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Auguste Comte
O que podemos dizer de Auguste Comte?
Auguste Comte nasceu em Montpelier em 1978. Teve uma educação católica e monárquica
mas afastou-se da sua formação tradicional tendo-se tornado agnóstico e republicano.
Foi ele que fundou o positivismo na filosofia e nas ciências sociais, particularmente na
sociologia. Foi ele também quem utilizou pela primeira vez a designação de sociologia para
referir a análise positiva dos fenómenos sociais e políticos que, ele julgava, estarem sujeitos às
leis naturais.
1. A ciência não é fonte de dogmas. Comte procura verdades definitivas, que não voltem a ser
questionadas. Tem a convicção de que o homem é feito, não para duvidar, mas para crer. As
leis estabelecidas pelos sábios (para ele comparáveis a dogmas) devem ser aceites de uma vez
por todas e não perpetuamente postas em questão.
2. Augusto Comte pensa que o conteúdo essencial da verdade científica é representado por
aquilo a que chama leis. A ciência, segundo ele, não é a busca de uma explicação última, não
pretende atingir as causas. Limita-se a constatar a ordem que reina no mundo. A ciência é,
desta maneira, duplamente paradigmática. É o princípio de onde se extraem “receitas”
técnicas como outras tantas consequências inelutáveis, têm um valor educativo em relação à
nossa inteligência, ou melhor, à nossa consciência. Esta conceção de ciência conduz,
logicamente, no sentido da sociologia e da moral, como no sentido do culminar e da realização
plena da sua intenção imanente.
3. Quando Comte tenta reunir os resultados e os métodos das ciências, crê descobrir, uma
estrutura do real, essencial para a compreensão do homem por si próprio e das sociedades
pelos sociólogos, uma estrutura hierárquica dos seres, segundo a qual cada espécie de ser está
submetida a leis. Há, segundo ele, na natureza uma hierarquia de fenómenos, dos mais
simples aos mais complexos. A ideia mestra desta interpretação do mundo é que o inferior
condiciona o superior, mas não o determina.
Comte fez da sua lei de três estados o próprio centro da sua sociologia. Segundo o sociólogo, o
pensamento humano passa por três fases ou estados, isto é:
o estado teológico (ou fictício)- este consiste num espírito humano que explica os
fenómenos atribuindo-os a seres sobrenaturais. O pensamento é, então, baseado em
especulações. Segundo Comte, o sentido especulativo não é inteiramente desprezável:
existe uma necessidade histórica no seu desenvolvimento, pois é nele que se começa a
desenhar o esforço de desenvolver as futuras “teorias”. O estado teológico tem uma
evolução própria, caminhando do feticismo para o politeísmo e, daqui, para o
monoteísmo, fase mais avançada da evolução.
O estado metafísico (ou abstrato)- não é mais que uma simples modificação geral da
primeira fase. Os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstratas (como a
Natureza), verdadeiras entidades (abstrações personificadas) inerentes aos diversos
seres do mundo, e concebidas como capazes de engendrar por si próprias todos os
fenómenos observados, cuja explicação consiste, então, em assimilar para cada um a
entidade correspondente.
Karl Marx
O que podemos dizer deste teórico?
Segundo ele, este processo produtivo foi subvertido ao longo da história e culminou no
sistema capitalista, que constitui uma destruição das relações produtivas comunitárias naturais
e conduziu à alienação do trabalho de uns em favor de outros.
Existência material
As relações jurídicas, não se podem explicar nem por si sós, nem pela pretensa evolução geral
do espírito humano. Pelo contrário, as relações jurídicas têm as suas raízes nas condições
materiais que Hegel inclui no seu conjunto sob o nome de “sociedade civil”.
materialismo histórico
Classes sociais
A classe que dispõe dos meios de produção material dispõe igualmente dos meios de
produção intelectual, de tal modo que o pensamento daqueles a quem são recusados os meios
de produção intelectual está submetido igualmente à classe dominante. Numa classe
dominante podemos chegar a encontrar categorias diferentes de indivíduos. Uns serão os
pensadores da classe (os ideólogos ativos) e os outros que têm uma atitude mais passiva e
mais recetiva face a esses pensamentos e a essas ilusões, porque são, na realidade, os
membros ativos da classe e dispõe de menos tempo para produzirem ilusões e ideias sobre as
suas próprias pessoas. No seio da classe, esta cisão só pode dar origem a uma certa oposição e
a uma certa hostilidade entre as duas partes em presença. A existência de ideias
revolucionárias numa época determinada pressupõe já a existência de uma classe
revolucionária que traduz a diferença de categorias dentro da classe dominante e a
consequente hostilidade entre as partes coexistentes.
Émile Durkheim
O que podemos dizer deste teórico?
