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PLANO DE AULA

EEFM Cora Coralina


Curso: 2ºs anos do ensino médio Data da Aula:
Disciplina: Filosofia Turma:
Professor: Everaldo Barreto Moura
Tema: 03 – Identidade e Cultura: Subjetividade

Objetivos

- Caracterizar as noções conceituais de identidade, subjetividade e individualidade na cultura

- Refletir o papel da cultura na formação identitária do sujeito em sociedade

- Analisar as tendências globais da sociedade virtual e suas consequências práticas

Conteúdos
 Mesmo havendo tantos termos relacionados ao indivíduo, identidade,
subjetividade e individualidade não são a mesma coisa: Costumamos dizer que o ser
humano tem uma identidade que por sua vez confundimos subjetividade e individualidade com
identidade enquanto “essência” humana. Acontece que não é bem assim! A Identidade “é
identidade de pensar e ser. O conteúdo que surgirá dessa metamorfose deve subordinar-se ao
interesse da razão e decorrer da interpretação que façamos do que merece ser vivido. Isso é
busca de significado, é invenção de sentido. É autoprodução do homem. É vida.” (SILVA, 2009);
Já a Subjetividade “é entendida como aquilo que diz respeito ao indivíduo, ao psiquismo ou a
sua formação, ou seja, algo que é interno, numa relação dialética com a objetividade, que se
refere ao que é externo. É compreendida como processo e resultado, algo que é amplo e que
constitui a singularidade de cada pessoa” (SILVA, 2009) Por fim, A Individualidade “refere-se a
essas características naturais que constituem todo o indivíduo e que servem de base para o
desenvolvimento da singularidade e do psiquismo como um todo.” (SILVA, 2009)
 Sendo a identidade a autoprodução do ser humano, a cultura é o campo das
produções humanas coletivas, ou seja, de todas as identidades: A cultura é um processo
que caracteriza o ser humano como ser de mutação, de projeto que se faz à medida que
transcende, que ultrapassa a própria experiencia. O mundo cultural é um sistema de significados
já estabelecidos por outros, de modo que, ao nascer, a criança encontra-se diante de valores já
existentes. Assim, a criança tem identidade, tem individualidade mas sua subjetividade assim
como também a sua identidade, ainda estão em construção.
 Para o filósofo Pierre Lévy, a Idade Contemporânea é a Idade do ciberspaço, da
cibercultura e da cibersociedade: A sociedade atual está cada vez mais conectada a internet
ao passo de que é muito fácil pelas redes sociais (facebook, Instagram, Twitter, Spotfire, games
online, salas de chats e fóruns de debate) as pessoas cultivarem amizades e trocarem dados
culturais sem qualquer contato físico. Para o filósofo francês, a Geopolítica é pensada em uma
sociedade cibernética; o mundo virtual passa a ter força própria alimentado por pessoas que
vivem o mundo real mas não deseja o enfrentamento real dele. Tudo isso foi proporcionado pela
evolução da tecnologia já que “por detrás das técnicas agem e reagem ideias, projetos sociais,
utopias, interesses economicos, estratégias de poder, toda gama dos jogos dos homens em
sociedade. O desenvolvimento de cibertecnologias é encorajado por Estados que perseguem a
potência , em geral, a supremacia militar em particular.”
 A cultura do mundo virtual sofre influências culturais do mundo real, inclusive os
equivocos ideológicos: O mundo virtual não é uma “terra sem lei” mas interessantes reflexões
podem ser feitas – Até que ponto a máquina poderá ser subordinada ao Homem? Uma Ciberética?
Metodologia de ensino

As aulas serão expositivas e dialogadas com os alunos utilizando os exemplos da realidade como
modo de melhor assimilação das teorias apresentadas.

Atividades
- Apresentação e explicação do tema
- Apresentação dos pensadores.
- Debate transversal contextualizando a teoria com base no cotidiano.

Recursos a serem utilizados

Sala com quadro branco e pincel

Avaliação da Aprendizagem

Aplicação de um questionário via arguição oral com as seguintes perguntas:

1) É possível ter cultura a partir de uma pessoa totalmente sozinha no mundo? Justifique.

2) Longos debates são realizados a respeito da substituição da mão-de-obra humana pelas

máquinas (robôs). Seria possível uma civilização híbrida (androides) entre humanos e

robôs? Que tipo de impacto na subjetividade humana essa civilização pode causar?

3) Qual a diferença entre a identidade e a individualidade?

4) Seria correto dizer que o mundo virtual está destruindo as relações humanas do mundo

real? Por quê?.

5) Se a cultura é uma produção humana, é possível imaginar robôs fazendo cultura? Comente.

6) O que é a cultura?

Referências

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando: introdução à Filosofia. 5. ed. – São Paulo: Moderna,
2013

SILVA, Flávia Gonçalves da. Subjetividade, individualidade, personalidade e identidade:


concepções a partir da psicologia histórico-cultural. In: Revista Psicologia da educação, São
Paulo, n. 28, p. 169-195, Jun. 2009. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
69752009000100010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03 abr. 2019.

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