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A primeira tabela a ter aceitação entre os químicos foi elaborada por Dmitri Mendeleev em 1869, que
demonstrava avanços em relação às tentativas de seus antecessores como, por exemplo, a previsão das
propriedades de elementos ainda a serem descobertos. Lothar Meyer também havia publicado uma tabela
similar concomitantemente, que posteriormente recebeu reconhecimento científico. Esta versão da tabela de
Mendeleev foi aprimorada ao longo do tempo para contemplar os elementos que vieram a ser descobertos até
atingir o formato padrão da atualidade.
Índice
1 Antecedentes
2 As primeiras tentativas
3 A segunda tentativa
4 A tabela periódica, segundo Mendeleev
5 A descoberta do número atômico
6 As últimas modificações
7 Ver também
8 Referências
9 Bibliografia
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Antecedentes
As tentativas de organizar a matéria em função de suas propriedades
remontam a Grécia antiga, durante o qual filósofos como Tales de
Mileto, Heráclito, Anaximandro e Anaximenes conjecturavam sobre a
divisão da matéria. Tales acreditava que toda matéria provinha da
água enquanto Anaximenes, Heráclito e Anaximandro acrescentaram
o ar, fogo e o ápeiron, respectivamente. O filósofo Empédocles
consolidou tal teoria incluindo a terra e retirando o ápeiron,
formando assim as quatro entidades de elementos que seriam
mantidos pelos alquimistas. Posteriormente, Platão, Filolau e
Aristóteles viriam a postular a inclusão de um quinto elemento,
denominado quita essentia por Aristóteles e que seria a matéria que
constitui os céus. Platão foi o primeiro a postular que cada elemento
teria uma forma específica e a possibilidade de transformação de um
elemento em outro, conceito que foi empregado na alquimia.1 2
Com a sistematização da Lei das proporções definidas por Joseph Louis Proust e lei da conservação da massa
por Lavoisier, foi consolidado o conhecimento que permitiu o avanço da teoria atômica por John Dalton que
formulou o conceito do átomo como indivisível e imutável e a lei das proporções múltiplas pela qual os átomos
se combinavam numa proporção fixa. Isto permitiu o cálculo da massa atômica relativa dos átomos e, embora
houvesse erros no cálculo de alguns elementos como o oxigênio, permitiu a identificação e relação inequívoca
entre os átomos.3
As primeiras tentativas
Em 1817, Johann Wolfgang Döbereiner observou que muitos elementos podiam ser agrupados em tríades, isto
é um grupo de três elementos, baseando-se em suas propriedades químicas. Lítio, Sódio e Potássio, por
exemplo, foram agrupados juntos como uma tríade de metais reativos frágeis. Döbereiner também observou
que, quando arranjados pelo massa atômica relativa, o segundo membro de cada tríade tinha aproximadamente
a média do primeiro elemento com o terceiro,4 o que ficou conhecido como a Lei das tríades. Outras
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O químico alemão Leopold Gmelin trabalhou com este sistema e por volta de 1843 já tinha identificado dez
tríades, três grupos de quatro e um grupo de cinco. Os grupos de quatro elementos, denominados tétrades,
haviam sido identificados por Max Von Pettenkofer e o grupo de cinco elementos, denominados pêntadas, por
Jean-Baptiste Dumas que também publicou um artigo em 1857
descrevendo as várias relações entre os grupos de metais. Embora
vários químicos pudessem identificar relações entre pequenos grupos,
faltava ainda um esquema que pudesse abranger todos.4 1
A segunda tentativa
O químico inglês John Newlands publicou uma série de
artigos entre 1863 e 1866 notando que quando os
elementos eram listados em ordem crescente de massa
atômica, propriedades físicas e químicas ocorriam em
intervalos de oito, o que ele ligou a periodicidade das
oitavas na escala musical.12 13 Porém estas Tabela periódica de Newlands, apresentada em 1866
observações, o qual denominou "Lei das Oitavas", foi e baseada na lei das oitavas.
