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AULA 3
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Figura 1: Classificação dos elementos químicos proposta por Dalton
Em 1865, o químico belga Jean Servais Stas, que ganhara fama mundial
ao determinar a massa atômica do carbono quando trabalhava na École
Polytechnique de Paris sob a orientação do químico Jean-Baptiste Dumas,
propôs uma tabela de massas atômicas, utilizando como padrão a massa
atômica do oxigênio com valor igual a 16. Houve uma divisão entre os químicos
da época, pois uma parte defendia o uso do hidrogênio com massa atômica 1
como padrão e outra parte passou a defender o uso do oxigênio com massa
atômica 16 como padrão.
Entre 1862 e 1870, Dimitri Ivanovich Mendeleev, professor de química no
Instituto Técnico de São Petesburgo, na Rússia, e Julius Lothar Meyer, professor
de química na Universidade de Türbingen, na Alemanha, observaram,
independentemente um do outro, ambos como consequência de seus estudos
iniciados com Gustav Kirchhoff e Robert Bunsen, na Europa, que as
propriedades dos elementos químicos se repetiam com periodicidade quando
eram dispostos em ordem crescente de massa atômica. Ambos também
propuseram de forma independente (Dmitri I. Mendeleev, em seu tratado Osnovi
Chimii, Princípios de Química, e Lothar Meyer, em seu livro Die Modernen
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Theorien der Chemie, A Moderna Teoria da Química) tabelas consideradas
precursoras da tabela periódica moderna.
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bromo não pertenceriam à mesma família em razão da diferença de massa entre
eles.
Em 1829, o químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner publicou os
resultados de sua pesquisa na Universidade de Jena, onde lecionou química.
Nestes estudos percebeu que o bromo, recém-descoberto por Carl Jacob Löwig
na Universidade de Heidelberg em 1825, apresentava propriedades
intermediárias às do cloro e do iodo, e que seu peso atômico também se situava
entre os pesos atômicos destes elementos. Expandiu seus estudos aos outros
54 elementos conhecidos na época e ratificou o comportamento, para grupos de
três, estabelecendo as bases de sua Teoria das Tríades. Assim, propôs uma
metodologia que revolucionou a forma de classificar os elementos, levando em
consideração suas propriedades físicas e químicas por tríades.
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Figura 8: Tabela apresentada por John Alexander Reina Newlands na London
Chemical Society
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Mendeleev, ao contrário, defendeu com propriedade seu modelo e
respondeu convincentemente a estes questionamentos, usando os
conhecimentos da época e prevendo elementos que seriam descobertos
posteriormente.
É curioso saber que Mendeleev montou seu modelo tomando como
inspiração seu jogo de cartas favorito, o Jogo da Paciência. De fato, em uma de
suas primeiras tentativas de montar um sistema de classificação dos elementos,
chamou seu modelo de Jogo de Paciência Química. Mas ainda percebia
inconsistências. Trabalhou com afinco até que apreendeu a lógica por trás do
que estava propondo. Observou que, quando os elementos eram listados em
ordem crescente de suas massas atômicas, as propriedades químicas que
apresentavam se repetiam periodicamente. Assim, chamou seu modelo de
Tabela Periódica. Apresentou sua tabela à comunidade científica em 1869, em
artigo cujo título traduzido seria “Um sistema sugerido de elementos químicos”.
Neste artigo apresentou sua tabela, na qual os elementos eram listados
verticalmente segundo a ordem crescente de suas massas atômicas, e
horizontalmente agrupados segundo suas propriedades químicas. Esta tabela,
de certa forma, incorporava os modelos propostos anteriormente e, além disso,
permitia que os elementos químicos conhecidos até aquela época se
encaixassem de forma adequada.
Mesmo com a convicção de Mendeleev em todas as suas repostas, a
comunidade científica ainda não considerou seu modelo como uma forma
correta de classificar os elementos, pois havia inconsistências bastante
evidentes na sua tabela. Assim, concluíram que deveriam ser tomados outros
parâmetros para a classificação dos elementos em lugar da massa atômica.
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Fonte: Domínio Público.
