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SOCIOLOGIA

Curso: Médio Integrado

Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa

1
INTRODUÇÃO

Por que estudar Sociologia


 Conhecer o eu, os outros e a
sociedade humana.
 Entender as ações dos outros, a
própria identidade, pensamento
e ação.
 Entender as organizações.
 Controlar a própria vida, pelo
entendimento do contexto
cultural e social.
2
A Sociologia Permite
compreender
• Que ser diferente não é ser errado.
• Que embora prisioneiro da organização
social, o homem pode fazer escolhas.
• Que as coisas não são o que parecem
ser; os homens são seres culturais,
suas visões de mundo são resultado da
socialização.
• Que a construção da cidadania é um
processo de análise das relações
sociais, voltado a uma ação
transformadora. 3
SOCIUS – LOGIA
(Augusto Comte)

Conceituação

• “Estudo das interações humanas”.


• “Estudo de certas associações
animais, cuja vida social se
apresenta de forma organizada”.
• “Estudo de todos os níveis de
organização de vida”.
4
Organização de vida
► Vegetal  Orgânica
Seres vegetais vivem juntos porque
necessitam das mesmas substâncias
do solo, clima...
► Animal  Biossocial
Agrupamento - Convivência -
Acasalamento - Sobrevivência (defesa,
alimentação, migração) - Reprodução
- Ordem - Ambiente - Atividades
instintivas
5
► Humana  Sócio-cultural

• Instinto – Ações e reações inatas


• Aprendizagem – Sistema simbólico
• Cultura – Processo – “Inferior”
• Conhecimento
• Ciência – Religião – Filosofia – Ética
• Século XIX – Sociologia: as relações
entre os homens passaram a preocupar
também os cientistas.

6
Referências

• COSTA, M. C. C.. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª


ed. São Paulo: Moderna, 1977.
• DELLA TORRE, M. B. L.. O Homem e a Sociedade. São Paulo,
Nacional, 1994.
• GUARESCH, P. Sociologia crítica. 2ª ed. Porto Alegre: Edições
Mundo Jovem, 1991.
• ____. Sociologia da prática social. Rio de Janeiro. Petrópolis, 1992.
• MEKSENAS, P. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.
• ____. Aprendendo sociologia: a paixão de conhecer a vida. São
Paulo; Loyola, 1995.
• OLIVEIRA, P. S.. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
• PIERSON D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo:
Melhoramentos, s/d.
• QUINTANEIRO, T. et all. Um toque de clássico: Durkheim, Marx e
Weber. Belo Horizonte; ed. Ufmg, 1996.
• TOMAZI, N. D. (coord.). Iniciação à sociologia. São Paulo; Atual,
1993.

7
Objeto da sociologia I
Interações Sociais
Entre os seres vivos e as coisas
Seres vivos entre si

 Maneiras de Pensar
Beleza – Trabalho
Morar – Valores
 Agir

Usos e costumes

1
 Sentir

Gosto
Comportamentos grupais
Imitações

Ciência

Estudo objetivo
Sistematização
Método

2
Objeto da sociologia II
Cultura

Hábitos, comportamentos,
maneiras de agir e de pensar - o
modo de ser diferenciado que os
homens adquirem ao se
organizarem para a realização do
trabalho necessário a sua
existência.

3
Educação
 Elemento de criação e de
transmissão da cultura.
Resultado e condição das
relações entre os homens.
Casa/rua/igreja/escola
 Envolvimento para

aprender/ensinar /aprender-e-
ensinar /aprender-a-aprender /
saber-fazer/ser ou conviver.
4
Socialização
Processo educativo que procura tornar
o indivíduo um membro da sociedade.

Características
 interação social
 padrões sociais
 determinações sociais
 permanência
Agentes: ser humano e grupo
social
5
Instituições sociais

Formas de ação ou de vivência que


visam satisfazer determinadas
necessidades. Mudanças.

 Família - Igreja - Escola -


Partidos Políticos...
 Linguagem
 Naturalidade
 Historicidade

6
Escola
 Direito de todos

 Meio de discussão e interferência na


direção da sociedade

 Explicação da realidade presente


interna e externa à escola

 Socialização do saber

7
Objeto da sociologia III
FATOS SOCIAIS
 Características
 Objetividade
 Exteriores às consciências
individuais.
 Anteriores, Posteriores e
Superiores (independentes)
em relação aos indivíduos
(Durkheim).
8
 Coerção
 Imposição
 Sanção social:
Aprovativa e Reprovativa
 Generalidade e
Diversidade
 Existem em todas as sociedades
e não são uniformes.
 Sociedades diferentes.
 Transformações.
9
“Verdade aquém, mentira além
dos Pireneus.” Pascal

“Parece não existir povo


que não tenha a sua
crueldade particular, e
cada um se impressiona
com a crueldade dos
outros.” Montesquieu
10
Referências

COSTA, M. C. C.. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª ed.


São Paulo: Moderna, 1977.
DELLA TORRE, M. B. L.. O Homem e a Sociedade. São Paulo, Nacional,
1994.
GUARESCH, P. Sociologia crítica. 2ª ed. Porto Alegre: Edições Mundo
Jovem, 1991.
____. Sociologia da prática social. Rio de Janeiro. Petrópolis, 1992.
MEKSENAS, P. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.
____. Aprendendo sociologia: a paixão de conhecer a vida. São Paulo;
Loyola, 1995.
OLIVEIRA, P. S.. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
PIERSON D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo:
Melhoramentos, s/d.
QUINTANEIRO, T. et all. Um toque de clássico: Durkheim, Marx e
Weber. Belo Horizonte; ed. Ufmg, 1996.
TOMAZI, N. D. (coord.). Iniciação à sociologia. São Paulo; Atual, 1993.
__________. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2007.

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DIVISÃO DA SOCIOLOGIA
SOCIOLOGIA

Curso Médio Integrado

Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa


Comte

• Estática
SOCIOLOGIA

Fatos concernentes à ordem.

• Dinâmica
Fatos ligados ao progresso.
Durkheim

• Morfologia social
Estrutura material da sociedade
SOCIOLOGIA

(população ...)
• Fisiologia social
Funções da vida social
(instituições...)
• Sociologia geral
Teoria da ciência (síntese...)
Karl Mannheim

•Sociologia Sistemática
Estuda os elementos básicos e
universais dos sistemas sociais e
SOCIOLOGIA

como se relacionam.
•Descritiva
Investiga os fenômenos sociais no
plano de suas manifestações
concretas.
• Comparada
Pesquisa as variações históricas dos
fenômenos.
Karl Mannheim

•Diferencial
Estuda os aspectos peculiares
SOCIOLOGIA

de cada sociedade.
•Aplicada
Estuda a intervenção racional
sobre as condições sociais.
•Geral ou teórica
Investiga. Sistematiza.
Critica. Elabora síntese.
Referências

COSTA, M. C. C.. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª ed.


São Paulo: Moderna, 1977.
DELLA TORRE, M. B. L.. O Homem e a Sociedade. São Paulo, Nacional,
1994.
SOCIOLOGIA

GUARESCH, P. Sociologia crítica. 2ª ed. Porto Alegre: Edições Mundo


Jovem, 1991.
____. Sociologia da prática social. Rio de Janeiro. Petrópolis, 1992.
MEKSENAS, P. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.
____. Aprendendo sociologia: a paixão de conhecer a vida. São Paulo;
Loyola, 1995.
OLIVEIRA, P. S.. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
PIERSON D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo: Melhoramentos,
s/d.
QUINTANEIRO, T. et all. Um toque de clássico: Durkheim, Marx e Weber.
Belo Horizonte; ed. Ufmg, 1996.
TOMAZI, N. D. (coord.). Iniciação à sociologia. São Paulo; Atual, 1993.
__________. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2007.
MÉTODOS DA
SOCIOLOGIA
Ensino Médio Integrado

Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa

1
Observações objetivas

A sociologia científica consiste em:


 Teorias – conjunto de concepções
organizadas sobre determinado
assunto (orientam e dirigem as
pesquisas). Doutrina.
 Pesquisas – fatos observados e
provados (aumentam a precisão
das teorias).
2
A Pesquisa e suas Classificações

Pesquisa é um conjunto de ações,


propostas para encontrar a solução
para um problema, que tem por base
procedimentos racionais e
sistemáticos.

A pesquisa é realizada quando se


tem um problema e não se tem
informações para solucioná-lo.

3
Do ponto de vista da sua
natureza a pesquisa pode ser:
 Pesquisa Básica: objetiva gerar
conhecimentos novos úteis para o
avanço da ciência sem aplicação prática
prevista. Envolve verdades e interesses
universais.

 Pesquisa Aplicada: objetiva gerar


conhecimentos para aplicação prática
dirigidos à solução de problemas
específicos. Envolve verdades e
interesses locais.
4
Do ponto de vista da forma de
abordagem do problema pode ser:

 Pesquisa Quantitativa: considera que tudo


pode ser quantificável.

 Pesquisa Qualitativa: considera que há uma


relação dinâmica entre o mundo real e o
sujeito.

5
Do ponto de vista de seus objetivos
pode ser:
 Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior
familiaridade com o problema com vistas a torná-
lo explícito ou a construir hipóteses. Assume, em
geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e
Estudos de caso.

 Pesquisa Descritiva: visa descrever as


características de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis.

 Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores


que determinam ou contribuem para a ocorrência
dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da
realidade porque explica a razão, o “porquê” das
coisas.
6
Do ponto de vista dos procedimentos
técnicos pode ser:

 Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a


partir de material já publicado.

 Pesquisa Documental: quando elaborada a


partir de materiais que não receberam
tratamento analítico.

 Pesquisa Experimental: quando se


determina um objeto de estudo, selecionam-
se as variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo.

7
 Levantamento: quando a pesquisa envolve a
interrogação direta das pessoas cujo comportamento
se deseja conhecer.

 Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e


exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que
se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
História de Vida.

 Pesquisa ação: quando concebida e realizada em


estreita associação com uma ação ou com a
resolução de um problema coletivo.

 Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir


da interação entre pesquisadores e membros das
situações investigadas.

8
PLANEJAMENTO DA PESQUISA
 Tema
 Revisão de literatura
 Justificativa
 Formulação do Problema
 Objetivos
 Metodologia
 Observação
 Coleta de Dados. Tabulação.
Análise. Discussão. Resultados.
Redação e Apresentação.
9
Referências

COSTA, M. C. C.. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª ed. São Paulo:


Moderna, 1977.
GUARESCH, P. Sociologia crítica. 2ª ed. Porto Alegre: Edições Mundo Jovem, 1991.
____. Sociologia da prática social. Rio de Janeiro. Petrópolis, 1992.
MEKSENAS, P. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.
____. Aprendendo sociologia: a paixão de conhecer a vida. São Paulo; Loyola, 1995.
OLIVEIRA, P. S.. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
PIERSON D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo: Melhoramentos, s/d.
QUINTANEIRO, T. et all. Um toque de clássico: Durkheim, Marx e Weber. Belo
Horizonte; ed. Ufmg, 1996.
TOMAZI, N. D. (coord.). Iniciação à sociologia. São Paulo; Atual, 1993.
__________. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2007.

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Curso: Ensino Médio Integrado

Manoel dos Passos da Silva Costa 1


Antiguidade
Preocupação em criticar a sociedade
do que em estudá-la como ela é.

 Platão: República (Sociedade Ideal)

 Aristóteles: Política (O homem é um


ser social por natureza).

Manoel dos Passos da Silva Costa 2


Idade Média
Descrição de sociedades ideais
(paraíso)

 Santo Agostinho: – De civitate Dei

 Santo Tomás de Aquino: De


Regimine Principum

Manoel dos Passos da Silva Costa 3


Renascimento
“O visível é também inteligível’”
(Leonardo da Vinci)

 O Renascimento se caracteriza por


uma nova postura do homem
ocidental diante da natureza e do
conhecimento.
 Clima de insegurança e instabilidade.
 Crítica à sociedade e descrição
de sociedades perfeitas.

Manoel dos Passos da Silva Costa 4


 Francis Bacon: Nova Atlântida

 Erasmo de Rotterdam: O elogio da


loucura

O conteúdo revolucionário surge do


confronto entre ficção e realidade
concreta, podendo adquirir caráter de
denúncia.

Manoel dos Passos da Silva Costa 5


 Maquiavel: O príncipe
 Manual de ação política, cujo ideal é a
conquista e a manutenção do poder.
 Discutiu a realidade tal como se apresentava e
não como deveria ser.
 A vida dos homens aparece como resultado
das condições econômicas e políticas e não de
sua fé ou de sua consciência individual.
 Expressa os novos valores burgueses e coloca
os destinos da sociedade e de sua boa
organização nas mãos de um indivíduo
(soberano) que se distingue por suas
características pessoais.

Manoel dos Passos da Silva Costa 6


A Ilustração e a sociedade
contratual

O pensamento burguês
representou uma ruptura em
relação ao mundo medieval.

Manoel dos Passos da Silva Costa 7


Necessidades Sociais Urgentes
 Melhorar as condições de vida;
 Ampliar a expectativa de sobrevivência
(consumidores e mão de obra disponível);
 Mudar os hábitos sociais;
 Formar mentalidade receptiva às
inovações técnicas;
 Elaborar projetos científicos;
 Conceito de nação;
 Liberdades individuais e o liberalismo.

Manoel dos Passos da Silva Costa 8


O desenvolvimento do capitalismo
estimulou a sistematização do
pensamento sociológico.
Racionalidade.

 Thomas Hobbes

O homem, no seu estado natural, é


mau: o homem é o lobo do homem;
para que não se devorassem uns aos
outros, criaram o Estado (Leviatã).

Manoel dos Passos da Silva Costa 9


 Jean-Jacques Rousseau
Obras: O contrato social – Discurso
sobre a origem da desigualdade ...
“O homem é bom por natureza, a
sociedade é que o corrompe.”
O Estado é fruto de um contrato
social e surgiu para defender os
fracos contra os fortes.

Manoel dos Passos da Silva Costa 10


 John Locke
“A sociedade resulta da livre
associação entre indivíduos dotados
de razão e vontade.”
Constituição.

Estes pensadores explicaram a


origem da sociedade civil por um
contrato social que os homens teriam
feito entre si.

Manoel dos Passos da Silva Costa 11


A filosofia social da Ilustração levou à
descoberta das bases materiais das
relações sociais.
 Adam Smith
O trabalho (a produtividade) é a
grande fonte de riqueza.
Em A riqueza das nações desenvolveu
ideias a respeito da divisão do
trabalho, da função da moeda e da
ação dos bancos na economia.

Manoel dos Passos da Silva Costa 12


Legitimidade e liberalismo do Estado
Mereceram destaque nas ideias de
Locke e de Montesquieu que
pregaram a divisão do estado em três
poderes: legislativo, executivo e
judiciário.
Os Estados Unidos da América
constituíram a primeira república
liberal-democrática burguesa.
Revolução Francesa.
Saber significa poder.
Manoel dos Passos da Silva Costa 13
Fatores históricos e intelectuais
favoreceram o surgimento de uma
filosofia baseada em três pontos básicos:

1. Regularidade dos fatos sociais e


históricos, sujeitos a leis, passíveis de
estudos científicos.

2. Entrosamento do homem com a natureza


e como parte dela, sujeito a leis.

3. Desejo de intervir na história e na


sociedade. Saber é poder.
Manoel dos Passos da Silva Costa 14
Referências

COSTA, M. C. C.. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª ed. São


Paulo: Moderna, 1977.
DELLA TORRE, M. B. L.. O Homem e a Sociedade. São Paulo, Nacional, 1994.
GUARESCH, P. Sociologia crítica. 2ª ed. Porto Alegre: Edições Mundo
Jovem, 1991.
____. Sociologia da prática social. Rio de Janeiro. Petrópolis, 1992.
MEKSENAS, P. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.
____. Aprendendo sociologia: a paixão de conhecer a vida. São Paulo;
Loyola, 1995.
OLIVEIRA, P. S.. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
PIERSON D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo: Melhoramentos, s/d.
QUINTANEIRO, T. et all. Um toque de clássico: Durkheim, Marx e Weber. Belo
Horizonte; ed. Ufmg, 1996.
TOMAZI, N. D. (coord.). Iniciação à sociologia. São Paulo; Atual, 1993.
__________. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2007.

