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Introdução
Neste presente trabalho iremos abordar acerca de dois temas que são, a Filosofia política
na Antiguidade e a Filosofia política na Idade Média.
Assim, muitos filósofos que se desenvolveram dessa época eram membros da igreja.
Nesse momento, os grandes pontos de reflexão para os filósofos estavam associados com a
figura divina, ou seja, a existência de Deus, a fé e a razão, a imortalidade da alma humana, a
salvação, o pecado, a encarnação, a liberdade, dentre outros. Em outras palavras, ainda que
parece paradoxal, a filosofia medieval tentou conciliar a religião com a filosofia, ou seja, a
consciência cristã com a razão filosófica e científica.
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2.A Filosofia política na Antiguidade
2.1.Os Sofistas
Outra obra importante dos sofistas foi a sistematização do ensino: gramática, retórica e
dialéc- tica. É de salientar igualmente que, com o brilhantismo da participação no debate público,
deslumbraram os jovens do seu tempo. Os sofistas mais famosos foram: Protágoras, Górgias,
Trasímaco, Pródico e Hipódamo.
2.2.Platão
O pensamento político de Platão (428-347 a.C.) está contido sobretudo nas obras. A
República e O Político e as Leis. Era ateniense, provinha de uma família aristocrática e tinha um
grande fascínio pela política. Suas principais contribuições para filosofia foram A Teoria das
Ideias, A Teoria da Reminiscência, a Teoria das Três Partes da Alma e os Graus do
Conhecimento. Essas são basicamente as principais formulações teóricas que fazem parte do
sistema epistemológico platônico.
Foi o primeiro a estudar a política sob uma perspectiva "científica". Ele percebia que
a polis estava "contaminada" pelas idéias dos sofistas, e buscou uma maneira de "curá-la"
desse mal, através da racionalidade.
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Um dos seus mais famosos escritos é A República (politeia), que significa “organização
da cidade” que foi escrito em 373 a.C. divido em dez capítulos. Neste diálogo Platão reflete
sobre como deveria ser constituída uma cidade justa.
2.2.1.Origem do Estado
Platão defende que os homens formam o Estado não por uma tendência ou inclinação
natural, mas por força das necessidades de se garantirem a si mesmo. Ou seja, o Estado nasce
porque cada um de nós não se basta a si mesmo, não é auto-suficiente (ou autárquico) na medida
em que cada um tem mutuamente necessidades dos serviços de outrem.
Ninguém pode exercer todas as profissões ao mesmo tempo e, por isso, não pode prover a
si mesmo todos os serviços que tais profissões propocionan. Para suprir essa necessidade de
serviços de outrem, os homens decidem associar-se e criar o Estado. Por isso, para Platão, o
Estado tem uma origem convencional, isto é, é fruto de acordo mútuo dos homens.
2.2.2.Comunismo/Idealismo
Em A República, Platão imagina que todas as crianças devem ser criadas pelo Estado e
que até aos vinte anos todos devem receber a mesma educação. Nessa altura, ocorre o primeiro
corte e definem-se as pessoas que, por possuírem «alma de bronze», têm uma sensibilidade
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grosseira e por isso devem dedicar-se á agricultura, ao artesanato e ao comércio. Os outros
prosseguem os estudos durante mais dez anos, momento em que acontecerá um segundo corte.
Os que têm «alma de prata» dedicar-se-ão á defesa da cidade. Os mais notáveis, por terem «alma
de ouro», serão instruídos na arte de pensar a dois (dialogar).
Aos cinquenta anos, aqueles que passaram com sucesso por essa série de provas estarão
aptos a ser admitidos no corpo supremo dos magistrados. Caberá a estes o exercício do poder,
pois apenas eles têm a ciência política. Como são os mais sábios, também serão os mais justos,
uma vez que justo é aquele que conhece a justiça. A justiça constitui a principal virtude, a
condição das outras virtudes.
2.2.3.Classes Sociais
A partir do comunismo de Platão podemos antever a sua organização social. Platão baseia
a sua concepção de estado-ideal na razão não só porque os governantes devem ser filósofos, mas
também porque toda a sua estrutura e funcionamento sociais assentam na ordem e disciplina.
Para que o Estado ou sociedade se mantenha una, é preciso que tudo esteja submetido á
autoridade do Estado e sobretudo que cada membro desempenhe a função para a qual está, por
natureza, apto.
Platão divide o Estado-ideal em três classes sociais hierarquizadas. Cada classe será
permeada por duas características: a aptidão natural dos seus cidadãos e o metal que indica o tipo
de alma ou temperamento.
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de raça ferozes e
mansos.
Função Prover a subsistência Garantir a defesa da Governar e amar a
de toda a sociedade, Cidade dos perigos do Cidade acima de tudo.
especialmente das interior. Produzir leis baseadas
classes superiores. Evitar excesso de na justiça e no bem.
riqueza e de pobreza;
grandeza ou pequenez
excessiva do Estado.
Metal da Alma Na alma contém o Na alma contém a Na alma contém o
Bronze ou Ferro. Prata. Ouro.
A virtude típica Temperança, Fortaleza e Coragem. A Sabedoria.
entendida como
domínio, ordem e
disciplina dos
prazeres.
