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SEQUÊNCIA DE REVISÃO

Sociologia
Tempos Modernos
Tempos de Sociologia

Capítulos 7 e 8

Material desenvolvido pela Editora do Brasil, não avaliado pelo MEC.

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Capítulo
A metrópole
7 acelerada
Simmel
Georg Simmel (1858-1918) discorreu sobre os
Georg Simmel (1858-1918) discorreu sobre os
objetos e a metodologia próprios dos estudos da
objetos e a metodologia próprios dos estudos da
sociedade.
sociedade.
Desenvolveu a microssociologia, que propõe
Desenvolveu a microssociologia, que propõe
olhar para os fenômenos sociais em suas
olhar para os fenômenos sociais em suas

Sammlung Rauch
pequenas manifestações.
pequenas manifestações.
Dentre seus textos mais famosos destaca-se “As
Dentre seus textos mais famosos, destaca-se “As
grandes cidades e a vida do espírito” (1903).
grandes cidades e a vida do espírito” (1903).

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Tempos novos

RosaIreneBetancourt 8/Alamy/Latinstock
• Georg Simmel formulou o conceito de

Coleção particular
intensificação da vida nervosa.
• No contexto da cidade, dizia ele, somos
expostos a estímulos que acabam
exigindo de nós uma sensibilidade
específica.
• Os avanços tecnológicos e a
racionalização da vida contribuem para
que o cotidiano se torne ao mesmo
tempo mais simples e mais complicado.

Pedestres e automóveis dividem as


ruas em Mumbai (Índia), 2015.
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O ritmo do tempo nas cidades grandes
• Georg Simmel argumentou que,

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress


para lidar com os novos
estímulos e as acelerações, com
a intensificação da vida nervosa,
os habitantes das grandes
cidades desenvolveram um
comportamento que ele
chamou de atitude de reserva.
• Homens e mulheres urbanos,
para preservar sua sanidade
mental, acabam fechando-se,
protegendo-se dos estímulos
exteriores e se distanciando das Painel com os horários de partida de voos nacionais e internacionais
emoções cotidianas. do aeroporto de Cumbica, Guarulhos (SP), 2015.

• A vida na metrópole acelerada seria marcada, portanto, pela


pluralidade de experiências e pelo anonimato das interações.

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A cultura subjetiva e a cultura objetiva
Georg Simmel nos aponta um paradoxo

Dorann Weber/Getty Images


fundamental da vida moderna: como a
capacidade dos indivíduos de absorver
informações tem um limite, o aumento das
informações acaba reduzindo o que cada um
pode reter.
Segundo Simmel, na vida moderna há um
fosso intransponível entre o que ele chama de
cultura subjetiva e cultura objetiva.
Aproximação e distanciamento são duas faces
da mesma moeda. São o paraíso e o inferno da Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação (NTIC): novas
vida moderna. possibilidades de informação e
sociabilidade.

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Pontos principais
• Segundo Simmel, a cidade grande oferece múltiplos estímulos, que contribuem para
formar uma personalidade psíquica peculiar.
• O cidadão urbano é socializado para enfrentar situações com alto nível de excitação,
que exigem o desenvolvimento de habilidades específicas.
• Isso cria um paradoxo: o cotidiano ficou ao mesmo tempo mais simples e mais
complexo. A modernidade ampliou horizontes, mas trouxe desafios.
• A vida moderna enfrenta ainda outro desafio: a atração exercida pela cultura objetiva,
que iguala os homens e ofusca suas singularidades.

Destaque final
A vida nas metrópoles nos expõe ao desejo de bens culturais e à ansiedade por não
sermos capazes de tudo conhecer e/ou adquirir, ao movimento incessante das ruas e à
sensação de solidão que experimentamos mesmo cercados por uma multidão, ao prazer
de saber que não somos vigiados por nossos conhecidos e ao medo de não sermos
conhecidos por ninguém, à sensação de liberdade ao caminharmos sem explicar por que
estamos vestidos assim ou assado e ao receio de não sermos socorridos por alguém, caso
necessitemos.

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Capítulo
Trabalhadores,
8 uni-vos!

Coleção particular
Marx
• Karl Einrich Marx, economista político, sociólogo e
revolucionário alemão, é considerado, ao lado de
Durkheim e Max Weber, um fundador da Sociologia.
• Seus escritos foram influenciados por três correntes de
pensamento: a economia clássica inglesa, o socialismo
francês e o idealismo filosófico de Friedrich Hegel.
• Suas ideias inspiraram a formação de partidos
comunistas. Uma de suas obras mais conhecidas é o
Manifesto Comunista, escrito em parceria com Friedrich
Engels, que foi publicado em 1848.
• Sua principal obra foi O Capital, cujo primeiro volume foi
publicado em 1867 e os dois seguintes, em 1885 e 1894,
postumamente.