Manoel dos Passos da Silva Costa 15


HISTÓRICO DA SOCIOLOGIA

Curso: Ensino Médio Integrado

Prof. MSc. Manoel dos Passos da Silva 1


Costa
História da Sociologia
POSITIVISMO

Primeira corrente de pensamento


sociológico;
Sistematiza cientificamente alguns
princípios a respeito do homem e da
sociedade;
Poder absoluto da razão;
Consolida a concepção burguesa da
educação.
Darwinismo social – “missão civilizadora
das sociedades europeias”;
Opõe-se ao marxismo.
Manoel dos Passos da Silva Costa
AUGUSTO COMTE (1798-1857)
Obra: Curso de Filosofia Positiva
• Fenômenos sociais reduzidos a leis, a
coisas;
História da Sociologia

• Conhecimento científico e filosófico tendo


como finalidade o aperfeiçoamento moral
e político da humanidade.
• Afirmava que a sociologia era a ciência
mais complexa.
• Sociedade concebida como um organismo
(organicismo).
• Métodos e conceitos elaborados à luz das
ciências naturais.
• Política como ciência exata;
• Ciência neutra.
AUGUSTO COMTE
Obra: Curso de Filosofia Positiva
Ordem e progresso
História da Sociologia

• Ordem (estática social): elementos


permanentes de toda a sociedade (família,
linguagem, propriedade, governo, direito,
etc...)
• Progresso (dinâmica social):
aperfeiçoamento dos elementos sociais
permanentes.
“O amor por princípio, a ordem por base e o
progresso por fim.”
Qualquer movimento que pusessem em risco
a ordem estabelecida deveria ser contido.
A humanidade passou por três etapas
sucessivas:, segundo Comte:
√ Estado teológico: explicação da natureza por
agentes sobrenaturais.
História da Sociologia

√ Estado metafísico: tudo se justifica através de


noções abstratas (essência, substância, etc)
√ Estado positivo: leis científicas.

Sistema educacional deduzido da lei dos


três estados:
√ infância: da educação informal (fetichismo)
para a abstração;
√ adolescência e juventude: estudo sistemático
das ciências;
√ maturidade: estado positivo.

Religião: Não mais um Deus abstrato, mas o


GRANDE SER, a Humanidade.
Filosofia social-Sociologia
Hipolite Taine
Três forças primordiais determinam a
História da Sociologia

realidade histórica:
• raça (fundamento biológico),
• meio (aspectos físicos e sociais),
• momento (sucessões históricas).
Gustave Le Bom
Refletiu sobre a “mentalidade coletiva” que
se apossa dos indivíduos quando agrupados
em multidão.
Pierre Le Play
Busca da “menor unidade social”. Família
Como unidade básica universal.
HERBERT SPENCER (1820-1903)
Obra: Educação intelectual, moral e física

• Formação completa para a vida


inteira;
História da Sociologia

• Valor utilitário da educação


(melhora do indivíduo, da família
e da sociedade)
• Formação científica na educação;
• Ciências no currículo escolar;
• Pedagogia individualista;
• Importância à educação física e ao
estudo da natureza;
• Ciência como veredictum para todas
as interrogações.
ÉMILE DURKHEIM (1858-1917)

Obra: Regras do método sociológico


• Educação como imagem e reflexo da
História da Sociologia

sociedade;
• Pedagogia como teoria da prática social;
• Fatos sociais (como coisas): tem como
características: Coerção social (sanções),
exterioridade e generalidade
• Sociedade comparável a um animal
(órgãos diferentes, mas com desempenho
específico);
• Libertação social e política através da
ciência e da tecnologia, sob o controle das
elites.
ÉMILE DURKHEIM (1858-1917)

“O homem nasce egoísta e só a sociedade,


História da Sociologia

através da educação,pode torná-lo


solidário”.

O Pesquisador deve manter distância e


neutralidade em relação aos fatos
estudados (não utilizar suas prenoções).

A sociedade (um organismo) apresenta


estados normais e patológicos.

Consciência coletiva é vista como a forma


moral vigente na sociedade.
ÉMILE DURKHEIM (1858-1917)

Morfologia social
 solidariedade mecânica : sociedades pré-
capitalistas (autônomos em relação à
História da Sociologia

divisão do trabalho).

 solidariedade orgânica: sociedades


capitalistas (interdependência em relação à
divisão social do trabalho)

Implicações politico-ideológicas afastaram


os educadores progressistas brasileiros do
positivismo. No entanto, é inegável sua
contribuição ao estudo científico da
educação.
Referências
COSTA, M. C. C.. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª ed.
São Paulo: Moderna, 1977.
DELLA TORRE, M. B. L.. O Homem e a Sociedade. São Paulo, Nacional,
1994.
GADOTTI, M. História das Ideias Pedagógicas. São Paulo: Ática, 2001.
GUARESCH, P. Sociologia crítica. 2ª ed. Porto Alegre: Edições Mundo
Jovem, 1991.
____. Sociologia da prática social. Rio de Janeiro. Petrópolis, 1992.
MEKSENAS, P. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.
____. Aprendendo sociologia: a paixão de conhecer a vida. São Paulo;
Loyola, 1995.
OLIVEIRA, P. S.. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
PIERSON D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo:
Melhoramentos, s/d.
QUINTANEIRO, T. et all. Um toque de clássico: Durkheim, Marx e Weber.
Belo Horizonte; ed. Ufmg, 1996.
TOMAZI, N. D. (coord.). Iniciação à sociologia. São Paulo; Atual, 1993.
__________. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2007.
HISTÓRICO DA SOCIOLOGIA

MAX WEBER

Curso: Ensino Médio Integrado

Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa


MAX WEBER (1864-1920)

Sociólogo alemão
História da Sociologia

Primogênito de oito
filhos. Família de classe
media alta. Pai autocrata.
Estudou em Gottingen e
Berlim. Foi professor. Sua
obra influenciou inúmeras
áreas do saber:
sociologia, política,
história, economia,
metodologia e direito.
Teve perturbações nervosas
durante toda a vida.
Obras
Destacam-se
1891 - O direito agrário romano e sua significação para o
História da Sociologia

direito público e privado;


1895 - O Estado Nacional e a Política Econômica;
1906 - As seitas protestantes e o espírito do capitalismo;
1903 - A Ética Protestante e o espírito do capitalismo;
1910/1921 - Economia e Sociedade;
1917 - A ciência como vocação;
1917 - Parlamento e Governo na Alemanha reordenada;
1918 - O sentido da neutralidade axiológica nas ciências
políticas e sociais;
1919 - A Política como vocação;
1917/1920: - Ensaios Reunidos de Sociologia da Religião;
1922 - Estudos de Metodologia.
Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa
•Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa 3
Introdução

Weber foi um dos primeiros cientistas sociais a levar


em conta a importância da religião ou da
História da Sociologia

mentalidade religiosa na configuração da economia


política.
O objetivo dele foi refutar a tese de Karl Marx,
segundo a qual o capitalismo nascera somente da
exploração do homem pelo homem.
Para Weber, o moderno sistema econômico teria
sido impulsionado por uma mudança
comportamental provocada pela Reforma Luterana
do século 16.
Um dos conceitos chaves da obra e da teoria
sociológica de Weber é a ação.
Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa

Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa 4


AÇÃO SOCIAL I

• A ação social é um comportamento humano.


Esse comportamento só é ação social quando o
História da Sociologia

indivíduo atribui a sua conduta um significado


ou sentido próprio, e esse sentido se relaciona
com o comportamento de outras pessoas;
• Cada sujeito age levado por um motivo (político,
econômico...) orientado por interesses racionais
ou pela emotividade;
• A sociedade pode ser compreendida a partir do
conjunto de ações individuais reciprocamente
referidas: o indivíduo orienta sua ação a partir do
outro;
• Para que haja uma ação deve, então, haver uma
relação significativa.
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Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa 5
AÇÃO SOCIAL II
A análise da teoria weberiana como ciência tem como
ponto de partida 4 tipos de ação:
 Ação racional com relação a fins: ação que visa
História da Sociologia

atingir um objetivo previamente definido, ele lança


mão dos meios necessários ou adequados, ambos
avaliados e combinados tão claramente quanto
possível de seu próprio ponto de vista. Uma ação
econômica, por exemplo, expressa essa tendência e
permitem uma interpretação racional; estudar para
passar de ano; ser comportado para ganhar prêmio;
parecer ser honesto para se eleger; aplicar na bolsa
para ganhar dinheiro.
 Ação racional com relação a valores: ação orientada
por princípios, agindo de acordo com ou a serviço de
suas próprias convicções e levando em conta
somente sua fidelidade a tais valores. Por exemplo,
não se alimentar de carne, orientado por valores
éticos, políticos e ambientais; ser contra o aborto;
não mentir; não aceitar suborno; cumprir sua palavra.
Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa
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AÇÃO SOCIAL III

 Ação tradicional: quando hábitos e costumes


arraigados levam a que se aja em função deles. Tal é
História da Sociologia

o caso do batismo dos filhos realizado por pais


pouco comprometidos com a religião; a admiração
dos ingleses pela monarquia; votar sempre nos
mesmos políticos; não comer carne na semana santa;
fazer o sinal da cruz diante de igrejas.

 Ação afetiva: quando a ação é orientada por suas


emoções imediatas, como por exemplo, o ciúme, a
raiva ou por diversas outras paixões. Esse tipo de
ação pode ter resultados não pretendidos, por
exemplo, magoar a quem se ama; ter ciúmes do
amigo da namorada; vingar-se de uma ofensa
recebida; ser fã incondicional de um político;
idolatrar pessoas ou artistas famosos; respeitar as
pessoas mais velhas.
Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa
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Relação Social
 Uma conduta plural (de vários), reciprocamente
orientada, dotada de conteúdo significativos que
descansam na probabilidade de que se agirá
História da Sociologia

socialmente de um certo modo, constitui o que


Weber denomina de relação social. Podemos dizer
que relação social é a probabilidade de que uma
forma determinada de conduta social tenha, em
algum momento, seu sentido partilhado pelos
diversos agentes numa sociedade qualquer.
 Quando, ao agir, cada um de dois ou mais indivíduos
orienta sua conduta levando em conta a
probabilidade de que o outro ou os outros agirão
socialmente de um modo que corresponde às
expectativas do primeiro agente, estamos diante de
uma relação social. Exemplos de relação social: as
trocas comerciais, a concorrência econômica, as
relações políticas.
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Estratificação Social I

 A concepção de sociedade construída por Weber


implica numa separação de esferas – como a
História da Sociologia

econômica, a religiosa, a política, a jurídica, a social,


a cultural – cada uma delas com lógicas particulares
de funcionamento.
 Partindo, portanto, do princípio geral de que só as
consciências individuais são capazes de dar sentido
à ação social e que tal sentido pode ser partilhado
por uma multiplicidade de indivíduos, Weber
estabeleceu conceitos referentes ao plano coletivo
 a) de classes,
 b) de estamentos ou grupos de status,
 c) de partidos
que nos permitem entender os mecanismos
diferenciados de distribuição de poder, o qual pode
assumir a forma de riqueza, de distinção ou do
próprio poder político, num sentido estrito.
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Estratificação Social II
 As classes se organizam segundo as relações de
produção e aquisição de bens; os estamentos,
segundo princípios de seu consumo de bens nas
História da Sociologia

diversas formas especificas de sua maneira de


viver; as castas seriam, por fim, aqueles grupos de
status fechados cujos privilégios e distinções estão
desigualmente garantidos por meio de leis,
convenções e rituais.
 Enfim, as diferenças que correspondem, no interior
da ordem econômica, às classes e, no da ordem
social ou da distribuição da honra, aos estamentos,
geram na esfera do poder social os partidos, cuja
ação é tipicamente racional: buscar influir sobre a
direção que toma uma associação ou uma
comunidade. O partido é uma organização que luta
especificamente pelo domínio embora só adquira
caráter político se puder lançar mão da coação física
ou de sua ameaça.
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Poder e Dominação I

 O conceito de poder é amorfo já que


História da Sociologia

significa a probabilidade de impor a


própria vontade dentro de uma relação
social, mesmo contra toda a resistência
e qualquer que seja o fundamento dessa
probabilidade.
 Dominação é a probabilidade de encontrar
obediência dentro de um grupo a um certo
mandato.
Poder + Legitimidade = Dominação

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Costa 11
Poder e Dominação II

Por que e como as relações sociais se mantêm?


História da Sociologia

Resposta de Weber: por conta da dominação


Ou produção de legitimidade – submissão
de um grupo a um “mandato”, aceitação de
Uma “autoridade” (alguém que “representa”
O coletivo). Aí, então, entra a questão
do “poder”.

Poder é a probabilidade de impor sua vontade.


Os meios para alcançá-lo são muito variados:
emprego da violência, palavra/oratória,
sufrágio, sugestão, engano grosseiro, tática
no parlamento, tradições, etc.

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Poder e Dominação III
A dominação pode ser por interesses (tráfico
ou jogo de interesses) ou por autoridade
História da Sociologia

(mandar, obedecer,influenciar). Mas sempre o


dominador influi na conduta dos dominados.
 A Dominação, segundo Weber – que interfere
em todas as relações sociais – é que mantém
a ordem legítima e a coesão social.
A coesão social, diferente do que afirmava
Durkheim, é pela “força” e não pelo
“consenso”.

 Karl Marx, por sua vez, irá defender que a


coesão é artificial e ilegítima pois
representa a alienação exercida pelo grupo
de dominação, ou seja, a burguesia, e
através das forças de opressão.
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Passos da
daSilva
SilvaCosta
Costa 13
Tipos Puros de Dominação Legítima I
História da Sociologia

Dominação Legal: obedece-se não à pessoa em


virtude de seu direito próprio, mas à regra estatuída,
que estabelece ao mesmo tempo a quem e em que
medida deve obedecer.
A autoridade vem das regras jurídicas ou leis
racionalmente criadas. Seu tipo mais puro é a
BUROCRACIA.
Exemplo: autoridade dos modernos servidores do
Estado (presidentes, professores, juízes, prefeitos,
etc.).

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Tipos Puros de Dominação Legítima II

Dominação Tradicional: se estabelece em virtude da


História da Sociologia

crença na santidade das ordenações e dos poderes


senhoriais de há muito existentes.
Autoridade do “ontem eterno”, passado, tradição,
costume, etc. (...) dá orientação habitual para o
“conformismo”. Seu tipo mais puro é o da
dominação patriarcal.
Exemplo: (patriarcas antigos, príncipes
patrimonialistas - Portugal no tempo das
navegações; certos políticos brasileiros (José
Sarney, etc...).

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Tipos Puros de Dominação Legítima III
Dominação Carismática: se dá em virtude de devoção
afetiva à pessoa do senhor e a seus dotes
História da Sociologia

sobrenaturais (carisma) e, particularmente a


faculdades mágicas, revelações ou heroísmo, poder
intelectual ou de oratória.
Autoridade com base no dom pessoal de uma
pessoa ou líder. Seu tipo mais puro é a dominação
do profeta, do herói guerreiro e do grande
demagogo (Napoleão, Hitler, Getúlio, Perón, Médici,
Lula... )
 Antigamente, vigoravam os dois primeiros tipos.
Atualmente, o terceiro tipo, mas sempre com
“fraturas” e “espaços” para os outros dois tipos.
 Não devemos esquecer que são tipos “ideais” de
dominação. Um tipo nunca se apresenta puro.
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dos Passos Costa
da Silva Costa 16
Política e Estado
 A política pode ser entendida como liderança ou
influência sobre a “gerência” de uma associação
política (Estado). Significa participação no poder ou
História da Sociologia

luta para influir na distribuição de poder, seja entre os


Estados ou entre os grupos dentro de um Estado.
 O Estado é um instrumento de dominação do homem
pelo homem, e só o Estado pode fazer uso da força
da violência. A violência é legítima (monopólio do uso
legítimo da força física), pois se apóia num conjunto
de normas (constituição – racional legal).
 Detém o monopólio do uso legítimo da força física
dentro de um determinado território. A força não é o
meio normal nem o único quanto ao exercício do
poder, mas trata-se de um meio específico do Estado,
que possui o monopólio da coerção.

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Estado I

 Não pode ser definido em termos de seus fins,


uma vez que já se propôs a praticamente tudo (não
História da Sociologia

há tarefas que se pode dizer que tenha sido


sempre e exclusivamente do Estado).
Fim do Estado em: Roma (expansão), Esparta
(guerra), Judeus e Muçulmanos (religião),
Marselheses (comércio), etc...
Fim mínimo do Estado: sua conservação
(manutenção da ordem interna e afirmação no
plano externo de sua soberania)
 Nas concepções idealistas que Weber critica, o
Estado era definido teleologicamente, fosse seu
fim a Justiça, o Bem Comum, a Ordem, o Bem-
Estar ou a Felicidade dos súditos.
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Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa 18
Estado II
• Para que o Estado exista é necessário que os
dominados se submetam a quem está no poder;
História da Sociologia

• Fica implícito que só um poder legítimo está


destinado a perdurar no tempo, e só um poder
duradouro pode constituir um Estado.
• O Estado pode renunciar:
 Ao monopólio do poder ideológico
(liberdade de religião e de opinião).
 Ao monopólio do poder econômico
(expresso no reconhecimento da liberdade
da empresa econômica, como no caso do
Estado liberal).
• Porém jamais renuncia ao monopólio do uso da
força.
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Ética Protestante e Espírito do Capitalismo I

A humanidade partiu de um universo habitado pelo


sagrado, pelo mágico, pelo excepcional e chegou a
História da Sociologia

um mundo racionalizado, material, manipulado pela


técnica e pela ciência. O mundo de deuses e mitos
foi despovoado, sua magia substituída pelo
conhecimento cientifico e pelo desenvolvimento de
formas de organização racionais e burocratizadas.