Sofocrática: é um governo guiado pelo bem e justiça. O poder está nas mãos de um (=
monarquia) ou grupo (= aristocracia) de sábios. Por isso, trata-se de uma Aristo-
monarquia ( monarquia permeada pela aristocracia), enfim, baseia-se no culto de sábio.
Aristo-Democracia: é uma forma de governo exercida por poucos, mais inspirando-se
numa democracia ponderada por várias instituições aristocráticas, trata-se de um governo
misto, uma Aristo-democracia.
A igualdade perante a lei (isonomia) e no uso da palavra (isegoria) vigentes na
democracia são temperados por aspectos aristocráticos como: o controle e proibição das
inovações da juventude, a censura exercidos pelos anciões (gerontes). Enfim, trata-se de
uma gerontocracia, forma de governo que Platão importa da constituição de Esparta que
ele admirava.
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Tirania: é governo de um só homem, mas estúpido ou mau, é um poder brutal, opressivo
e o mais insuportável, todavia susceptível de se transformar na monarquia Sofocrática,
bastando que o tirano se deixe aconselhar e ensinar pelo sábio e oriente o seu poder pela
justiça e pelo bem.
Timocracia: governo exercido por pessoas afortunadas, governo censitário; ou por
pessoas ambiciosas. Baseia-se no culto ao guerreiro.
Oligarquia: governo de pequeno número de pessoas, assente na posse da riqueza e
procura o bem próprio; mau governo pois a vida do rico não tem inclinação para a
sabedoria, exclui os pobres.
Democracia: é um governo exercido pela multidão ou por muitos e, como a multidão é
incapaz de adquirir a sabedoria da ciência política, é um mau governo, isto é, nunca pode
se guiar pela sabedoria. É um regime sem lei, sem autoridade reconhecida pois nela cada
cidadão age como quer, julga-se apto para todas as funções e fazo que quer. É um regime
superior e preferível á tirania pois é incapaz de fazer grandes males e nela a liberdade dos
cidadãos está garantida; mas também é um regime incapaz de grandes bens, por isso é
inferior que a república do estado-ideal.
2.3.Aristóteles
Aristóteles (384-322 a.C.), é tido como o mais erudito e sábio dos filósofos gregos.
Familiarizou-se com todo o desenvolvimento do pensamento grego anterior a ele. Em seu
livro Política, Aristóteles tentou reaproximar o exercício da política ao exercício da ética, na
busca de restaurar a moral política grega.
Para Aristóteles, o grande objectivo da vida do homem era ser feliz; para isso, deveria
desenvolver suas aptidões. A natureza, não permitia que um homem isolado se desenvolvesse
plenamente. Por essa razão, os homens se uniam para a realização de um bem maior e mais
importante: a constituição e manutenção da polis.
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filósofo, não bastava nascer na cidade ou ser filho de um cidadão para ser um cidadão, para ser
considerado assim o indivíduo deveria participar da vida política da cidade.
2.3.1.Origem do Estado
Aristóteles submete o individuo á cidade no sentido de que o homem é feito para a vida
social, por conseguinte, é inconcebível para este filósofo que o homem viva fora da cidade.
«Quem não pode fazer parte de uma comunidade, quem não tem necessidade de nada, bastando-
se a si mesmo, não é parte de uma cidade, mas é fera ou Deus».
3.1.1.Santo Agostinho
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A doutrina política de Santo Agostinho encontra-se na obra A Cidade de Deus. Para ele,
o mundo divide-se em duas cidades: a Cidade de Deus e a Cidade terrena. A Igreja é a
encarnação da cidade de Deus, apesar de isto não se aplicar a todos os seus membros, nem a
todos os seus ministros sagrados.
3.1.2.Origem do Estado
Segundo Santo Agostinho, o Estado teve a sua origem quando o homem começou a viver
em sociedade, pois o conceito e a finalidade do Estado está radicado no próprio homem. Para ele,
o Estado será bom, justo e correcto se os homens que o compõe forem movidos pela verdadeira
justiça que se encontra somente em Deus. Esta é a condição necessária para que o Estado
desempenhe com eficácia sua função de salvaguardar a segurança, a paz e a concórdiados
cidadãos.
Para São Tomás há também duas naturezas no Homem, as quais são comparadas à
diferença entre corpo e alma. « Há no Homem duas naturezas, dois fins, duas ordens de virtude,
dois graus de Felicidades». São Tomás, ao defender a bipolaridade como forma de estar do
Homem acaba por desaguar na teoria dos dois poderes defendido antes pelo Santo Agostinho.
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Para ele os poderes são temporal e religioso, sendo o religioso superior ao temporal, assim como
a alma se sobrepõe ao corpo.
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4.Conclusão
Pode-se concluir que A Filosofia política investiga as relações humanas em sentido coletivo. A
Filosofia é fruto da Antiguidade Clássica, foi criada pelos gregos, o primeiro povo a tentar
solucionar seus próprios problemas. Os gregos refletiam sobre as inquietações de suas vidas e
buscavam soluções que acreditavam ser eternas e aplicáveis a todas as sociedades.
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5.Referências Bibliográficas
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