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Faculdade de Direito
Tema:
Discentes:
Docentes:
Ms.António Chipanga-Regente
Faculdade de Direito
Tema:
Discentes:
Docentes:
Ms.António Chipanga-Regente
Para a elaboração deste trabalho teve-se como metodologia a consulta aos apontamentos de
lições sumárias de Direito constitucional da autoria do Professor Ms. António Chipanga e
pesquisa bibliográfica às legislações como a Constituição da Republica, o Regimento da
assembleia da republica e o estatuto geral da Comissão nacional dos Direitos Humanos a qual
foram feitas sínteses citações indirecta. Pelo efeito, espera-se que este seja uma ferramenta
para aquisição das matérias relacionadas.
O Provedor da Justiça
De acordo com o consagrado no artigo 256 da Constituição da Republica de Moçambique de
2004, O Provedor de Justiça é um órgão que tem como função a garantia dos direitos de
cidadãos, a defesa da legalidade e da justiça na actuação da Administração publica.
O Provedor de justiça e eleito pela assembleia da República, por maioria de dois terços dos
deputados , pelo tempo que a lei determinar( artigo 257 da CRM). Essa eleição por dois terço
tem haver com as suas qualidades pessoais de Homem de todos, de prestigio, de respeito, de
grande consideração e, de pessoa de consenso dos titulares dos órgãos que detêm o poder
politico e da oposição na Assembleia da Republica.
O Provedor da justiça ira submeter uma informação anual a Assembleia da republica sobre as
suas actividades (art. 258 da CRM).
O Provedor de justiça aprecia os casos que lhes são submetido e sem poder decisório, produz
recomendações aos órgãos competentes para reparar ou prevenir ilegalidades ou
injustiças(n°1 do art. 259 da CRM). Se as investigações do Provedor de Justiça levarem à
presunção de que a Administração publica cometeu erros, irregularidades ou violações
graves, informa a assembleia da republica, o procurador-geral da republica e a autoridade
central ou local com a a recomendação das medidas pertinentes.
Os órgãos e agentes da Administração publica tem o dever de prestar a colaboração que lhes
for requerida pelo provedor de justiça no exercício das suas funções.
O Provedor de justiça e mais uma das garantias graciosas que o Direito moçambicano passou
a oferecer aos cidadãos, tendo em conta que o nosso ordenamento jurídico possui vários
outros mecanismos de garantia dos direitos particulares, previstas na constituição e nas leis
ordinárias, nomeadamente as garantias petitórias e as garantias impugnatórias.
A CNDH é uma instituição de direito público e rege-se pela lei acima referida, a sua lei
criadora. E compete à comissão receber queixas ou reclamações por parte de cidadãos sobre
casos de violação dos direitos humanos reconhecidos, protegidos e garantidos pela
Constituição, instrumentos jurídicos internacionais e regionais ratificados por Moçambique e
demais legislação aplicável. Ao Ouvir o queixoso, a comissão deve reunir prova testemunhal
ou documental por ele apresentada ou encontrada pela Comissão Nacional dos Direitos
Humanos e enviá-las à Procuradoria-Geral da República para os devidos efeitos legais, caso
se trate de matéria de âmbito criminal. Caso se trate de matéria de Direito Civil ou
administrativo, a CNDH deve ouvir o queixoso e informá-lo sobre os mecanismos legais para
a respectiva acção, entre outras competências atribuídas por lei.
E também de acordo com o nº. 1 do artigo 20 da referida disposição, "A comissão Nacional
dos Direitos Humanos submente anualmente, ao Presidente da República uma informação
sobre as suas actividades, reportando o número de queixas recebidos, as diligências
efectuadas, os resultados obtidos, o grau de colaboração dos órgãos dos poderes públicos e
seus titulares e outros elementos que se mostrarem úteis para o conhecimento público sobre
o exercício das suas funções."
ARTIGO 5(Funções)
c)Elaborar propostas de programas sobre direitos humanos, bem como propor estatal
competente ou às entidades com iniciativa de lei, legislação destinada a harmonizar as
normas convencionais e regionais sobre direitos humanos no ordenamento jurídico
moçambicano;
d)Colaborar com as autoridades competentes na adopção de medidas no âmbito da
assistência jurídica e judiciaria dos cidadãos financeiramente desfavorecidos em causas
relativas à violação dos direitos humanos.
f)A presentar informação anual sobre as suas actividades e sempre que ocorrer violação
grave dos direitos humanos;
A CNDH é composta por 11 membros (com mandato de 5 anos renovável uma vez), sendo
dois deles o presidente (que convoca e preside as reuniões ordinárias, por sua vez, trimestrais-
e extraordinárias, sempre que se achar necessário, da mesma - nº. 1 do art. 16 e representa o
órgão - nº. 6 do mesmo artigo) e o vice-presidente ( que substitui o presidente em caso de
ausência ou impedimento - nº. 1 do art. 16 do estatuto da CNH), impondo-se a igualdade do
género - garantia constitucional constante do art.36 da CRM - na composiçao e entre os
membros, qualidade de jurista a, pelo menos, 4 dos membros e o respeito a diversidade social
e cultural do país, conforme o artigo 6 da Lei em questão.
