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AULA 3
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Figura 1 – Classificação dos elementos químicos proposta por Dalton
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Nestes estudos, estabeleceu as bases para a determinação das massas
relativas dos átomos, fundamentadas nas leis ponderais da química. Nesta
determinação, usou o átomo de oxigênio como referência, atribuindo a este
elemento a massa 100. Como resultado, publicou em 1818 uma tabela de
massas atômicas de 42 elementos. Mais adiante, organizou a notação química
da época, estabelecendo como símbolos dos elementos químicos as iniciais de
seus nomes em latim e associando a seu símbolo um índice numérico que
indicava a sua estequiometria nos compostos, o que até hoje se mantém.
Em 1865, o químico belga Jean Servais Stas, que ganhara fama mundial
ao determinar a massa atômica do carbono quando trabalhava na École
Polytechnique de Paris sob a orientação do químico Jean-Baptiste Dumas,
propôs uma tabela de massas atômicas, utilizando como padrão a massa
atômica do oxigênio com valor igual a 16. Houve uma divisão entre os químicos
da época, pois uma parte defendia o uso do hidrogênio com massa atômica 1
como padrão e outra parte passou a defender o uso do oxigênio com massa
atômica 16 como padrão.
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Entre 1862 e 1870, Dimitri Ivanovich Mendeleev, professor de química no
Instituto Técnico de São Petesburgo, na Rússia, e Julius Lothar Meyer, professor
de química na Universidade de Türbingen, na Alemanha, observaram,
independentemente um do outro, ambos como consequência de seus estudos
iniciados com Gustav Kirchhoff e Robert Bunsen, na Europa, que as
propriedades dos elementos químicos se repetiam com periodicidade quando
eram dispostos em ordem crescente de massa atômica. Ambos também
propuseram de forma independente (Dmitri I. Mendeleev, em seu tratado Osnovi
Chimii, Princípios de Química, e Lothar Meyer, em seu livro Die Modernen
Theorien der Chemie, A Moderna Teoria da Química) tabelas consideradas
precursoras da tabela periódica moderna.
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Figura 5 – Henry Gwyn Jeffreys Moseley
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Figuras 6 e 7 – Página 193 do livro Traité Élémentaire de Chimie (à esquerda) e
Antoine Laurent Lavoisier (à direita)
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três, estabelecendo as bases de sua Teoria das Tríades. Assim, propôs uma
metodologia que revolucionou a forma de classificar os elementos, levando em
consideração suas propriedades físicas e químicas por tríades.
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Figuras 9 e 10 – Parafuso Telúrico e Alexandre-Émile Béguyer de Chancourtois
Créditos: CC/PD.
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antes a um sistema de classificação bastante semelhante ao proposto por
Mendeleev, foi atribuída a Mendeleev a criação da Tabela Periódica. Isto
aconteceu porque Meyer, por ser mais pragmático, revisou inúmeras vezes seu
modelo antes de apresentá-lo à comunidade científica, o que o fez publicar seus
resultados cerca de um ano depois de Mendeleev. Também não respondeu de
forma convincente aos questionamentos que recebeu da comunidade científica
sobre a aparente desordem dos elementos, a inadequação de alguns elementos
aos grupos em que apareciam e a lacuna de elementos em posições da tabela
proposta.
Mendeleev, ao contrário, defendeu com propriedade seu modelo e
respondeu convincentemente a estes questionamentos, usando os
conhecimentos da época e prevendo elementos que seriam descobertos
posteriormente.
É curioso saber que Mendeleev montou seu modelo tomando como
inspiração seu jogo de cartas favorito, o Jogo da Paciência. De fato, em uma de
suas primeiras tentativas de montar um sistema de classificação dos elementos,
chamou seu modelo de Jogo de Paciência Química. Mas ainda percebia
inconsistências. Trabalhou com afinco até que apreendeu a lógica por trás do
que estava propondo. Observou que, quando os elementos eram listados em
ordem crescente de suas massas atômicas, as propriedades químicas que
apresentavam se repetiam periodicamente. Assim, chamou seu modelo de
Tabela Periódica. Apresentou sua tabela à comunidade científica em 1869, em
artigo cujo título traduzido seria “Um sistema sugerido de elementos químicos”.
Neste artigo apresentou sua tabela, na qual os elementos eram listados
verticalmente segundo a ordem crescente de suas massas atômicas, e
horizontalmente agrupados segundo suas propriedades químicas. Esta tabela,
de certa forma, incorporava os modelos propostos anteriormente e, além disso,
permitia que os elementos químicos conhecidos até aquela época se
encaixassem de forma adequada.
Mesmo com a convicção de Mendeleev em todas as suas repostas, a
comunidade científica ainda não considerou seu modelo como uma forma
correta de classificar os elementos, pois havia inconsistências bastante
evidentes na sua tabela. Assim, concluíram que deveriam ser tomados outros
parâmetros para a classificação dos elementos em lugar da massa atômica.
