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- Relação entre indivíduo e sociedade: consciência coletiva (meio moral vigente na sociedade;
tipo psíquico da sociedade; exterior, coercitiva e geral; fatos sociais têm existência própria e são
independentes daquilo que faz e pensa cada indivíduo em particular); a consciência humana nada
mais é do que a consciência coletiva; Peter Berger: “segundo a perspectiva durkheimiana, viver
em sociedade significa existir sob a dominação da lógica da sociedade (...)”.
- Consciência coletiva > diferentes funções esperadas para os indivíduos > cooperação > divisão
social do trabalho (condição para que a sociedade tenha prosseguimento). De acordo com o meio
moral, essa diferença/similaridade de funções pode ser maior ou menor, variando desde a
solidariedade mecânica (sociedade tribal; solidariedade baseada na semelhança) à solidariedade
orgânica (sociedade industrial; solidariedade baseada na diferença).
- Entretanto, positivista que era, Durkheim acreditava que (...) todo o progresso desencadeado
pelo capitalismo, traria um aumento generalizado da divisão do trabalho social e, por conseguinte,
da solidariedade orgânica, a ponto de fazer com que a sociedade [capitalista] chegasse a um
estágio sem conflitos e problemas sociais. A ausência de conflitos exigiria a manutenção da
consciência coletiva numa sociedade tão diferenciada, o que seria possível por meio da
EDUCAÇÃO. Esta mantém crenças e valores básicos indispensáveis à manutenção da
sociedade.
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Aula 1 – PowerPoint
1. A educação em Karl Marx: materialismo histórico - dialético (Os homens fazem sua própria
história, mas não a fazem como querem, e sim limitados pelas condições materiais e históricas de
sua existência; essa realidade resulta da contradição na sociedade, ou seja, contradição entre as
classes (tese; antítese; síntese; quem produz não desfruta da produção; quem não produz,
desfruta da produção); é um método de interpretação da realidade; é uma teoria desenvolvida por
Marx e Engels; O materialismo dialético é, então, o entendimento de que há uma disputa
de classes sociais histórica desde os primórdios da humanidade e que ela está condicionada à
produção material (trabalho e resultado do trabalho) da sociedade. A concepção marxista de
educação tem também por base o materialismo histórico. /// Infra-estrutura (ou estrutura ou base):
são os meios e relações de produção (matéria-prima, maquinário, processos industriais, direitos
de propriedade); Supra-estrutura: estrutura jurídico-política e estrutura ideológica (Estado,
religião, artes, meios de comunicação etc.). A superestrutura justificava a existência da
infraestrutura (esta é resultante das relações de produção, onde há dominantes e dominados). E
esta determina a superestrutura. No modelo marxista infraestrutural-supraestrutural as escolas
fazem parte da superestrutura, atuando como reprodutora do status quo. Marx defendia uma
educação gratuita e para todas as crianças (educação intelectual, corporal/física e
tecnológica/profissional). O trabalho é, em Marx, um princípio educativo. “Por um lado, é preciso
uma mudança das circunstâncias sociais para criar um adequado sistema de educação; por outro
lado, é preciso um sistema de educação adequado para poder mudar as circunstâncias sociais”.
A educação tem por missão (histórica) a emancipação do homem, a sua libertação (praxis
libertadora) que levará à construção de uma nova ordem social. O processo educativo deve ser
entendido como o processo pelo qual os indivíduos produzem a sua existência (homem-cidadão,
sujeito produtor do seu próprio processo histórico), numa perspectiva abrangente (em vários
sentidos) e como meio de combate a uma alienação crescente, típica das sociedades capitalistas.