ARTIGO 7
(Designação)
Todososmembros,conformeoartigo11,gozamde:irresponsabilidadeciviloucriminalaquandodoe
xercíciodassuasfunções;devendoseracomissãoprópriaadeliberarapermanênciadomembroquees
tiverarespondercriminalmentequandohouveracusaçãodefinitiva, conforme podemos
averiguar:
ARTIGO11
(Imunidades)
1.Nenhum membro de Comissão Nacional dos Direitos Humanos pode ser perseguido,
investigado, delito ou preso, salvo nos direitos humanos, nem responde civil ou
criminalmente pelas recomendações ou opiniões que emita, ou pelos actos que pratique no
exercício das suas funções.
2.Estando em curso o procedimento criminal contra um membro da Comissão Nacional dos
Direitos Humanos, apos a dedução da acusação definitiva, esta delibera se o membro deve ou
não ser suspenso para efeito de seguimento do processo.
- Maioria do dois terços dos membros, quando se achar que o membro já não reúne requisitos
suficientes para a permanência na comissão.
Os convocados podem, até 48, solicitar, uma só vez a alteração da data e da hora referidas,
excepto quando ocorrer motivo de força maior.
A recusa da comparência, assim como a recusa do acesso aos documentos nos termos da
alínea c), são equiparados ao crime de desobediência, quando não devidamente
fundamentadas.
No desenvolvimento das suas tarefas, as comissões de trabalho guiam-se pelo respeito estrito
da lei e pela deferência devida a outras instituições do Estado ou privadas, e aos seus
dirigentes, não se substituem aos demais órgão estatais, nem devem dificultar ou travar a sua
actividade.
Presidência da comissão
A comissão tem um Presidente, um Vice-Presidente, um Relator e Vice-reitor, eleitos pelo
plenário com a duração da legislatura. O Presidente e o Vice-Presidente devem pertencer a
mesma bancada parlamentar, devendo o mesmo acontecer para o Relator e Vice- Relator.
Competências do Presidente
Compete ao presidente da comissão:
Competências do Relator
a) Coadjuvar o Presidente nos trabalhos da comissão;
b) Elaborar a síntese das discussões e o relatório dos trabalhos;
c) Verificar as presenças e informar o Presidente das faltas e das justificações.
a) Petições
b) Queixas e reclamações
c) Elaborar periodicamente um relatório de análise do grau de satisfação das
preocupações expressas pelos cidadãos por via de petições enviadas à Assembleia da
República.
Quando as petições se refiram a queixas ou reclamações que requeiram pareceres das demais
comissões, estes são requeridos.
Forma de apresentação
A petições, queixas e reclamações são endereçadas, por escrito, ao Presidente da Assembleia
da República e apreciadas pela Comissão de Petições, Queixas e Reclamações .
O autor da petição, queixa e reclamação deve estar perfeitamente identificado, sob pena de
não atendimento, podendo o Presidente da Assembleia da República mandar notificar o
interessado para fornecer os elementos complementares de identificação,
As petições, queixas e reclamações que digam respeito à administração pública são recebidas
e remetidas ao provedor de justiça pelo Presidente da Assembleia da República.
Tramitação
A Comissão de Petições, queixas e Reclamações, findo o exame, pode determinar,
nomeadamente o seguinte:
As petições não são sujeitas a votação, mas qualquer Deputado pode, com base nas mesmas,
exercer a iniciativa de lei ou outras iniciativas nos termos do Regimento.
Conclusão
Com o presente trabalho concluímos que o provedor de justiça e um órgão imparcial que
deve obediência apenas a constituição e as leis, ela não tem um carácter decisório e
impositivo no processos judiciais ao que limita-se suas competência apenas na recomendação
e promoção de legalidade dos actos jurídicos.
Na qualidade de uma garantia graciosa, este órgão permite que os cidadãos recorra a ela caso
sintam-se injustiçados pela administração publica ou pelos seus agentes e e igualmente, um
dos órgãos com competência para a reclamacao de inconstitucionalidades nos actos
governativos do poder central ou local.
Concluímos também que, a Comissão Nacional dos Direitos Humanos é criada num
contexto de necessidade de estabelecimento de mecanismos para o reforço do sistema
nacional de promoção, protecção, defesa e melhoria da situação dos cidadãos sobre os
Direitos Humanos no país, bem como a consolidação da cultura da paz.