Vê-se em muitas denominações protestantes e na


vida religiosa em geral uma tendência para a
racionalização das condutas dos fiéis. Isso,
segundo Weber, foi fundamental para a
transformação das práticas econômicas e
estruturas das sociedades modernas.
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História da Sociologia Ética Protestante e Espírito do Capitalismo II

Antigamente considerava-se a ética dos virtuosos


(só uma minoria “iluminada”). Depois da origem
das religiões (êxtase, milagres, etc.), estas tendem
para a burocracia sacerdotal – viram “igrejas”, com
hierarquia.

Esta hierarquia com o tempo se afasta dos


princípios espirituais que deram origem ao
nascimento das religiões.

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Ética Protestante e Espírito do Capitalismo III

As religiões passam a ter que explicar as injustiças


sociais terrenas e a razão dos bons sofrerem tanto
História da Sociologia

– daí algumas práticas religiosas que defendem a


salvação pelo sofrimento/fé, como o cristianismo
medieval, evitando tais “explicações”.
O Protestantismo mudou tudo isso. Criou uma
ética (valores/princípios que orientam a vida em
geral) do trabalho como vontade de Deus e
caminho para a salvação

É o contrário do “misticismo” tradicional, que


levava a pessoa à “sair do mundo” concreto.

Prof.
Prof.Manoel dosPassos
Manoel dos Passosdada Silva
Silva Costa
Costa 22
Ética Protestante e Espírito do Capitalismo IV
É uma ética nova que penetra todas as relações
sociais: vizinho, amigos, pobres, débeis, vida
História da Sociologia

amorosa, política, economia, artes e lazer (ou falta


de tal coisa).
Este novo modo de vida vai mudar toda a
concepção de mundo e tornar a religião uma mola
para o sucesso pessoal.
O Capitalismo surgiu como empreendimento
racional – técnicas, direito, comércio, ideologias e
ética racional na economia (ética dos resultados e
lucro). Ética calvinista (protestante) era uma
constante na Europa mais capitalista. Porque era
uma ética que abominava a preguiça, a perda de
tempo, a ociosidade, o lazer, o luxo e o excesso de
sono. Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa
Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa 23
Ética Protestante e Espírito do Capitalismo V
 O trabalho torna-se um valor em si mesmo, e o
operário ou capitalista puritanos passam a viver em
função de sua atividade ou negócio e só assim têm a
História da Sociologia

sensação da tarefa cumprida. O puritanismo


condenava o ócio, o luxo, a perda de tempo, preguiça.
 Para estarem seguros quanto à sua salvação, ricos e
pobres deveriam trabalhar sem descanso, o dia todo
em favor do que lhes foi destinado pela vontade de
Deus, e glorifica-lo por meio de suas atividades
produtivas.
 A essa dedicação verdadeiramente religiosa ao
trabalho, Weber chamou de vocação. Essa ética teve
consequências marcantes sobre a vida econômica e,
ao combinar a restrição do consumo com essa
liberação da procura da riqueza, é obvio o resultado
que daí decorre: a acumulação capitalista através da
compulsão ascética da poupança. Mas este foi
apenas um impulso inicial. A partir dele o capitalismo
libertou-se do abrigo de um espírito religioso.
Prof.Prof.
Manoel dosdos
Manoel Passos
Passosda
daSilva
Silva Costa
Costa 24
Conclusão
O principal objetivo de Weber é compreender o sentido
que cada pessoa dá a sua conduta.
Weber criou certos instrumentos metodológicos, que
História da Sociologia

possibilitam ao cientista uma investigação dos


fenômenos particulares sem que ele se perca na
infinidade disforme dos seus aspectos concretos.
O cientista é amante da verdade do conhecimento
cientifico, não deve emitir opiniões e sim pensar segundo
os padrões científicos.
Na concepção de Max não se podem dissociar ciência e
ideologia , pois para ele ideologia faz parte da ciência.
A ciência weberiana se define como um esforço destinado a
compreender e a explicar os valores aos quais os
homens aderiram, e as obras que construíram.
Ele considera a sociologia como uma ciência da conduta
humana, na medida em que essa conduta é social.
Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa
Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa 25
Referências
COSTA, M. C. C.. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª ed.
São Paulo: Moderna, 1977.
DELLA TORRE, M. B. L.. O Homem e a Sociedade. São Paulo, Nacional,
1994.
GUARESCH, P. Sociologia crítica. 2ª ed. Porto Alegre: Edições Mundo
Jovem, 1991.
MEKSENAS, P. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.
OLIVEIRA, P. S.. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
PIERSON D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo:
Melhoramentos, s/d.
QUINTANEIRO, T. et all. Um toque de clássico: Durkheim, Marx e Weber.
Belo Horizonte; ed. Ufmg, 1996.
TOMAZI, N. D. (coord.). Iniciação à sociologia. São Paulo; Atual, 1993.
__________. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2007.
www.cmf.ensino.eb.br/sistemas/matDidatico
Acesso: 21/08/2012
www.pet.sociais.ufu.br/weber.ppt
Acesso: 21/8/2012

Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa 26


SOCIOLOGIA
O individual e o social na moral

Curso: Médio Integrado

Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa

1
Aspectos da moral

 ASPECTO SOCIAL DA MORAL:


influência que a pessoa recebe da
SOCIOLOGIA

sociedade e que forma suas ideias


morais.
 ASPECTO INDIVIDUAL DA MORAL:
reflexão pessoal, crítica dos valores
morais.
 INTERIORIZAÇÃO DA NORMA: qualifica o
ato como moral.

2
ETAPAS DA FORMAÇAO DA CONSCIÊNCIA
MORAL (Kant - Piaget)
 ANOMIA
Comportamento instintivo orientado pelo prazer ou
dor; sem referência a valores morais.
SOCIOLOGIA

 HETERONOMIA
Comportamento que busca recompensa ou evitar o
castigo; normas impostas por outrem.

 SOCIONOMIA
As normas morais começam a ser interiorizadas.

 AUTONOMIA
Normas interiorizadas e aplicadas às próprias
ações.

3
NORMAS MORAIS E JURÍDICAS

 O cumprimento das normas morais


obedece à coação interna; o das normas
jurídicas, à coação externa.
SOCIOLOGIA

 A moral é anterior ao direito.

 Normas morais exigem adesão interna


(CONSCIÊNCIA).

 Normas jurídicas: regras sociais de


conduta com base no poder do Estado.
Dispensam adesão interna, importando
apenas que sejam cumpridas.

4
DESVIOS

Quando não correspondem aos interesses


da sociedade, as normas jurídicas
SOCIOLOGIA

oprimem os indivíduos.

Individualismo é a criação de normas


particulares de acordo com interesses
pessoais.

5
O RELATIVISMO MORAL

 Função da moral: garantir o funcionamento, a


estabilidade da vida em sociedade e a
possibilidade de melhorá-la.

 Normas morais: variam no tempo e no espaço de


SOCIOLOGIA

acordo com as mudanças das necessidades


sociais.

 Contexto histórico social: como a moral se encarna


no contexto histórico-social de cada povo, surgem
variações nas normas morais.

 Relativismo: o relativismo moral pode acarretar


um descrédito da moral.

 Universalidade de valores: existe uma


universalidade de valores humanos fundamentais.

6
Referências

COSTA, M. C. C.. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª


ed. São Paulo: Moderna, 1977.
DELLA TORRE, M. B. L.. O Homem e a Sociedade. São Paulo,
SOCIOLOGIA

Nacional, 1994.
GUARESCH, P. Sociologia crítica. 2ª ed. Porto Alegre: Edições
Mundo Jovem, 1991.
____. Sociologia da prática social. Rio de Janeiro. Petrópolis,
1992.
MEKSENAS, P. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.
____. Aprendendo sociologia: a paixão de conhecer a vida. São
Paulo; Loyola, 1995.
OLIVEIRA, P. S.. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
PIERSON D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo:
Melhoramentos, s/d.
QUINTANEIRO, T. et all. Um toque de clássico: Durkheim, Marx e
Weber. Belo Horizonte; ed. Ufmg, 1996.
TOMAZI, N. D. (coord.). Iniciação à sociologia. São Paulo; Atual,
1993.

7
COMPORTAMENTO COLETIVO I
Atos dos indivíduos
 Componentes de um ato:
 Inquietação do organismo vivo
 Movimentos descoordenados
 Surto de alguma necessidade
 Definição da situação através de uma
sugestão transmitida
 por outro indivíduo
 por qualquer outro objeto
 através da descoberta acidental de
um ato satisfatório. Coordenação.
1
 “Atividade manifesta” (descoberta)
leva a
√ Realização do alvo desejado
√ Satisfação
√ Repouso (equilíbrio) ou
√ Começo de um novo ato.
 Frustração
 Ato reprimido – Redefinição da
atividade manifesta
√ Consciência (cultura)
√ Incapacidade do indivíduo para lidar
com êxito com os objetos exteriores a
sua pessoa.
2
A frustração resulta em:
√ Sublimação: satisfação para outro
ato ou idealização
√ Satisfação imaginária: o indivíduo
se distrai do que deseja à força de
falar na aspiração não realizada.
√ Recalque: ação inconscientemente
detida, reprimida... neuroses
(escapatória aos impulsos
reprimidos).
√ Supressão: repressão consciente do
ato (devaneios).
3
Referências

COSTA, M.C.C. Sociologia – Introdução à ciência da sociedade.


São Paulo: Moderna, 1987.
GURVITCH, G. (Org). Tratado de Sociologia. Porto: Iniciativas
Editoriais, 1964.
PIERSON, D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo:
Melhoramentos, s/d.
TORRE, M. B. L. O Homem e a Sociedade – Uma introdução à
sociologia. São Paulo: Nacional, 1984.

4
COMPORTAMENTO COLETIVO II
Comportamento coletivo implica que o
comportamento de cada pessoa esteja sob o
controle, consciente ou inconsciente, de outras
pessoas do grupo em questão.

Tipos de comportamento coletivo:


● Elementares
 Reação mútua (mesmo no caso de duas
pessoas, devido à presença de outra...).
 Reação circular (cada pessoa influência o
comportamento da outra).
 “Milling” (senso de desconforto impele os
indivíduos a se movimentarem sem objetivo).

1
● movimentos sociais
 Originam-se num período de inquietação social.
 desintegração da antiga ordem social.
 costumes antigos não servem mais para
resolver os problemas sociais.
 Há: Ações frustradas
Impulsos reprimidos
Incerteza
Desconforto
Senso de mal-estar
 Inquietação entre as pessoas – reação circular
– tensões incontroláveis.

2
 As pessoas ficam:
Altamente emocionadas
Sensíveis ao medo, à apreensão, à
influência de qualquer coisa
dramática.
 Remoção das condições perturbadoras.
 Reação na base de simples impulsos.
 Boatos se espalham.
 Impulsos insatisfeitos e emoções
poderosas os impelem à ação –
qualquer ação.

3
 Organizam-se quando certa tentativa é
adotada como objetivo comum.
 Descarga das tensões não mais
suportáveis, originam uma das
formas:
√ atividade conjugada (realização de
um objetivo comum – uma
revolução)
√ atividade expressiva (movimento
compartilhado – dança)

 Formação de novas instituições


4
Referências

COSTA, M.C.C. Sociologia – Introdução à ciência da sociedade.


São Paulo: Moderna, 1987.
GURVITCH, G. (Org). Tratado de Sociologia. Porto: Iniciativas
Editoriais, 1964.
PIERSON, D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo:
Melhoramentos, s/d.
TORRE, M. B. L. O Homem e a Sociedade – Uma introdução à
sociologia. São Paulo: Nacional, 1984.

5
CONCEITOS BÁSICOS DE
POLÍTICA

Ensino Médio Integrado

Prof. Manoel dos Passos da Silva Costa


PAÍS
É um território geograficamente
delimitado.
POVO
É o conjunto de indivíduos sujeitos
às mesmas leis.
NAÇÃO
É um grupo social cujos membros
desenvolveram a consciência de
solidariedade num destino comum.
PÁTRIA

É um imenso grupo de pessoas


que falam a mesma língua, têm
costumes e tradições comuns,
residem num território que é seu;
têm sua história, seus heróis e
têm um conjunto de
características comuns e
particulares.
ESTADO

É uma sociedade organizada sob a


forma de governantes e
governados, com território
delimitado e dispondo de poder
próprio para promover o bem
comum de seus membros.
BEM COMUM

É o conjunto de condições sociais


que permitem aos homens
atingir mais plena e facilmente a
sua própria felicidade.
SOBERANIA

É a autonomia, a independência,
o direito que cada país possui de
se autodeterminar.
GOVERNO

É o conjunto de autoridades com


a função de administrar o país
nos seus três níveis: federal,
estadual e municipal.
PODER
Algumas definições

• Poder é a posse dos meios que levam à


produção de efeitos desejados. (Bertrand Russell)

• Poder é a capacidade ou a possibilidade


de agir, de produzir efeitos (sobre
indivíduos ou grupos humanos). O poder
é um conjunto de relações, por meio das
quais indivíduos ou grupos interferem na
atividade de outros indivíduos ou grupos.
(Aranha)

2
Tipos de poder
• Do homem sobre a natureza
• Do homem sobre outros homens (poder social)
• Econômico
• Ideológico
• Poder político (meios de coerção social).
• Poder de polícia (Governo).

3
Conceitos de poder de polícia

Em sentido amplo, corresponde à


"atividade estatal de condicionar a
liberdade e a propriedade ajustando-se
aos interesses coletivos". Abrange
atos do Legislativo e do Executivo.
(Bandeira de Mello)

4
Em sentido restrito, abrange "as
intervenções, quer gerais e abstratas, como
os regulamentos, quer concretas e
específicas (tais como autorizações, as
licenças, as injunções) do Poder
Executivo, destinadas a alcançar o mesmo
fim de prevenir e obstar ao
desenvolvimento de atividades particulares
contrastantes com os interesses sociais";
compreende apenas atos do Poder
Executivo. (Idem)
5
Controle Social

Conjunto de meios ou dispositivos


utilizados pela sociedade e pelos
grupos sociais para manter seus
membros em conformidade com os
padrões de comportamentos aceitos.

6
Costumes (Mores)

São maneiras de agir mais prezadas,


mantidas com tenacidade e
consideradas essenciais ao grupo ou
à sociedade.

7
Autoridade

Direito de mandar e se fazer


obedecer. Pessoa que detém tal
prerrogativa.

8
Exercício do poder

• O poder está em toda parte, não


porque englobe tudo e sim porque
provém de todos os lugares. (Michel Foucault)
• Os poderes são exercidos por uma
rede imensa de pessoas que
interiorizam e cumprem as normas
estabelecidas pela disciplina social.

9
Referências

COSTA, M. C. C.. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2ª ed. São


Paulo: Moderna, 1977.
DELLA TORRE, M. B. L.. O Homem e a Sociedade. São Paulo, Nacional, 1994.
GUARESCH, P. Sociologia crítica. 2ª ed. Porto Alegre: Edições Mundo
Jovem, 1991.
____. Sociologia da prática social. Rio de Janeiro. Petrópolis, 1992.
MEKSENAS, P. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.
____. Aprendendo sociologia: a paixão de conhecer a vida. São Paulo;
Loyola, 1995.
OLIVEIRA, P. S.. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2001.
PIERSON D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo: Melhoramentos,
s/d.
QUINTANEIRO, T. et all. Um toque de clássico: Durkheim, Marx e Weber.
Belo Horizonte; ed. Ufmg, 1996.
TOMAZI, N. D. (coord.). Iniciação à sociologia. São Paulo; Atual, 1993.

10
SOCIOLOGIA

Curso: Médio Integrado

Prof. MSc. Manoel dos Passos da Silva Costa


HERANÇA SOCIAL
Soma e organização dinâmica e funcional de um
povo: língua, conhecimentos, instituições,
ideias, ideais, técnicas, etc... desenvolvidas em
respostas às condições de vida.

Características da herança social

• se aumenta por um processo cumulativo;


• está continuamente sujeita a modificações;
• pode variar consideravelmente de região para
região e de época para época.

2
Divisão da herança social
Costumes Tradições

Povo
social

 Comportamento  Comportamento não


manifesto; expresso;
Herança

 Ações exteriores;  Maneiras de pensar;


 Atos observáveis.  Elementos
subjetivos, internos.

Leis: Aparecem quando os “mores” começam


a se desintegrar. Polícia e tribunais.

