, que levam a microfissuras e ao
comprometimento das propriedades mecânicas dos equipamentos.
O mecanismo dessa corrosão consiste na união de hidrogênio atômico a
outro em um defeito de estrutura do material, gerando o hidrogênio molecular. A
molécula de hidrogênio é muito maior que um átomo de hidrogênio, o que a faz
ficar presa na estrutura cristalina. Quanto mais moléculas de hidrogênio se
juntam, mais aumenta a pressão localizada, que levará ao empolamento e,
posteriormente, à trinca.
O método mais comum de se controlar esse tipo de corrosão é por
inibidores e controle de processos, pois geralmente o hidrogênio é gerado
durante o próprio processamento, além de revestimento e seleção de materiais.

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Figura 17 – Empolamento e trinca por hidrogênio

Créditos: Kimtaro/Shutterstock.

1.2.9 Corrosão filiforme e incrustração

Corrosão filiforme é o tipo de corrosão que acontece em superfícies


metálicas revestidas com tintas, por proteção com pintura industrial ou com
recobrimento por deposição galvânica. Pequenas fissuras nas tintas fazem
permear os agentes corrosivos que levam ao aparecimento de finos filamentos,
não profundos, que se propagam em diferentes direções.
A melhor forma de inibir essa corrosão é por inspeção e manutenção
contínua da pintura industrial ou da deposição galvânica.

Figura 18 – Corrosão filiforme

Créditos: dude_lea/Shutterstock.

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Incrustação ocorre pela concentração de sólidos que se formam no
interior de tubulações ou equipamentos devido à precipitação de substâncias
dissolvidas na água. É muito comum em caldeiras, tubulações de trocadores de
calor e torres de resfriamento. Quanto maior é a temperatura, mais fácil é a
precipitação e maior é o problema da incrustação. A incrustação pode levar ao
estrangulamento da tubulação, impedindo a circulação de água ou vapor,
podendo gerar pressões que levam à explosão de caldeiras. Também age como
uma barreira isolante, reduzindo a eficiência dos trocadores de calor.

Figura 19 – Corrosão por incrustação

Créditos: Tobias1900/Shutterstock.

TEMA 2 – COMBUSTÃO E COMBUSTÍVEIS

Combustíveis são sólidos, líquidos ou gases que reagem com o oxigênio


gerando energia suficiente para aproveitamento industrial. Reações de
combustão são reações químicas que envolvem a oxidação completa de um
combustível gerando energia. Os principais elementos químicos que constituem
um combustível são carbono (C) e hidrogênio (H), os quais reagem com
oxigênio, formando gás carbônico (CO2) e água (H2O), respectivamente.
A equação geral da combustão é:

Combustível + comburente gás carbônico + água


O comburente é o oxigênio. Repare que, para a reação de combustão
acontecer, é necessário que se aplique energia ao sistema.

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Como já visto, temos combustíveis sólidos, líquidos e gasosos. Os
combustíveis sólidos mais usados na indústria são o carvão mineral e o carvão
vegetal, mas cresce o uso de uma mistura de casca, cavacos, bagaço de cana
e serragem de madeira, chamada de biomassa.

2.1 Carvão

O carvão é um combustível amplamente usado na indústria,


principalmente siderúrgica, cuja composição é quase exclusivamente de carbono
(C). É obtido por mineração, quando é o carvão mineral oriundo de processos
geológicos, ou do processo de carbonização de madeira, normalmente pinho ou
eucalipto. Cabe ressaltar aqui que o saldo no crédito de carbono para a geração
de carvão vegetal é positivo.
A reação de combustão do carbono é:

