Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Realizado por:
Eurípedes Josué
Luísa António Soares
Docente:
DR. José Franze
LICENCIATURA EM DIREITO
2ºANO – LABORAL - 7° GRUPO
CADEIRA: DIREITO PENAL
Chimoio, 2022
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Realizado por:
Eurípedes Josué
Luísa António Soares
Docente:
DR. José Franze
LICENCIATURA EM DIREITO
2ºANO – LABORAL - 7° GRUPO
CADEIRA: DIREITO PENAL
Chimoio, 2022
ÍNDICE
Capítulo I: Introdução.................................................................................................................4
1. Objectivos........................................................................................................................5
2. Metodologia.....................................................................................................................5
1. Extradição........................................................................................................................6
3. Condições da extradição..................................................................................................7
5. Processo de extradição.....................................................................................................8
6. Efeitos da extradição........................................................................................................9
7. Limites da extradição.......................................................................................................9
8. Reextradição....................................................................................................................9
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências Bibliográficas........................................................................................................11
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Portanto, far-se-á uma abordagem com relação a evolução do instituto de extradição, das
fases, dos efeitos, entre outros.
4
1. Objectivos
Conceituar a extradição;
2. Metodologia
5
CAPÍTULO II. CONCEITO E EVOLUÇÃO DO INSTITUTO DA EXTRADIÇÃO
1. Extradição
Extradição é o acto pelo qual um governo remete um individuo que se refugiou no seu
território ao governo de um outro Estado para que ele aí seja julgado pelos respectivos
tribunais, ou, quando aí já tenha sido julgado, para cumprir a pena que lhe foi aplicada. Em
outras palavras, a extradição é o acto pelo qual uma nação entrega a outra um criminoso para
ser julgado ou punido.
A extradição justifica-se pois ela convém aos dois Estados, ao que extradita porque se vê livre
de um criminoso e ao que pede a extradição pois pode punir o autor de um delito.
Inicialmente, a extradição fazia-se por acordos particulares, mais tarde, à partir do século
XVII, começou a ser regulada por acordos internacionais.
As fontes que regulam a extradição são de Direito internacionais e de direito interno. Promana
de tratados, convenções e acordos entre os Estados, assentando-se no princípio da
reciprocidade, e adoptados e completados por leis internas.
A extradição pode ser pedida por todo o Estado que, segundo as leis de competência
internacional, deve punir um determinado facto. Assim sendo, pode surgir uma acumulação
ou concurso de pedidos de vários Estados. Daí surge o problema de se saber em favor de qual
Estado decidir.
A solução aceite em direito moçambicano é o de dar prevalência àquele Estado que pedir a
extradição, para aplicação da sua lei com base no princípio a que o nosso direito atribua a
maior eficácia. Portanto o Estado que pedir a extradição com base no princípio da
territorialidade (art. 4º do CP), depois no da defesa dos interesses nacionais e, finalmente no
da nacionalidade.
Mas pode acontecer que vários Estados venham pedir a extradição do mesmo criminoso com
base no mesmo princípio da territorialidade. Será o caso de o mesmo criminoso praticar factos
diferentes, nomeadamente o furto, o homicídio e ofensas corporais nos respectivos países,
qual é a solução?
6
Segundo Beleza dos Santos, a solução está em aplicar por analogia, a lei interna reguladora
dos conflitos de competência territorial que se encontra prevista no artigo 12 do CPP. Por
consequência deve dar-se preferência ao Estado em que se praticou o facto mais grave
segundo a lei moçambicana (alí. a) do n° 2 do art.8º da lei da extradição).
Deve atender-se o pedido do país que em primeiro lugar houver solicitado a entrega do
extraditando.
3. Condições da extradição
1ª A extradição só pode ter lugar mediante decisão judicial (nº 1 do art. 67º da CRM);
1ª A extradição não se aplica a nacionais (n° 4 do art. 67º da CRM e alí. a) do n° 1 do art. 4°
da Lei de extradição);
2ª Não se extradita com base em crimes políticos (n° 2 do art. 67º da CRM e alí. c) do n° 1 do
art. 4° da Lei de extradição) e crimes militares (alí. g) do n° 1 do art. 4° da Lei de extradição);
4ª Havendo fundado receio de que o pedido de extradição foi apresentado tem em vista a
punição da pessoa em razão da sua raça, religião, nacionalidade, origem étnica, sexo ou
estatuto (alí. e) do n° 1 do art. 4° da Lei de extradição);
7
5ª A extradição não tem lugar relativamente a indivíduos também autores de crimes no Estado
a quem se pede a extradição, se existir em tribunal nacional processo criminal em recurso ou
estiver a cumprir penas privativas de liberdade por infracções diversas das que
fundamentaram o pedido, podendo esta ser diferida para um outro momento.
5. Processo de extradição
Uma vez verificado que o criminoso se refugiou num país estrangeiro, o Ministério público
fará uma exposição em que apresentará o assunto devidamente instruído com as provas
justificativas, que será transmitido ao Ministério dos Negócios estrangeiros do país onde o
criminoso se refugiou.
Em certos países admite-se um contacto directo entre as autoridades para uma detenção
provisória.
Este sistema pode revestir duas modalidades: pode tratar-se de um sistema judiciário material
ou formal.
Segundo o sistema judiciário formal, que é o sistema francês depois da Lei de 1927, o tribunal
limita-se a verificar a regularidade do pedido de extradição.
8
O Governo, depois de se haver certificado de que o pedido está de acordo com as normas
internacionais, dará ordem para que se interrogue o delinquente. Seguidamente, e depois de
analisado o processo, o Governo decretará, se for caso disso, a extradição.
6. Efeitos da extradição
Esta tem como efeito a entrega do indivíduo ao governo que pede a extradição.
7. Limites da extradição
8. Reextradição
Ocorre quando o Estado beneficiário entrega o extraditando a um outro Estado, seja ele o que
lhe entregou o agente, seja ele um terceiro. Nestes casos, segundo Eduardo Correia é
necessária a autorização do Estado que extraditou o criminoso.
9
CONCLUSÃO
Concluindo o trabalho em causa, viu-se que a extradição diz respeito a entrega de um indivíduo a
outro Estado de modo a ser julgado legalmente pelo tribunal competente.
Viu-se também que o pedido de extradição vai, principalmente, de acordo com o princípio de
territorialidade que é a base principal exposto no art. 4° do código penal.
Para que ocorra a extradição dentro do Estado Moçambicano deve-se observar os princípios legais
descritos no art. 67° da CRM e art. 4° da Lei de Extradição, onde é observado em que condições pode
se efectuar a extradição ou não.
O efeito da extradição tem haver com a entrega do indivíduo ao governo que pede a extradição,
porém, existe limites da extradição supracitado.
10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rezek, Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar. 11 ed. rev. e actual. – São Paulo:
Saraiva 2008.
11