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Resumo

As primeiras tentativas de classificação e organização dos elementos químicos foi em


1669 quando o químico alemão Henning Brand descobriu o fósforo através da destilação da
urina. Em 1789, Antoine Lavoisier organizou uma lista com 33 elementos divididos em
conjuntos de substâncias classificadas como simples, metálicas, não-metálicas e terrosas. Porém,
esse modelo foi considerado incompleto, pois faltava estabelecer uma propriedade que os
diferenciasse.
A primeira tentativa de classificação vinda ao público foi em 1829 quando o alemão
Johann Dobereiner agrupou os elementos existentes na época em trios denominados de “tríades”,
formulando a Lei das tríades que dizia que “existem grupos de três elementos cujos pesos
atómicos formam uma progressão aritmética”. Porém, muitos dos metais não podiam ser
agrupados em tríades. Em 1862, Alexandre Béguyer de Chancourtois criou um modelo que
agrupava os elementos em ordem crescente de massa atómica, no formato que lembrava um
parafuso e esse agrupamento foi chamado de Parafuso Telórico, contudo, a aceitação desse
trabalho foi fraca pelo facto de que algumas massas atómicas na época apresentavam valores
errados.
Em 1863, o químico inglês Alexander Newlands, usando a ordem crescente das massas
atómicas formula a Lei das Oitavas que dizia que “dispondo os elementos em sequência
crescente de pesos atómicos, o primeiro torna-se semelhante ao oitavo, repetindos-se o facto em
intervalos regulares”. Em 1868, Julius Lothar Meyer estudou a relação entre a massa atómica dos
elementos e as suas propriedades físicas, o que levou a apresentar graficamente a fusibilidade, a
volatilidade e outras propriedades em função das suas massas atómicas, mostrando bem uma
variação periódica.
A organização da tabela periódica foi desenvolvida não teoricamente mas com base na
observação química dos compostos por Dmitri Mendelev (conhecido como Pai da Tabela
Periódica) em 1869, que organizou os elementos na forma da tabela periódica actual. A sua
classificação consistia na disposição dos elementos num quadro com doze linhas e oito verticais
e os elementos nas linhas horizontais obedeciam à ordem crescente da massa. Por seu turno, os
elementos que se encaixavam nas verticais apresentavam propriedade semelhantes entre si.
Formulou a Lei Periódica que dizia que “quando se dispõem os elementos na ordem crescente
dos seus números atómicos, suas propriedades físicas e químicas variam periodicamente com o

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aumento do número atómico”. A sua classificação era bastante avançada, pois previa uma série
de elementos até então desconhecidos e recebeu o Prémio Nobel em Química pelo seu trabalho.
Em 1913, o cientista inglês Henry Moseley, descobriu que o número atómico (Z) é a
característica principal do elemento químico e reformula a Lei periódica dizendo que “as
propriedades dos elementos são uma função periódica dos seus números atómicos”. Devido ao
trabalho de Moseley, a tabela periódica moderna esta baseada no número atómico dos elementos.
A última maior troca na tabela periódica resultou do trabalho de Glenn Seaborg na
década de 50. A partir da descoberta do plutónio em 1940, Seaborg descobriu outros elementos
transurânicos (do número atómico 94 até 102). Reconfigurou a tabela periódica colocando a série
dos actinídeos abaixo da série dos lantanídeos. Em 1951, Seaborg recebeu o Prémio Nobel em
Química pelo seu trabalho.
Em 2016, a tabela periódica proposta por Henry Moseley teve um acréscimo dos quatro
elementos químicos que faltavam no sétimo período, nomeadamente Unúntrio (Uut), Ununpêntio
(Uup), Ununséptio (Uus) e o Ununóctio (Uuo), todos com átomos que possuem sete níveis de
energia. Actualmente a tabela conta com 122 elementos químicos.

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