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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
observar um movimento que carece de uma experiência gerada antes, durante e após
a compra, a fim de o empreendimento se fazer presente, não só através do produto
que oferta.
Em uma matéria feita para a Revista Cláudia, por Maria Clara Serpa, em
outubro de 2020, foram discutidas as mudanças da pandemia em nosso modo de
consumir moda, analisando uma pesquisa realizada pela Consumoteca, a qual mostra
tendências de consumo dos brasileiros. Este estudo entrevistou brasileiros dos mais
diversos gêneros, regiões, classes e faixas etárias, para enfim compreender as
mudanças em seu comportamento de consumo no que se refere ao mercado da moda
durante o último ano de pandemia. Nele, após uma análise a respeito das peças mais
procuradas durante esse período e uma constatação sobre o que certas faixas etárias
mais sentem falta, Michel Alcoforado, antropólogo e sócio da Consumoteca, concluiu:
Entretanto, uma boa parte dos participantes afirma que estando mais tempo
dentro de casa, o estresse e ansiedade gerados pelo momento que vivemos os leva
a consumir, como uma válvula de escape, e uma forma de sair de uma rotina ociosa
e ter algo novo pelo qual esperar. Enquanto alguns participantes se sentem menos
suscetíveis à compra por falta de estímulo visual unido ao tato, outros relatam que a
acessibilidade provida pela internet é um facilitador e indutor ao impulso. É possível
identificarmos com clareza essa polarização através de depoimentos como “fiquei
mais consciente financeiramente e percebi que gastava demais em coisas que não
eram necessárias, combinado, é claro, com a crise financeira e a necessidade de se
gastar menos”, “comecei a comprar mais pela sensação de prazer após a compra,
além de ter mais tempo sobrando em casa para procurar itens desejados” e “um
refúgio devido à situação ruim, vontade de comprar online se tornou uma distração e
uma felicidade em meio a pandemia”.
Referente ao foco do consumo durante o último ano de pandemia, as respostas
coletadas também apresentaram um padrão, sendo as áreas que mais foram foco de
compra: moda (59,3%), bem-estar (39%), tecnologia (32,2%) e cosméticos (32,4%).
Estes resultados representam, confirmando o que foi apontado anteriormente, um
aumento no consumo de roupas, tanto para uma adaptação à vida do home office,
buscando principalmente peças bonitas, porém valorizando o conforto, quanto
relacionado à ansiedade pelo momento em que esse cenário mudar, para ocasiões
futuras, de certa forma agindo como uma ferramenta de esperança. Com relação à
obtenção dos bens relacionados com bem-estar e tecnologia, segue assim
reforçando-se a adaptação à permanência em casa, onde as pessoas buscam obter
conforto e investir mais em melhores condições para uma rotina de trabalho dentro do
ambiente doméstico. Atrelado à preocupação em relação ao bem-estar, a prática da
meditação foi muito citada na grande maioria das respostas obtidas, 26,3% afirmam
ter adotado a prática durante a pandemia.
No que se refere aos aspectos levados em conta no momento da aquisição de
um produto, mais se destacaram o custo-benefício (82,2%), a qualidade (71,2%), o
preço (59,3%) e a estética (41,5%), com somente cerca de um terço das pessoas
testemunhado pensar em lifestyle, admiração à marca, ou origem e valores de
produção. A partir disso, 50,8% dos participantes afirmam ter passado a considerar
mais aspectos na hora da compra nesse último ano, valorizando características que
10
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
COUTINHO, Sonia Maria Viggiani; CÉSAR, Vivian Aparecida Blaso Souza Soares;
GRANDISOLI, Edson; JACOBI, Pedro Roberto. Irá a pandemia alterar velhos
hábitos de consumo? Jornal USP, São Paulo, Brasil, 2020. Disponível em:
<https://jornal.usp.br/artigos/ira-a-pandemia-alterar-velhos-habitos-de-consumo/>.
Acesso em: 13 abr. 2021.