Você está na página 1de 13

Índice

Introdução.......................................................................................................................................... 2
1. As fontes do Direito na Europa Ocidental .................................................................................. 2
2. Época moderna .............................................................................................................................. 7
3. As primeiras manifestações de atividades legislativas ............................................................. 10
Conclusão ......................................................................................................................................... 11
Bibliografia ...................................................................................................................................... 12

1
Introdução

O presente trabalho o grupo aborda sobre as fontes da Europa Ocidental a Época moderna e
as primeiras manifestações de atividades legislações. A Europa Ocidental foi inaugurada por
um vazio estatal decorrente da crise da estrutura do Estado Romano ocorrida no século IV
(quatro). Houve uma “carência de toda vocação totalizante do poder político. Essa ausência
estatal abriu espaço para que a religião regulamentasse diversos aspetos que caberiam ao
Estado, fortalecendo as estruturas religiosas da época – mesmo porque a maior força da época,
a única soberana, era Deus. Sobre a influência religiosa. A partir do século XII, a Igreja
passou pelo perí
odo da inquisição, em que lutava contra a gradual perda de poder através da
punição severa de supostas heresias. A Idade Média teve seu fim sem que tal panorama fosse
alterado, deixando como legado para a Idade Moderna a confiança na razão humana
proveniente de São Tomás de Aquino e o nominalismo de Guilherme de Ockham, que deram
origem, respetivamente, à laicidade e ao individualismo da época moderna. O Direito
Moderno surge com o nascimento da própria Modernidade, na afirmação da humanidade
enquanto condutora do seu próprio destino, desvinculada dos mitos e predestinações da fé.
A ideia de uma legislação internacional do trabalho surgiu logo no início do século XIX em
resposta às preocupações de ordem moral e económica associadas ao custo humano da
Revolução Industrial. O presente trabalho tem como objectivo a descrição historial do direito
ate aos dias de hoje, enunciando os factores que sucederam para a sua restruturação, o
trabalho esta estrutura em 13 paginas, sendo que as primeiras 11 paginas contem a parte do
desenvolvimento e as restantes duas paginas contem a conclusão e referencias bibliográficas.

1. As fontes do Direito na Europa Ocidental

2
A Idade Média foi inaugurada por um vazio estatal decorrente da crise da estrutura do Estado
Romano ocorrida no século IV (quatro). Houve uma “carência de toda vocação totalizante
do poder político, sua incapacidade de se apresentar como fato global e assimilador de todas
as manifestações sociais, sua realização nos acontecimentos históricos medievais cobrindo
apenas certas áreas das relações intersubjetivas”. Essa ausência estatal abriu espaço para que
a religião regulamentasse diversos aspetos que caberiam ao Estado, fortalecendo as estruturas
religiosas da época – mesmo porque a maior força da época, a única soberana, era Deus.
Sobre a influência religiosa.

(GROSSI, 2014)

 No vazio deixado pela ausência do Estado, munida de sua mensagem de salvação, de


seu vigor econômico cada vez mais crescente, das suplências sociopolíticas e
culturais de que firmemente se investir cada vez mais, a Igreja foi uma presença viva,
eficaz e abrangente, graças também a uma organização paroquial bastante
articulada e universalmente difundida, que conseguia penetrar aténos mais remotos
recessos rurais. A Igreja inseriu-se no costume, absorveu-o, mas também o plasmou.

A ordem jurídica se relacionava com a “pluralidade e variedade das forças que compõem a
sociedade civil”, era o “terreno de confluência de forças diversas, resposta às exigências
objetivas dos homens e das coisas, e não o artifício preestabelecido nem pelo estamento dos
proprietários nem pelos detentores do poder”.
Havia um pluralismo jurídico no medievo, uma “situação em que distintos complexos de
normas, com legitimidades e conteúdos distintos, coexistem no mesmo espaço social”. Esse
pluralismo era formado pelo direito comum (muito afetado pelo direito romano), o direito
canônico e os direitos próprios. Segundo Hespanha, o direito comum “foi basicamente um
direito romano-canónico, apesar de nele estarem também inseridos institutos dos direitos
tradicionais dos povos europeus. No seu seio, o direito canónico desempenhou um papel
menos importante do que o direito romano”. Esse direito comum era subsidiário, somente
aplicado pelo juiz nos casos em que o direito próprio apresentava lacunas. Por “direito
próprio” quer-se dizer a realidade plural formada pelos direitos dos reinos, os estatutos das
cidades, os costumes locais e os privilégios territoriais ou corporativos.

