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Índice
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................3
1.1. Objectivos..........................................................................................................................3
8. CONCLUSÃO.................................................................................................................15
9. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................16
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1. INTRODUÇÃO
Todos os dias as pessoas, em qualquer parte do mundo, realizam atos bastante simples,
necessários à vida: consomem alimentos, cultivam a terra, vão e voltam do trabalho, levam os
filhos à escola, conversam com os amigos, fazem exercícios físicos, enfrentam o trânsito
caótico das metrópoles, a vida calma das pequenas cidades. São atos tão rotineiros que na
maioria das vezes são executados de forma mecânica, como se não tivessem consciência de
que os estão realizando.
Por um momento apenas vamos nos colocar como observadores de tais cenas cotidianas.
Pode ser que a nossa reação fosse de simples registro das pessoas e dos seus atos. Assim, não
perceberíamos nada de diferente no mundo dos homens. Pode ser, contudo, que por alguma
razão nos motivássemos a ir além da percepção mais imediata das pessoas e dos seus atos.
Por exemplo, perceber que embora os atos realizados sejam semelhantes – ir ao trabalho – as
pessoas que os realizam são diferentes; ou, ao contrário, que pessoas semelhantes realizam
trabalhos diferentes.
As sociedades humanas sempre têm um conjunto de ideias, valores e práticas sociais aceitas
pela maioria que organiza as ações e os comportamentos cotidianos das pessoas. Em
determinados momentos – como o atual – estabelece-se um processo de contestação das
idéias, dos valores e das práticas dominantes, que perdem gradativamente a condição de
servirem de “modelo” para as pessoas, iniciando-se a construção de um novo “modelo”.
Nesse sentido, pode-se afirmar que as sociedades humanas em permanente processo de
desconstrução-construção.
1.1. Objectivos
Objectivos Gerais
Objectivos específicos
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Capítulo 1:
Exibe uma introdução, com seus objectivos e como esta estruturado o trabalho.
Capítulo 2:
Fala sobre fundamentos das ciências sociais, iniciando com uma contextualização e uma
visão geral do trabalho, definições e seu surgimento;
Capítulo 3:
Trata do referencial teórico, que aborda assuntos sobre os constituição e desenvolvimento das
ciências sociais e suas divisões.
Capítulo 4:
Aborda sobre o conceito das ciências sociais, seu surgimento de acordo com alguns autores
mencionados no trabalho.
Capítulo 5:
Capítulo 6:
Capítulo 7:
Capítulo 8:
Este capítulo por final aborda sobre a conclusão e as referências bibliográficas que fizeram
parte na elaboração deste trabalho.
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De modo geral, consideram-se Ciências Sociais, aquelas que têm como objecto de estudo os
fenómenos ligados à vida dos homens em sociedade. Ocupam-se das relações que os homens
formam entre si e das que estabelecem com as coisas. Procuram o entendimento das acções
dos homens e das representações que estes formam a respeito de si próprios e do mundo em
que vivem. São aquelas que se interessam especificamente pelos modos de actuar que andam
associados à vida em grupo, embora possam ser manifestadas por intermédio dos indivíduos.
Ou ainda, são aquelas ciências que se dedicam ao estudo das condições de vida em sociedade,
e principalmente dos laços por meio dos quais os homens se unem em múltiplas
colectividades.
A criação da Sociologia é inserida entre os grandes eventos ocorridos no século 19. Ela
mudou profundamente o modo do homem entender o mundo e a si próprio. O homem
descobriu-se definitivamente como um ser cuja essência é a sua sociabilidade permanente.
Obviamente as ações humanas fundamentais têm sempre o sentido da reprodução da vida. O
que a Sociologia nos permitiu perceber é que não há possibilidade de que a reprodução possa
ser um ato individual e foi na época em que se começou o estudo dos comportamentos
humanos com a mesma preocupação de objectividade que exigiam as ciências naturais. A
vida humana desenvolve-se numa estrutura espaço temporal que passamos a chamar de
sociedade.
Economia Política, que é o estudo dos processos através dos quais os homens se
esforçam por diminuir a diferença existente entre as necessidades e os bens
susceptíveis de as satisfazerem;
Demografia, que é a análise estatística das condições humanas: idade, sexo, estatuto
matrimonial
Geografia Humana, que se dedica ao estudo do povoamento, um facto dependente
em grande parte das condições materiais: natureza do solo, clima, recursos
disponíveis
Ciência Política, que é a análise dos comportamentos e das forças que tanto no plano
nacional como internacional, pretendem criar, orientar ou modificar as instituições e
os mecanismos de que os governos têm necessidade para exercerem suas funções num
determinado estádio de civilização.