São dotados de um poder imperativo e coercivo em virtude do qual se lhe impõem (ao
individuo), quer queira quer não. E neste sentido, a exterioridade e o poder coercivo são, para
o autor, os elementos definidores dos factos sociais. Uma vez que são “representações e
ações”, e estas não se confundem com os “fenómenos orgânicos” (estudados pela biologia) e
sendo exteriores ao individuo , os factos socias distinguem-se dos fenómenos psíquicos
(estudados pela psicologia), que só têm existência na e pela “consciência individual”.
No entanto, o facto social também pode ser definido pela difusão que tem no interior de um
grupo, isto é, pela sua generalidade, na condição de se recordar que os fenómenos sociais são
gerais porque são coletivos. Para o autor os factos sociais impõem-se ao indivíduo do exterior
graças à autoridade moral de que se revestem.
Durkheim afirma que o homem é caracterizado por uma dualidade constitucional, ou seja, se
por um lado, é um ser individual uma vez que detêm consciência individual, por outro lado
também é um ser social, pois detêm consciência coletiva. Desta forma, o homem detêm uma
dupla existência, uma puramente individual, que tem as suas raízes no nosso organismo, e
outra, social, que não é mais do que o prolongamento da sociedade.
Este é constituído por duas fases, isto é, pela observação e pela explicação, pela prova.
OBSERVAÇÃO
Com base na definição de facto social, Durkheim propôs algumas regras para a observação
sociológica. A regra principal consiste em “considerar os factos sociais como coisas”. A
justificação desta regra apoia-se em dois argumentos:
Uma outra regra que ele nos dá, é que nunca devemos tomar como objeto de investigação
senão um grupo de fenómenos previamente definidos por certas características exteriores que
lhes sejam comuns, e incluir na mesma investigação todos os que correspondem a esta
definição. Isto significa que é fundamental identificar de forma objetiva os fenómenos a
estudar, o que só acontece se nos concentrarmos apenas naquilo que neles é visível, deixando
de lado qualquer intuição.
EXPLICAÇÃO E PROVA
Durkheim desenvolve uma argumentação que se apoia na critica de todas as conceções que
fundam a explicação sociológica na ideia de finalidade ou utilidade dos fenómenos.
Em sua opinião, as causas e os fins de um fenómeno são independentes, daí que quando
tentamos explicar um fenómeno social, devemos investigar separadamente a causa que o
produz e a função que ele desempenha. Neste sentido, o autor pensa garantir a objetividade
da análise funcional, a qual não é, para si, menos importante do que a análise causal no que
respeita à explicação.
A análise funcional, deve vir sempre em segundo lugar pela razão lógica de a causa anteceder
o efeito. De acordo com o autor, a causa determinante de um facto social deve ser procurada
entre os factos sociais antecedentes e não nos estados da consciência individual. Isto significa
que um facto social só pode ser explicado por outro facto da mesma natureza.
Em suma, com Durkheim a sociologia adquiriu o seu estatuto científico e tornou-se uma
disciplina autónoma, com teorias e métodos próprios.
Weber considerou o mundo das ideias como sendo autónomo em relação à economia e
capazes de a afetar de forma decisiva.
E neste sentido Weber, escreveu uma tese que se tornou central no pensamento sociológico, a
ética protestante e o espírito do capitalismo (1905). A sociologia compreensiva, O método
compreensivo de Weber só pode ser compreendido se olharmos para um quadro da polémica
metodológica entre a compreensão e a explicação.
O termo “ação” deve ser entendido como uma conduta humana o sujeito ou os sujeitos da
ação lhe deem um sentido subjetivo. Já a “ação social” é uma ação onde o sentido pensado
pelo seu sujeito ou sujeitos está referido à conduta de outros, orientando-se por esta no seu
desenvolvimento. Esta conceção de compreensão que é usada por Weber deriva de um campo
disciplinar chamado Hermenêutica. A Hermenêutica é uma abordagem particular que permite
a interpretação e compreensão de textos escritos, tendo como objetivo perceber o raciocínio
do autor e a estrutura básica do texto.
Segundo o autor, o sentido e o significado das coisas só surgem pela ação social, isto é, quando
um sujeito confere um sentido subjetivo ao comportamento. O “sentido” deve ser lido como o
sentido pensado e subjetivo dos sujeitos da ação, existente quer num caso historicamente
dado. A sociologia, para Weber, não é uma ciência de reações ela é uma ciência das ações
intencionais, em que estas são baseadas em motivos ou em sentimentos.