3
Durante o início da Era Medieval, a ausência de um Estado forte implicou na impossibilidade
deste de utilizar do direito como a habitual ferramenta de poder. A ordem jurí
dica foi deixada
de lado e regulou-se tendo por base as relações vividas pelos indivíduos em sociedade.
O poder real, apesar de ocupar um lugar no topo da hierarquia medieval, era incapaz de
impor a sua vontade aos nobres, o que gerou o desaparecimento da atividade legislativa
imperial e principalmente o desmembramento do poder judicial nas mãos dos senhores
feudais. Desta forma, o direito fica adstrito (dependente) às relações feudo-vassálicas, ou seja,
as relações dos senhores com os seus servos. O costume passa a ser a fonte por excelência
do direito feudal. Inexistiram escritos jurídicos nos séculos X e XI. (...) A justiça éfeita, na
maior parte das vezes, apelando para a vontade divina; éa época dos ordálios e dos duelos
judiciários. (MARTINS, 2007)
A ordem jurídica era, portanto, um conglomerado de ordenamentos eventualmente
incompatíveis, o que gerava a preocupação em harmonizá-los. O papel de equilibrá-los cabia
ao juiz, caso a caso, guiado pelos princípios gerais.
Alguns citam como características da Idade Média: a) o pluralismo de jurisdições; b) a
rejeição da legislação pelo desuso; c) a ideologia do direito natural como controle substancial
de leis abusivas; d) a subordinação do superior aos direitos tradicionais dos inferiores; d) o
costume como fonte do direito (podendo a lei corrigir os costumes irracionais ou
desarrazoados); e) o impedimento de interesses particulares como justificação de decisões
relativas a um grupo.
Durante os séculos V a IX, aplicou-se o princípio da efetividade; havia um naturalismo
jurídico, um apego àpraxis, a necessidade de o direito se alinhar aos fatos sociais e regê-los.
Elementos como terra, sangue e duração definiam a imperfeição do indivíduo em face da
comunidade, e os dogmas da Igreja Romana contribuíram para afastar o individualismo e
acentuar a importância da coletividade.
A partir do final do século XI, surge uma nova consciência jurídica, preocupada com a
ncipe e com a observância do direito – a chamada
identificação da lex, com o papel do prí
baixa Idade Média ou Idade Média tardia.
A lex consistia no “ordenamento produzido pela razão, voltado ao bem comum, redigido por
quem governa uma comunidade”; relacionavam-se a ela o populus (que deveria cumpri-la),
o jurista (que lhe dava forma técnica e conteúdo) e o prí
ncipe (que a sancionava). Havia uma

