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AO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, é notório que o consumismo está cada vez mais presente dentro
da sociedade, bem como as consequências provenientes de sua intensificação no
cenário atual. Esse fenômeno pode ser definido como a compra exagerada de
produtos e serviços, a qual é realizada com baixo planejamento e sem verdadeira
necessidade. Diferentemente de consumo que representa a aquisição daquilo que é
necessário para a sobrevivência humana, sendo, portanto, uma atividade natural e
realizada desde os primórdios da existência das sociedades, o consumismo é pautado
em um comportamento impulsivo e desregulado.
Sua origem está ligada a consolidação do sistema capitalista em um momento
em que começaram a surgir as grandes empresas multinacionais e as cidades se
tornaram cada vez mais complexas, muito por conta do processo acentuado de
industrialização pelo qual elas passavam. Aliado a isso, em meio aos Séculos XVII a
XIX, nota-se o desenvolvimento do processo de Revolução Industrial em que se
concretizou um grande aumento da produção de bens manufaturados, possibilitando
que as pessoas tivessem maior acesso aos mais variados tipos de produtos.
No final do Século XIX, em um contexto marcado pelo fim da escravidão
legalizada em praticamente todo mundo, pelo avanço e melhora das máquinas no
cenário industrial, pelo início do uso do petróleo como energia em grande escala e
pelo intenso êxodo rural, observou-se a criação em massa de novas empresas que
operavam com intensa produtividade, impulsionando as linhas de montagem e
acelerando o crescimento de uma era consumista que ganha cada vez mais espaço
até hoje. A respeito disso, Moura (2018, p. 3) afirma:
Com o passar dos anos, a emergência do “American Way of Life” (novo estilo
de vida norte-americano que surgiu após a Primeira Guerra Mundial, baseado na
liberdade e na busca por felicidade que foi marcado pelo consumo excessivo e apego
aos bens materiais), aliada ao crescimento das campanhas publicitárias e do uso do
marketing por parte das grandes empresas também contribuíram para moldar as
relações de consumo mundiais.
A arte também sofreu influência dessa grande transformação pela qual a
sociedade estava passando, sendo o movimento Pop Art o melhor exemplo para se
ilustrar isso. Esse movimento buscava realizar uma crítica ao consumismo e à cultura
de massa e para isso, os artistas incorporaram elementos da cultura popular em suas
obras como imagens publicitárias, produtos comercializados e ícones de celebridades.
Alguns dos principais nomes desse movimento foram: Andy Warhol, Roy Lichtenstein
e Claes Oldenburg.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/
Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/
Ocorre que o lixo eletrônico não deve ser descartado juntamente com o lixo
comum, principalmente no meio ambiente, pois possui substâncias químicas
como mercúrio, chumbo, entre outros. Assim o descarte irregular pode
contaminar o solo tornando-o infértil e pode chegar aos lençóis freáticos,
comprometendo o sistema de abastecimento de água e assim oferece riscos
à saúde dos coletores quando colocado junto ao lixo comum.
O consumismo dirigido para o mercado tem uma receita para enfrentar esse
tipo de inconveniência: a troca de uma mercadoria defeituosa, ou apenas
imperfeita e não plenamente satisfatória, por uma nova e aperfeiçoada. A
receita tende a ser reapresentada como um estratagema a que os
consumidores experientes recorrem automaticamente de modo quase
irrefletido, a partir de um hábito aprendido e interiorizado. Afinal de contas,
nos mercados de consumidores-mercadorias, a necessidade de substituir
objetos de consumo "defasados", menos que plenamente satisfatórios e/ou
não mais desejados está inscrita no design dos produtos e nas campanhas
publicitárias calculadas para o crescimento constante das vendas. A curta
expectativa de vida de um produto na prática e na utilidade proclamada está
incluída na estratégia de marketing e no cálculo de lucros: tende a ser
preconcebida, prescrita e instilada nas práticas dos consumidores mediante
a apoteose das novas ofertas (de hoje) e a difamação das antigas (de ontem).
3 METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada tendo como base artigos e sites que possuem como
temática o consumismo, seus efeitos e sua influência no cenário atual. Além disso,
utilizou-se para o embasamento do trabalho, o livro “Vida para consumo: A
transformação das pessoas em mercadoria”, do filósofo polonês Zygmunt Bauman.
Os artigos utilizados foram obtidos a partir da biblioteca digital SciELO (Scientific
Electronic Library Online – Biblioteca Eletrônica Científica Online) e do serviço de
busca do Google conhecido como “Google Acadêmico”, em que se pode encontrar
materiais voltados a estudantes e professores.
Além desses mecanismos, uma pesquisa feita através do “Formulários Google”
foi usada para o aperfeiçoamento do trabalho. Para a sua realização, 100 (cem)
pessoas foram direcionadas para uma página em que poderiam responder a algumas
perguntas relacionadas à sua inserção dentro do cenário consumista. Os resultados
obtidos a partir dessa pesquisa estão no tópico “Análise dos dados” do artigo em
questão e permitem uma visualização mais prática das consequências
proporcionadas pela alta compra de produtos e serviços de maneira desnecessária
no cenário atual.
BARBOSA, Lívia. Sociedade de consumo. 68p. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
Disponível em: <https://seer.ufu.br/index.php/Observatorium/article/view/45773>
Acesso em 12 de abril de 2023.