Carvão + O2 CO2 + H2O


Com relação ao carvão, devemos analisar os dois tipos usados
industrialmente para geração de energia, que são o carvão mineral e o carvão
vegetal.
O carvão mineral é resultado do mesmo processo que gera o petróleo.
Porém, neste caso, há uma absorção do líquido pelo solo poroso. Sob condições
de pressão e temperatura, é formado em uma rocha em vez de líquido
betuminoso. Assim, forma-se o carvão betuminoso, cuja composição principal é
de cerca de 50% em massa de carvão (C), 6% de hidrogênio (H) e 44% de
oxigênio (O).
É usado como combustível em fornos de siderurgia, fábricas de cimento
e termoelétricas, e também é usado na produção de explosivos.
O calor específico liberado pela reação de combustão do carvão mineral
é:

Carvãomin + O2 CO2 + H2O cp = 32 kJ/kg


O carvão vegetal é resultado do processo de carbonização da madeira
em fornos de carvoarias. Nesses fornos, o ar quente é insuflado e promove a
carbonização da madeira a aproximadamente 400 °C.
No Brasil, representa aproximadamente 75% da quantidade de carvão
usado nas siderúrgicas.

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Com relação aos problemas ambientais, o balanço de carbono na
produção do carvão vegetal é positivo, pois as árvores plantadas para a
produção absorvem a emissão de CO e de CO2 do processo de carbonização e
fixam o carbono no solo. Antigamente, havia problemas ambientais em função
do uso de árvores nativas para a produção do carvão vegetal. Hoje, são
plantadas árvores, principalmente pinus e eucalipto, para essa finalidade, sem
comprometer a biota da região.
O calor específico liberado na queima do carvão vegetal é:

Carvãoveg + O2 CO2 + H2O cp = 34 kJ/kg

2.2 Gasolina, diesel e querosene

A gasolina é um combustível não renovável, composto basicamente de


hidrocarbonetos que possuem de 6 a 10 átomos de carbono. Assim, a
composição química da gasolina pode variar. Para o cálculo estequiométrico, é
comum considerar que a gasolina tem oito átomos de carbono. É o combustível
mais usado em veículos automotivos, por apresentar baixo ponto de combustão
e elevada energia em sua queima.
A qualidade da gasolina é medida pelo índice de octanagem ou índice de
octanas, que é a medida de resistência à compressão na câmara de combustão.
A resistência interfere na eficiência da câmara de combustão, pois uma baixa
resistência leva a uma explosão prematura na câmara, diminuindo a energia
gerada. Com relação à resistência, foi descoberto que o isoctano tem a maior, e
o heptano tem a menor. Assim, é atribuído o valor 100 de índice de octanagem
para o isoctano e 0 para o heptano. Portanto, uma gasolina com índice de
octanagem 80 apresenta uma resistência à compressão equivalente a uma
mistura de 80% de isoctano e 20% de heptano.
Muito embora haja uma movimentação com relação a sua substituição,
por ser um combustível não renovável derivado do petróleo, ainda vêm sendo
encontradas jazidas de petróleo, como o pré-sal, que garantem uma boa
sobrevida à gasolina. É efetivamente esse combustível que move toda a indústria
petrolífera, o que o torna a maior fonte de renda das refinarias.
O calor específico liberado na queima da gasolina é:

2 C8H18 + 25 O2 16 CO2 + 18 H2O cp = 48 kJ/kg

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O querosene é também um combustível derivado do petróleo, e sua
temperatura de obtenção na coluna de craqueamento catalítico do petróleo fica
entre a da obtenção da gasolina e a de obtenção do diesel. É uma combinação
complexa de hidrocarbonetos alifáticos, naftênicos e aromáticos e possui um
número de carbonos no intervalo de 9 a 16. Assim, é comum considerar para o
cálculo estequiométrico que o querosene tem 13 átomos de carbono.
Foi o primeiro produto da refinação do petróleo com valor comercial, pois
era usado em iluminação pública e residencial em lamparinas, lampiões e
arandelas. Hoje, seu grande uso é como combustível de aeronaves.
O calor específico liberado na queima do querosene é:

