Documentário: As 100 maior s descobertas da Química.
Em 1774, o oxigênio foi descoberto por Joseph Priestley ao isolar um gás
durante experimentos com óxido de mercúrio, ele percebeu a capacidade de combustão que esse gás possuía e sua importância para respiração. Consequentemente, Antoine Lavoisier estabeleceu a teoria da combustão, ele demonstrou que a combustão resulta da combinação do oxigênio com materiais combustíveis, indo contra a antiga ideia do flogisto. Acreditava-se antes que existia uma substância (flogisto) que era liberada durante a combustão e isso explicava a perda de peso em alguns materiais após queimarem, porém essa ideia foi desmentida após Lavoisier criar a teoria da combustão. Joseph Gay-Lussac era um químico e físico francês, em 1808 ele propôs a Lei de Gay-Lussac, que estabelece que, em volumes constantes e temperaturas iguais os gases combinam-se em proporções simples de números inteiros. Essa lei foi fundamental para a identificação do agrupamento de átomos em moléculas e auxiliou no desenvolvimento da teoria atômica. Por sua vez, John Dalton formulou a Teoria Atômica em 1803, um pouco antes da Lei de Gay-Lussac. Dalton postulou que os átomos são partículas indivisíveis e que elementos diferentes possuíam massas diferentes. Além disso, ele propôs também que os átomos se combinam em proporções fixas para formar compostos, uma ideia que serviu de apoio para as observações de Gay-Lussac sobre as proporções simples na formação de moléculas de gases. Em 1828, Friedrich Wöhler nascido na Alemanha, marcou um avanço significativo na síntese química ao produzir ureia a partir de componentes inorgânicos, indo contra a ideia antiga de que compostos orgânicos só poderiam ser obtidos de fontes orgânicas, mostrando que a distinção entre substâncias orgânicas e inorgânicas não era tão rígida como se pensava. Um químico alemão conhecido como August Kekulé, posteriormente, desempenhou um papel importantíssimo na compreensão da estrutura química, especialmente em relação aos compostos orgânicos. Em 1865, ele propôs a estrutura cíclica do benzeno, introduzindo a ideia de anéis de carbono. Sua visão contribuiu para a transição da concepção de moléculas orgânicas como cadeias lineares para a compreensão de arranjos mais complexos, lançando as bases para a teoria estrutural moderna. Em 1869, Dimitri Mendeleiev um químico russo, criou a Tabela Periódica. Mendeleiev desenvolveu uma abordagem sistemática para organizar os elementos conhecidos na época. Sua tabela, organizada com base nas propriedades químicas e nas massas atômicas dos elementos, revelou padrões notáveis e permitiu prever propriedades de elementos ainda não descobertos, um exemplo disso foi o germânio subsequentemente encontrado e suas propriedades coincidiram com as previsões de Mendeleiev. Humphry Davy, um influente químico britânico do início do século XIX, teve papel fundamental na demonstração de que a eletricidade pode transformar substâncias químicas, um fenômeno conhecido como eletrólise. Em uma série de experimentos realizados a partir de 1807, Davy utilizou células eletrolíticas para investigar os efeitos da eletricidade sobre compostos químicos. Seu trabalho mais notável foi a eletrólise da água, realizada em 1800, ele aplicou uma corrente elétrica à água usando eletrodos e observou a separação dos componentes da água, identificando a formação de hidrogênio e oxigênio. Essa observação mostrou que a eletricidade podia induzir mudanças químicas, decompondo substâncias em seus elementos fundamentais e além disso tudo, Davy empregou a eletrólise para isolar elementos antes considerados indissociáveis. Em 1808, ele isolou sódio e potássio através desse método, mostrando que esses metais alcalinos eram compostos de elementos básicos e que a eletricidade podia separá-los. Na década de 1860, Robert Bunsen e Gustav Kirchhoff realizaram descobertas fundamentais na área da espectroscopia. Bunsen, um químico alemão, e Kirchhoff, um físico alemão, desenvolveram um dispositivo conhecido como espectroscópio para analisar a luz emitida por diferentes elementos quando aquecidos. Ao passar a luz através de um prisma, eles observaram linhas escuras nos espectros, conhecidas hoje como linhas de absorção. Essas linhas, ou “assinaturas de luz” eram únicas para cada elemento químico, constituindo um padrão que os diferenciavam uns dos outros, sugerindo assim que cada elemento tinha um espectral único. Bunsen e Kirchhoff aplicaram essa técnica para identificar elementos presentes em amostras desconhecidas, abrindo