3
Cultura Civilização

Povos Povos
social

 Rurais,  Urbanizados,
 Isolados,  Contato com todo o
 Provincianos,
mundo,
 Mobilidade social,
Herança

 Relativamente fixos,
 Letrados,
 Pré-letrados,
 Sociedade complexa,
 Sociedade simples –
homogênea, sagrada, heterogênea, secular,
baseada em relações de baseada na conveniência,
“status” e parentesco. troca impessoal de
serviços e relações de
contrato.

4
Cultura Civilização
Povos Povos
 Contatos: na maioria  Contatos: na maioria
primários.
social

secundários.
 Indivíduos: “status”
 Indivíduos: encontram-se
predeterminados,
encontram-se em quase em uma ou poucas
todas as ações de suas situações de suas vidas, não
Herança

vidas, compartilham compartilham suas


quase todas as suas experiências particulares.
experiências  Costumes: não há controle
particulares. dos hábitos dos indivíduos,
 Costumes: uniformes, relações complexas, alta
cristalizados e mobilidade social, novos
transmitidos de geração problemas insolúveis pelos
em geração.
costumes.

5
Cultura Civilização

Povos Povos
 Máximo :  Mudança social,
social

de estabilidade social, e  Alteração nos hábitos dos


de acomodação pessoal, indivíduos,
 Mínimo de:  Desorganização social,
mudança social,
Herança

 Desorganização pessoal.
desorganização social,
alteração nos hábitos do
indivíduo, Condição principal:
desorganização pessoal. CONTATO

Condição principal:
ISOLAMENTO

6
Referências

COSTA, M.C.C. Sociologia – Introdução à ciência da sociedade.


São Paulo: Moderna, 1987.
GURVITCH, G. (Org). Tratado de Sociologia. Porto: Iniciativas
Editoriais, 1964.
PIERSON, D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São Paulo:
Melhoramentos, s/d.
TORRE, M. B. L. O Homem e a Sociedade – Uma introdução à
sociologia. São Paulo: Nacional, 1984.

7
MOTIVOS SOCIAIS DA CONDUTA
HUMANA

Quais são os motivos fundamentais,


de ordem social, básicos e universais
na conduta humana?

1
Small e Ratzenhofer afirmaram que
esses motivos são os INTERESSES
(desejos humanos) da sociedade.
Classificação dos interesses:
• Saúde
• Recursos econômicos
• Sociabilidade
• Saber
• Beleza
• Verdade
2
Crítica à essa classificação:

• Interesses relativos a uma certa


cultura
• Limitados a determinada época
• Limitados a certo grupo social
• Todos provinham dos chamados
bons impulsos.
• De onde viriam os maus e sujos
impulsos.
3
Thomas sugeriu que os desejos
Humanos incidem em quatro
categorias gerais:
• Desejo de correspondência
• Desejo de alto apreço (recognition)
• Desejos de novas experiências
• Desejo de segurança

É possível classificar todos os desejos,


de origem social, dos seres humanos
dentro destas quatro categorias
fundamentais.
4
Desejos de correspondência
Todos os homens têm “ anseio pela
apreciação íntima e preferencial por
parte dos outros”.
• Afeição familiar
• Amor materno, paterno
• Amor romântico
• Outros laços pessoais
Nostalgia e solidão
5
Desejos de alto apreço
Todos desejam ser bem conceituados e
admirados, receber dos outros
consideração pela sua pessoa e suas
realizações. Para isso utilizam-se de:

• Vestuário e ornamentos
• Comportamento corajoso
• Exibição de opiniões e de saber
• Habilidade nas artes, na ciência, na
educação
Desejo de dominar. Vaidade. Ambição.
Arrogância. Humildade (Martírio).
6
Desejos de novas experiências

• Novos contatos sociais


• Novos estímulos
• Satisfação dos apetites físicos
• Brinquedo. Turismo.
• Procura do saber e do ideal.
• Aventuras. Caça. Jogo. Conquista
amorosa.
Perigo. Instabilidade. Irresponsabilidade
Social. Fracasso na vida.
7
Desejos de segurança
Todos desejamos certa segurança
física, econômica, política e social.

• Criança (Pai e mãe)

• Grupo de jogos (brinquedos) unidos


em situações de conflito

• Satisfação pela incorporação à família,


clube, igreja...

Conservadorismo
8
Satisfação de todos os tipos de desejos

O comportamento para ser normal tem


de ser integrado.
Satisfação sadia de todos os quatro
tipos de desejos.
Predominância de um dos tipos de desejos
Se uma ou mais dessas categorias de
desejos ficarem insatisfeitos, o
comportamento do indivíduo pode se
tornar patológico.
9
Referências

COSTA, M.C.C. Sociologia – Introdução à ciência da


sociedade. São Paulo: Moderna, 1987.
GURVITCH, G. (Org). Tratado de Sociologia. Porto:
Iniciativas Editoriais, 1964.
PIERSON, D. Teoria e Pesquisa em Sociologia. São
Paulo: Melhoramentos, s/d.
TORRE, M. B. L. O Homem e a Sociedade – Uma
introdução à sociologia. São Paulo:Nacional, 1984.

10
Direitos humanos e
violência
Os problemas
ligados à violência
são numerosos,
complexos e de
natureza distinta.
Violência
Sociologia: causas e efeitos da
violência urbana.
Antropologia: ritos e manifestações da
violência em diversas comunidades.
Psicologia: a violência como
manifestação inata de instintos
primitivos.
Direito: legitimidade do seu emprego e
sua justificação racional.
A violência está ainda enredada
em problemas conceituais
referentes à distinção entre:

Poder X Coação
Vontade consciente X pulsão
Determinismo X Liberdade
A violência é um fenômeno

• Multicausal

• Pluridimensional

• Multifacetado
O que é a violência?
Toda ação cometida ou omitida que
implique a morte de uma ou mais
pessoas ou que lhes inflige, de
maneira intencional ou não,
sofrimento, lesões físicas, psíquicas
ou morais contra a sua vontade ou
com o concurso da mesma.
Questionamentos
• Por que agimos de forma violenta?
• Por que somos, em princípio, contra a
violência e, em certas ocasiões, a
praticamos?
• Em que situações a violência pode ser
praticada?
• Podem existir uma fundamentação
racional e uma justificação moral da
violência?
“ Por que morrer e matar de
raiva, de fome e de sede são
tantas vezes gestos naturais ?”

Caetano Veloso
A violência envolve

Ações

Pessoas

Situações
A Violência
• Horroriza • Inquieta

• Constrange • Aterroriza

• Envergonha • Revolta
A violência e a questão da
moralidade

A violência pode ser considerada


como um ato moralmente negativo,
mas nem todo ato moralmente
negativo se caracteriza como
violento.
Violência e poder

O poder da violência nem sempre


se traduz em violência do poder.

Existem formas de poder que são


exercidas de maneira não violenta.
A violência e seus aspectos
físicos

Torturas Homicídios

Agressões Lesões corporais


Maus tratos Sofrimento
Roubos
Mutilações Ferimentos
Mortes
O problema social da violência

• Fragmentação do espaço urbano;


• Degradação da vida nas grandes cidades;
• Miséria econômica;
• Marginalização social;
• Desemprego.
• Acesso desigual à terra;
• Concentração fundiária;
• Estruturas arcaicas de poder;
• Violação dos direitos civis dos
trabalhadores rurais;
• Milícias armadas por latifundiários;
• Precarização das relações de trabalho.
Os fatores socioeconômicos são
quase sempre necessários para
explicar certos tipos de violência,
mas não são suficientes para elucidar
a sua origem onto-axiológica.
A desigualdade social é um fator
predisponente e, em alguns casos,
condicionante da violência, mas tudo depende
do contexto, das relações intersubjetivas, dos
fatores psicossociais, da estatura moral dos
indivíduos, ou seja, o problema envolve
dimensões existenciais complexas.
Nosso modo de compreender e definir
a violência depende do(a)s:
• Valores sociais

• Regras culturais

• Ordenamentos normativos

• Circunstâncias históricas
O surgimento e o
recrudescimento
da violência depende do
modo como a ela
reagimos.
Questionamento

Por que somos tão instáveis em


nossas formas de compreensão e em
nossas atitudes de reprovação da
violência?
Deve-se evitar

A naturalização do fenômeno da violência.


A violência não é diretamente
proporcional ao acirramento
da luta pela sobrevivência.
Existem muitos atos violentos
destituídos de interesse de
sobrevivência.
A violência = simples
instinto de agressão?
Agressividade

Instinto de combate

Todavia, no homem o instinto de


combate ultrapassa o interesse de
sobrevivência da espécie.
Os sistemas de controle (direito,
moral, religião) e os ritos de
inibição (esportes, artes) da
agressividade não conseguem
suprimir os impulsos hostis e
destrutivos dos homens.

Hobbes : Homo homini lupus.


Fatores desencadeadores da
violência
• Perda de referenciais éticos
• Individualismo anárquico
• Segregação social
• Cultura do medo
• Exacerbação dos conflitos
• Enfraquecimento dos laços de sociabilidade.
A adoção de penas draconianas, a ameaça
da pena de morte ou a redução do limite
etário de imputabilidade também não são
suficientes para arrefecer a marcha
crescente da violência enquanto fenômeno
de sociedade.
Banalização da violência
• Coisificação (reificação) do homem
• Desumanização dos indivíduos
• Perseguição/aniquilamento
• Exclusão/marginalização
• Eliminação de toda qualidade humana
superior.
Violência: o que justifica a sua
emergência?
• A impotência da razão (crise da
racionalidade) ?
• A fraqueza da vontade (moral hedonista)?
• O modelo de civilização?
• O determinismo biológico?
• A nossa insensibilidade aos fenômenos
extremos?
Como conter a marcha irrefreável da
violência?

• Fortalecendo uma educação em direitos


humanos?
• Por intermédio de campanhas
conscientizadoras?
• Com o combate ostensivo ao crime
organizado?
• Instituindo uma cultura da paz?
Como encontrar respostas ou saídas
para o insano, a brutalidade, a
selvageria?

O espanto e a perplexidade são as


únicas armas que nos restam diante da
tragédia, do atroz, do mal radical?
A violência e a questão do mal

O que é o mal?

Qual a sua origem ?

Por que o praticamos?


O mal é uma perversão da razão ou é
produto da fraqueza da vontade?

Em face de tantos genocídios, limpeza


étnica, massacre de populações civis,
tribalismos e intolerância, como acreditar
no progresso moral da humanidade?
O mal é uma entidade metafísica, um fato
natural ou é produto da decisão humana ?

• Intelectualismo moral socrático  ninguém


pratica o mal deliberadamente (o mal está
ligado à ignorância).
• Kant  mal radical  liberdade 
autonomia da vontade  decisão consciente.
“O problema da radicalidade é substituído
hoje pelo da banalidade do mal.”
(Hannah Arendt)

O mal não é obra de uma força demoníaca


ou de um gênio maligno.

O mal pode originar-se de cidadãos


comuns, sujeitos normais, pessoas
honestas e responsáveis.
Arendt denuncia a normalidade de
seus autores. Homens ordinários que
se transformam em assassinos cruéis. A
ameaça aterradora de indivíduos
comuns que se transmutam em diabos
com formas humanas.
Mal Ordinário
Como entender e justificar as numerosas
zonas sombrias que habitam nosso
comportamento ?

Como compreender o problema da


existência do mal em um mundo
governado por um Deus bom ?
Como aceitar aquilo que não pode ser
justificado?

O mal desafia o pensamento porque


elimina a medida do humano.

Como instituir uma cultura da paz num


mundo onde os fenômenos extremos são
sempre possíveis?
Muitas coisas são inquietantes, mas nada é
mais inquietante do que o homem.
Referências

Obras: Eichmann em Jerusalém


Condição Humana
Hannah Arendt

Adaptação de: Manoel dos Passos da Silva Costa


TEORIA DOS VALORES
Quais são os valores que você
mais preza?
Introdução

Os filósofos tentaram determinar a boa


conduta segundo dois princípios
fundamentais: considerando alguns tipos de
conduta bons em si, ou em virtude de se
adaptarem a um modelo moral concreto.
O primeiro implica um valor final, ou
summum bonum, desejável por si próprio, e
não apenas como um meio de chegar a um
fim.
1
Na história da ética, há três modelos
principais de conduta:

1. a felicidade ou prazer;
2. o dever, (virtude ou obrigação);
3. a perfeição, (que é o completo
desenvolvimento das potencialidades
humanas).
Segundo o que estabelece a sociedade, a
autoridade invocada para uma boa conduta
pode ser a vontade de uma divindade, o
modelo da natureza ou o domínio da
razão.
2
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
Histórica da ética - recortes
 Mito: Costumes dos ancestrais/raízes no
sobrenatural.
 Pitágoras (571-496 a.C.): afirma que a
natureza intelectual é superior à natureza
sensual e que a melhor vida é aquela
dedicada à disciplina mental (orfismo).
 Sofistas: mostraram-se céticos no que se
refere a sistemas morais absolutos.
Convenções humanas.
 Sócrates (469-399 a.C.): compreensão dos
valores éticos que orientam as ações
humanas. Natureza Humana.
Virtude = sabedoria
Vício = ignorância

3
Platão (428-354 a.C.) : reflete sobre a ideia do
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

bem. O bem era o princípio organizador das
formas e das leis do mundo – “Mundo das
ideias”. O mal não existe por si só, é apenas
um reflexo imperfeito do real, que é o bem,
elemento essencial da realidade. Na alma
humana, o intelecto tem que ser soberano,
figurando a vontade em segundo lugar e as
emoções em terceiro, sujeitas ao intelecto e à
vontade.
 Aristóteles (384-322 a.C.): relaciona as coisas com
os fins a que se destinam, a busca da
felicidade resultante do único atributo
humano – a razão. Todos os seres vivos se
comportam em termos de valores.

4
 Zenão (336-271 a.C.): Estoicismo - a natureza
é ordenada e racional e só pode ser boa
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

uma vida que esteja em harmonia com


ela. Crença no destino.
Virtudes fundamentais:
 a prudência,
 o valor,
 a temperança e
 a justiça.
 Epicuro (342-271 a. C.) : Epicurismo -
identifica como sumo bem o prazer, em
especial o prazer intelectual.
Contemplação.

5
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
 Ética cristã: O homem moral
identificado com o homem temente a
Deus. Ação da Igreja. Heteronomia.
Desenvolvia-se um modelo de ética que
trazia castigos aos pecados e
recompensa à virtude através da
imortalidade.
Sérios debates em torno do bonum (do
bem). Omne ens este bonum (Todo ser
é bom). O valor era algo que estava nas
coisas.

Tomás de Aquino (1225-1274): conceitos


agostinianos de pecado original e da
redenção por meio da graça divina.

6
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

 Reforma religiosa: responsabilidade


individual passou a ser considerada
mais importante do que a obediência à
autoridade ou à tradição. Surgimento
da ética secular moderna.

 Thomas Hobbes (1588-1679):


(Leviatã) asseverava que os seres
humanos são maus e necessitam de
um Estado forte que os reprima.

7
 Jacques Bossuet (1627-1704):
Rei
predestinado por Deus para governar.
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

Poder absoluto. Rei acima de todos e não


precisava justificar a ninguém suas atitudes
e ordens.
 Spinoza (1632-1677):
a razão humana é o
critério para uma conduta correta e só as
necessidades e interesses do homem
determinam o que pode ser considerado
bom e mau, o bem e o mal.
 Newton (1642-1727):
Suas pesquisas foram
consideradas uma prova da existência de
uma ordem divina racional.
O desenvolvimento científico que mais
afetou a ética, depois de Newton, foi a
teoria da evolução apresentada por Charles
Darwin.

8
 Iluminismo: A norma moral vincula-se à
 Lei natural: tese jusnaturalista
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

 Interesse: teses empiristas que


orientam as ações humanas como
busca do prazer e evitação da dor.
 Razão: tese Kantiana. Imperativo
categórico (dever). Kant desloca a
posição dos valores das coisas para o
sujeito. É a consciência do sujeito que
determina os valores. Subjetivismo
axiológico.
 Herbert Spencer (1820-1903): a moral
resulta apenas de certos hábitos
adquiridos pela humanidade ao longo de
sua evolução.
9
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

 Friedrich Nietzsche : explicou


(1844-1900)
que a chamada conduta moral só é
necessária ao fraco, uma vez que visa a
permitir que este impeça a auto-
realização do mais forte.
Moral de senhores
Moral de escravos
BOM: tudo que intensifica no homem o
sentimento de potência, a vontade de
potência, a própria potência.
MAU: tudo que provem da fraqueza.

10
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores) Exemplos
 Para a concepção cristã o fundamento da
norma se encontra no 7º mandamento de
Deus.

 Para os jusnaturalistas (Rousseau) ela se


fundamenta no direito natural, comum a
todos os homens.

 Para os empiristas (Locke, Condillac) a


norma deriva do interesse próprio, pois o
sujeito que a desobedece será submetido ao
desprazer, à censura pública ou à prisão.

