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Objetivos
Conteúdos
O lado “consumo, logo existo!” de nossas vidas: Consumir algo na sociedade
capitalista se tornou quase uma necessidade biológica ao passo de que somos forçados
a acreditar que o sentido de nossa existência está em comprar e consumir algo. De fato,
temos uma forte necessidade de consumir algo mas será que muito desse consumo não
é um algo por demais alienado?
O consumo alienado faz as pessoas perderem o sentido do porquê que elas
consomem: Marx dizia que a produção de bens de consumo é ao mesmo tempo consumo
já que a matéria prima da qual ele utiliza para transformar em produto além das
ferramentas e o próprio Homem se desgastam conforme o tempo passa. Por outro lado,
consumir também é produzir pois como o consumo nos produz não apenas no plano físico
mas nos produz como um todo (emocional, intelectual), ele também é responsável por
gerar consumidores, ou seja, se produzimos, alguém terá que consumir aquilo que
produzimos e o consumo alienado é justamente quando perde-se a consciência da
necessidade de consumo tornando-se um fim em si e não um meio. Ex: se tenho apenas
dois pés, para quê quero 20 pares de tênis?
O lazer e o ócio: Para o sociólogo francês Joffre Dumazedier, "o lazer é um conjunto
de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar,
seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua informação
ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade
criadora, após livrar -se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e
sociais.” Já o ócio seria o tempo individual livre que a pessoa usa literalmente para
pensar, refletir e buscar dentro de si o autoconhecimento e a contemplação ao Todo em
que os filósofos encontram soluções racionais aos problemas à sua volta.
O negócio e o ócio criativo: O sociólogo italiano Domenico de Masi nos fala que o
ao negarmos o tempo livre que temos para a contemplação, estamos não apenas
capitalizando nosso tempo como estamos negando esse tempo livre (que é o negócio) ou
seja, quem faz um negócio não está vendendo alguma coisa mas realocando seu tempo
na empresa de algo para uma determinada finalidade. Por outro lado, contra essa
capitalização do ócio, ele propõe o ócio criativo que racionaliza o tempo de modo que
para o surgimento de soluções criativas, é necessário ter consciência de nosso papel na
sociedade ao passo de que não negando nossa humanidade, o trabalho é visto apenas
como uma forma de alocarmos um tempo em paralelo com o ócio criativo (é um
“tempinho” que tiramos para si mesmo em ato pleno de trabalho)
Metodologia de ensino
Atividades
- Apresentação e explicação do tema
- Apresentação dos pensadores.
- Debate transversal contextualizando a teoria com base no cotidiano.
Avaliação da Aprendizagem
3) O que é o lazer?
4) Podemos dizer que a sociedade capitalista cada vez mais nos força a termos o efeito
Domenico de Masi
5) Seria certo dizermos que o lazer está diretamente vinculado com o consumo nos dias
7) Seria o ócio criativo uma forma de fugirmos da rotina de trabalho sem deixarmos de
8) Estaria Marx correto ao afirmar que ao mesmo tempo que o Homem produz bens que
Referências
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando: introdução à Filosofia. 5. ed. – São Paulo:
Moderna, 2013