4
associação entre soberano e juiz, na medida em que o rei era representado como o juiz
supremo, que exercia seu poder declarando um direito jáexistente, decorrente do mundo dos
fatos. O soberano era o único detentor da iurisdictio plenissima – que associava “realeza” e
“justiça”, poder e juízo –, pois não submetido a controle. A lex pertencia àrealidade objetiva
e era legitimada pela natureza; seu conteúdo (aequitas) já existia e deveria ser apenas
revelado pelo legislador. A aequitas consistia na equidade, em um “conjunto ordenado e
harmônico de fatos, princípios e regras”. Nesse contexto, o papel da ordem jurídica era
descobrir o conteúdo da aequitas, redigi-lo em preceitos e impô-lo ao populus.
A ciência adquiriu um importante papel nesse período, devido a alguns fatores: a) por ser um
caminho para a verdade; b) pelo século XI ser caracterizado por lutas contra contaminações
laicas, choque contra abusos do clero, fracionamento dos costumes, oposição entre a verdade
da Igreja e os costumes; c) a necessidade de estabelecimento de uma ordem por meio da
organização; d) a importância de diferenciar o que era autêntico daquilo que foi corrompido
pela Igreja durante os seus mil anos de história . Esse papel foi desempenhado pelos homens
da ciência, os doctores. Com as modificações sociais ocorridas nos séculos X a XII, o direito
costumeiro jánão dava conta de tutelar uma sociedade complexa. Como a lei abstrata e rí
gida
não poderia ser instituída naquele momento, diante dos moldes da Idade Média, coube à
ciência organizar o novo sistema. De mesmo modo, tendo em vista que o prí
ncipe raramente
cumpria a sua função de intérprete, tal papel foi atribuído àciência jurí
dica.
Diante da considerável assunção de competências pela ciência jurídica, houve um aumento
de sua importância, de seu poder e da preocupação com questões de validade e obediência.
O Plácito de Márturi, ocorrido em 1076 na Toscana, foi o marco de uma redescoberta do
direito romano de Justiniano, na medida em que este poderia ser o momento de validade
buscado pela ciência. Pode-se afirmar três fases de reinserção do direito romano:
a) séculos XVII e XIII: predominância do direito romano na doutrina;
b) séculos XIV e XV: desenvolvimento do direito justinianeu;
c) a partir do século XVI: supremacia dos preceitos legais sobre direito privado clássico.

A Escola dos Glosadores surgiu na primeira metade do século XII, quando o direito
justinianeu passou a ser ensinado em Bolonha, tendo como caracterí
sticas mais expressivas
“a fidelidade ao texto justinianeu e o caráter analítico e não sistemático”. Essa escola

5
trabalhava por meio da “glosa” – uma breve explicação sobre um trecho obscuro ou difícil
do texto do Corpus Iuris – e foi responsável pela criação de uma linguagem técnica sobre o
direito. Seus expoentes foram Irnério, Acúrsio, Azo, Hugo, Odofredo, Martinho, Búlgaro,
entre outros. O direito justinianeu tinha traços evidentemente católicos; o Corpus Iuris era
fundado na sacralidade e na veneralidade e consistia em uma garantia segura. Sobre o Corpus
Iuris e sua relação com o soberano.
Assim, o Corpus Iuris se espalhou rapidamente pela Europa ocidental nos séculos XIII e XIV,
garantindo à ciência jurídica uma época intensa e fértil, representada por glosadores e
comentadores. Como previsto, tornou-se a base formal do discurso e seu momento de
validade, e os juristas os seus intérpretes. As modificações havidas na sociedade dos séculos
XIII e XIV (surto urbanista e mercantil) impulsionou uma valorização dos direitos locais, o
que gerou a necessidade de introduzir os princípios do direito local no ius commune, visando
transformá-lo em um “corpo orgânico dominado por princípios sistematizadores, que
correspondesse ao ideal intelectual de um discurso orgânico, embora respeitador de pontos
de vista dissonantes”. E o papel de atualizar e sistematizar o direito comum coube aos juristas,
mais especificamente aos comentadores: São estes juristas que, debruçando-se pela primeira
vez sobre todo o corpo do direito (direito romano, direito canónico, direito feudal, estatutos
das cidades) e orientados por finalidades marcadamente práticas, vão procurar unificá-lo e
adaptá-lo às necessidades normativas dos fins da Idade Média.

A Idade Média nasceu com a queda do Império Romano, no século IV. À época, havia uma
ausência estatal que permitiu a aquisição de grande poder pela Igreja Romana (entre outras
instituições) e as suas ingerências no campo jurídico, estatal e da vida social em geral. Havia
um sistema jurídico pluralista e hierarquizado, formado pelo direito comum (basicamente
consuetudinário e romano), pelo direito canônico e pelo direito dos povos.
O soberano era Deus, representado na terra pelos prí
ncipes, que eram responsáveis pela
interpretação das normas fornecidas pelo mundo fático. Com as graduais evoluções da vida
em sociedade, o direito passou por uma transformação, notadamente no fim do século XI,
com a utilização da ciência e dos juristas para a organização e sistematização do
conhecimento jurí
dico.