C13H28 + 20 O2 13 CO2 + 14 H2O cp = 43 kJ/kg


O diesel é um combustível não renovável derivado do petróleo, cuja
característica principal é ter elevada compressibilidade. Além de sofrer explosão
espontânea por compressão nas câmaras de combustão, é um combustível de
alta taxa de compressão, o que resulta em uma elevada eficiência na conversão
da energia da combustão na energia cinética que movimenta o pistão. A exemplo
da gasolina e do querosene, também é formado por uma mistura complexa de
hidrocarbonetos, com 15 a 18 átomos de carbono. Assim, o usual é considerar
diesel com 17 carbonos para cálculos estequiométricos.
Devido a sua alta na conversão da energia de combustão em energia
cinética que movimenta o pistão, é usado em motores que exigem elevados
torque e potência, como os de caminhões, ônibus, embarcações marítimas,
locomotivas, máquinas de grande porte e também é usado em geradores de
energia estacionários.
Como o Brasil é um país cujo transporte de mercadorias é
majoritariamente rodoviário, o diesel é o combustível mais usado, representando
hoje aproximadamente 45% do consumo dos combustíveis derivados do
petróleo.
Atualmente, o diesel é classificado pela ANP (Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) pelo seu teor de enxofre e por ter ou
não adição de biodiesel. O diesel classificado como do tipo A não contém
biodiesel em sua composição; o classificado como do tipo B possui biodiesel em
sua composição. Ainda, além de A ou B, tem uma subclassificação em função
do teor de enxofre:

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• Óleo diesel A S10 e B S10: possui teor de enxofre máximo de 10 mg/kg.
• Óleo diesel A S500 e B S500: possui teor de enxofre máximo de 500
mg/kg.
• Óleo diesel A S1800 e B S1800: possui teor de enxofre máximo de 1800
mg/kg.

O calor específico liberado na queima do querosene é:

C15H32 + 23 O2 15 CO2 + 16 H2O cp = 51 kJ/kg

2.3 Gás natural, GLP e hidrogênio

Gás natural é uma substância composta cerca de 70% de metano (CH4),


mas também de etano (C2H6) e com uma fração não maior que 2% de propano
(C3H8).
O gás natural pode ser encontrado dissolvido no petróleo ou sob a forma
de uma capa de gás junto com petróleo. Neste caso, o gás é usado para manter
a pressão do reservatório para facilitar a extração.
Também é encontrado livre do óleo e da água no reservatório, extraído na
forma de gás natural.
É um gás inodoro e incolor, mas também mais leve que o ar. Assim, não
é comercializado com aditivos para identificar vazamentos, pois rapidamente se
dissipa para a atmosfera.
O gás natural vem sendo usado para a geração de energia termelétrica e
como combustível de fornos e caldeiras industriais. Além disso, pode ser usado
na produção de plásticos, tintas, fibras sintéticas e borracha. Também vem
sendo aproveitado como combustível veicular e distribuído em gasodutos para
consumo em residências e no comércio.
Para efeito de cálculo, assumimos que o gás natural é constituído
basicamente de metano (CH4).
Assim, o calor específico liberado na queima do gás natural é:

CH4 + O2 CO2 + 2 H2O cp = 49 kJ/kg


O gás liquefeito de petróleo (GLP) é composto por butano (C4H10) e
propano (C3H8) praticamente na mesma quantidade. Esse gás é tóxico e mais
pesado que o ar. Assim, para sua comercialização, é adicionado um composto
à base de enxofre, para ser identificado em casos de vazamento. O GLP pode

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ser produzido em refinarias pelo craqueamento catalítico do óleo bruto que
chega a elas. Após produção pelo craqueamento, o GLP é armazenado em
vasos de pressão denominados esferas de GLP. Das refinarias, segue por dutos
para as distribuidoras, onde é envasado na forma líquida em botijões na
correspondente pressão de vapor. O tipo de botijão mais consumido no Brasil é
o de 13 kgf de pressão.
O calor específico liberado na queima do GLP é:

