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Auguste Comte
Papel social- Conceito que determina a função dos indivíduos na sociedade – Cada papel
social agrupa um conjunto de comportamentos, regras e deveres a serem cumpridas. Ao
longo da vida, os indivíduos pertencem a diferentes grupos, desempenhando neles funções
diferentes ( cada vez que o individuo desempenha uma função é esperado pela sociedade
que tenha um certo comportamento. Os papeis sociais surgem através dos processos de
socialização que permitem aos indivíduos aprenderem os modos de comportamento
esperados, associados a uma determinada função.
Qualquer instituição depende do comportamento dos atores sociais que desempenham um
determinado papel. Haverá reconhecimento não apenas de que um determinado ator
executa uma ação do tipo X, mas da ação do tipo X poder ser executada por qualquer ator a
quem possa ser imputada, com plausibilidade, a estrutura de relevância em questão. Por
exemplo, o papel da figura paterna que depende da cultura, no caso das sociedades
matrilocais e do avunculato por elas praticado (um pai vê um cunhado a surrar o seu filho,
no entanto nada faz porque é uma maneira própria de proceder entre outros pares de tios e
sobrinhos naquela sociedade).
Estatuto social- Cada individuo ocupa um determinado estatuto social, isto e, uma
determinada posição num grupo social no qual esta sujeito a deveres, direitos e normas
Uma pessoa pode ter diversos estatutos (posições) e também vários papeis
(comportamentos) associados : Estatuto E Pessoa Estatuto A (Mae)
Estatuto C( filha)
provocad
Às normas vigentes são possíveis de receber recompensa (sanções positivas), assim como os
comportamentos contrários às mesmas normas, podem ser alvo de punição (sanções
negativas). Bom sucesso escolar, por exemplo, pode ser merecedor de palavras elogiosas do
seu professor e ainda ser premiado pelos seus pais. O trabalhador que atinge os objetivos
fixados pela empresa pode receber um prémio de produtividade ou o orador cujo discurso
agrada à plateia é aplaudido e convidado para outras sessões.
O controlo social informal, aquele que se exerce através das sanções informais ou não escritas
é, em geral mais utilizado e eficaz, uma vez que é interiorizado pelos indivíduos através do já
referido processo de socialização.
Os que não se adaptarem a esses valores e não agirem em conformidade com as suas normas,
podem ser objeto de sanções que visam condenar e, em última instância, corrigir os respetivos
comportamentos desviantes.
Institucionalização: o processo de implantar uma convenção ou norma na sociedade. Isso
acontece quando os hábitos se tornam normais ou realidade. Conceito de institucionalização
(segundo os autores): processo de/ocorre sempre que há uma tipificação recíproca, por tipos
de atores, de ações tornadas hábito. Qualquer uma dessas tipificações é uma instituição.
Acontece até com o homem solitário que vive na ilha deserta. Exemplo: acorda todos os dias a
tentar construir a canoa com pauzinhos e murmura “lá vou eu outra vez” ou o exemplo de o
professor ensina e o aluno aprende. A habituação traz consigo o importante ganho psicológico
de se limitarem as opções. Há, em teoria, centenas de formas de contruir a canoa com os
pauzinhos, no entanto, a habituação vai reduzi-las a uma única. A instituição pressupõe que
ações do tipo X serão executadas por atores do tipo X. A instituição tem um carácter
controlador e depende de um mecanismo de sanção. O somatório dos mecanismos de sanção
constitui o que se chama de controlo social. Aos aglomerados de instituições chamamos
sociedades. Qualquer instituição depende do comportamento dos atores sociais que
desempenham um determinado papel. Se ao homem da ilha se juntasse outro que tivessem X
competências, eles acabariam por começar a desempenhar papéis vis-à-vis um do outro,
mesmo que cada um continue a realizar ações diferentes. Embora ainda não haja aqui uma
institucionalização, pois só um indivíduo não forma tipologia de atores, mas o conceito já está
presente.
Na maior parte das interações, o contacto visual é relativamente fugaz. Olhar fixamente para
uma pessoa pode ser entendido como um sinal de hostilidade – ou, em algumas ocasiões, de
amor. O estudo da interação é uma área fundamental da Sociologia, esclarecendo muitos
aspetos da vida social.
• O estudo da vida quotidiana é revelador quanto à forma como os seres humanos podem agir
de modo a moldar a realidade.