6
O direito canônico também foi revolucionado com o passar do tempo, caracterizando-se pela
burocratização e flexibilização das normas. O direito passou a contar com alguns “apanhados”
de normas – como o Corpus Iuris (de origem romana), o Decreto de Graciano, as Decretais
de Gregório IX e o Corpus Iuris Canonici (estes últimos de natureza canônica) – e com a
participação ativa dos juristas (glosadores e comentadores) na interpretação do direito.
A partir do século XII, a Igreja passou pelo perí
odo da inquisição, em que lutava contra a
gradual perda de poder através da punição severa de supostas heresias. A Idade Média teve
seu fim sem que tal panorama fosse alterado, deixando como legado para a Idade Moderna a
confiança na razão humana proveniente de São Tomás de Aquino e o nominalismo de
Guilherme de Ockham, que deram origem, respetivamente, àlaicidade e ao individualismo
da época moderna.

2. Época moderna
O que éo direito moderno?

O Direito Moderno surge com o nascimento da própria Modernidade, na afirmação da


humanidade enquanto condutora do seu próprio destino, desvinculada dos mitos e
predestinações da fé, fazendo surgir um novo homem, dono de sua própria vontade, dotado
somente da razão para decidir o seu próprio futuro.
o aparecimento de uma ciência jurí
dica europeia nos séculos XII a XIV; a sua expansão
(recepção) por toda a Europa nos séculos XIII a XVI; aparecimento e predomínio espiritual
do moderno direito natural nos séculos XVII e XVIII; a Escola Histórica e o positivismo
legal e conceitual do século XIX; e, finalmente, o colapso do positivismo e a crise do direito,
jáno nosso século.

2.1 A partir daí, inicia a conceituar fase por fase, assim o fazendo sobre a
primeira delas:
A história do direito privado moderno inicia-se, na Europa, com a redescoberta do Corpus
Iuris justinianeu. Uma ciência jurídica europeia surgiu, quando, pelos inícios da alta Idade
Média, as formas de comentário e de ensino trivium, herdadas da antiguidade, foram

7
aplicadas ao estudo do Corpus Iuris justinianeu. O jurista formado nestas escolas cedo
começou, inicialmente ainda como clérigo, a desempenhar funções de direcção técnica na
diplomacia, na administração e, pouco a pouco, na jurisprudência dos territórios e Estados
nacionais europeus. O seu predomínio na vida pública institui para sempre o carácter
essencialmente jurídico – i.e., determinado pela discussão racional da problemática técnico-
jurídica – que distinguiu atéhoje a sociedade ocidental de outras culturas nossas conhecidas,
e sem o qual a sociedade, Estado e Economia – ou ainda o actual domínio da vida pela técnica
socialmente organizada – não seriam concebíveis.

Assim, entende se que o primeiro grande momento de formação da história do direito


privado europeu éa influência do Corpus Iuris justinianeu como paradigma ao início de um
pensamento que balizaria uma linha jurídica na Alemanha.

2.2 Como segundo momento da Época Moderna:


A ‘recepção’ do direito romano na Europa ocidental e central não constitui senão a expansão
espacial deste fenómeno científico e social. Na Alemanha, a recepção foi muito favorecida,
depois de certo atraso inicial, pela dissolução do poder central real e pela crescente
pulverização local e corporativa do direito e da jurisdição. Ao mesmo tempo, porém, o
encontro com uma cultura jurídica espontânea pouco tocada pelas influências da antiguidade,
provocou aqui uma crise de assimilação mais duradoura que na Europa central e meridional.
O resultado foi, por fim, uma supremacia quase completa de uma jurisprudência comum e
europeia sobre a realidade social da vida jurídica alemã.
Diante disso, construiu-se uma linha de decisões judiciais com base nos problemas sociais,
políticos e jurídicos de sua nação, o que fortaleceu, ainda mais, o seu direito e irradiou efeitos
pela Europa.