11
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

 Para Kant (1724-1804) , a norma se


enraíza na própria natureza da razão;
ao aceitar o roubo e
conseqüentemente o enriquecimento
ilícito, elevando a máxima (pessoal) ao
nível universal, haverá uma
contradição: se todos podem roubar,
não há como manter a posse do que foi
furtado.

12
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores) Outros pensadores modernos
 Marx (1818-1883): a moral como
superestrutura;
Dominação da classe superior;
Moral autêntica na igualdade social sem
Estado e sem a propriedade privada;
Justiça social.

 Russell (1872-1970): defende a idéia de que


os juízos morais expressam desejos
individuais ou hábitos aceitos. Seres
humanos completos são os que participam
plenamente da vida social e expressam
tudo que faz parte de sua natureza.
13
 Heidegger (1889-1976): afirmou que os seres
humanos se encontram sós no Universo e
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

têm que adotar e assumir suas decisões


éticas com permanente consciência da
morte.

 Freud (1856-1939): atribuiu o problema do


bem e do mal em cada indivíduo à luta
entre o impulso do eu instintivo para
satisfazer a todos os seus desejos e a
necessidade do eu social de controlá-los
ou reprimi-los.
Inconsciente (pulsões)
EGO: instância consciente
ID: (conflitos impulsionais)
SUPEREGO: regras sociais
Repressão/AUTONOMIA

14
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

 SARTRE : Existencialismo
(1905-1980)

“O conteúdo da moral é sempre


concreto e, por conseguinte,
imprevisível; há sempre
invenção. A única coisa que conta
é saber se a invenção que se faz,
se faz em nome da liberdade”.

 “Cada homem é responsável por


toda a Humanidade”.

15
Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)

Ética e globalização

Ser ético, hoje, é cada um assumir seu


papel de cidadão, buscando, inclusive
um convívio harmônico com seus
semelhantes e, especialmente, com a
natureza.

16
MORAL CONTEMPORÂNEA

 Movimentos de minorias
 Escritores
 Interação (pressão
econômica/pressão política).
 A ação comunicativa supõe o
entendimento entre os
indivíduos.
 A argumentação;
 Converter o outro ou não a
respeito da norma (validade).

 Sociabilidade;

 Espontaneidade;

 Solidariedade;

 Cooperação.
RELIGIÃO

O que é o sagrado

É uma experiência da presença de


uma potência ou de uma força
sobrenatural que habita algum ser
– planta, animal, humano, coisas,
vento, água, fogo.
É a qualidade excepcional – boa ou
má, benéfica ou maléfica, protetora
ou ameaçadora – que um ser possui
e que o separa e o distingue de
todos os outros.

Pode suscitar devoção e amor, repulsa


e ódio. E respeito feito de temor.

2
Religião Religio
RE – (outra vez, de novo)
LIGARE (ligar, unir, vincular)
• A religião é um vínculo.
• Sacralização e consagração criam o
espaço sagrado.
• A narrativa sagrada se endereça ao
coração do crente, às suas paixões. A
religião lhe pede uma só coisa: a fé.
3
• Doutrina, Dogmas, Heresia.
• Punição.
• Ritos.
• “A religião é o ópio do povo.”
• A religião é um fato social
universal, pois todas as
sociedades a conheceram ou
tiveram uma forma de religião.
• Crença em poderes
sobrenaturais ou misteriosos.
4
Teorias sobre a origem natural
da religião
• Teoria do Medo (insegurança
diante do desconhecido).

• Teoria Animista (dotar de alma os


objetos e fatos naturais).

• Teoria Animatista (Mana – poder


impessoal. O outro eu invisível)
5
• Teoria de Durkheim: Magia, Mana,
Totem (formas elementares de
religião).

• Religião Natural (religiões primitivas)

• Religião revelada (origem em um


personagem histórico).

• Sociedades diferentes acentuam


diferentes aspectos da religião.
6
Principais religiões
• Cristianismo: Religião Católica – Ortodoxa
– Reforma Protestante.
• Judaísmo
• Islamismo
• Bramanismo
• Confucionismo
• Budismo
• Zoroastrismo
• Xintoísmo
• Taoísmo
7
Igreja

• Sentido material: Templo

• Sentido amplo: religião


institucionalizada – grupo social.

8
CURSO: Médio Integrado
O QUE É TRABALHO?

Na nossa língua a palavra trabalho se origina do latim


tripalium.

Segundo Albornoz, tripalium é o instrumento feito de


três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de
pontas de ferro, com o qual os agricultores bateriam o trigo,
as espigas de milho, o linho [...], para rasgá-los e esfiapá-
los.

Essa conotação dada ao trabalho foi utilizada até início


do século XV, quando passa do sentido de sofrer, para
sentido de laborar, obrar.
O QUE É TRABALHO?

Mas seja o trabalho denotando sofrimento, seja de


labor denotando esforço, a verdade é que nos nossos
dias, ele é sinônimo muitas vezes de tortura, sobretudo se
analisarmos a exploração da mão de obra.
Essa exploração nos remete ao conceito de mais-
valia, desenvolvido por Marx, onde o trabalhador vende
sua força de trabalho, por um valor bem aquém daquilo
que é produzido com este trabalho; a diferença, ou seja, o
que vale a mais é “subtraído” do trabalhador, passando às
mãos dos donos dos meios de produção.
TRABALHO FÍSICO E TRABALHO INTELECTUAL

• Trabalho físico – aquele que é visível, palpável.

• Trabalho intelectual – aquele que projeta um


determinado fim.
TRABALHO FÍSICO E INTECTUAL

TRABALHO INTELECTUAL TRABALHO FÍSICO FIM ESPERADO

PROJETO, VISUALIZAÇÃO REALIZAÇÃO DO O QUE FOI PROJETADO,


DO QUE SE DESEJA PROJETO PENSADO.
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO TRABALHO

NATUREZA AGRICULTURA INDUSTRIALIZAÇÃO

PREPARA-SE A TERRA, TRANSFORMA-SE A


COLHE-SE O QUE ESTÁ PLANTA-SE, CULTIVA-SE
NA NATUREZA MATÉRIA-PRIMA E
O ALIMENTO PREOCUPA-SE COM A
ACUMULAÇÃO DE
RIQUEZA, ALÉM DA SUBSISTÊNCIA

Além da agricultura e a industrialização, destacam-se como trabalho o terceiro setor e o


trabalho informal.
Produção: rede de trabalho

• Pão de água e sal;


• Trigo, água, sal e fermento;
• Matérias-primas e trabalhadores;
• Energia;
• Complexidade das tarefas relacionadas à produção.

7
Produção nas sociedades tribais
• Todos fazem quase tudo;
• Caça, coleta, agricultura e criação;
• Ritos e mitos, sistema de parentesco, festas e artes;
• Divisão das tarefas por sexo e por idade;
• Economia de subsistência;
• Sociedades da abundância ou sociedades do lazer,
segundo Marshall Sahlins.

8
Escravidão e servidão

• Sociedades grega e romana;


• Trabalhadores livres eram explorados e oprimidos
pelos senhores e proprietários;
• Sociedades feudais;
• Servos, os camponeses livres e os aldeões;
• Senhores feudais e os membros do clero

9
Escravidão e servidão

• Corveia: trabalho nas terras do senhor, na construção


e manutenção de estradas e pontes;
• Talha: taxa sobre tudo o que se produzia na terra;
• Banalidades: pagas pelo uso do moinho, do forno,
dos tonéis de cerveja e pelo fato de residir na aldeia.

10
Escravidão e servidão
• Atividades artesanais e atividades comerciais;
• Topo da escala: mestre que controlava o trabalho, pagava os
direitos ao senhor feudal;
• Oficial: fixar a jornada de trabalho e a remuneração, o
responsável por transmitir os ensinamentos do mestre aos
aprendizes;
• Aprendiz: base dessa hierarquia, devia ter entre 12 e 15 anos
e era subordinado a um só mestre.

11
Escravidão e servidão
• Hereditariedade;
• Religião;
• Honra;
• Lealdade;
• Posição em relação às questões públicas;

12
As bases do trabalho na sociedade moderna
• Mercantilismo e capitalismo;
• “trabalhar para os outros era bom”;
• Atividade vil para atividade que dignifica o homem ;
• Casa e local de trabalho foram separados;
• Separaram o trabalhador de seus instrumentos;
• Tiraram dele a possibilidade de conseguir a própria matéria-
prima;

13
As bases do trabalho na sociedade moderna
• Financiar, organizar e coordenar a produção de mercadorias;
• Cooperação simples e manufatura;
• Cooperação simples: era mantida a hierarquia da produção
artesanal, a serviço de quem lhe financiava não só a matéria-
prima, como até mesmo alguns instrumentos de trabalho, e
também definia o local e as horas a serem trabalhadas;
• Manufatura : trabalhador não fazia tudo, do começo ao fim.
Cada um cuidava de uma parte, surgindo aí a linha de
montagem;
14
As bases do trabalho na sociedade moderna
• Trabalhador coletivo, sem o entendimento da totalidade do
processo de trabalho ;
• Produto: resultado das atividades de muitos trabalhadores;
• Trabalho transformou-se em mercadoria;
• Maquinofatura: destreza manual e o conhecimento do
trabalhador foram substituídos pela máquina;

15
As bases do trabalho na sociedade moderna
• Igrejas: ideia de que o trabalho era um bem divino e de que
quem não trabalhasse não seria abençoado(pecado);
• Governantes: serie de leis e decretos que penalizavam quem
não trabalhasse. Os desempregados eram considerados
vagabundos e podiam ir para a prisão;
• Empresários: disciplina rígida no trabalho, com horários de
entrada e saída dos estabelecimentos;
• Escolas: ideia de que o trabalho era fundamental para a
sociedade;
16
As bases do trabalho na sociedade moderna

• O trabalhador estava “livre” mas trabalhava mais horas do que antes;


• Segundo Max Weber, isso tudo era necessário para que o capitalismo
existisse; e ainda que o trabalho vocacional é como dever de amor ao
próximo, uma dívida de gratidão à graça de deus (...) não sendo do
agrado de deus que ele seja realizado com relutância . o cristão deve
mostrar-se industrioso em seu trabalho secular. (WEBER apud
QUINTANEIRO, 2002)
• Trabalhador livre apenas legalmente.

17
Karl Marx e a divisão social do trabalho
• A divisão social do trabalho é realizada no processo de
desenvolvimento das sociedades;
• Estabelecemos relação de trabalho e maneiras de dividir as
atividades;
• O desenvolvimento da produção e seus excedentes deram
lugar a uma nova divisão entre quem administrava e quem
executava;

18
Karl Marx e a divisão social do trabalho
• A mecanização revolucionou o modo de produzir mercadorias,
o trabalhador passou a ser subordinado do proprietário;
• Relação entre dois iguais: o trabalhador só tinha sua força de
trabalho para vender, mas caso não vendesse, o empresário
também não teria quem operasse suas máquinas;
• Ao assinar o contrato, o trabalhador aceita trabalhar tantas
horas diárias, ou tantas horas semanais, por determinado
salário;

19
Karl Marx e a divisão social do trabalho
• O empregado trabalha, por exemplo, 30% do seu turno diário
referente ao valor de seu salário total;
• As horas restantes são apropriadas pelo capitalista, o que Marx
chama de mais-valia;
• Acumulação de capital: horas trabalhadas e não pagas,
acumuladas e reaplicadas no processo produtivo, que farão o
capitalista enriquecer rapidamente;

20
Karl Marx e a divisão social do trabalho
• Aumentar o número de horas trabalhadas;
• Contratar mais trabalhadores;
• Ampliar as horas de trabalho;
• Mais-valia absoluta;
• Tecnologias e equipamentos visando aumentar a produção;

21
Conflitos de classes

• Muito trabalho, acompanhado de muita miséria;


• Conflito entre operários e capitalistas;
• Ludismo no século XIX;
• Greves no século XX.

22
Émile Durkheim e a coesão social
• Crescente especialização do trabalho promovida pela produção
industrial moderna;
• Duas formas de solidariedade: a mecânica e a orgânica;
• A mecânica é mais comum, o que une as pessoas não é o fato
de uma depender do trabalho da outra, mas a aceitação de um
conjunto de crenças, tradições e costumes comuns;

23
Émile Durkheim e a coesão social
• A orgânica é resultado da diversidade entre os indivíduos, e
não da identidade das crenças e ações. O que une as pessoas é
a necessidade que uma tem da outra, em virtude da divisão do
trabalho social existente na sociedade;
• Os conflitos no final do século XIX não passaram de uma
questão moral, o que fez surgir estes conflitos foi a falta de
instituições e normas integradoras (anomia) que permitissem
que a solidariedade dos diversos setores da sociedade nascida
da divisão do trabalho;

24
Fordismo-taylorismo: uma nova forma de
organização do trabalho
• Henry Ford: modelo de produção de automóveis em 1914;
• Nova etapa da produção industrial mundial;
• Jornada de trabalho de 8 horas, por 5 dólares ao dia;
• Renda e tempo para o trabalhador suprir todas suas
necessidades básicas e ainda adquirir um dos automóveis
produzidos;
• Consumismo: produção e consumo em larga escala;

25
26
Fordismo-taylorismo: uma nova forma de
organização do trabalho
• Frederick Taylor: aumento de produtividade com o uso mais
adequado possível de horas trabalhadas;
• Controle das atividades dos trabalhadores;
• Divisão e parcelamento das tarefas;
• Mecanização de parte das atividades com a introdução da
linha de montagem;
• Sistema de recompensa e punições conforme o
comportamento dos operários;
27
• Criação de um corpo de especialistas na administração da
empresa;
• Capacidade e a especialização dos operários tinham valor
secundário;
• Planejamento e supervisão;
• Utilizado por Lênin na União Soviética para aumentar a
produção industrial;

28
• Elton Mayo: tentou corrigir a divisão do trabalho criada por
Taylor e Ford, sem levar em conta os operários;
• Equilíbrio de colaboração no interior das empresas;
• Segundo Durkheim, há uma consciência coletiva que define as
ações individuais, submetendo todos à norma, à regra, à
disciplina, à moral e à ordem estabelecidas;
• As empresas devem dar continuidade a isso, definindo o lugar
e as atividades;

29
• Harry Bravermann afirma que o taylorismo foi apenas a síntese
de varias ideias, cujo objetivo era transferir para as mãos da
gerência o controle de todo o processo produtivo;
• Fordismo-taylorismo se desenvolveu e tornou-se a ideologia
dominante em todo tipo de empresa, até mesmo nas
comerciais e de serviços;
• Essa forma de organização do trabalho manteve-se forte até
1970 e ainda é utilizada em alguns lugares;

30
As transformações recentes no mundo do trabalho

• Busca desenfreada por mais lucro;


• Crise do petróleo;
• Novas formas de elevar a produtividade do trabalho e expandir
os lucros;
• Fase de pós-fordismo ou fase da acumulação flexível;
• Flexibilização dos processos de trabalho e de produção e a
flexibilização e mobilidade dos mercados de trabalho;

31
As transformações recentes no mundo do trabalho

• Flexibilização dos processos de trabalho e de produção:


automação e a consequente eliminação do controle manual
por parte do trabalhador. Ele deve estar disponível para
adaptar-se as diferentes funções existentes na empresa;
• Flexibilização e mobilidade dos mercados de trabalho: utilizada
as mais diferentes formas de trabalho e estas, substituem a
forma clássica do emprego regular (sob contrato,
sindicalizado), permitindo alta rotatividade da força de
trabalho;

32
As transformações recentes no mundo do trabalho

• Posto fixo de trabalho;


• A desestabilização dos estáveis;
• A precariedade do trabalho;
• O deficit de lugares, não há vagas de trabalhos para todos;
• A qualificação do emprego, muitas exigências;
• Multifuncionalidade;
• Polivalência.

33
Conclusão

Portanto, podemos dizer que, se por um lado, o trabalho é uma


atividade humana central na história humana, em seu processo de
sociabilidade, posteriormente, com o advento do capitalismo, deu-
se uma transformação essencial que o alterou e o complexificou,
segundo Heller apud Antunes (2005).

É interessante contudo, a volta ao trabalho no significado mais


abundante do termo, onde trabalho e prazer possam entrelaçar-se
fazendo do indivíduo um ser humano que se realize através de sua
ação desempenhada como condição primordial de sua existência.
Referências

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense. Coleção Primeiros


Passos, 2005.
ANTUNES, Ricardo Luís Coltro. O caracol e sua concha ensaios sofre a
morfologia do trabalho. São Paulo: Bontempo Editorial, 2005.
http://images.google.com.br
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemão. São Paulo: Martin Claret,
2005.
Quintaneiro, Tânia;Barbosa, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia
Monteiro de. Um Toque de Clássicos. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
Tomazi, Nelson D.. Sociologia para o ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2010.
Oliveira, Carlos Roberto de. História do Trabalho.ditora Ática.

