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DISCIPLINA: Sociologia
Os clássicos da Sociologia
Émile Durkheim
Coercitividade (força opressora): para Durkheim, os fatos social distinguem-se dos fatos
orgânicos ou psicológicos por se imporem ao indivíduo como uma poderosa força coercitiva,
à qual ele deve, obrigatoriamente, se submeter. Logo, a força coercitiva dos fatos sociais se
manifesta pelas sanções legais ou espontâneas a que o indivíduo está sujeito quando tenta
rebelar-se contra ela.
Generalidade (ser comum ao grupo ou a sociedade): isso ocorre, pois envolvem muitos
indivíduos e grupos ao longo do tempo. Repetem-se e difundem-se. Ocorrendo um consenso
construído historicamente. A complexidade desta generalização acontece de acordo com o
tipo de sociedade a ser estudada. Sendo mais fácil nas sociedade mais simples onde a
consciência individual está muito próxima da coletiva e mais complicadas nas sociedade
industrializadas, pois existem diversas formas de compreender um objeto.
Da mesma maneira que nas ciências naturais, o cientista social deveria apreender a
realidade que o cerca como sem distorcê-la de acordo com seus desejos e interesses
particulares. Deveria deixar de lado seus pré-conceitos, isto é, valores e sentimentos
pessoais em relação àquilo que está sendo estudado, pois tudo que nos mobiliza – nossa
simpatias, paixões, e opiniões – dificulta o conhecimento verdadeiro, fazendo-nos confundir
o que vemos com aquilo que queremos.
Desta maneira, os fatos sociais são explicados por causas sociais. “Quando
procuramos explicar um fenômeno social, é preciso buscar separadamente a causa eficiente
que o produz e a função que desempenha... A cauda determinante de um fato social deve
ser buscada entre os fatos sociais anteriores, e não entre os estados da consciência
individual... a função de um fato social deve ser sempre buscada na relação que mantém
com algum fim social”. (1966:88 e 102)
O amálgama que une as partes, para Durkheim (1973), são laços de coesão ou
solidariedade e diferem conforme o tipo de sociedade. Sociedades mais simples, com
primazia no tempo, como as tribos primitivas e os clãs organizados, comportavam
manifestações de uma solidariedade mecânica, que ocorre por similitude entre os
indivíduos vivendo sob uma divisão do trabalho incipiente.
Nas sociedades modernas a coerção social torna-se mais difusa e é exercida pela
divisão do trabalho, segundo Durkheim, dada a interdependência maior que se estabelece
ente indivíduos e grupos sociais. A coerção social está presente na pressão velada ou aberta
que a sociedade exerce sobre o indivíduo, para que este siga os costumes e comporte-se
segundo os valores e as normas vigentes. Nem sempre ela é sentida pelo individuo, porque o
induz a adaptar-se ás regras de convivência social.
Resumo:
Solidariedade mecânica:
Solidariedade orgânica:
CONCLUSÃO
Um dos papeis da Sociologia como ciência é, portanto, a apreensão dos fenômenos sociais
para permitir intervenção e correção dos rumos das sociedades. Essa é concebida como
orgânica porque sua estrutura é sistêmica e as partes são complementares. A estrutura
analítica que Durkheim dá ao problema da ordem mostra-nos que ela representa a outra
face da mudança social. Sua produção intelectual, numa metodologia funcionalista de
apreensão e explicação da sociedade, não explica a contento a origem e a existência dos
conflitos sociais, que se caracterizam como fortes divergências ou oposições existentes entre
grupos sociais e podem levar ao enfrentamento. Os conflitos pressupõem a existência de
desigualdade entre grupos com interesses distintos, principalmente no âmbito social, político
e econômico. São exemplos: o conflito de classes, os conflitos étnico-raciais, a luta pela
terra, os conflitos religiosos, as guerras e as revoluções sociais.
Weber concebe a Sociologia como uma ciência interpretativa, cujo objeto é a ação
social, a qual deve ser compreendida pelo sentido que lhe atribuem os atores sociais, e
fornece explicação causal de sua origem e resultado. Se são atitudes que explicam a conduta
social, faz-se necessário pesquisar a natureza e operação desses fatores, levando-se em
consideração, principalmente, serem essas atitudes afetadas ou modificadas por motivos e
ações de outros indivíduos. Padrões e categorias de validade sociológica revelar-se iam
através da atividade do indivíduo em sua relação com outras pessoas.
A conduta social seria, então, o caminho para a compreensão da situação social e o
entendimento e das intenções. Portanto, a compreensão social deve envolver a análise dos
efeitos que o ser humano procura conseguir.