2.3 Como terceiro momento da Época Moderna:


A partir da dissolução dos antigos poderes universais e da reforma começou a afrouxar-se
nos Estados nacionais europeus e nos territórios alemães a unidade do ius commune europeu,
teoricamente fundada na ideia de império. Jáo idealismo e o racionalismo do humanismo
tinham socavado a antiga autoridade dos textos jurídicos justinianeus, apesar de um renovado

8
entusiasmo pelo direito romano da antiguidade. No usus modernus institui-se uma prática do
direito já não universal, progressiva, apesar do seu estilo tradicional, e realisticamente
adequada aos problemas do momento. Com ele se formou, inicialmente, à margem das
dicas e dos poderes dominantes, a moderna versão do direito natural – que iria
Faculdade Jurí
transformar radicalmente as concepções jurí
dicas no decurso dos dois séculos seguintes. O
direito natural da antiguidade fora doptado da Igreja e inserido pela escolástica do século
XIII, na sua versão aristotélica, no sistema da sua filosofia; a filosofia da escolástica tardia
já tinha explorado todas as virtualidades dialácticas dos seus problemas fundamentais.
Depois das lutas religiosas do início da Idade Moderna o direito natural emancipou-se da
teologia moral sob a influência da nova imagem fisicalista do mundo; baseava agora os seus
postulados, não já sobre a vontade do Criador ou a ordem da criação, mas sobre as
necessidades da razão e a experiência da realidade.

Então, fortalece o jusracionalismo, que emancipa-se dos braços da Igreja e inicia um caminho
diferente, analisando cada caso através da razão e da experiência da realidade. Nota-se como
se fortalece o direito europeu progressivamente, vencendo paradigmas até então pouco
contestados pelo homem.

2.4 Por fim, traz o que entende como quarto momento da Época moderna
Entretanto, na Europa central, a consciência cultural da burguesia em ascensão ergueu-se
contra o espírito tutelar dos planificadores absolutistas; contra a crença anti-histórica na lei
do iluminismo tardio e da revolução francesa, ergueu-se o nascente sentido histórico e a
compreensão orgânica da vida dos românticos; contra a preterição da ciência e o olvido da
tradição romana, o neo-humanismo do virar do século, por volta de 1800. Quando os
‘Fundamentos metafísicos do direito’, de Kant, derrubaram, com meios filosóficos, o
apriorismo ingénuo do direito natural racionalista, estas tendências uniram-se, na Escola
Histórica do direito, no sentido de uma visão histórica mais aprofundada das fontes jurídicas
romanas (e alemãs) e de uma renovação total da ciência jurídica positiva.

Em vez da filosofia moral do iluminismo, cada vez mais banalizada, foi uma ciência jurídica
segura de si que exigiu então como tarefa própria a fundamentação do direito; foi-se tornando
dominante a convicção de que o direito se esgotaria na suma das teses jurí
dico-dogmáticas,
e, depois, a de que ele se esgotava na suma das prescrições legais. Com isto, a ciência jurídica

9
perdeu, pela primeira vez, aquele carácter de moral sobreposta ao direito positivo que fora
próprio do direito natural medieval ou do jusracionalismo moderno.

Por fim, para a crise do positivismo jurídico, crise ainda hoje discutida. Nota-se que o direito
privado europeu foi construído sob bases sólidas, respeitando a história do direito, das
sociedades, nas nunca se conformando com aquilo que era paradigmas para elas. O
rompimento ideológico com outras formas de pensar, quer no direito, quer na filosofia, na
teologia ou outra forma qualquer, apenas demonstram que o direito alemão fixou suas raízes
jurídicas sobrepostas a outros estudos jáconsagrados, mas tendo a coragem de modificá-los
quando a sua sociedade assim o exigiu. Parte disso sempre ocorreu com os ideais do direito
alemão o qual irradiou efeitos por alguns países europeus.