2 C4H10 + 2 C3H8 + 23 O2 14 CO2 + 18 H2O cp = 47 kJ/kg


O hidrogênio (H) é o mais abundante dos elementos químicos. Nas
estrelas como o Sol, está presente na sua forma elementar. No nosso planeta,
raramente se apresenta dessa forma, tendo sido produzido a partir do gás
natural. Também pode ser obtido por meio da eletrólise da água e gerado em
hidroelétricas. Vem sendo cada vez mais usado como combustível, diretamente
em motores a combustão ou indiretamente em células de combustível. Tem
ainda como principal uso a produção de amoníaco destinado à produção de
fertilizantes. Na área aeroespacial, é usado como combustível de foguetes.
Um dos principais problemas de seu uso está no armazenamento, pois
gera deterioração denominada de dano por hidrogênio por sua solubilização nas
estruturas metálicas.
Há estudos para o retorno de seu uso em balões infláveis chamados
dirigíveis, como os idealizados pelo conde alemão Ferdinand Von Zeppelin,
sendo por isso conhecidos como zeppelins. Porém, o uso desses balões não
seria para transporte comercial de passageiros, mas como cruzeiros de luxo,
projeto idealizado pela empresa britânica Seymourpowell.
O calor específico liberado na queima do hidrogênio é:

2 H2 + O2 2 H2O cp = 142 kJ/kg

2.4 Biomassa, álcool combustível, biodiesel e biogás

A biomassa é obtida através de uma variedade de recursos renováveis,


como plantas, madeira, resíduos agrícolas e até lixo. Hoje, podemos citar como
suas maiores fontes os resíduos da indústria madeireira, envolvendo fábricas de
painéis de compensados, de celulose e papel, de móveis e de carvão vegetal. A
biomassa mais usada de resíduo da agroindústria é o bagaço de cana da
indústria de açúcar e álcool.

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Seu principal uso é como combustível de caldeiras e secadores
industriais, com crescente utilização na geração de energia por termoelétricas.
Para efeitos de estequiometria, é usual considerar a biomassa com a
mesma composição da lenha, ou seja, composta de celulose, hemiceluloses e
lignina. Assim, vai gerar a mesma energia na queima que a lenha.
Portanto, o calor específico liberado na queima da biomassa é:

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2C6H10O5 + 2 C5H8O4 +2 C9H6-O2-H2O-OCH3 + O2 42 CO2 + 29H2O cp = 18 kJ/kg
2

Celulose + hemicelulose + lignina + oxigênio gás carbônico + água


Álcool combustível é um combustível renovável produzido
majoritariamente a partir da cana-de-açúcar, mas também obtido da madeira, da
beterraba, da batata e da mandioca. Seu uso é como combustível para veículos
automotivos, e seu auge foi no período da crise do petróleo da década de 70.
Com a queda no preço do barril de petróleo e o surgimento de outras formas de
combustíveis e motores híbridos, seu uso vem sendo drasticamente diminuído.
Há dois tipos de álcool combustível: o metanol e o etanol.
O metanol (CH3OH) é um álcool combustível produzido pela destilação de
componentes do carvão vegetal e no Brasil é usado principalmente para
produção do biodiesel, participando da reação de transesterificação. Devido a
sua grande toxicidade, deixou de ser usado como combustível para veículos
automotivos e hoje é usado só para carros de corrida.
O calor específico liberado na queima do metanol é:

2CH3OH +3 O2 2CO2 + 4 H2O cp = 46 kJ/kg


O etanol (CH3CH2OH) é um álcool combustível produzido pela destilação
de componentes da cana-de-açúcar e também a partir de batata e beterraba. No
Brasil, é usado principalmente como combustível ou é adicionado à gasolina para
aumentar sua octanagem.
O calor específico liberado na queima do etanol é:

CH3CH2OH + 3O2 2CO2 + 3 H2O cp = 42 kJ/kg


O biodiesel é um combustível renovável composto por ésteres de ácidos
graxos, produzido a partir de óleos vegetais ou de gordura animal através de
uma reação chamada de reação de transesterificação. Vem sendo cada vez mais
usado no mundo em substituição ao diesel. No Brasil, é adicionado ao diesel
usado pelos ônibus, caminhões, tratores e utilitários numa proporção de até 10%
22
em volume desde março de 2018, e este percentual, a partir de 2019, poderá
atingir até 15%. Sua fórmula química é complexa, pois depende dos ácidos
graxos que foram usados para sua obtenção. A energia que libera em sua
combustão é muito próxima da energia liberada pelo diesel, e em alguns casos
é até um pouco superior, pois apresenta em sua composição resíduo de metanol
usado na reação de transesterificação, o que aumenta a octanagem. Assim,
podemos considerar que o calor específico gerado por sua queima é de
aproximadamente 51 kJ/kg.
O biogás é um combustível renovável formado pela decomposição
anaeróbica de matéria orgânica. É formado quase exclusivamente de gás
metano (CH4) e contém também, em proporções bem menores, o gás carbônico
(CO2) e o gás sulfídrico (H2S).
Sua produção ocorre naturalmente pela decomposição da matéria
orgânica no solo, em aterros sanitários e em equipamentos de digestão
especialmente construídos para esta finalidade, chamados de biodigestores.
Para fins de cálculos estequiométricos, consideramos o biogás como
constituído apenas por metano (CH4). Portanto, o calor liberado pela sua
combustão é considerado igual ao do metano, ou seja, de 49 kJ/kg.

TEMA 3 – QUÍMICA AMBIENTAL

Química ambiental é a área da química que tem por objetivo conhecer


todos os processos químicos que interferem na natureza, sejam espontâneos ou
provocados por alguma interferência humana. É sabido que o aumento da
população humana, junto com o contínuo avanço da tecnologia que gera
aumento na produção de bens de consumo, vem tendo uma influência cada vez
maior na química do meio ambiente. Assim, o engenheiro deve conhecer causas
e efeitos ambientais das atividades industriais e de bens e serviços nas quais
trabalha.
Estudaremos aqui, então, o ciclo do carbono (C), o ciclo do nitrogênio (N),
a chuva ácida, o efeito estufa e a influência do clorofluorcarboneto (CFC) na
camada de ozônio da atmosfera.

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3.1 Ciclo do carbono

O carbono está presente no meio ambiente pelo gás carbônico (CO2). O


gás carbônico é produzido por reações de combustão, mas também pela
decomposição aeróbica de matéria orgânica e pela respiração de plantas e
animais.
No ciclo do carbono, o CO2 é absorvido pelas plantas clorofiladas e pelas
bactérias quimiossintetizantes e utilizado para a formação de celulose e amido.
Parte desse gás volta diretamente à atmosfera pela respiração da planta e parte
pela combustão ou pela decomposição aeróbica da matéria orgânica.

Figura 20 – Ciclo do carbono

Créditos: Vecton/Shutterstock.

A vegetação, as florestas e as algas têm um papel fundamental nesse


ciclo pela fixação do carbono (C) que promovem no solo.
O desmatamento e a crescente emissão de CO2 por reações de
combustão vêm gerando um desequilíbrio na concentração desse gás, que vem

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crescendo numa taxa média de 0,5% ao ano. Isto gera um desequilíbrio no seu
ciclo, com sérias consequências para o ecossistema.

3.2 Ciclo do nitrogênio

O nitrogênio (N) constitui, estequiometricamente, 78% da nossa


atmosfera. Seu ciclo ocorre em duas etapas: a primeira consiste na
transformação do nitrogênio gasoso em amônia e nitrato, que são aproveitáveis
pelos seres vivos. Essa fase é chamada de fixação e é executada por bactérias,
que retiram o nitrogênio do ar e o transformam em produtos que podem ser
aproveitados pelos metabolismos dos organismos vivos. A conversão do
nitrogênio em amônia, que é importante para a fertilização do solo, também
ocorre por fungos.
A segunda consiste na desnitrificação, também feita por bactérias, agora
chamadas de desnitrificantes, que convertem os nitratos em nitrogênio, o qual
volta para a atmosfera e fecha o ciclo.