Dessa forma, propõe o método da compreensão para captar o seu sentido que pode
ser: racional, afetivo ou tradicional. Assim os homens agem levando em conta as ações de
outros homens; deixam-se guiar por elas. Logo, o sentido da ação social é um meio para
alcançar um fim e torna-la efetiva, uma vez que acontece numa cadeia motivacional, num
processo de muitas ações concatenadas, uma relação social, na concepção de Weber.
As ações sociais estão divididas em quatro grandes tipos: tradicional, ação afetiva, racional
com relação a valores, racional com relação a fins.
Tipo ideal trata-se de uma construção teórica abstrata que o cientista elabora por
meio de estudos sistemáticos das diversas manifestações particulares de um fenômeno, no
qual ele acentua aquilo que lhe parece característico ou fundante. Constitui-se em um
trabalho teórico indutivo que tem por objetivo sintetizar aquilo que é essencial nas
diversidades das manifestações da vida social, permitindo a identificação de exemplares em
diferentes tempos e lugares.
Para Weber, a realidade social é complexa, caótica e foge ao controle humano, por
isso o sujeito que a investiga é o seu ordenador. A finita mente humana ordena-a, criando
conceitos particulares das situações históricas e culturais. Enfim, a construção de tipos ideais
é um recurso metodológico weberiano e está em referência ao conjunto de valores
significativos de uma cultura e determinado tempo, captado pelo cientista, em seu traço de
individualidade.
Uma teorização sociológica que põe o conflito na análise social é produzida por Max
Weber (1864- 1920). Para ele, o conflito nasce da contraposição de interesses econômicos,
no calor das relações dos mercados, onde ocorrem a oferta e a demanda das mercadorias.
Podemos imaginar esses espaços, na Antiguidade, com mercadores bradando seus produtos
para troca; ou na Idade Medieval, quando campesinos e habitantes das cidades discutiam
em praça pública, barganhando o preço dos produtos.
Conclusão:
Weber concebe a Sociologia como uma ciência interpretativa, cujo objeto é a ação
social, a qual deve ser compreendida pelo sentido que lhe atribuem os atores sociais.
Introdução
Nascido na Prússia em 5 de Maio de 1818, Karl Marx começou a explorar as teorias
sócio-políticas na universidade entre os jovens hegelianos. Ele se tornou um jornalista, e
seus escritos socialistas seria levá-lo expulso da Alemanha e da França. Em 1848 publicou o
Manifesto Comunista com Friedrich Engels e foi exilado para Londres, onde escreveu o
primeiro volume de O Capital e viveu o resto de sua vida.
Objetivo da obra:
B) outro contato de Marx foi com o pensamento socialista francês e inglês do século
XIX, de Claude Henri de Rouvroy, ou conde de Sant Simon, François – Charles
Fourier e Robert Owen. Marx admirava o pioneirismo desses críticos da sociedade
burguesa e suas propostas de transformação social, apesar de julgá-las “utópicas”,
ou seja idealistas irreais. (Defendiam a tese que o grande problema humano consiste
na propriedade privada);
Resumo do método:
Síntese: Por isso, podemos dizer que o eixo explicativo da teoria de Marx é o paradigma
da contradição social, ao expor os lados que se opõem na realidade e criam para que a
história flua. O capitalismo torna-se transparente em seus mecanismos de dominação,
revelando as contradições sociais, compreendidas como divergências, oposições ou
tensões existentes numa dada sociedade.
Mesmo que Karl Marx (1818-1883) não seja um sociólogo, ele pode ser considerado
um clássico da Sociologia, pois sua influência para a compreensão da mudança social foi
notável. Outras ciências sociais podem também evocar com a contribuição desse filósofo
social. Sua maior contribuição sociológica está na análise da dinâmica da sociedade
capitalista.
Seus escritos são vigorosos e refletem a situação do seu tempo, em plena Revolução
Industrial nos países europeus, nos quais ele circulou como jornalista e ativista político.
Qualquer um dos clássicos da Sociologia só pode ser tratado e conhecido pelo conjunto de
sua obra; com Marx esse alerta é valido para não incorrer e banalização, uma vez que o seu
pensamento foi interpretado a exaustão nas ciências sociais e pela experiência histórica,
sobretudo a política soviética, da primeira metade do século XX.
Classe Social.
O primeiro autor a utilizar continuamente o termo “classes sociais”, ao longo de suas obras,
sem todavia defini-lo com precisão. Contudo, a definição de classes é a identidade de suas
rendas e fontes de renda. A divisão será entre donos dos meios de produção e subordinados.
As classes são grupos de pessoas que diferem uma das ouras com pelo lugar ocupado por
elas num sistema historicamente determinado de produção social, por sua relação (na
maioria dos casos fixada e formulada em lei) com os meios de produção, por seu papel na
organização social do trabalho e, por consequência, pela dimensão e método de adquirir a
parcela de riqueza social que disponham.
Mais-valia: lucro dos proprietários dos meios de produção. Também chamado de trabalho
não pago.
Conclusão