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Larissa Porto1, Ana Caroline dos Reis Ott2, Fernanda Gabriely da Rosa Amaral3,
Thiele da Rosa Silveira4, Claudia Maria Prudêncio De Mera5
1 INTRODUÇÃO
A história do pensamento econômico é ampla, desde os primórdios a economia
enquanto vem se adequando às circunstâncias, mas, a emergência da economia como ciência,
só foi visível nos finais da fase do renascimento. A economia como ciência social, se
fundamenta em atender as necessidades humanas, que é a sua razão de existir.
No século XVIII, uma escola do pensamento francesa, a fisiocracia, elaborou alguns
trabalhos que influenciaram outras escolas econômicas. A fisiocracia como teoria científico-
econômica teve vida bastante curta, pouco mais de trinta anos, e foi uma ciência econômica
exclusivamente francesa.
Embora a teoria da fisiocracia tenha uma série de limitações, foi de grande
importância para a economia científica, visto que foi tomada como ponto de partida para a
criação da teoria clássica de Adam Smith (SANDRONI, 1999).
Desta maneira, neste estudo, procurou-se dissertar sobre a fisiocracia, focando nos
seguintes aspectos: origem e significado da fisiocracia, seus principais pensadores e suas
principais ideias.
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A presente pesquisa foi feita através de pesquisas realizadas em artigos, livros e
internet, caracterizado como pesquisa bibliográfica, que consiste na revisão de informações
sobre o tema abordado. Uma bibliografia mal construída, com dados apresentados em
1
Discente do curso de Ciências Contábeis, da Universidade de Cruz. E-mail: larissaporto2012@gmail.com
2
Discente do curso de Ciências Contábeis, da Universidade de Cruz Alta. E-mail: ana.ott@sou.unicruz.edu
3
Discente do curso de Ciências Contábeis, da Universidade de Cruz Alta. E-mail:
fernandagamaral00@gmail.com
4
Discente do curso de Administração, da Universidade de Cruz Alta. E-mail: thiele6silveira@gmail.com
5
Docente da Universidade de Cruz Alta. E-mail: cmera@unicruz.edu.br
1
PRÓ-REITORIA DE PÓS- GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO
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Campus Universitário Dr. Ulysses Guimarães - Rodovia Municipal Jacob Della Méa, km 5.6 –
Parada Benito. CRUZ ALTA/RS - CEP- 98005-972 I UNICRUZ.EDU.BR
desordem e incompletos, é um desserviço àqueles que utilizarão a bibliografia como pista ou
caminho de busca de informação. (MACEDO, 1996)
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Segundo diversos autores (ALVEZ DA SILVA, 2007; CORAZZA, 2012), a
fisiocracia, advinda da chamada escola fisiocrática, surgiu no século XVIII e é considerada a
primeira escola da economia científica. O termo Fisiocracia surge a partir de uma publicação
de Pierre Samuel du Pont de Nemours intitulada Physiocrats. Antes os fisiocratas eram
conhecidos como économistes.
Surge em uma época em que a França estava em crise, como uma reação às
imposições mercantilistas e à tradição Feudal, também antecedendo a Revolução Francesa, a
fisiocracia teve um rápido crescimento e influenciou a política francesa de 1756 até o começo
da década de 1770. “Fisiocrata” vem de “fisiocracia”, que significa “poder da natureza”.
Defendia a existência de uma ordem natural, com base na qual a sociedade deveria ser
organizada. Uma das frases que ficaram na história: laissez-faire e laissez-passer (deixai fazer
e deixai passar). (FUSFELD, 2001).
Conforme a fisiocracia, a agricultura seria a única fonte de riqueza porque a
quantidade de bens que ela produz é maior do que os seus custos, desse modo, pensavam que
o comércio e a indústria eram segmentos complementares à agricultura. A Figura 1 mostra a
principal teoria da Escola Fisiocrata, onde a natureza era toda a fonte de riqueza de uma
economia.
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Os fisiocratas criaram a noção de produto líquido: sustentaram que somente a terra,
ou a natureza (physis, em grego), é capaz de realmente produzir algo novo (só a terra
multiplica, por exemplo, um grão de trigo em muitos outros grãos de trigo). As
demais atividades, como a indústria e o comércio, embora necessárias, não fazem
mais do que transformar ou transportar os produtos da terra (daí a condenação ao
mercantilismo, que estimulava essas atividades em detrimento da agricultura).
Dividiam, portanto, a sociedade em três classes: os produtores (agricultores), os
proprietários de terra (a nobreza e o clero) e as “classes estéreis” (os demais
cidadãos). Descobriram que existe uma circulação da renda entre essas três classes:
os agricultores e proprietários compram produtos e serviços dos demais grupos, que
depois fazem retornar essa renda comprando produtos agrícolas
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O fisiocratismo foi a primeira doutrina econômica. Teve grande impacto para o
surgimento da economia como ciência e criou conceitos até hoje difundidos na teoria
econômica. Surgiu em oposição ao mercantilismo, apresentando-se como fruto de uma reação
iluminista. Em suma, pode-se dizer que a escola fisiocrata tem seu foco nos fenômenos de
produção, considerando a agricultura como principal fonte de riqueza. Tal crença advém da
ideia de que a terra é a fonte real de todo o excedente, observando a agricultura, pode-se
concluir que se colhe muito mais do que se planta, e isso não era visto em outras áreas.
Para que as teorias fisiocratas fossem bem aceitas pela sociedade e funcionassem
como o idealizado, seria necessária a implantação de um sistema educacional capaz de moldar
o homem para tal visão econômica, preparando-o para lidar com a terra e ver nela sua fonte de
sustento e sobrevivência.
REFERÊNCIAS
SILVA, Jani Alves da,. Reflexões sobre a história do capitalismo. Revista Filosofia Capital,
[S. l.], ano 2007, v. 2, n. 5, p. 114, 2007.
SOUZA, Nali de Jesus. Desenvolvimento econômico. 5.ed.rev. São Paulo, Atlas, 2005. 312p.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. São Paulo, Editora Best Seller,
1999.
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