3. As primeiras manifestações de atividades legislativas

O processo legislativo, tanto quanto o processo civil ou criminal, é uma série de atos
preordenados a um mesmo fim, no caso, a regular promulgação de uma norma
legislativa. Sua fase inicial éa da apresentação, pela qual a proposição legislativa éentregue
ao órgão do Poder Legislativo competente para recebê-la

Organização de carácter universal, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) tem as


suas origens na matriz social da Europa e da América do Norte do século XIX. Estas regiões
assistiram ao nascimento da Revolução Industrial, que gerou um extraordinário
desenvolvimento económico, muitas vezes àcusta de um sofrimento humano intolerável e
graves problemas sociais. A ideia de uma legislação internacional do trabalho surgiu logo no
início do século XIX em resposta às preocupações de ordem moral e económica associadas
ao custo humano da Revolução Industrial. Alguns industriais notáveis, entre os quais Robert
Owen e Daniel Le Grand, apoiaram a ideia de uma legislação progressista no domínio social
e laboral. No final do século XIX, os sindicatos começaram a desempenhar um papel decisivo
nos países industrializados, reivindicando direitos democráticos e condições de vida dignas
para os trabalhadores. Argumentos humanitários, políticos e económicos a favor da definição
de normas internacionais do trabalho levaram àcriação da OIT.

3.1 O argumento inicial era de natureza humanitária. As condições a que se encontravam


sujeitos os trabalhadores, cada vez mais numerosos e explorados sem qualquer consideração

10
pela sua saúde, pela sua vida familiar ou pelo seu desenvolvimento, eram cada vez mais
intoleráveis. Esta preocupação encontra-se claramente expressa no Preâmbulo da
Constituição da OIT, segundo o qual “existem condições de trabalho que implicam para um
grande número de pessoas a injustiça, a miséria e privações...”.

3.2 O segundo argumento era de natureza política. Se as suas condições criariam certamente
distúrbios sociais, podendo mesmo fomentar a revolução. O Preâmbulo da Constituição
refere que a injustiça gera um tal “descontentamento que a paz e a harmonia universais são
colocadas em perigo.”

3.3 O terceiro argumento estava relacionado com aspectos económicos. Em virtude dos
inevitáveis efeitos de uma reforma social sobre os custos de produção, qualquer sector
económico ou país que tentasse implementá-la ficaria em desvantagem face aos seus
concorrentes. No Preâmbulo afirma-se que “a não adopção por uma nação de um regime de
trabalho realmente humano éum obstáculo para os esforços das outras nações que desejam
melhorar a condição dos trabalhadores nos seus próprios países.”

Estes argumentos foram consagrados no Preâmbulo da Constituição de 1919, que começa


com a seguinte afirmação: “só se pode fundar uma paz universal e duradoura com base na
justiça social.

A nível nacional, as leis sociais progressistas adoptadas pelo Governo alemão nas duas
últimas décadas do século XIX contribuíram igualmente para fomentar a adopção de uma
legislação destinada a proteger os trabalhadores.

Conclusão

Na elaboração do trabalho o grupo conclui que A Idade Média nasceu com a queda do
Império Romano, no século IV. À época, havia uma ausência estatal que permitiu a aquisição
de grande poder pela Igreja Romana (entre outras instituições) e as suas ingerências no campo
jurídico, estatal e da vida social em geral. Havia um sistema jurídico pluralista e
hierarquizado, formado pelo direito comum (basicamente consuetudinário e romano), pelo

11
direito canônico e pelo direito dos povos. Criando assim factores para restruturação do direito
nesta época.

Bibliografia

ARISTÓTELES. (1998). A Polí


tica. sao paulo: Trad. Roberto Leal Ferreira.

GROSSI. (2014). A ordem jurídica medieval. (Paolo, Ed.) Sao paulo, Sao paulo, Brazil:
martins fontes.

12
MARTINS, A. C. (2007). O direito romano e seu ressurgimento no final da Idade Média.
In: Fundamentos da história . Belo Horizonte: Del Rey.
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro:
Campus, 1992.
COMPARATO, Fábio Konder. A afi rmação Histórica dos Direitos humanos. 3. ed. São
Paulo: Saraiva, 2004.

DUMONT, Louis. Homos Hierarchicus. O sistema de castas e suas implicações. 2. ed.


Trad. Carlos Alberto da Fonseca. São Paulo: Edusp, 1997.

13

Você também pode gostar