ridicularizada pelos contemporâneos de Newlands em
virtude da comparação com a escala musical e a
Chemical Society se recusou a publicar seu trabalho.14 Embora a tabela original proposta tivesse algumas
falhas e contradições, a Royal Society somente reconheceu a importância de suas descobertas cinco anos
depois de terem publicado o trabalho de Mendeleev, outorgando-lhe a Medalha Davy por sua contribuição.15 3
Outra proposta de tabela foi elaborada pelo acadêmico dinamarquês Gustavus Hinrichs num sistema periódico
em espiral baseado na massa atômica, espectro e similaridades químicas, que foi publicado em 1867. Seu
trabalho foi considerado uma idiossincrasia, ostentosa e confusa o que pode ter limitado seu reconhecimento e
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aceitação.16 17
Em 1913, o cientista britânico Henry Moseley descobriu uma relação exata entre as linhas espectrais fora da
região do visível com um número ordinal, denominado número atômico, que posteriormente constatou-se ser o
número de prótons do núcleo. Quando os átomos foram arranjados de acordo com o aumento do número
atômico, as inconsistências existentes na tabela de Mendeleev desapareceram. Devido ao trabalho de Moseley,
a tabela periódica moderna está baseada no número atômico dos elementos.2 3
As últimas modificações
Em 1871, Mendeleev publicou uma forma atualizada da tabela periódica, fornecendo informações detalhadas
de suas previsões para os elementos que havia notado estarem faltando mas deveriam existir.24 Estes espaços
foram subsequentemente preenchidos conforme os químicos descobriram os elementos naturais que existiam.25
Com a descoberta do Argônio em 1894 por William Ramsay e Lord Rayleigh, houve uma dificuldade em
acomodar o novo elemento de acordo com a sua massa atômica na tabela periódica elaborada por Mendeleev.
Devido a sua massa atômica ser superior a do Potássio, este deveria possuir as propriedades dos metais
alcalinos todavia era inerte. Inicialmente, especulou-se que o gás poderia ser uma molécula triatômica ou
diatômica, o que não foi comprovado experimentalmente. Finalmente, o elemento foi atribuído a um novo
grupo, denominado gases nobres, quando outros com as mesmas propriedades foram identificados.26
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Por vezes é afirmado que o último elemento químico encontrado na natureza a ser descoberto foi o Frâncio,
referido por Mendeleev como eka-césio, em 1939.27 Entretanto, o Plutônio, produzido sinteticamente em
1940, foi identificado em traços como um elemento natural em 1971,28 e em 2011 foi descoberto que todos os
elementos até o Califórnio podem ocorrer naturalmente como traços em minérios de Urânio através da captura
de nêutrons e decaimento beta.29
O formato popular30 da tabela periódica, também conhecido como forma comum ou padrão, é atribuído ao
químico americano Horace Groves Deming. Em 1923, Deming publicou uma versão curta semelhante à de
Mendeleev e uma média com dezoito colunas.31 A Merck preparou um guia com a forma de 18 colunas de
Deming em 1928 que foi amplamente distribuída nas escolas americanas. Por volta da década de 1930, a
tabela estava aparecendo em livros-textos e enciclopédias de química. Esta tabela também foi distribuída por
muitos anos pela Sargent-Welch Scientific
Company.32 33 34
Embora pequenas quantidades dos elementos transurânicos ocorram naturalmente29 , todos eles foram
descobertos em laboratórios. Suas produções expandiram a tabela periódica significativamente, o primeiro
destes elementos foi o Neptúnio em 1939.38 Por causa da maioria dos elementos transurânicos serem altamente
instáveis e decaírem rapidamente, são de difícil detecção e caracterização quando são produzidos. Tem havido
algumas controvérsias em relação à nomenclatura e alegações de descobertas concorrentes para alguns
elementos, que exigem uma revisão independente para determinar qual parte tem prioridade, e portanto os
direitos de nomear. Os nomes mais recentemente aceitos são o Fleróvio (número atômico 114) e o Livermório
(número atômico 116), ambos nomeados em 31 de maio de 2012.39 Em 2010, uma colaboração russo-
americana em Dubna, alega ter sintetizado seis átomos do ununseptium (número atômico 117) que é a mais
recente descoberta alegada.40
Ver também
pt.wikipedia.org/wiki/História_da_tabela_periódica 5/7
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História da química
Referências
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Bibliografia
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