Linguística, que tem como perspectiva, fazer o estudo comparativo das diferentes
línguas, de forma a encontrar a origem comum de determinados povos; a História,
ciência que estuda as acções dos homens no tempo e espaço e;
Etnologia ou Antropologia Cultural, e a ciência social que estuda e compara os
diferentes povos e culturas do mundo antigo até o moderno.
As ciências sociais surgiram na Europa do século XIX, mas foi no século XX, em
decorrência das obras de Marx, Durkheim e Weber que as ciências sociais se
desenvolveram. O carro-chefe foi a sociologia: neologismo criado pelo francês Comte, seu
primeiro professor.
Esses autores são considerados “clássicos”, pois foram os responsáveis pela fundação da
Sociologia, ou, mais precisamente, criaram as diferentes teorias que compõem a Sociologia.
A exposição será bastante genérica, procurando abordar os aspectos das teorias relativamente
consensuais entre os estudiosos. Além disso, foram empregadas citações dos autores em
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questão, para que cada leitor possa elaborar sua própria interpretação dos mesmos. É assim
que o conhecimento se desenvolve: pela capacidade de apreensão crítica do pensamento
constituído.
uma importante contribuição sobre o método sociológico, isto é, sobre o objeto da Sociologia
e as regras necessárias para conduzir o processo de investigação dos fatos sociais.
Estes são as manifestações humanas, regulares ou não, que existem de forma autônoma e
independente das manifestações individuais e exercem uma coerção exterior sobre os
indivíduos. Durkheim leva ao limite o conceito de fato social, como núcleo definidor da
sociabilidade humana, quando afirma que “um fato social não pode ser explicado senão por
um outro fato social”. Em outras palavras, é o núcleo instituinte da própria condição humana.
A leitura que se pode fazer dessa tese é que os fatos externos não determinam a natureza da
ordem e do movimento da sociedade; são apenas condicionantes da vida coletiva. Da mesma
forma, não se pode buscar a causa determinante de um fato social nos estados da consciência
individual.
Para compreender qualquer teoria é preciso buscar os seus fundamentos e o contexto social
em que eles estão sendo elaborados. As reflexões de Marx e Engels ocorrem num momento
histórico que se caracteriza pelo triunfo do capitalismo, modo de produção que já havia
completado seu aparecimento, tanto do ponto de vista econômico como político-ideológico,
sessenta anos antes de 1848. Segundo Eric Hobsbawm, “os anos de 1789 a 1848 foram
dominados por uma dupla revolução: a Revolução Industrial, iniciada e largamente confinada
à Inglaterra, e a transformação política associada e largamente confinada à França” (1977, p.
22). Dessa forma, o capitalismo é, ao mesmo tempo, o contexto e o objeto das investigações
de Marx e Engels.
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b) num tipo puro conceitualmente, construído pelo agente ou pelos agentes concebidos como
típicos.
O objetivo das Ciências Sociais é estudar, analisar e interpretar as ações dos seres humanos
quando estes interagem com a sociedade. O curso tem como objetivo a compreensão e a
interpretação da origem da atual realidade social, através do estudo de conflitos e fenômenos
sociais, culturais e políticos e da aplicação de suas diversas técnicas e métodos de pesquisa
investigativa, obtendo desta forma, a construção de estruturas e identidades de indivíduos e
grupos humanos.
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O real social é pluridimensional e, por isso, suscetível de ser abordado de diferentes maneiras
pelas diversas Ciências Sociais. Estas mantêm entre si relações de interdependência na
abordagem aos fenómenos sociais. As diferentes ciências analisam as mesmas realidades, os
mesmos fenómenos "sociais totais", embora privilegiando cada uma delas uma perspetiva
própria de análise. Este intercâmbio entre disciplinas leva a que as investigações realizadas
numa disciplina qualquer possam ser fundamentais para outra. "Assim, é precisamente a
mesma realidade humana e social que vai interessar às diversas Ciências Sociais. Temos,
portanto, que o social é único; as maneiras de o abordar, as dimensões a privilegiar é que
variam consoante os interesses que orientam e a partir dos quais se situa o investigador em
Ciências Sociais, com a sua específica abordagem da realidade social" (Marques).
Que estuda o homem como ser biológico. Quer dizer, determina o lugar que o homem ocupa
no reino da natureza, estudando as suas origens e trajectória no tempo, classificando os tipos
que existem segundo os seus caracteres específicos. Estuda certas características biológicas
do homem, as questões da raça, da hereditariedade, da nutrição, da diferenciação de sexos,
etc. Compreende, entre outras, a Anatomia Comparada, Fisiologia Comparada e a Patologia
Comparada.