A sociologia visa uma compreensão interpretativa da ação social, de forma a ter um síntese
entre uma variante hermenêutica e uma dimensão mais positiva. O sociólogo deve interpretar
o sentido da ação social com o mesmo rigor que está presente nas ciências naturais. Ou seja, O
conhecimento objetivo e a certeza constituem, segundo Weber, os alvos da sociologia, ainda
que a natureza da realidade impeça que se atingir o desejado.
O tipo ideal é como um segundo momento de seleção necessário para a abordagem do real,
segundo um ponto de vista dado, e uma relação com os valores.
Se a relação com os valores permite a seleção temática, o tipo ideal confere à investigação o
rigor necessário. O tipo ideal não resume os traços comuns. Daí que Weber defina tipo ideal
como uma utopia, ou seja, como algo que só raramente pode ser encontrado na realidade tal
como foi definido pelo investigador. Os tipos ideais têm que ser usados em combinações, uma
vez que o mundo é uma mistura de vários tipos.
causa adequada, ou seja aquilo que significa- o sociólogo limita-se a emitir afirmações
probabilísticas sobre as relações entre fenómenos sociais (por exemplo: se ocorrer
uma revolução é provável que ocorra violência)..
Tanto um conceito como outro servem para explicar que um facto singular tem de ser
enquadrado numa constelação de fenómenos. Mas, nesta constelação, nem todos os
acontecimentos têm o mesmo peso e importância, tornando-se necessário que o investigador
proceda a uma seleção.
Convém, no entanto, salientar que a possibilidade objetiva é uma mera possibilidade, nada
tendo de imperativo ou necessário. Poder-se-ia dar o caso de a evolução ser outra. Quando a
possibilidade que resulta desta construção, que é objetivamente possível, é muito grande, ou
quase inevitável, Weber utiliza a expressão causalidade adequada. No caso de ser pequena,
falar-se-á de causalidade acidental.
Descrever o sistema cultural e social. Descrever de que forma era importante compreender a
estrutura social, mas também os valores e a cultura de cada sociedade. Sociedade é um
sistema vivo. Parsons defende que a sociedade é autossuficiente, OU SEJA, Parsons compara a
um organismo vivo, ou seja, todas as partes tinham de estar interligadas e eram
interdependentes.
Depois de isto, temos de explicar que acima de tudo, uma sociedade para se manter em
equilíbrio , tinha de garantir a satisfação dos quatro imperativos funcionais. Que são o
esquema AGIL.
Adaptação ao meio- qualquer sociedade deve conseguir usar os recursos do meio ambiente
onde vive e adaptar-se aos mesmos.
Realização de objetivos- qualquer sociedade tem de permitir os recursos para que todos os
seus indivíduos, alcancem os seus objetivos.
Integração dos atos- a vivencia em sociedade exige a existência de regras e normas que
limitem o comportamentos dos indivíduos.
Manutenção dos modelos latentes- com a definição das regras a sociedade consegue
padronizar os comportamentos dos indivíduos.
Para concluir temos de responder à pergunta inicial, ou seja , alem do cumprimento dos
imperativos funcionais, as sociedades serão ainda mais coesas, se tiverem valores fortes, e
aceites por todos os indivíduos.
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Na teoria funcionalista
explicar as ideias principais do interacionismo. única teoria que defende que o foco de
investigação não está na sociedade mas sim nos indivíduos, e por essa razão, nos devíamos
procurar perceber as especificidades que cada individuo da ao comportamentos que tem.
A segunda grande ideia é tentar perceber porque é que os indivíduos interagem e de que
forma satisfazem as suas necessidades.
Principal ideia de Mead, para este, os indivíduos interagem tendo em conta o comportamento
dos outros, sendo apenas uma reação natural a esse comportamento. Esta analise da
personalidade dos indivíduos vai ser aprofundada, por BLUMEr, que apresenta um conceito de
interacionismo simbólico que os indivíduos tem um conjunto de símbolos através dos quais,
interagem e desempenham papeis na sociedade, de todos os símbolos existentes, a linguagem
é a mais importante porque obriga, à partilha de significados.
Estes dois primeiros autores, caracterizam ainda o individuo em duas parte, a primeira é o eu
( que é, o individuo na sua plenitude sem qualquer filtro social) e o mim que é o individuo na
sua interação com os outros. De acordo que aquilo que considera é esperado do seu
comportamento social
O terceiro autor da teoria Erik Goffmam. Goffman defende que a interação é semelhante a um
teatro onde cada individuo desempenha vários papeis ao longo da sua vida. Por isso o mais
importante é preciso compreender de que forma os indivíduos interagem na vida publica.
Assumindo as funções que lhes são entregues.
Goffman afirma que o individuo se divide na região da frente (corresponde ao eu) e na região
da retaguarda (que corresponde ao mim). Independentemente do momento do espaço da
ação é realizada, os indivíduos interagem, de acordo com a identidade social.