novas possibilidades na análise química. Além disso, sua pesquisa contribuiu para o desenvolvimento da teoria atômica, fornecendo evidências de que a luz emitida ou absorvida pelos átomos estava relacionada a níveis de energia específicos. Em 1897, o físico britânico Joseph John Thomson realizou um experimento que levou à identificação do elétron. Utilizando um tubo de raios catódicos, Thomson investigou o comportamento dos elétrons em um campo elétrico e magnético, ele observou que independentemente do material do qual os eletrodos eram feitos e do gás residual no tubo, os raios catódicos (elétrons) eram sempre produzidos. Além disso, ele descobriu que a relação carga-massa dos elétrons era constante, independentemente das condições do experimento. Esses resultados levaram Thomson a concluir que os raios catódicos eram partículas subatômicas com carga elétrica negativa e massa muito menor do que a de um átomo. Através disso ele propôs o modelo do “pudim de passas”, sugerindo que os elétrons estavam incorporados em uma “massa positiva” semelhante a um pudim. Em 1923, Gilbert Lewis introduziu a “teoria do par de elétrons de Lewis”, uma contribuição notável para a compreensão das ligações químicas. Sua teoria destacou que os átomos compartilham elétrons para alcançar uma configuração eletrônica mais estável semelhante à configuração dos gases nobres. Conforme proposto por Lewis, essa estabilidade é alcançada por meio do compartilhamento de elétrons formando ligações covalentes, ele ilustrou essas ligações visualmente utilizando pares de elétrons compartilhados entre átomos. Em 1896, Henri Becquerel descobriu a radioatividade acidentalmente enquanto investigava a fluorescência de sais de urânio. Ele percebeu que placas fotográficas próximas a esses sais eram impressionadas mesmo quando protegidas da luz, sugerindo a emissão de radiações desconhecidas. Pierre Curie e sua esposa Marie Curie aprofundaram essa pesquisa, isolando novos elementos radioativos, como o polônio e o rádio, e desenvolvendo métodos para quantificar a intensidade da radiação emitida. Em 1903, Marie Curie compartilhou o Prêmio Nobel de Física com Henri Becquerel e Pierre Curie, tornando-se a primeira mulher a receber um Prêmio Nobel. Em 1911, após a morte de Pierre Curie, Marie Curie continuou suas pesquisas sobre a radioatividade. Ela formulou a teoria de que a radioatividade estava relacionada à desintegração espontânea dos átomos, uma ideia revolucionária na época. Marie também isolou o elemento rádio em quantidades significativas. Na década de 1860, John Wesley Hyatt criou o celuloide, considerado o primeiro plástico comercialmente bem-sucedido. Ele desenvolveu esse material como uma alternativa ao marfim, buscando atender à crescente demanda por um substituto sintético para a produção de bolas de bilhar. O celuloide foi fabricado a partir de celulose tratada com camphor, representando um avanço significativo nas possibilidades de materiais plásticos e encontrando aplicações em uma variedade de setores, como na indústria fotográfica. Na virada do século, em 1907, Leo Baekeland introduziu outro marco importante na história dos plásticos com a criação da baquelite. Esse foi o primeiro plástico totalmente sintético, um polímero termofixo notável por sua resistência ao calor e eletricidade. A baquelite encontrou ampla utilização em uma variedade de produtos, incluindo componentes elétricos e diversos produtos manufaturados. Em 1985, Harold Walter Kroto, Richard Erett Smalley e Robert Curl realizaram experimentos de espectroscopia de massa, resultando na descoberta dos fulerenos, uma classe especial de moléculas de carbono em forma de gaiola. O C 60, também conhecido como buckyball, foi identificado como uma molécula esférica composta por 60 átomos de carbono. Os fulerenos e pesquisas subsequentes sobre formas de carbono, como os nanotubos, expandiram bastante o nosso conhecimento sobre o carbono em níveis moleculares e nanométricos. Em reconhecimento, Kroto, Curl e Smalley receberam o Prêmio Nobel de Química em 1996. Da descoberta do oxigênio por Joseph Priestley à revelação dos fulerenos por Kroto, Smalley e Curl, a química evoluiu ao longo dos séculos. Destaques incluem a teoria atômica de Dalton, as leis gasosas de Gay-Lussac, a Tabela Periódica de Mendeleiev, a síntese orgânica de Wöhler, a visão estrutural de Kekulé, a teoria de Lewis sobre ligações e a identificação do elétron por J.J. Thomson. Estas conquistas, guiadas por figuras notáveis, fundamentaram a compreensão moderna da matéria.