Que estuda o Homem como ser social. Ocupa-se mais particularmente em estabelecer leis
gerais de vida em sociedade que sejam válidas tanto nas sociedades tradicionais como nas
sociedades industrializadas ou modernas. Procura apreender mais sobre a sociedade quanto
ao seu funcionamento e aos seus actos.
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Faz a utilização prática das teorias e dos resultados do inquérito etnográfico, tendo em vista
manipular as sociedades, com o objectivo, quer de as administrar (como é o caso da política
colonial, da assimilação, aculturação "forçada"), quer de as ajudar a adaptarem-se à sociedade
etnológica moderna (como é o caso da aculturação "planificada", política de integração) ou o
desenvolvimento de uma originalidade cultural (procura de um sincretismo).
Baseia-se essencialmente no estudo dos sonhos, dos mitos, dos contos, na análise de jogos,
das cerimónias, das práticas mágicas, de certos aspectos da vida quotidiana, das técnicas de
educação.
Dentre as definições da Antropologia Cultural destaca-se a de Júlio Caro Baroja que afirma, é
“a ciência que trata, de certo modo, o homem como ser social e produtor da cultura ou
civilização através do espaço e do tempo”;
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Para Bronislaw Malinowski definiu a Antropologia cultural como sendo a ciência que estuda
o “aparelho instrumental que permite ao homem resolver da melhor maneira os problemas
concretos e específicos que deve enfrentar no seu meio, quando tem de satisfazer às suas
necessidades”
Segundo Wilhem Muhlman que refere, “é a ciência das formas e dos processos diversos
como os povos e os indivíduos são obrigados a orientar-se no sentido da expansão no espaço
e no tempo, segundo o seu ambiente natural, social e cultural”.
Outro termo utilizado como sinónimo do termo Antropologia Cultural é a Etnologia que
deriva do grego ethnos que significa povo, raça e logos, ciência. A distinção que se esboça
entre a Antropologia Cultural e Etnologia como ramos da mesma ciência é a seguinte:
O senso comum é uma forma de entender o mundo por meio de saberes da experiência de
vida cotidiana, que é transmitido de uns para os outros sem nenhum rigor, indo do hábito à
tradição. Refere-se aos saberes práticos que orientam nosso dia a dia, que se norteiam por
"mini-teorias" simplificadas que produzem um específico entendimento.
Há uma grande diferença entre o saber do senso comum e o saber científico, o saber do senso
comum se detêm no cotidiano, costuma partir de premissas simples e por alguns poucos fatos
ou coincidências, elaborando assim suposições sem uma reflexão aprofundada. Esses
entendimentos não são submetidos a testes ou experiências, e quando são, há uma grande
falta rigorosidade.
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A ciência é um saber que vai muito além do senso comum, propondo um certo afastamento
da realidade que nos parece clara, óbvia e verdadeira, para tomar esta como um objeto de
investigação. Isso possibilita a construção de um conhecimento mais apurado sobre o que
temos por realidade ou por verdade
Esse distanciamento é necessário para que possamos questionar nossas crenças e costumes e
seus fundamentos, de modo que nos afastamos do que temos por hábito para questionar seus
fundamentos. O que antes tínhamos por verdadeiro e tão habitual passa então a ser
problematizado, de modo a repensarmos nossas certezas e crenças.
Para isso, a ciência se utiliza de uma linguagem precisa e rigorosa, onde seus conhecimentos
vão sendo constituídos de maneira organizada, sistemática e controlada, de modo que possa
ser verificado sua validade por meio de experiências. Seu conhecimento pode ser
reproduzido, utilizado, desenvolvido e refutado por outras pessoas. Além disso, a ciência é
caracterizada por sua continuidade e transformação, um novo conhecimento é produzido a
partir de algo anteriormente desenvolvido, questionado, criticado, e até mesmo contrariado.
A ciência é, portanto, um processo que avança e se modifica. Por sua rigorosidade, pelo uso
de métodos e técnicas específicas, inclusive por ser passível de refutação, a ciência é
caracterizada por ser uma forma de conhecimento que está muito além da espontaneidade do
saber do senso comum. São justamente essas características que compõem o conhecimento
científico.
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8. Conclusão
9. Bibliografia
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e
Terra, 1999.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo:
Moderna, 1987.
BARATA, Óscar Soares. Introdução às Ciências Sociais. 10ª ed., Lisboa, Bernardi Editora,
2002.