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elementos principais com a notação A, e os grupos de elementos intermediários
com a notação B. O grupo dos gases nobres foi alocado no lado esquerdo da
tabela (posteriormente alocado no lado direito e chamado de 8 A). Esta primeira
versão foi distribuída por muitos anos nas escolas americanas pela Sargent-
Welch Scientific Company.
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Figura 12: Horace Groves Deming
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Fonte: G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/01/quatro-novos-
elementos-completam-setima-fila-da-tabela-periodica.html>. Acesso: 23 mar. 2018.
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Figura 15: Tabela Periódica
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• 6A – Calcogênios – seu nome vêm do grego, Khalcos (cobre ou
minério)/Genos (aquilo que dá origem), ou seja, originados do minério,
visto que a maioria dos minérios existe na forma de óxidos ou sulfetos.
• 7A – Halogênios – seu nome vem do grego, Halos (sal ou mar)/Genos
(aquilo que dá origem), ou seja, dão origem a sais, visto que reagem
formando sais.
• 8A – Gases Nobres – este termo é uma tradução do alemão Edelgas,
dado em 1898 pelo químico alemão Hugo Wilhelm Traugott Erdmann para
designar gases que, a exemplo dos metais nobres, apresentam
baixíssima reatividade química.
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3.2 Categorias na Tabela Periódica
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esquerda para a direita. Tomando como base as séries ou períodos, aumenta
com o aumento das séries ou períodos, de cima para baixo.
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3.3.5 Energia de Ionização
3.3.5 Eletroafinidade
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Figura 20: Sentido crescente da eletroafinidade
3.3.5 Eletronegatividade
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o volume que o elemento ocupará no espaço. Como há divergência nas
variações da massa atômica e do raio atômico, a variação da densidade atômica
será uma resultante dos vetores dos sentidos crescentes destas propriedades.
Assim, crescerá de cima para baixo, no sentido crescente das séries, e
convergirá das extremidades para o centro, com relação às colunas que
representam as famílias, no sentido do ósmio (Os) e irídio (Ir), sendo o ósmio o
elemento mais denso e o irídio o segundo mais denso.
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Por exemplo, usando a tabela apresentada no item 3.1, saberemos que o
lítio (Li) – de número atômico 3, massa atômica aproximadamente 7 u.m.a. e
distribuição eletrônica terminando com 1 elétron na camada L – terá três prótons
e quatro nêutrons no núcleo e três elétrons ao seu redor, sendo um na camada
de valência. Já o cloro (Cl), de número atômico 17 e massa atômica de
aproximadamente 35 u.m.a., terá 17 prótons e 18 nêutrons no núcleo e 17
elétrons ao seu redor, sendo 7 na camada de valência. Assim, como também foi
visto na Aula 2, farão ligação iônica um com o outro.
Estendendo este conceito a toda a Tabela Periódica, temos que, com
exceção do hidrogênio, os elementos das famílias 1A, 2A e 3A ligam-se com os
elementos das famílias 5A, 6A e 7A formando ligações iônicas. Os elementos
das famílias B, por terem sempre 1 ou 2 elétrons na camada de valência, também
farão ligação iônica com os elementos das famílias 5A, 6A e 7A. Seguindo o
mesmo raciocínio, os elementos das famílias 1A, 2A, 3A e os elementos das
famílias B farão uns com os outros ligação metálica. Já os elementos das famílias
5A, 6A e 7A farão uns com os outros e com o hidrogênio ligações covalentes
polares ou apolares, e todos os elementos da Tabela Periódica farão, com outros
átomos dos mesmos elementos, ligações covalentes apolares. Os elementos da
família 4A têm um comportamento próprio, pois com os elementos das famílias
1A, 2A, 3A e os elementos das famílias B farão ligações metálicas. Com os
elementos das famílias 5A, 6A e 7A farão ligações covalentes.
4.2 Polaridades
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Figura 23: Valores de eletronegatividade
Fonte: Shutterstock
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energia será requerida para romper esta ligação, exigindo maiores temperaturas
para a fusão ou a ebulição.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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