• A realidade não é rígida ou estática – é uma criação das interações humanas (noção de
construção social da realidade – interacionismo simbólico).
• Podemos aprender bastante acerca da natureza da conversa através dos gritos de resposta
(exclamações) e do estudo dos lapsos de língua (quando as pessoas pronunciam ou aplicam
mal determinadas palavras ou frases). Os lapsos de língua são frequentemente divertidos, e
estão de facto relacionados psicologicamente com a graça e a brincadeira.
• “Sabedoria de rua” é quando as pessoas desenvolvem aptidões para lidar com o seu
sentimento de vulnerabilidade face à violência e ao crime.
• A interação não focalizada é a consciência mútua que indivíduos têm uns dos outros em
grandes concentrações de pessoas, quando não estão diretamente a conversar. A interação
focalizada, que pode por sua vez ser dividida em diferentes tipos de encontro – ou episódios
de interação – ocorre quando dois ou mais indivíduos estão diretamente com atenção ao que
o(s) outro(s) estão a dizer ou a fazer.
• A interação social pode ser estudada de uma forma elucidativa aplicando-se o modelo
dramatúrgico – estudando a interação social como se as pessoas em causa fossem atores num
palco, com um cenário e adereços. Tal como no teatro, nos vários contextos da vida social
tendem a existir distinções claras entre as regiões da frente (o próprio palco – situações sociais
ou encontros onde os indivíduos desempenham papéis formais) e regiões da retaguarda (onde
os atores se preparam a cena, e no fim, relaxam – onde os indivíduos se preparam para
interação em contextos mais formais). As pessoas são sensíveis ao modo como são vistas pelos
outros, usando muitas vezes formas de gestão das impressões, de modo a assegurar que os
outros reagem da forma desejada.
• Por espaço pessoal, descreve-se a distância mantida por indivíduos envolvidos numa
interação social. As conceções de espaço pessoal diferem consoante as diferentes culturas.
• Toda a interação social se situa no tempo e no espaço. Podemos analisar o modo como as
nossas rotinas diárias são “delimitadas” pela combinação do tempo e do espaço, se
observarmos a forma como as atividades ocorrem durante determinados períodos e,
simultaneamente, implicam movimentos no espaço.
As teorias partilham como pressuposto que a realidade social existe independentemente das
pessoas falarem acerca dela ou a viverem. No entanto, nem todos partilham deste
pressuposto e a abordagem teórica chamada construtivismo social defende que o que os
indivíduos e a sociedade concebem e entendem como realidade é uma criação da interação
social dos indivíduos e dos grupos. Por isso, os construtivistas sociais defendem que os
sociólogos devem documentar e analisar os processos pelos quais a realidade é construída e
não apenas o conceito de realidade social que originam.
. rotinas do dia-a-dia – interações constantes com outras pessoas dao forma e estrutura ao que
fazemos, aprendemos sobre nos mesmos enquanto seres sociais e acerca da realidade social,
conjunto de hábitos, estáveis e regulares, padroes semelhantes de comportamento.
Uma família nuclear é um agregado familiar em que um casal (ou apenas 1 progenitor) vive
com os seus filhos (biológicos ou adotados). Quando outros familiares fazem parte desse
agregado, falamos de uma família extensa. Importa também referir que, quando não há
casamento entre duas pessoas estamos perante uma união de facto.
Durante o sec. XX, o predomínio da família nuclear sofreu alterações, existindo atualmente
uma grande diversidade de formas familiares (ex: família de escolha - casamentos
homossexuais).
O estudo da família foi abordado de acordo com perspetivas teóricas opostas. Por um lado os
funcionalistas viam a família como uma das instituições fundamentais da sociedade, referindo-
se em especial ao seu papel na socialização das crianças. Por outro lado, as feministas
focaram-se nas desigualdades em áreas da vida familiar, incluindo a divisão doméstica do
trabalho, as relações desiguais de poder e as atividades de prestação de cuidados a cargo das
mulheres.
A vida familiar nem sempre é um retrato de harmonia e felicidade porque, por vezes, o
abuso sexual ( por exemplo, o abuso em crianças é praticado, maioritariamente, por homens)
e violência doméstica são frequentes.
Parece certo que vão continuar a existir diferentes formas de relacionamento social e sexual.
O casamento e a família continuam a ser instituições firma-mente estabelecidas, embora
submetidas a grandes pressões e tensões.