Figura 21 – Ciclo do nitrogênio

Créditos: danylyukk1/Shutterstock.

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3.3 Chuva ácida

Atualmente, a chuva ácida é um dos grandes problemas ambientas


enfrentados pelos países industrializados. Ela é formada a partir de uma grande
concentração de poluentes, em especial o monóxido de nitrogênio (NO) e o
dióxido de enxofre (SO2), que são despejados na atmosfera diariamente pela
queima de combustíveis fósseis, como carvão mineral, diesel e gasolina. Esses
poluentes, em contato com a água presente nas nuvens, geram ácidos, que
precipitam para o solo provocando muitos danos ao ecossistema. Um dos danos
mais graves é a poluição de fontes de água, por sua permeação no lençol
freático. Hoje, principalmente para os países que compõem o BRICS (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul), houve um aumento significativo nesse tipo
de problema.

Figura 22 – Chuva ácida

Créditos: danylyukk1/Shutterstock.

3.4 Efeito estufa

O efeito estufa é imprescindível para manter a vida no planeta da forma


que conhecemos. Gases como gás carbônico (CO2), monóxido de carbono (CO),
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metano (CH4) e outros, chamados gases do efeito estufa, absorvem parte da
radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e irradiam uma fração da
energia absorvida de volta para a superfície, mantendo nosso planeta com as
temperaturas que conhecemos. Estima-se que sem este efeito teríamos
temperaturas médias abaixo de 10 ºC negativos, ou seja, 30 °C abaixo do que
temos hoje.
O grande problema que vem ocorrendo é que as atividades do homem
estão acarretando o aumento do efeito estufa. Hoje, afirma-se que a liberação
de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera é o grande fator de aumento do efeito,
levando ao chamado aquecimento global, com graves consequências para
nossos ecossistemas. Estima-se que, diariamente, por queima de combustíveis
fósseis, são enviados cerca de 6 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera.
O metano (CH4) produzido por decomposição anaeróbica de matéria orgânica é
o segundo maior responsável pelo efeito estufa. Demais gases, originados
também através da poluição pelas fábricas, refinarias de petróleo e veículos
automotivos, também contribuem para esse efeito.

Figura 23 – Efeito estufa

Créditos: Designua/Shutterstock.
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FINALIZANDO

Com os conhecimentos adquiridos nesta Aula 6 e nas aulas anteriores,


você agora possui o entendimento da química geral e de algumas de suas
aplicações.
Esse conhecimento é de grande utilidade e será usado adiante nas
disciplinas dos cursos de engenharia e na vida profissional.

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REFERÊNCIAS

ARAGÃO, M. J. História da química. Rio de Janeiro: Interciência, 2008.

BELZONA. Disponível em: <http://khia.belzona.com>.

BERKELEY RESEARCH COMPANY. Failure analysis case studies. Disponível


em: <http://www.berkeleyrc.com/FAcasestudies.html>. Acesso em: 14 maio
2018.

BRYAN HOSE & GASKET. Pipe corrosion repair. Disponível em:


<http://blog.bryanhose.com/pipe-corrosion-repair/>. Acesso em: 14 maio 2018.

DAVID SCOTT. Degradation & surface engineering. Disponível em:


<https://davidmjscott88.wordpress.com/corrosion-laboratory/component-
investigation/>. Acesso em: 14 maio 2018.

GENTIL, V. Corrosão. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

MAHAN, H.; BRUCE M.; MYERS, R. J. Química: um curso universitário.


Tradução da 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1995.

RUSSEL, J. B. Química geral. Vol. 1 e 2. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill do


Brasil, 1994.

THE MULTIMEDIA CORROSION GUIDE. Disponível em:


<http://www.cdcorrosion.com/mode_corrosion/corrosion_erosion_gb.htm>.

THEODORE l. B.; LEMAY JR., E. H.; BURSTEN, E. B. Química, a ciência


central. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2005.

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