35
HISTÓRIA DO
TRABALHO NO
BRASIL
COLONIALISMO
• Colonização com objetivo de enriquecimento rápido baseado
na exploração

• Organização social baseada em:


• Grande propriedade fundiária
• Monocultura de exportação
• Trabalho escravo
ESCRAVIDÃO
• Mão-de-obra permanente

• Substituição do índio pelo negro

• Transporte de escravos

• Tráfico negreiro
ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA
• Organização em 1871

• Proposta política em 1880

• Fundação da Confederação Abolicionista, em 1883

• Desvantagens da caça aos negros apontadas pelo Clube


Militar, em 1887

• Insegurança na compra de escravos e pouca rentabilidade

• Abolição da escravatura, em 1888


TRABALHO RURAL
• Pecuária extensiva e pequenas lavouras de subsistência
• Século XIX
• Trabalho com características capitalistas
• Trabalhadores livres sem posses de meios de produção
• Mão-de-obra europeia
• Colonato
• Participação do colono na lavoura cafeeira
• Expansão da cafeicultura e de outras atividades
• Crescimento e diversificação da economia paulista
INDUSTRIALIZAÇÃO
• Após a crise de 29
• Produção cafeeira
• Produção industrial após a crise
• Diversificação da indústria brasileira

• Intensificação da indústria brasileira:


• Crescimento dos centros urbanos
• Êxodo rural
• Aumento de consumidores
• Utilização de ferrovias e portos
• Abundante mão-de-obra estrangeira

• Inserção de empresas derivadas de países industrializados


GREVES OPERÁRIAS NO BRASIL
• Em 1907, a cidade de São Paulo foi paralisada por uma greve
que reivindicava a jornada de oito horas diárias de trabalho

• Em junho de 1917, outra grande greve também se iniciou em


São Paulo. A greve de teve início em duas fábricas têxteis
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO
TRABALHO - CLT
• Lei nº 5452, de 1 de maio de 1943

• Presidente Getúlio Vargas

• Regulamentação das relações individuais e coletivas do


trabalho

• Trabalho urbano e rural


PRINCIPAIS DETERMINAÇÕES
DA CLT
• Jornada normal de trabalho de 8 horas diárias e 44 semanais,
tanto para homens quanto para mulheres

• Intervalo de 1 a 2 horas em trabalhos contínuos que excedam


de 6 horas

• Férias remuneradas após um ano de atividades


SALÁRIO MÍNIMO
• O salário mínimo é o mais baixo valor de salário que os
empregadores podem legalmente pagar aos seus funcionários
pelo tempo e esforço gastos na produção de bens e serviços
TABELA DE SALÁRIOS 1994-2012 (EM REAIS)
DESEMPREGO
• Continua sendo um dos grandes problemas nacionais

• Ocasionado principalmente por causa da automação dos mais


variados setores
• Agricultura
• Indústria
• Setor Financeiro
REFERÊNCIAS
• Biblioteca Virtual. Escravidão no Brasil. Disponível em:
<http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/pdf/temasdiversos-escravidaonobrasil.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2012.

• FREITAS, Eduardo de. Industrialização no Brasil. Processo de industrialização no Brasil. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/brasil/industrializacao-do-brasil.htm>. Acesso em: 18 mai. 2012.

• Guia Trabalhista. A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Disponível em:


<http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/clt.htm>. Acesso em: 19 mai. 2012.

• Guia Trabalhista. FÉRIAS – ASPECTOS GERAIS. Disponível em: <


http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/ferias.htm>. Acesso em: 19 mai. 2012.

• Guia Trabalhista. INTERVALOS PARA DESCANSO. Disponível em: <


http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/intervalos_descanso.htm>. Acesso em: 19 mai. 2012.

• Guia Trabalhista. JORNADA DE TRABALHO – COMPUTO DAS HORAS. Disponível em: <
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/jornada_computo_horas.htm>. Acesso em: 19 mai. 2012.

• OLIVEIRA, Julieta Teresa Aier de. Breve História do Trabalho Rural no Brasil. 3 p. Feagri – UNICAMP. Disponível
em: <http://www.feagri.unicamp.br/unimac/pdfs/Breve_Historia_do_Trabalho_Rural_no_Brasil.pdf>. Acesso em:
18 mai. 2012, 13:28.

• Portal Brasil. SALÁRIO MÍNIMO BRASILEIRO. Disponível em : <http://www.portalbrasil.net/salariominimo.htm>.


Acesso em: 18 mai. 2012.

• Tomazi, Nelson Dacio. SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO. Volume único. 2. ed. São Paulo : Saraiva, 2010. Pag.
56 a 61.
O ESTADO

CURSO: Técnico Integrado em Agrimensura

Prof. MSc Manoel dos Passos da Silva Costa


Introdução
Quanto ao estudo sobre o ESTADO, é
imprescindível ressaltar escritos de autores clássicos
como Platão e Aristóteles, na Grécia antiga e Cícero,
em Roma, com reflexões acerca de governos e
sistemas políticos. No entanto, deve ser notado que a
noção de Estado somente surge no séc. XVI, com
Maquiavel, posteriormente refinada por Hobbes, Locke,
Mostesquieu e Rousseau.

Quanto a transição, podemos lembrar de autores


medievais como Santo Agostinho e Santo Thomas de
Aquino, que justificam a ordem político-social
existente, mas com fundamento de cunho religioso.
Sendo somente no final da Idade Média que ocorrem a
reação a esta abordagem, com autores defendendo a
separação da Igreja do Estado.
Compreensão do Estado
 Para a corrente denominada Filosófica, é a busca da razão da
existência do Estado e de suas finalidades como um agente
regulador da sociedade, mas sempre em um plano real.
 A corrente Sociológica entende que se deve enfocar o Estado
pelo prisma do fato social concreto, numa abordagem realista.
 A corrente Formalista é aquela para a qual o Estado deve ser
estudado somente segundo seu aspecto normativo, ou seja, como
criador de leis e regras jurídicas.

Culturalismo Realista
Posição defendida pelo filósofo de Direito Miguel Reale,
considerada mais abrangente do que as demais, segundo a qual
deve proceder uma fusão das correntes filosóficas, permitindo
que o Estado seja estudado na totalidade de seus aspectos,
dentro de uma perspectiva dinâmica de sua atuação.
Estado e Sociedade

SOCIEDADE

É o conjunto de indivíduos de ambos os sexos e todas


as idades ligados por padrões culturais comuns,
como a família, religião, clubes, etc...

Elementos necessários para a formação da sociedade


Ter uma finalidade social comum;
 Manifestar-se ordenadamente, em conjunto;
 Existir um poder social.
Correntes de pensamento que explicam a vida em
sociedade
NATURALISTA – Sustenta a existência de uma
sociedade natural, isto é, há uma exigência da própria
natureza do homem, que o induz a viver
agregadamente junto a seus semelhantes.
Filósofos Naturalistas: Aristóteles, Cícero, Santo
Thomas de Aquino e Oreste Ranneletti.

CONCEITO DE COMUNIDADE – É um grupo social de


existência mais ou menos permanente, formado por
afinidades psicológicas e espirituais entre seus
membros.
CONTRATUALISTA
Defende a posição de que o homem vive em
sociedade por vontade própria, isto é, mediante um
ato consciente de vontade (um contrato).
Filósofos Contratualistas: Platão, Thomas Moore,
Thommazo Campanella, Thomas Hobbes, cuja obra “O
Leviatã” é considerada a primeira sistematização da
doutrina contratualista.
O Absolutismo era realmente necessário?

Para a época, sim.

As revoltas camponesas assustavam toda a


população, a nobreza detinha a maior parte do poder, os
pesos e medidas não eram unificados, enfim tudo
estava desestruturado. Era preciso, então, um governo
autoritário, que pudesse pôr fim à desorganização.

Assim, surgiu a política absolutista: o chefe do


governo aumentou o poder de ascensão da burguesia,
unificou pesos e medidas, diminuiu os privilégios da
nobreza e também as revoltas dos servos.

Hoje, por exemplo, o absolutismo não teria


conveniência alguma, foi por isso que ele teve fim na
época posterior ao iluminismo.
PRINCIPAIS TEÓRICOS DO ESTADO I
Maquiavel
(1469-1527)

Seu livro - O Príncipe - trata-se de um pequeno


manual da conduta de príncipes: descreve as maneiras
de como os príncipes deveriam conduzir-se nos negócios
públicos internos e externos, e fundamentalmente, como
conquistar e manter um principado.
É reconhecido como fundador do pensamento e da
ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o
Estado e o governo como realmente são e não como
deveriam ser.
“Como é meu intento escrever coisa útil para os que
se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar
a verdade efetiva das coisas, do que pelo que delas
possa imaginar. E muita gente imaginou repúblicas e
principados que nunca se viram nem jamais foram
reconhecidos como verdadeiros.”
Maquiavel
(1469-1527)

É neste livro que surge a famosa expressão os fins


justificam os meios, significando que não importa o que
o governante faça em seus domínios, desde que seja
para manter-se como autoridade.

À primeira vista, esta obra parece defender o


absolutismo e o mais completo imoralismo. “É
necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a
poder ser mau e que se valha ou deixe valer-se disso
segundo a necessidade.”

O primeiro teórico a mencionar a palavra Estado no


sentido moderno.
“Todos os Estados, todas as dominações que
tiverem e tem império sobre os homens foram e são
república ou principados”.
Jean Bodin
(1530-1596)

Jurista e filósofo francês, defendia que a


autoridade do rei representava a vontade de
Deus. Assim, todo aquele que não se
submetesse à autoridade real seria
considerado inimigo de Deus e do progresso
social.

Segundo Bodin, o rei devia possuir poder


supremo sobre os súditos, sem as restrições
determinadas pelas leis. Essa é a teoria da
origem divina do poder real.
HOBBES
(1558-1679)

Afirmava que o homem é artífice de seu


destino, não Deus ou a natureza.
O homem pode conhecer sua condição
atual, miserável e também os meios para
alcançar a paz e a prosperidade.
Somente por meio do contrato pode o
homem organizar-se em sociedade.
Escreveu o livro Leviatã, título que se
refere ao monstro bíblico que governava o caos
primitivo.
Hobbes

Nesse livro, Hobbes compara o Estado a um


monstro todo-poderoso especialmente criado para
acabar com a anarquia da sociedade primitiva.

Segundo ele, nessas sociedades o “homem era


o lobo do próprio homem”, vivendo em constantes
guerras e matanças, cada qual procurando garantir
a sua própria sobrevivência.

Só havia uma solução para acabar com a


brutalidade: entregar o poder a um só homem – o
rei. Esse rei governaria a sociedade, eliminando a
desordem e dando segurança à população. Essa é a
teoria do contrato social.
Jacques Bossuet
(1627-1704)

Bispo francês, reforçou a teoria da origem


divina do poder do rei. Segundo Bossuet, o rei
era um homem predestinado por Deus para
subir ao trono e governar toda a sociedade.

Por isso, não precisava dar explicações a


ninguém sobre suas atitudes. Só Deus poderia
julga-las.

Bossuet criou uma frase que se tornou


verdadeiro lema do Estado absolutista: Um rei,
uma fé, uma lei.
PRINCIPAIS TEÓRICOS DO ESTADO II

MONTESQUIEU
Considerava que, embora o homem adentrasse
ao mundo em um estado de natureza, ele não iria
buscar o conflito. Postulou a existência de leis
naturais, que impulsionam o homem em direção à vida
em sociedade, tais como:
 O desejo de paz;
 A consciência de suas necessidades;
 A atração natural entre sexos opostos;
 A intenção de viver onde considera seguro.
PRINCIPAIS TEÓRICOS DO ESTADO II

LOCKE
Para Locke, no estado de natureza, já eram os
homens dotados de razão e desfrutavam da
propriedade que em um significado primitivo e
genérico, designava a vida, a liberdade e os bens
como direitos naturais do ser humano.
PRINCIPAIS TEÓRICOS DO ESTADO II

ROUSSEAU

Retoma o pensamento de Hobbes, de que a


necessidade é constituída a partir de um fato social,
onde o fundamento da formação da sociedade
humana deve ser encontrada na vontade e não na
natureza humana.

A corrente atualmente predominante com


relação aos fundamentos de formação da sociedade é
uma corrente mista, que reúne ao mesmo tempo
elementos das correntes naturalista e contratualista.
CORRENTES QUANTO À FINALIDADE SOCIAL

 DETERMINISTA

Explica a finalidade social como sendo condicionada a


leis naturais.
 VOLUNTARISTA
Explica a finalidade social como consequência da livre
escolha do homem, resultado da ação da sua
consciência e racionalidade.
 LIBERDADE POLÍTICA
É o direito que o homem tem de fazer o que as leis
permitem, ou não vedam, no campo da Política.
CORRENTES QUANTO À FINALIDADE SOCIAL I

 LIBERALISMO
O Liberalismo dos séc. XVIII e XIX veio como reação à
monarquia absoluta e tem origem na Revolução
Francesa em 1789. Colocando o indivíduo contra o
Estado, exaltava o seu poder, em detrimento da
coletividade. O Liberalismo colocava o Estado em
mera posição fiscalizadora da ordem pública.

 ANARQUISMO
É a corrente filosófica que nega a necessidade do
poder social e de toda e qualquer autoridade. De
acordo com o anarquismo, o Estado é ilegítimo. Prega
a desvinculação total com todo e qualquer tipo de
privação a liberdade social.
PODER SOCIAL
Sua finalidade é preservar os valores comuns da
sociedade, mediante intervenção, de modo a pacificar os
inevitáveis conflitos que surgem entre indivíduos e
grupos sociais.
GRUPO SOCIAL
É o conjunto variável de pessoas associadas
permanentemente por processos de interação. São
classificados em:
 PRIMÁRIOS
Geralmente menor, ligação íntima (família).
 SECUNDÁRIOS
Geralmente em número elevado e há associação
em virtude de interesses comuns (partidos, sindicatos).
CONCEITO DE ESTADO

É uma sociedade organizada sob a forma de


governantes e governados, com território delimitado e
dispondo de poder próprio para promover o bem
comum de seus membros.

CARACTERÍSTICAS DO ESTADO
NOÇÃO DE FORÇA
O Estado é uma entidade institucionalizadora do
poder, dotada de força irresistível, embora delimitada pelo
Direito.
NOÇÃO DE ORDEM JURÍDICA
O Estado detém o monopólio do emprego da força,
sendo uma sociedade política, através de um sistema de
normas jurídicas, com uma hierarquia de normas.
Principais Teóricos sobre o Estado
Moderno

Hegel
(1770-1831)

O Estado político é a esfera dos interesses


públicos e universais no qual as contradições
estão mediatizadas e superadas.

O Estado não é a expressão ou o reflexo do


antagonismo social, mas sua superação.

É a unidade recomposta e reconciliada


consigo mesma.
Hegel
(1770-1831)

Conforme Carnoy, para Hegel o Estado ideal


envolve uma relação justa e ética da harmonia
entre os elementos da sociedade.

O Estado é eterno, não histórico; transcende a


sociedade como uma coletividade idealizada. Ele é
mais do que as instituições políticas.

O Estado é para Hegel o representante da


coletividade social, acima dos interesses
particulares das classes, assegurando que a
competição entre os indivíduos e os grupos
permanecessem em ordem, enquanto os interesses
coletivos do “todo” social seriam preservados nas
ações do próprio Estado.
Karl Marx
(1818-1883)

O Estado é para Marx, nada mais que um órgão


ou instrumento de dominação de uma classe sobre
a outra. Para ele as idéias dominantes de uma
época são as ideias da classe economicamente
dominante do período.

O tema Estado na obra de Marx está sempre


vinculado à noção de que a estrutura social e a
consciência humana estão na relação direta das
condições materiais de uma sociedade.

Desta maneira as formas de Estado emergem


das relações de produção e não do
desenvolvimento geral da mente humana, ou do
conjunto das vontades humanas.
Karl Marx
(1818-1883)

Para Marx, a sociedade civil não é fundada


pelo Estado que lhe absorve, como afirmara
Hegel. Ao contrário, é a sociedade civil, como
conjunto das relações econômicas que explica
o surgimento do Estado, seu caráter e a
natureza de suas leis.

A sociedade civil se divide em classes


sociais que se constituem em função de
diferentes posições dos indivíduos em face dos
meios de produção.
Durkheim
(1858-1917)

Teve como referência fundamental a sociedade


francesa do seu tempo, para ele, o estado é
fundamental numa sociedade que fica cada dia maior,
e mais complexa, dizia que o estado concentrava e
expressava a vida social.

Sua função seria moral, pois ele deveria realizar e


organizar o ideário do individuo e assegurar-lhe pleno
desenvolvimento. E isso se faria por meio da educação
pública.

Para Durkheim, foi o estado que emancipou o


indivíduo do controle imediato dos grupos secundários,
como família, a igreja e as corporações profissionais.
Durkheim
(1858-1917)

Na relação entre o estado e os indivíduos, é


importante saber como os governantes se comunicam
com os cidadãos, para que estes acompanhem as
ações do governo.