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Figura 13 – Tabela Periódica de Mendeleev
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agrupamento em famílias cujos elementos possuem o mesmo número de
elétrons na camada de valência.
A versão da Tabela Periódica como conhecemos hoje se deve ao químico
Horace Groves Deming, professor de química da University of Nebraska. Em seu
livro General Chemistry, publicado em 1923, apresentou um modelo de Tabela
Periódica em que chamou os dois primeiros grupos e os últimos cinco grupos de
elementos principais com a notação A, e os grupos de elementos intermediários
com a notação B. O grupo dos gases nobres foi alocado no lado esquerdo da
tabela (posteriormente alocado no lado direito e chamado de 8 A). Esta primeira
versão foi distribuída por muitos anos nas escolas americanas pela Sargent-
Welch Scientific Company.
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Uma última alteração da Tabela Periódica ocorreu em 1945, quando o
químico americano Glenn Theodore Seaborg, professor de química e diretor do
Lawrence Radiation Laboratory da Universidade da Califórnia, propôs, em
função dos resultados obtidos por suas pesquisas dentro do Projeto Manhatan,
alterar a configuração da Tabela Periódica existente. Seaborg, contrariando a
sugestão de colegas que temiam que ele manchasse sua carreira apresentando
essa proposta, publicou uma versão da Tabela Periódica que incluía os
elementos radioativos mais pesados que o urânio, recentemente descobertos,
situando a série dos actinídeos abaixo da série dos lantanídeos. Esta mudança
deu a aparência definitiva da Tabela Periódica, que até hoje é usada.
A partir daí ocorreram criações de novos elementos artificialmente, em
razão de fusões decorrentes de colisão em aceleradores de partículas. O mais
recente elemento criado, com sua ratificação pela IUPAC e aceitação pela
IUPAP, foi o 113 da Tabela Periódica, fruto do trabalho de cientistas japoneses
liderados por Kosuke Morita, no Instituto Riken. Embora não o tivessem batizado
com um nome, sua obtenção foi reproduzida mais de uma vez pela equipe de
cientistas japoneses, entre 2004 e 2012. Recentemente, no dia 8 de junho de
2016, a IUPAC sugeriu que o elemento 113 fosse batizado de Nihonium e tivesse
o símbolo Nh, provavelmente em homenagem a este grupo de cientistas, pois
uma das interpretações deste nome é nipônio, referência à origem nipônica de
sua criação.
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Com relação à sua forma, nas colunas são dispostos os grupos ou famílias
de elementos, cuja característica é apresentarem similaridades em suas
propriedades físicas e químicas. O mais usual é encontrar estas famílias
nominadas com algarismos de 1 a 8, em arábico ou romano, seguidos da letra A
ou B. A Iupac também propôs uma numeração contínua de 1 a 18 em números
arábicos para os grupos.
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reatividade com a água para formar substâncias alcalinas que os metais
alcalinos.
• 6A – Calcogênios – seu nome vem do grego, Khalcos (cobre ou minério)
e Genos (aquilo que dá origem), ou seja, originados do minério, visto que
a maioria dos minérios existe na forma de óxidos ou sulfetos.
• 7A – Halogênios – seu nome vem do grego, Halos (sal ou mar) / Genos
(aquilo que dá origem), ou seja, dão origem a sais, visto que reagem
formando sais.
• 8A – Gases Nobres – este termo é uma tradução do alemão Edelgas,
dado em 1898 pelo químico alemão Hugo Wilhelm Traugott Erdmann para
designar gases que, a exemplo dos metais nobres, apresentam
baixíssima reatividade química.
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série ou período 2 estão com seus elétrons reativos alocados na segunda órbita
ao redor do núcleo, e assim por diante.
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Tabela Periódica acima do símbolo do elemento. Tomando como base os grupos
ou famílias, o número atômico aumenta com o aumento das famílias, da
esquerda para a direita. Tomando como base as séries ou períodos, aumenta
com o aumento das séries ou períodos, de cima para baixo.
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3.3.3 Distribuição eletrônica
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Figura 17 – Sentido crescente do raio atômico
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3.3.5 Eletroafinidade
3.3.5 Eletronegatividade
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Figura 20 – Sentido crescente da eletronegatividade
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TEMA 4 – USANDO A TABELA PERIÓDICA
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5A, 6A e 7A farão uns com os outros e com o hidrogênio ligações covalentes
polares ou apolares, e todos os elementos da Tabela Periódica farão, com outros
átomos dos mesmos elementos, ligações covalentes apolares. Os elementos da
família 4A têm um comportamento próprio, pois com os elementos das famílias
1A, 2A, 3A e os elementos das famílias B farão ligações metálicas. Com os
elementos das famílias 5A, 6A e 7A farão ligações covalentes.
4.2 Polaridades
Créditos: magnetix/Shutterstock.
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4.3 Aumento ou diminuição de viscosidade e de peso
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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