A evolução das classes sociais deu origem a novos tipos de família, tais como:
- Família nuclear: dois adultos que vivem juntos numa casa com os seus filhos, próprios ou
adotados.
- Família extensa: grupo de três ou mais gerações que vivem na mesma habitação - família
modificada
- Família de procriação: família em que o indivíduo cria como adulto e onde se cria uma nova
geração de filhos
- Padrão matrilocal: quando os casais se mudam para viver perto dos pais da noiva, ou em sua
companhia
- Padrão patrilocal: quando os casais se mudam para viver perto dos pais do noivo, ou em sua
companhia
- Poligamia: casamento que permite a um marido ou a uma mulher ter mais que um cônjuge
Familia extensa – caracteriza-se pela maior mao de obra – setor economia predominante
agricultura – 1ºvaga – maior produção – sociedades não ocidentais
Familia extensa divide-se em varias família nuclear podem mobilizarem-se com mais facilidade
Família monoparental ( 1 conjugue)- patrifucal (pai assume família); matrifucal ( mae centro da
família)
Família fim de semana ( estatuto socioeconomico mais elevado)- duas pessoas adultas a
partida sem filhos passam o fim de semana juntos.
Família comuna ( ex: período académico) – viver junto da mesma casa com amigos, partilhar
casa
Família de procriação – família em que o individuo se cria como adulto e onde cria uma nova
geração de filhos.
1º vaga – sociedades agrícolas, pre modernas .solidariedade mecânica , família extensa ex:
tradicional hindu ; 2ºvaga- sociedades industriais, sociedades modernas, solidariedade
orgânica, família nuclear; 3º vaga – sociedade pos industrializada, sociedade terciarizada,
sociedade pos modernas, contemporanesa , família nuclear .
Género e sexualidade
Sexo(órgãos sexuais) vs género( identidade de género) vs sexualidade ( orientação
sexual)
Género - Todos os aspetos da nossa existência são construídos a partir do género, do
tom de voz aos gestos , dos movimentos as normas de comportamento---
reproduzimos socialmente fazemos e refazemos o género em milhares de pequenas
ações praticadas ao longo do dia. Diferenças psicológicas, sociais , culturais entre
indivíduos do sexo masculino e feminino. O género esta associado a noções
socialmente construídas de masculinidade e feminilidade, não é necessariamente um
produto direto do sexo biológico de um indi<viduo.
Sexo – diferenças anatómicas e fisiológicas que definem o corpo masculino e o corpo feminino.
Género e biologia: diferença natural – defende a existência de uma base biológica nas
diferenças de comportamento entre homens e mulheres;
Criticos dizem que esta teoria fundamenta-se em estudos sobre o comportamento
animal , em vez de partirem dos indícios antropológicos e históricos sobre o
comportamento humano, o qual varia no tempo e no espaço. Acrescentam o facto de
uma característica ser mais ou menos universal, não significa que seja de origem
biológica – poderão existir fatores culturais generalizados que originem estas
características.
Socialização do género: teorias que dao particular importância á socialização e a
aprendizagem dos papeis de género. Aprendizagem dos papeis de genro com o apoio
dos agentes socias, tais como a família e os meios de comunicação – distinção entre
sexo biológico e género social – uma criança nasce com o primeiro e desenvolve-se
com o segundo. As crianças através do contacto com diversos agentes de socialização,
primários e secundários, interiorizam progressivamente as normas e expectativas
sociais que correspondem ao seu sexo. As diferencas de género não são determinadas
biologivamnete mas geradas culturalmente. Neste sentido existem desigualdades de
género, pois os homens e mulheres são socializadas em papeis diferentes.Rapazes e
raparigas são guiados neste processo por sanções positivas e negativas, forcas
socialmente aplicadas que recompensam ou restringem o comportamento.(ex:”es um
menino muito corajoso”; “ os meninos não brincam com bonecas”. Acompanhamentos
positivos e negativos ajudam rapazes a as raparigas na aprendizagem dos papeis
sexuais que se espera virem a desempenhar e a conformarem se com ele. Os agentes
de socialização ( família, escola,grupo de amigos) contribuem para a manutenção da
ordem social ao supervisionar a socialização natural do género nas novas
gerações.Este processo não é harmonioso estes agentes podem entrar em conflito
Construção sexual do género e do sexo - Conceções dos estudiosos que pensam que
nem o género nem o sexo tem uma base biológica sendo totalmente construídos a
nível social.