Quando se refere aos sistemas eleitorais,


Durkheim critica os aspectos numéricos do que se
entende por democracia, “Se nos ativermos ás
considerações numéricas, será preciso dizer que
nunca houve democracia”.
Max Weber
(1864-1920)

A autoridade política se caracteriza pelo exercício de


um das três formas:
Legalidade – Burocracia
Tem sua base de fundamentação na tradição jurídica,
no direito.
A autoridade política é legal, pautada pela “ordem
impessoal do direito” e os governados devem
obediência às regras e normas que compõem a ordem
impessoal, como as constituições e demais códigos
jurídicos característicos do Estado Moderno.
A forma em que se estrutura e funciona um Estado de
Direito ou de bases legais é a Burocracia.
Max Weber
(1864-1920)

Tradição – Patrimonialismo
É Estado que têm como domínio político o modelo de
autoridade pessoal do governante, advinda do costume e
exercida tradicionalmente, seus princípios têm uma certa
rigidez, sendo fixos e formais.
Nas circunstâncias de governos tradicionais, os
governados podem ser pares ou súditos e os servidores
são ligados pessoalmente ao chefe.
É o oposto do princípio da impessoalidade, neste
perfil, predominam as relações pessoais e de influência
junto à autoridade.
Nesta forma de domínio político, segundo Weber, “sua
norma nada tem de racional ou de técnico, possui um conteúdo
concreto: a validade do costume considerado inviolável, em
razão da santidade do que sempre foi. Não é um código que faz
sua unidade, mas a própria pessoa do soberano que perpetua o
„eterno ontem‟”.
Max Weber
(1864-1920)

Carisma
Quando abolidos os regimes tradicionais ou
legais.
As autoridades se constituem a partir do
“carisma, qualidade tida como excepcional de
liderança, que se manifesta como uma espécie de
magnetismo pessoal mágico e que leva a pessoa
„carismática a ter certa preponderância sobre as
demais”.
Podem ser situados como autoridades
carismáticas, heróis militares, líderes revolucionários,
demagogos, ditadores, líderes político-religiosos - que
governam estados cujas doutrinas e confissões guiam
politicamente os governados, entre outros.
ESTADO DE
BEM – ESTAR
SOCIAL
DEFINIÇÃO

É um Estado que garante “tipos mínimos de


renda, alimentação, saúde, habitação, educação,
assegurados a todo cidadão, como direito político”.

O Estado, portanto, é visto como o agente


protetor e defensor social e organizador da economia.

Princípio fundamental:
“Independentemente da sua renda, todos os cidadãos,
como tais, tem direito de serem protegidos. ” (pg. 417 –
Dicionário de Política)

Bases teóricas fundamentadas na obra Teoria Geral


do Emprego, do Juro e da Moeda de John Maynard Keynes
(1883-1946).
Intervenções do Estado
Durante a 1ª e a 2ª Guerra Mundial houve maciça
intervenção do Estado, tanto na produção como na
distribuição de bens.

A Crise de 29 provoca, também, em todo mundo


ocidental um forte aumento das despesas públicas
para a sustentação do emprego e das condições de
vida da população.
- Aumento na cota do produto nacional bruto;
- Estruturas administrativas mais vastas e
complexas;
- Importância política da classe ocupacional do -
Estado de Bem-Estar Social;
- Maior conhecimento nas formas de assistência na
redistribuição de renda.
- Despesas governamentais aumentam mais do que
as entradas: crise fiscal do estado;
- Separação entre sociedade e Estado;
- Crise no desenvolvimento das políticas sociais;
- Instabilidade econômica: Inflação;
- Instabilidade social;
- Redução da possibilidade de utilização do Estado de
Bem-Estar Social;

A Constituição Federal de 1988 consagrou a ideia


da universalização das políticas sociais no Brasil.

“A crise do Estado de Bem-Estar Social no Brasil


chegou antes que ele pudesse ser, de fato,
implantado em sua plenitude.”
ORIGEM E
FORMAÇÃO DO
ESTADO
FORMAÇÃO DO ESTADO I
Teorias
NATURALISTA
Defende a posição de que o Estado se formou
de modo espontâneo, sem a convergência das
vontades dos indivíduos.
CONTRATUALISTA
Defende a posição de que o Estado se formou
mediante a concretização da vontade de diversos
homens.
FORMAÇÃO DO ESTADO II
Teorias

Os pensadores Karl Marx e Friederich


Engels, ambos partidários da corrente
naturalista, entendiam que o Estado nascia da
sociedade.
O Estado surgiria para permitir
acumulação de riqueza pela classe dominante,
sendo um instrumento da burguesia para
dominar e explorar o proletariado.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO I

ESTADO ANTIGO
Caracterizado pela religiosidade e natureza
unitária (antigas civilizações do Oriente ou
Mediterrâneo) .
ESTADO GREGO
Caracterizado pela existência da pólis, poder
absoluto e unitário, cujo ideal visava a autossuficiência
(regiões habitadas pelos povos helênicos)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO II

ESTADO ROMANO
Expressão que designa as várias formas de governo
que existiram em Roma, caracterizado pela:
 Base familiar de organização;
 Sociedade política organizada;
 Domínio sobre grande expansão territorial.
ESTADO MEDIEVAL
O Estado era fragmentado, enquanto na Igreja existia
unidade. Precisamente as ideias de unidade da Igreja, e sua
aspiração a universalidade, foram transplantadas para o
plano político, buscando-se a unidade no Império.
Características:
 Base religiosa cristã (cristianismo);
 Existência de feudos (feudalismo);
 Invasões de bárbaros.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO III

ESTADO MODERNO
A necessidade de ordem e de uma autoridade
central são as causas predominantes para a
transformação de Estado Medieval em Estado Moderno.
Portanto, sua característica principal é a unidade.
Várias correntes consideravam alguns
elementos essenciais do Estado, entre eles a soberania,
a territorialidade, fazendo paralelos e pressupostos
sobre povo, território, governo, autoridade.
Elementos Essenciais
do Estado
PAÍS
É um território geograficamente delimitado.

POVO
É o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis.

NAÇÃO

É uma sociedade natural de homens, na qual a


unidade de território, de origem, de costumes, de
língua e a comunhão de vida criaram a consciência
social e solidária num destino comum.
PÁTRIA
É um imenso grupo de pessoas que falam a
mesma língua, têm costumes e tradições comuns,
residem num território que é seu; têm sua história,
seus heróis e têm um conjunto de características
comuns e particulares.

BEM COMUM

É o conjunto de condições sociais que


permitem aos homens atingir mais plena e
facilmente a sua própria felicidade.
SOBERANIA

É a autonomia, a independência, o direito que


cada país possui de se autodeterminar.

GOVERNO

É o conjunto de autoridades com a função de


administrar o país nos seus três níveis: federal,
estadual e municipal.
RELAÇÃO JURÍDICA
ENTRE ESTADO E
POVO
VERTICAL
Os indivíduos subordinam-se ao poder do Estado
(relação de subordinação) sendo sujeitos de deveres.
HORIZONTAL
Os indivíduos situam-se perante o Estado no
mesmo nível dos demais indivíduos da comunidade
(relação de coordenação).
NACIONALIDADE
É o conjunto de vínculos políticos e jurídicos entre
alguém e determinado Estado, integrando o indivíduo
ao povo de um país.
PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE
Estabelece que cada nação deveria constituir um
Estado.
NATURALIZAÇÃO
É a aquisição da nacionalidade brasileira por estrangeiro,
mediante declaração expressa de vontade, preenchidas as
condições prescritas na regra jurídica constitucional.

APÁTRIDA
É a pessoa que por força da diversidade de critérios de
aquisição da nacionalidade, não se vincula a nenhum Estado.
POLIPÁTRIDA
É a pessoa que por força da diversidade de critérios de
aquisição da nacionalidade, vincula-se a mais de um Estado.

DOUTRINA DO CONTRATO SOCIAL


Explica que a sociedade delegava ao monarca o poder de
governar para que evitasse o conflito entre membros da
sociedade.
VOTO
SUFRÁGIO CENSITÁRIO
É aquele em que somente uma parcela restrita da
população pode votar, fundamentando, assim, a consolidação da
elite governante.

SUFRÁGIO UNIVERSAL
É aquele que confere o direito de voto a generalidade dos
nacionais.
VOTO DIRETO
É aquele em que o eleitor escolhe os próprios representantes.
VOTO INDIRETO
É aquele em que o eleitor escolhe seus delegados e
representantes que funcionam como intermediários, e somente
em etapa posterior escolhe os governantes.

VOTO ABERTO.
VOTO SECRETO.
O PODER DO
ESTADO
ESTADO LIBERAL
É aquele que não interfere na liberdade de seus indivíduos,
não exercendo sobre eles, qualquer tipo de controle.
Baseiam-se nas obras de John Locke e Adam Smith.
ESTADO DE DIREITO
É aquele em que vigora o regime da legalidade estrita,
expresso no principio “suporta a lei que fizestes”.
PODER DO ESTADO
O Estado institucionaliza o poder e o exerce, portanto as
noções de poder e Estado estão intimamente ligados.
PODER DOMINANTE
É aquele em que o Estado exerce coativa e
incondicionadamente, sem que contra ele se possa oferecer
resistência.
PODER NÃO-DOMINANTE
É aquele exercido por todas as sociedades que não o
Estado.
EXERCÍCIO DO PODER I
POLÍTICO

Exercido de forma absoluta, incondicionada e ilimitada,


perpetuando-se com a finalidade única de manter a
eficácia da atuação estatal.

JURÍDICO
Exercido de forma a assegurar a finalidade legal do
Estado, já que sua gênese se encontra no Direito.

GOVERNO
Complexo de normas jurídicas que disciplinam o
exercício do poder, isto é, governo é o aspecto
dinâmico do poder, a ação. O governo se impõe aos
governados.
EXERCÍCIO DO PODER II

PODER CONSTITUINTE

É a capacidade de criar a ordem jurídica, ou de


modificar a ordem jurídica existente no Estado.

CIDADANIA
É o conjunto de direitos do indivíduo no plano político,
que lhe permite votar e assumir cargo eletivo, assim,
interferindo no processo governamental. É o vínculo do
indivíduo e determinado Estado. É exercido de forma
ativa (consiste em poder votar, escolher governantes) e
passiva (poder ser eleito).
ORDEM
JURÍDICA E
CONSTITUIÇÃO
ORDEM JURÍDICA
É o conjunto de normas jurídicas coativamente impostas
pelo Estado, de modo a assegurar a vida em sociedade, de
acordo com a vontade da maioria.

CONSTITUIÇÃO
 SENTIDO POLÍTICO - É o documento formal e solene, o
conjunto de normas jurídicas, que dispõe sobre a organização
fundamental do Estado e orienta seu funcionamento.
 SENTIDO SOCIOLÓGICO - É a soma dos fatores reais de poder
que existem em determinado país, consistindo a lei escrita
meramente em uma formalização desses poderes.
 SENTIDO JURÍDICO - É uma norma fundamental hipotética, que
serve de fundamento lógico de validade da norma positiva
suprema que regula a criação de outras normas.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
Quanto à forma
 ESCRITA – Consiste em normas legislativas positivas.
 NÃO-ESCRITA – Consiste na observação dos usos e
dos costumes.

Quanto à origem
 DOGMATICA – É aquela que resulta da aplicação de
princípios que fixam a organização fundamental do
Estado.
 HISTÓRICA – É aquela que provem de lenta evolução
dos valores do povo, resultando em regras escritas (leis)
e não escritas (usos e costumes).
Quanto à estabilidade das regras constitucionais
 RÍGIDA – É aquela em que as regras constitucionais
somente podem ser alteradas mediante processo especial e
qualificado.
 FLEXÍVEL – É aquela em que as regras constitucionais são
passíveis de modificações pelo processo legislativo comum.

Quanto ao modo de elaboração


 POPULAR (ou democrática) – Quando elaborada por uma
Assembleia Constituinte, composta por representantes
eleitos pelo povo.
 OUTORGADA (ou imposta) – Quando o governante ou
pessoa designada elabora o texto constitucional, sem a
participação do povo.
CONSTITUIÇÃO-GARANTIA – Do tipo clássico, que
assegura liberdades individuais e coletivas e limita o
poder do Estado.

CONSTITUIÇÃO-BALANÇO – Descreve e sistematiza a


organização política do Estado.

CONSTITUIÇÃO-DIRIGENTE – Onde as normas


estabelecem diretrizes para o exercício do poder, de
forma a atingir objetivos políticos, sociais e econômicos.

CONSTITUCIONALISMO – É o movimento de caráter


político e jurídico, de cunho liberal, cujo objetivo é o
estabelecimento de Estados de direitos baseados em
regimes constitucionais.
CONSTITUIÇÕES DO BRASIL
Desde a independência de Portugal, em 1822, o
Brasil teve oito constituições. A primeira foi promulgada
em 1824, pelo Império, a segunda e as seguintes, durante
o período republicano: 1891, 1934, 1937 (denominada
“polaca” pois se inspirou na constituição polonesa),
1946, 1967 (regime militar), 1969 (verdadeira
Constituição, embora formalmente outorgada pela
Emenda Constitucional nº 1) e finalmente, a de 1988.
A atual Constituição Brasileira pode ser
classificada como formal, escrita, dogmática, popular e
rígida.
Os fundamentos do poder, conforme a CF são:
soberania, cidadania, a dignidade da pessoa humana, os
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o
pluralismo político.
Os objetivos fundamentais estabelecidos pela CF:
 Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
 Garantir o desenvolvimento nacional;
 Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
 Promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade, e quaisquer outras formas de discriminação.

A atual CF estabelece garantias e direitos fundamentais, que


podem ser agrupados em quatro espécies:
 Direitos individuais e coletivos;
 Direitos sociais;
 Nacionalidade;
 Direitos políticos.
No séc. XX, os principais modelos de constituição que
vigoraram no mundo foram:

 DO ESTADO DE DIREITO LIBERAL – 1º- o único


referencial da Constituição é o Estado; 2º- autonomia
privada, economia de mercado, propriedade privada...
 DO ESTADO SOCIAL – Os referenciais da
Constituição são o Estado e sociedade; intervenção do
Estado nos planos social, econômico e político;
imposição de fins e tarefas ao poder público...
 DO ESTADO SOCIALISTA – Controla ao máximo a
propriedade e os meios de produção e é centralizador
de decisões em todas as esferas da vida social e
econômica.
FORMAS
DE GOVERNO
E
ESTADO
REGIME POLÍTICO
É o complexo de princípio e instituições políticas, que
caracterizam determinada concepção de Estado e de
sociedade, orientando seu ordenamento jurídico, mediante a
produção de normas que o institucionalizam e que regulam o
exercício do poder pelo Estado.

FORMAS DE GOVERNO
É expressão que indica se o poder é exercido de modo
vitalício ou temporário. Atualmente existem a monarquia
(monarquia democrática constitucional, onde a função e
atuação do rei são legalmente limitadas) e a república.
FORMAS DE GOVERNO SEGUNDO ARISTÓTELES
FORMAS PURAS
 MONARQUIA – É a forma de governo em que apenas um indivíduo tem
o poder;
 ARISTOCRACIA – É a forma de governo em que um grupo reduzido de
indivíduos detêm o poder.
 DEMOCRACIA – É a forma de governo exercida por todo o povo, no
interesse da sociedade.
FORMAS IMPURAS
 TIRANIA (autocracia) – Na Grécia antiga, governo ilegítimo. Hoje,
Governo injusto e cruel , mesmo legítimo.
 OLIGARQUIA – Governo exercido por indivíduos que pertencem a um
pequeno grupo, a um só partido, classe social ou família.
 DEMAGOGIA – Ação ou processo de manipular os sentimentos e paixões
populares visando a conquista do poder político. Prática de aparentar
modéstia, humildade, honestidade... Com objetivos escusos.
SEGUNDO MAQUIAVEL
Propõe nova classificação de formas de governo: em sua visão,
o governo ideal seria composto pela reunião da monarquia,
aristocracia e democracia em um único governo.

SEGUNDO MONTESQUIEU
 REPUBLICANO – É aquele em que o povo, ou parcela dele,
possui o poder soberano, podendo ser aristocrata ou
democrata.
 MONÁRQUICO – É aquele em que apenas um indivíduo
governa, de acordo com as leis existentes.
 DESPÓTICO – É aquele em que apenas um indivíduo
governa, conforme sua vontade, sem levar em consideração as
leis existentes.
CARACTERÍSTICAS DO REGIME POLÍTICO
DEMOCRÁTICO
 Livre participação dos governados nas decisões fundamentais dos
governantes;
 Garantias legais de efetiva proteção aos direitos dos cidadãos.
CARACTERÍSTICAS DO REGIME POLÍTICO AUTORITÁRIO
Determinado grupo governante exerce o poder dentro de um
regime de legalidade preexistente, por eles estabelecido e imposto à
sociedade, com pouca ou nenhuma participação popular nas
decisões.