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Engels
• Friedrich Engels foi pensador social e filósofo alemão.
• Seu primeiro livro foi A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845).
• Outra de suas obras é A origem da família, da propriedade privada e do Estado
(1884), em que conecta o capitalismo com a família.

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Da cooperação à propriedade privada

Fabio Colombini
Arte rupestre na Toca do João Arsena, Parque Nacional Serra da Capivara. São Raimundo Nonato (PI), 2015.
O modo de produção primitivo, ou comunismo primitivo, representa, na teoria marxista, uma etapa do
desenvolvimento das sociedades caracterizada pela propriedade coletiva, pelo baixo nível de desenvolvimento dos
meios de produção e pela distribuição igualitária dos produtos.

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• Marx vê a sociedade como uma composição entre o novo e o velho, entre
forças contrárias que cooperam entre si, mas também se enfrentam. Esse
embate provoca, inevitavelmente, uma série de mudanças sociais.

• Pensar a sociedade humana como fruto da cooperação e do


enfrentamento, da solidariedade e do conflito, significa dizer que nada é
estático.

• No processo de transformação, os seres humanos sofisticaram sua maneira


de trabalhar, tornando-se capazes de produzir mais e de acumular.

• Os excedentes não eram suficientes para serem divididos igualmente entre


todos. Em algum momento, alguns decidiram se apropriar desse excedente
em detrimento dos demais. Esse seria o princípio da propriedade privada.

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As classes sociais

Museu Nacional do Bardo, Túnis/Fotografia: DeAgostini/G. Dagli Orti/Diomedia


Mosaico com a representação de um carregamento de minério de ferro, séc. III d.C., Tunísia.
Os escravos na Roma Antiga eram, anteriormente, homens e mulheres livres oriundos de povos
conquistados pelos romanos.

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• Se uns têm mais do que outros, uns mandam e outros obedecem. A cooperação
torna-se antagônica. A divisão do trabalho funda uma desigualdade que opõe os
que têm e os que não têm.

• É da divisão do trabalho que se originam as classes sociais, que são, segundo Marx,
os principais atores do drama histórico.

• As relações de propriedade dão origem às diferentes classes sociais. Para Marx, a


base da ordem social de todas as sociedades reside na produção de bens, na
organização econômica.

• O que é produzido, como é produzido e a forma como os bens são trocados são os
fatores que determinam as diferenças de riqueza, de poder e de status social entre
as pessoas.

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Teoria e prática

Photoshot/Other Images
Manifestação organizada pelo Partido Comunista Cubano, no Dia Internacional do Trabalho.
Havana, Cuba, 2013.

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• Além de influenciar homens e mulheres com seus livros e artigos, Marx pôs em
prática suas ideias.
• Participou da fundação da Liga Comunista (no final de 1847) e da Associação
Internacional dos Trabalhadores, ou Primeira Internacional (em 1864),
organizações que reuniram trabalhadores que lutavam contra o sistema
econômico capitalista.
• Para Marx, a teorização e a atuação política deviam ser inseparáveis – era o que
ele chamava de práxis.

Fascinação pelo capitalismo


• Marx olha para o capitalismo com fascinação.
• Ele diz que os burgueses capitalistas foram “os primeiros a mostrar do que a
atividade humana é capaz”. Foram também a primeira classe dominante cuja
autoridade não se baseia na herança dos antepassados ou em atributos divinos.
• Assim, a burguesia teria provado, como classe social, que é possível transformar
a própria vida e a ordem do mundo.

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• Para Marx, o capitalismo precisaria ser superado justamente porque impede
que sejam realizadas as possibilidades decorrentes da tecnologia. Criam-se
dispositivos de produção eficazes, mas a distribuição da renda não acompanha
o ritmo.

• Ele propunha que as capacidades de produção e de inovação que o


capitalismo trouxe fossem reorganizadas em favor não de uma única classe
social, mas do conjunto da sociedade.

• Para Marx, esse processo começaria com o socialismo em uma nação e se


encerraria com o comunismo em todo o planeta.

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Pontos principais
• Para Émile Durkheim e Karl Marx, cabia à Ciência Social produzir um tipo de
conhecimento capaz de conduzir os homens a uma vida melhor e a uma sociedade
mais justa.
• Para Marx, o principal conflito social sempre se origina da oposição entre as classes
dominantes e as dominadas.
• O capitalismo não distribui a riqueza que produz, concentrando-a nas mãos de uma
minoria.
• Por essa razão, Marx convocou os trabalhadores a se tornarem agentes da história e
a conduzirem a superação do capitalismo.

Destaque final
Pensar a sociedade humana como fruto da cooperação e do enfrentamento, da
solidariedade e do conflito, significa dizer que nada é estático, nada é para sempre. Os
seres humanos, como Marx os concebe, são animais sociais porque sempre dependem
da cooperação uns dos outros. Mas são também animais eternamente insatisfeitos. É
na busca da satisfação de suas necessidades e de seus desejos que eles transformam
sua vida e a natureza ao seu redor.
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