CARACTERÍSTICAS DO REGIME POLÍTICO TOTALITÁRIO


Existe uma corrente ideológica única, imposta por partido de
massa, de forma que o poder político é exercido de forma
concentrada e centralizada, por um grupo dominante.
FORMAS DE ESTADO – É a expressão que indica maior ou
menor descentralização do poder político. Pode ser centralizada
(denominada Estado unitário) e descentralizada (denominada
Estado Federal).

REGIME DE GOVERNO – É expressão que designa o particular


modo de relacionamento entre as funções executiva e legislativa, de
forma a identificar o órgão que exerce a função governamental.

REVOLUÇÃO – É a mudança brusca e radical de posicionamentos


e convicções sociais, eliminando-se uma ordem jurídica e
instaurando-se uma nova, por meio ilegal.

REVOLUÇÃO POLÍTICA – É a ruptura repentina, violenta ou


pacífica, com a ordem jurídica anterior, mediante a qual os antigos
governantes são depostos e as instituições existentes são alteradas.
CORRENTES DE PENSAMENTO QUE EXPLICAM O
FENÔMENO DA REVOLUÇÃO POLÍTICA

 PROGRESSISTA (ou Evolucionária) – Consistiam em


etapas sucessivas do inevitável progresso da Humanidade,
rumo ao igualitarismo e à liberdade individual.

 CONSERVADORA – Não passam de movimentos


demagógicos, com a exploração de sentimentos populares,
visando a tomada do poder por grupos oportunistas.

 POSITIVISTA (ou Científica) – As revoluções são mero


movimento resultante da organização de determinado grupo
da coletividade, despido de qualquer conotação ideológica.
ANARQUISTA – As revoluções são movimentos que se
prestam meramente a substituir uma elite despótica por outra.
 MARXISTA – Surge como resultado do conflito sempre
latente, entre as classes sociais trabalhadoras e a burguesia
capitalista.

GOLPE DE ESTADO – É um ato realizado pelo próprio


Estado, de forma repentina, com o apoio de um grupo de
membros das forças armadas, com a finalidade de apoderar-
se dos órgãos e das atribuições do poder político.

INSURREIÇÃO (Rebelião ou Revolta) – É um movimento


desencadeado pelas Forças Armadas, que tem por objetivo a
imediata substituição dos governantes.
FORMAÇÃO DO ESTADO ANTIGO
1. ESTADO EGÍPCIO
Foi formado na época da primeira e da segunda dinastias
(3.197 a 2.778 a.C.), com a unificação dos reinos do Norte
(capital Buto) e do Sul (capital Nekhen), pelo faraó Menés. O
faraó egípcio personificava todos os poderes do Estado,
sendo considerado um deus vivo, e não um mero
representante de uma divindade.
CARACTERÍSTICAS
o Administração forte e centralizada;
o Império Teocrático;
o Poder absoluto do faraó.
2. ESTADO NA ANTIGA MESOPOTÂMIA
Surgiu por obra dos povos sumérios (3.000 a.C.)
assentados na parte baixa do vale dos rios Tigre e
Eufrates. Viviam em cidades-Estado; seus chefes detinham
imenso poder, tanto político quanto militar.

CARACTERÍSTICAS

o As terras, inicialmente eram de propriedade do rei, que


personificava os interesses da comunidade;
o O poder do Estado era inicialmente dirigido para
organizar a sociedade com o objetivo de construir canais de
irrigação e outras obras coletivas necessárias à agricultura.
MONARQUIA
É um sistema centralizado e estável de dirigir a república,
geralmente por meio de uma única pessoa, dotada de
poderes amplos e especiais.
o Perpetuidade
Consiste no governo por tempo ilimitado e soberano;
o Hereditariedade
Consiste na troca de mãos do poder, seguindo uma
linha sucessória.
CARACTERÍSTICAS

o Irresponsabilidade
Consiste em isentar o monarca do dever de prestar
contas ao povo ou a qualquer órgão político de suas
decisões.
REPÚBLICA
Significa, literalmente “coisa pública”. Refere-se ao próprio
interesse público, aquilo que faz parte da sociedade. Forma
de governo em que o poder é exercido por uma pessoa ou por
um colegiado, o governante, eleito pelo povo, direta ou
indiretamente, sem direitos sucessórios dos detentores do
poder.
CARACTERÍSTICAS
o ELETIVIDADE DO GOVERNANTE
Existem eleições para os governantes, em que o povo possa
livremente exercer seu direito de escolha.
o TEMPORARIEDADE DO GOVERNO
Exercido por período limitado e determinado.
o RESPONSABILIDADE
Deve prestar contas de todos os seus atos políticos;
DEMOCRACIA
É o processo de convivência social em que ocorre a afirmação da cidadania
de um povo, sendo-lhe garantidos os direitos fundamentais, mediante o
exercício direto ou indireto do poder que dele emana, e que visa seu
benefício. Seus valores básicos são: liberdade e a igualdade.
Princípios básicos: soberania popular e participação do povo no poder.
TIPOS DE DEMOCRACIA
 DIRETA – Seria uma forma ideal de exercício de poder, pela qual todos
os cidadãos participam ativamente dos processos decisórios da sociedade.
 INDIRETA – É aquela em que o governo é exercido por representantes
do povo, livre, periódica e legalmente eleitos pelos governados,por meio do
sufrágio universal, devendo tomar decisões em nome de toda a sociedade.
 SEMI-DIRETA – Consiste em um sistema basicamente representativo,
onde são adotados mecanismos que permite a participação popular na
tomada de determinadas decisões, como referendo e a iniciativa legislativa.
PARTIDO POLÍTICO
É uma associação de pessoas físicas, formada e organizada
em torno de princípios ideológicos e de um programa de
ação, que busca a defesa de determinados interesses. De
acordo com a CF de 1988, os partidos possuem natureza
jurídica e são pessoas jurídicas de direito privado.

SISTEMAS PARTIDÁRIOS EXISTENTES


 UNIPARTIDÁRIO – Em que um só partido domina o
cenário político do país.
 BIPARTIDÁRIO – Em que dois partidos disputam
eleições e elegem representantes.
 PLURIPARTIDÁRIO – Em que três ou mais partidos
integram o sistema partidário.
OUTROS CONCEITOS BÁSICOS DE POLÍTICA I
PLEBISCITO
É a manifestação da vontade do povo, de caráter
excepcional, sobre decisões referentes a modificações
territoriais, alterações da forma de governo e mudanças na
estrutura do Estado.
REFERENDO
É uma manifestação da vontade do povo, destinada à
aprovação ou desaprovação de um ato normativo, uma lei
ordinária, ou um ato jurídico.

INICIATIVA POPULAR
É a manifestação direta de um número limitado de eleitores,
destinada a apreciar revisão total ou parcial da Constituição,
ou a propor novo texto.
OUTROS CONCEITOS BÁSICOS DE POLÍTICA II
VETO POPULAR
É a rejeição de uma medida governamental pelo eleitorado.
TIRANIA
É uma forma autocrática e exercício do poder político, que se
impõe mediante violência e coação. O poder supremo é exercido
por um grupo restrito e fechado de pessoas, ligadas entre si por
vínculos de sangue ou outros.
DEMAGOGIA
É um conjunto de processos políticos utilizados com habilidade
por alguns líderes (condução do povo pela palavra).
NEPOTISMO
Significa “governo de parentes, governo de amigos”.
DITADURA
É a forma de governo eu que todos os poderes se concentram nas
mão de um indivíduo, de um grupo, de um partido, ou de uma
classe.
ORGANIZAÇÃO
GOVERNAMENTAL E
REGIMES DE GOVERNO
CAUDILHISMO
É uma forma de comando baseada nas características pessoais
do dominador, que exerce o poder de modo mais ou menos
arbitrário, razão pela qual frequentemente degenera em
tirania.
SEPARAÇÃO DE PODERES
É a técnica utilizada para restringir a amplitude de cada um
dos poderes legítimos do Estado, tradicionalmente apontados
pela doutrina como Executivo, Legislativo e Judiciário.

FUNÇÕES DO ESTADO
 Fazer a lei;
 Aplica-la de ofício, evitando-se danos ao indivíduo ou a
sociedade;
 Aplica-la mediante provocação do interessado;
PRESIDENCIALISMO

Surgiu nos EUA e apresenta as seguintes características:


 É o sistema adotado pelas Repúblicas;
 A divisão dos poderes é relativamente rígida;
 A chefia do Executivo é unipessoal;
 O presidente da República é eleito pelo povo;
 O órgão Legislativo é eleito por período fixo.
PARLAMENTARISMO I
Sistema de governo que vem se desenvolvendo e se
aprimorando desde o séc. XVIII.
Características
 É o sistema adotado pelas Monarquias Constitucionais;
 Os poderes Executivo e Legislativo são independentes,
sendo somente o Judiciário um poder completamente
autônomo;
 O poder Executivo é exercido pelo chefe do Estado.
O primeiro ministro é escolhido dentre os membros do partido
que detêm a maioria no parlamento. Quando existem mais de
dois partidos, e nenhum deles dispõe a maioria absoluta, este é
escolhido entre os membros dos partidos que formam uma
coligação parlamentar partidária.
PARLAMENTARISMO I
O SISTEMA PODE SER DE DUAS ESPÉCIES
 DUALISTA – Quando a Constituição do Gabinete
depende da vontade do monarca e sua manutenção do
apoio do Parlamento.
 MONISTA – Quando o Gabinete é constituído por
parlamentares da corrente política que dispõe da
maioria na casa legislativa.

SISTEMA DIRETORIAL
É o sistema de governo em que a elaboração e aplicação das
leis estão concentradas em um único poder, isto é, não há
separação entre os poderes, somente entre o Legislativo e o
Judiciário. Atualmente apenas a Suíça adota esse sistema.
Tendências do
Governo no Mundo
Contemporâneo
Os governos atuais, que mesclam elementos do
Presidencialismo com do Parlamentarismo, procuram
incorporar as seguintes tendências:
NACIONALIZAÇÃO
 Tendência crescente do poder público, com forte
utilização de recursos tecnológicos.
FORTALECIMENTO DEMOCRÁTICO
 Mudança de atitude dos governantes, no sentido de
atender às novas exigências da vida social.
O Princípio do
Estado de Direito
ESTADO DE DIREITO (ou ESTADO LIBERAL DE DIREITO)
É aquele em que a administração está subordinada à lei, é um Estado
em que vigora o princípio da legalidade.
CARACTERÍSTICAS
 Submissão absoluta à lei formal;
 Separação ou divisão dos poderes;
 Garantia dos direitos individuais assegurados em lei.

ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

É o que realiza a convivência humana em uma sociedade livre e


solidária, regulada por leis justas, em que o povo é adequadamente
representado, participando ativamente da organização social e
política, permitida a convivência de ideias opostas, expressas
publicamente.
PRINCIPAL ATRIBUIÇÃO
É o estabelecimento de políticas visando a eliminação das
desigualdades sociais e desequilíbrios econômicos regionais.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Expresso em nossa CF, ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar
de fazer algo senão em virtude lei.

DOUTRINA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (FONTES)

 Manifesto comunista
 Doutrina social da Igreja Católica
 Doutrina do intervencionismo do Estado na ordem econômica
e social.

DIREITO INDIVIDUAL
É expressão que designa o conjunto dos direitos fundamentais do
homem em relação à sociedade, direito à vida, liberdade,
segurança...
DIREITOS FUNDAMENTAIS DO HOMEM
CARACTERÍSTICAS
 INALIENABILIDADE – Consiste na impossibilidade
jurídica de transferir os direitos (à vida, liberdade), por
não terem conteúdo patrimonial.
 IMPRESCRITIBILIDADE – Consiste na possibilidade
jurídica de pleitear sua tutela sem qualquer limite de
tempo, pois consistem em direitos de cunho
personalíssimos.
 IRRENUNCIABILIDADE – Consiste na impossibilidade
jurídica de o indivíduo abrir mão de seus direitos.
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO
HOMEM, BASEADA NA CF ATUAL

 INDIVIDUAIS;
 COLETIVOS;
 SOCIAIS;
 À NACIONALIDADE;
 POLÍTICOS;
 ECONÔMICOS.
A Sociedade
Internacional e
o Estado
FUNDAMENTOS DA SOCIEDADE INTERNACIONAL
CORRENTES DOUTRINÁRIAS
 POSITIVISTA – Baseia a existência da sociedade internacional no
acordo de vontades dos Estados.
 JUSNATURALISTA – Afirma que, uma vez que o homem só se realiza
em sociedade, é a sociedade internacional sua forma mais ampla.
 LÓGICA-JURÍDICA – Considera a coletividade internacional como a
ordem superior e comum que torna possível aos Estados se relacionarem.

TERRITÓRIO (plano internacional)


Área sobre a qual o Estado exerce soberania. O território de um Estado é
uno, embora costuma-se dividi-lo em aéreo, marítimo e terrestre. São
separados por limites (linhas tracejadas em cartas geográficas) e
fronteiras (a região ao redor do limite.
ENCLAVE
São porções de território ligadas a um Estado, mas completamente
contidas em outro, sem ligação direta com o primeiro.
MODOS DE AQUISIÇÃO DO TERRITÓRIO
 ORIGINÁRIO – Quando o território adquirido por um Estado
pertencia anteriormente a nenhum outro;
 DERIVADO – Quando o território adquirido já pertencia a outro;
MAR TERRITORIAL
É a zona de mar adjacente às costas de um Estado e sobre a qual
exerce sua soberania. A tendência é considerar que o mar territorial
tem 12 milhas de largura, e um total de 200 milhas como zona
econômica.
RIOS
 NACIONAIS – Localizados em território de um só Estado, e estão
sujeitos a regime jurídico único.
 INTERNACIONAIS – Encontram-se submetidos a mais de um
ordenamento jurídico.
ESPAÇO AÉREO E ESPAÇO EXTERIOR
DIREITO INTERNACIONAL AÉREO – É o ramo da ciência
jurídica formado por princípios e normas regulamentadoras
internacionais que se aplicam ao espaço aéreo e sua utilização por
Estados e particulares.
RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DO ESTADO – É o ato
jurídico mediante o qual Estados já existentes declaram que uma
entidade postulante a membro da ordem internacional, na qualidade
de Estado, passa a ser considerada como tal.

REQUISITOS PARA O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL


 O governo deve ser independente de outro governo estrangeiro.
 O governo exercer efetiva autoridade sobre sua população e
território.
 O governo deve estar apto a cumprir suas obrigações
internacionais.
 O interessado deve possuir um território delimitado.
DIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS DOS
ESTADOS NO PLANO INTERNACIONAL

DIREITOS DEVERES
 à independências;  respeitar os direitos dos demais
Estados;
 ao exercício de sua jurisdição no
território nacional;  cumprir os tratados;
 à igualdade jurídica com os  não intervenção;
demais Estados;
 não utilizar a força, exceto em
 à legítima defesa; legítima defesa;
 ao desenvolvimento cultural,  respeitar os direitos do Homem;
político e econômico;
 evitar que em seu território sejam
 à inviolabilidade de território. proferidos atos contra a paz;
 resolver os litígios em que estiver
envolvido, por meios pacíficos.
CRIME INTERNACIONAL
É a violação de uma norma do Direito Internacional que
regulamenta interesses fundamentais da comunidade internacional
(escravidão, genocídio, racismo...).

PROTEÇÃO DIPLOMÁTICA
É a defesa, no plano internacional, por parte do Estado, dos direitos
de seus nacionais, sempre que ameaçados ou violados por outro
Estado.

ABUSO DE DIREITO
É a prática de ato pelo Estado, ao exercer um direito, que provoca
dano, acarretando, em consequência, a responsabilidade
internacional.
Referências

BOBBIO, Norberto; NICOLA Matteucci & GIANFRANCO Pasquino.


Dicionário de Política. Brasília: L.G.E E Unb, 2004.
BORBA, Francisco S. (Org). Dicionário Unesp do Português
Contemporâneo. Curitiba: Piá, 2011.
COSTA, M.C.C. Sociologia – Introdução à ciência da sociedade. São Paulo:
Moderna, 1987.
CREMONESE Dejalma. Home page: http://www.capitalsocialsul.com.br
CRETELLA, José Jr & CRETELLA, José Neto. 1000 Perguntas e
Respostas Sobre Teoria Geral do Estado. São Paulo: SBC, 2010.
SILVANA Marta Tumelero. Gestão Social de Políticas Públicas.
Dissertação de Mestrado. UNISUL - Campus Tubarão-SC
TOMAZI, Nelson D.. Sociologia para o ensino Médio. São Paulo: Saraiva,
2010.
TORRE, M. B. L. O Homem e a Sociedade – Uma introdução à sociologia. São
Paulo:Nacional, 1984.
http://pt.eikipedia.org./wiki/estado. Acesso em 29/01/2014.

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